terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Ano Novo, PC novo...

Já se vão quinze dias do Natal, 2007 chegou e Papai Noel não apareceu com aquele computador que você pediu nas suas muitas cartinhas. Talvez você não tenha sido um bom menino (ou uma boa menina), ou já esteja crescidinho(a) demais para acreditar naquela história do bom velhinho, mas chorar não paga dívidas.
O jeito é correr para as lojas e cuidar pessoalmente do assunto, até porque fazendo isso por conta própria, ainda que o desembolso seja maior, o resultado certamente será melhor ou mais adequado aos seus propósitos e necessidades.
Vale lembrar que aquelas máquinas chinfrins, de mil e poucos reais, vendidas feito pão quente nos grandes magazines e redes de supermercados estão longe de ser um PC topo de linha (e o orçamento do Papai Noel é sempre limitado, mas o número de interessados aumenta a cada ano - qualquer semelhança com a Previdência Social é mera coincidência).
Além disso, a menos que seu PC esteja abrindo o bico ou totalmente divorciado da realidade atual (leia-se PIII ou inferior, com 64 ou 128 MB de RAM, HD de 10 ou 20 GB e sistema operacional Windows 98 ou ME), talvez seja melhor esperar mais um pouco. Conforme já discutimos numa postagem de meados de Dezembro, estamos vivendo uma época de transição. O advento de novos sistemas e programas cada vez mais exigentes incentiva a criação de soluções (e a fabricação de componentes e máquinas) mais poderosas. Apenas para se ter uma ideia, o jurássico Windows 3.1 (lançado em 1992) ocupava módicos 8 MB de espaço no HD. A versão 98 cresceu para 35 MB; o XP ocupa 1.5 GB e o Vista, 6.9 GB (a Microsoft recomenda escandalosos 15 GB de espaço livre em disco para a instalação dessa nova versão do Windows).
A Intel vem apregoando as vantagens de seus processadores de núcleo duplo (Pentium D, seguido pelo Core Duo e pelo Core 2 Duo), mas já acena com a possibilidade de estender aos usuários domésticos ainda neste ano os benefícios dos chips de quatro núcleos. A AMD, por seu turno, também promete lançar em breve o Barcelona (versão de quatro núcleos do chip Opteron), com chegada ao mercado prevista para o segundo semestre de 2007.
Com isso fica claro que a corrida pelo aumento da frequência de operação (ou velocidade) dos chips deu lugar à multiplicação dos núcleos de processamento - ter dois ou quatro núcleos não significa dobrar ou quadruplicar a potência, mas sim realizar múltiplas tarefas simultâneas com melhor desempenho e sem lentidão ou travamentos.
Como a evolução natural dessas novas tecnologias levará a indústria de microcomputadores a oferecer, no médio prazo, máquinas bi-processadas em seus modelos de entrada de linha, as opções baseadas em chips de um único núcleo deverão sofrer uma queda de preço bastante significativa, tornando-se um "prato cheio" para aquela categoria de usuários domésticos que não se beneficiam necessariamente (ou não podem arcar com o custo) do multiprocessamento, até porque raramente executam múltiplas aplicações pesadas ao mesmo tempo.
Resumo da ópera: se puder esperar, espere; se não, assegure-se de que seu novo PC ofereça amplas possibilidades de upgrade posterior sem que isso implique substituir, além do processador, também a placa de sistema e os módulos de memória.
Bom dia a todos e até amanhã.