quarta-feira, 26 de agosto de 2009

De volta à placa-mãe

Vimos que o upgrade pode ser uma opção interessante para solucionar “gargalos” do sistema, que tem mais chances de sucesso se for parcial, e que sua viabilidade – tanto do ponto de vista técnico quanto do econômico – depende da “idade” e das condições do aparelho (leia mais sobre esse assunto nas postagens de 25/08 e 19/03).

Isso porque todo PC é formado por um conjunto de dispositivos interligados pela placa-mãe – a quem cabe garantir a intercomunicação harmoniosa entre eles –, e uma placa projetada para a realidade vigente há três ou quatro anos, por exemplo, não terá como oferecer suporte a soluções tecnológicas mais recentes, de maneira que mesmo uma evolução simples – como o acréscimo de memória ou troca do HD – pode sofrer sérias limitações.

Pior ainda se a evolução pretendida envolver o processador, pois já vai longe o tempo das placas “socket7” (que suportavam chips de diferentes marcas, modelos e versões); hoje em dia, o conjunto “placa- mãe + CPU + memórias” requer uma avaliação cuidadosa, sendo recomendável, inclusive, adquirir esses componentes numa “operação casada”, e de um mesmo fornecedor.

Observação: Uma placa desenvolvida para processadores da Intel não irá aceitar um chip da AMD, de modo que convém visitar o website dos fabricantes e checar exatamente os tipos e modelos de componentes que seus produtos suportam. Note que esse cuidado vale também para as memórias: antes de comprar uma placa nova é preciso identificar o tipo de memória que você possui (DIMM/SRDAM, DDR, DDR2, DDR3), a menos que a idéia seja atualizar todos os componentes internos do computador, quando então o upgrade se tornará uma integração.

Substituir a placa-mãe por um modelo moderno, que aceite uma nova CPU, mais memória e/ou HDs padrão SATA, por exemplo, é o tipo de solução aconselhável somente em situações personalíssimas, e a ajuda de um técnico é mais do que indicada, já que o procedimento é complexo e delicado (é comum o usuário comprar uma placa que não cabe no gabinete ou na qual a posição dos conectores de rede, USB e saída de som são incompatíveis com os respectivos recortes).

Vale lembrar que vários aplicativos fornecem informações sobre o hardware de seu computador. O Everest e o Sandra são os mais conhecidos, mas o PC Wizard, o HWInfo 32 e o System Information também oferecem detalhes que ajudam a escolher uma nova placa-mãe (no caso de versões gratuitas, mais limitados que as comerciais, é melhor é usar pelo menos duas delas, não só para comparar os resultados obtidos, mas também para obter um leque mais abrangente de informações).

Note que existem diversas marcas e modelos de placas-mãe no mercado, divididas em três categorias: de entrada, intermediárias e de topo de linha. A diferença principal fica por conta do subsistema de vídeo; as de entrada vêm com chip gráfico integrado (onboard), cujo desempenho costuma ser mais modesto que o das aceleradoras gráficas dedicadas.

Algumas placas “top” aceitam mais de uma aceleradora gráfica, havendo modelos que oferecem opção de crossfire ou SLI – para combinar a performance das GPUs, dependendo do tipo de placa usada –, alto desempenho e ainda a possibilidade de overclocking (veja mais sobre esse assunto na postagem de 24 de março passado).

Bom dia a todos e até mais ler.