quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

REABORDANDO O WINDOWS 10 - O QUE ESPERAR DESSA NOVA EDIÇÃO


SE FOSSEMOS OS ÚNICOS NO UNIVERSO, SERIA UM ENORME DESPERDÍCIO DE ESPAÇO.

Uma aura de mistério paira sobre o Windows 10 desde que a Microsoft resolveu quebrar a sequência numérica iniciada com o lançamento do Seven e pular o número 9 ao batizar seu mais novo rebento – que já conta com uma versão pré-beta e deve ser lançado comercialmente dentro de mais alguns meses, até porque, em número de usuários, o Eight.1 sequer superou o velho XP, aposentado compulsoriamente em abril deste ano.
Prato cheio para a especulação de analistas e palpiteiros de plantão, a questão da nomenclatura vem recebendo toda sorte de explicações, de mera estratégia de marketing a razões esotéricas e/ou cabalísticas associadas ao número 9. Há até quem se divirta à custa dos mais ingênuos, criando teorias conspiratórias como a da postagem de Pete Babb, no dia 1º de abril passado (atente para a data da publicação), dando conta da existência de um Windows 9 rápido, intuitivo, sem “bugs” e adaptável tanto ao modelo Desktop quanto à interface Metro, mas que seria de uso exclusivo – pasmem! – dos funcionários da Microsoft.
Claro que não faltam explicações mais plausíveis, como a ideia de “excelência” aliada ao número 10, ou a verificação de compatibilidade suscitada numa matéria publicada por um suposto programador da Microsoft na rede social Reddit (para acessá-la, clique aqui).

Observação: Segundo Benito Piropo – um dos mais respeitados colunistas de informática do Brasil – o teste de compatibilidade consiste numa checagem feita pelos aplicativos para identificar a versão do sistema em que eles serão executados; caso haja incompatibilidade, os programas são instruídos a avisar o usuário e encerrar. Como qualquer número iniciado por 9 é associado aos jurássicos Win 95 e 98, a conclusão é óbvia.

Outras explicações admissíveis refletem o desejo da "mãe da criança" de apresentar o Win 10 como um sistema mais avançado do que o iOS 9 – a ser disponibilizado pela Apple na mesma época –, de se manter o mais distante possível do malsinado 8.1 – que fechou outubro com míseros 10% de participação no seu segmento de mercado, muito aquém do festejado Seven (55%) e do velho XP (13%) –, e de fugir da cadência “uma no cravo, outra na ferradura”, que, como vimos em outras postagens, acompanha a evolução do Windows.

Observação: Depois da festejada edição 95 – o "pulo do gato" da Microsoft, que guindou o que até então era uma simples interface gráfica baseada no DOS à condição de sistema operacional autônomo –, o Windows  emplacou com a segunda edição da versão 98 (SE), considerada por muitos como o melhor Windows de todos os tempos. Já o malfadado Win ME, lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da “virada” do século, resultou num fiasco monumental, revertido pelo XP e repetido pelo Vista. Com o Seven, a Microsoft tornou a dar a volta por cima, mas o Eight não decolou, nem mesmo após o lançamento da versão 8.1, mais amigável para uso em desktops e notebooks. Seguindo essa cadência, o Nine estaria fadado ao fracasso antes mesmo de nascer.

Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.