terça-feira, 28 de agosto de 2007

Sutilezas do E-MAIL

O Correio Eletrônico revolucionou a intercomunicação pessoal a ponto de nos fazer a esquecer como era dura a vida sem ele. Mais rápido, versátil, prático e barato do que o Serviço Postal convencional, o e-mail não só dispensa papel, envelope e selo, como também desobriga o remetente de se deslocar até uma agência postal.
Entretanto, nem tudo são flores nesse jardim: diferentemente do que se costuma imaginar, o e-mail não é o veículo mais adequado para transportar informações confidenciais, até porque ele trafega "aberto" pela rede (permitindo a interceptação das mensagens, desde que o interessado disponha das ferramentas apropriadas e esteja no lugar certo, na hora certa).
Isso pode parece paranóia, mas a verdade é que nenhuma informação transmitida pela rede está segura. No mais das vezes, até as senhas trafegam sem qualquer proteção. Ademais, invasões de privacidade não requerem necessariamente conhecimentos ou recursos sofisticados; geralmente, elas acontecem de uma forma bem menos "poética".
No trabalho, deixar o PC "dando sopa" e ir ao banheiro ou tomar um café, por exemplo, é um convite para um chefe invasivo ou um colega abelhudo vasculhar seus arquivos. Já em casa, compartilhar o computador com outros familiares sem implementar o uso de contas individuais significa dar adeus à privacidade.
Outra questão importante tem a ver com a confiabilidade do serviço: a maioria de nós compõe um e-mail, clica no botão "enviar" e dá o assunto por encerrado, mas o fato de não receber uma notificação de falha na remessa - ou de receber apenas uma resposta automática - não significa obrigatoriamente que o destinatário tenha lido (e compreendido) a mensagem. Até porque, a despeito da popularização dos PCs e da Internet em banda larga, muita gente ainda não criou o hábito (saudável) de acessar seus e-mails regularmente - ou não o faz por falta de meios, de tempo ou de oportunidade.
Para tratar de assuntos que demandem especial atenção ou respostas imediatas, o uso de programas do tipo Windows Live Messenger ou Yahoo! Messenger talvez seja mais recomendável, porque eles permitem estabelecer diálogos em "tempo real" - via teclado, voz, e até por vídeo-conferência, dependendo dos recursos do programa e do hardware instalado nas máquinas envolvidas -, desde que os interlocutores estejam conectados à Internet e com o software sendo executado, evidentemente. Mas quando o assunto for realmente importante e exigir atenção imediata da outra parte, nada substitui o velho e confiável telefone.
Na postagem de amanhã, veremos quão penoso é o caminho que um e-mail percorre para ir da caixa de saída do computador de origem e chegar até a caixa de entrada da máquina de destino. E no capítulo final desta seqüência, teremos um link para um filminho simplesmente IMPERDÍVEL.
Abraços a todos.