quinta-feira, 14 de maio de 2015

COMO SE LIVRAR DE ANÚNCIOS/PROPAGANDAS INDESEJÁVEIS

ACREDITE EM QUEM BUSCA A VERDADE, MAS DUVIDE DOS QUE AFIRMAM TÊ-LA ENCONTRADO.

Diz um velho ditado que “a propaganda é a alma do negócio”, e não sem razão. Afinal, à mulher de César não basta ser honesta; é preciso também parecer honesta. E é aí que entram os anúncios publicitários veiculados na mídia, que visam levar um público-alvo pré-definido a preferir este ou aquele produto, serviço, empresa , político, etc. em detrimento de seus concorrentes.

Observação: No Brasil, o termo mídia (do inglês media) designava originalmente a função, o profissional, a área ou o ato de planejar, desenvolver, criar, pensar e “praticar publicidade”, mas, de uns tempos a esta parte, passou a ser utilizado para referenciar os meios de comunicação em geral.

Na TV, o preço dos comerciais varia conforme a emissora, o horário e a audiência dos programas dentro dos quais eles são veiculados. Um merchandising no MASTERCHEF, da BAND, custa R$ 200 mil, e uma cota de patrocínio, R$ 2 milhões. Já uma inserção de 30 segundos durante o TODO SEU, exibido pela TV Gazeta de segunda a sexta-feira no horário das 22h30min, fica na casa dos R$ 9 mil, mas subiria para R$ 272 mil se fosse levada ao ar pela “Vênus Platinada” durante o intragável DOMINGÃO DO FAUSTÃO. Acha muito? Então saiba que o salário mensal desse apresentador é de R$ 5 milhões, e que um merchandising feito por ele não sai por menos de R$ 1 milhão. Quer mais? Por um break durante o JORNAL NACIONAL, a Globo cobra R$ 645,7 mil, e na novela IMPÉRIO, R$ 649,3 mil (pense nisso quando “der IBOPE” ao nauseabundo BBB, durante o qual um comercial de 30 segundos custa R$ 498 mil).

Cumpre ressaltar que quem paga essa conta somos nós, pois os anunciantes não dão ponto sem nó. Para manter presentes na memória do consumidor produtos como Nescau, cerveja Skol e Coca-Cola, p. ex., um grupo de 28 empresas pesquisadas pela Kantar Worldpanel líder mundial em monitoramento, análise avançada e soluções personalizadas de pesquisa de mercado investiram R$ 112,6 bilhões em 2013. 

Da mesma forma que os comerciais na TV aberta, os anúncios na WEB servem para manter gratuito o conteúdo da maioria dos sites e dos serviços que muitos deles disponibilizam, mas é preciso não perder de vista os limites da razoabilidade. Afinal, ninguém merece os adwares programinhas que analisam os hábitos de navegação dos internautas, visando exibir propagadas mais adequadas aos seus interesses e demais softwares potencialmente indesejáveis como as famigeradas barras de ferramentas do Ask.com, Baidu, Hao123 e distinta companhia que se instalam sub-repticiamente em nossos sistemas quando visitamos determinados sites ou baixamos freewares sem os devidos cuidados, conforme já comentamos em diversas oportunidades.

Para checar se seu sistema foi tomado por esse tipo de praga, faça uma varredura com o AdwCleaner, por exemplo, que localiza e remove adwares, sequestradores de navegador, barras de ferramenta não solicitadas e programinhas potencialmente indesejáveis.  Adicionalmente, faça uma revisão nos complementos instalados no seu navegador e desabilite ou remova aqueles que lhe pareçam estranhos ou que não sejam úteis para você. No Chrome, clique no botão com três linhas horizontais sobrepostas, à direita da barra de endereços, e em Configurações > Extensões; no IE, clique no ícone da engrenagem, no canto superior direito da janela, e selecione a opção Gerenciar Complementos; no Firefox, clique no botão similar e selecione a opção Complementos.

Vale também instalar o AdBlock, que é disponibilizado em versões compatíveis com os principais navegadores (basta clicar no link que o seu browser será identificado e a extensão respectiva, oferecida automaticamente). Se você usa o Chrome, não deixe de instalar também a extensão AdBlock for YouTube, que bloqueia aquelas incomodas propagandas exibidas no início dos vídeos (que só podem ser “puladas” depois da contagem regressiva).

Boa sorte a todos e até mais ler.