quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cloud Computing

Manter-se "up to date" com os avanços da "TI" requer familiaridade com uma quantidade enorme de siglas e neologismos (só nesta frase existem dois exemplos). Na esteira desse raciocínio, vamos abordar nesta postagem a "Cloud Computing" (computação em nuvem, numa tradução literal), expressão que está muito em voga atualmente e designa um conceito baseado no uso de uma grande rede de servidores (físicos ou virtuais - daí o termo "nuvem") para alocação de um ambiente computacional.
Esse conceito envolve um formidável conjunto de recursos (não só servidores, impressão e armazenamento, mas também serviços e processos), onde a computação propriamente dita fica "em algum lugar da rede", sendo acessada remotamente através da Internet. A idéia vem sendo explorada já há algum tempo pelo Google e Yahoo, dentre outras entras empresas que mantêm parques computacionais com centenas de milhares de máquinas (estima-se que os cinco maiores buscadores da Internet formem um parque computacional com mais de 2 milhões de servidores).
Para entender melhor como funciona a Cloud Computing, basta fazer uma analogia com o correio eletrônico: nos moldes tradicionais as mensagens são descarregadas por um programa cliente (Outlook, OE, IncrediMail, etc.) e armazenadas no HD do usuário, ao passo que nos serviços baseados na web (como Hotmail, Gmail e Yahoo Mail, por exemplo), elas ficam em servidores remotos, sendo acessíveis a qualquer hora e de qualquer lugar, desde que o interessado tenha um PC, um Note, um Handheld, ou mesmo um telefone celular conectado à Internet.
Sem descer a detalhes que fogem aos propósitos desta postagem, pode-se dizer que são muitas as vantagens da computação em nuvem sobre a convencional, a começar pela praticidade de se utilizar uma enorme gama de recursos sem que seja preciso adquirir e instalar fisicamente quaisquer programas. Por conta disso, a atualização dos softwares também dispensa reinstalação - como os aplicativos não ficam no HD do internauta, mas sim hospedados num ponto central, eles podem ser constantemente aperfeiçoados de forma transparente para os usuários.
Os benefícios se estendem também aos recursos hardware: quem precisar de mais poder de processamento ou espaço para armazenar arquivos, em vez de substituir componentes ou trocar todo o computador, terá de fazer apenas um upgrade virtual (aliás, como a parte mais "pesada" do trabalho é feita na nuvem, basta dispor de um browser e de uma boa conexão com a Internet para ter um "supercomputador" em casa).
Mas como tudo tem "um outro lado", a segurança e a confiabilidade dos serviços ainda são questões problemáticas (para que os usuários confiem seus programas e arquivos a terceiros - especialmente no âmbito corporativo - é preciso haver garantiras de que os dados estejam devidamente protegidos e 100% disponíveis), sem falar forma como esses serviços serão cobrados, aspecto que ainda é um tanto "nebuloso" (se me permitem o trocadilho). Enfim, quem viver verá.
Bom dia a todos e até mais ler.