quinta-feira, 25 de agosto de 2016

COMO AUMENTAR A AUTONOMIA DA BATERIA DO SMARTPHONE

O ADULTO NÃO EXISTE. O HOMEM É UM MENINO PERENE.

Enquanto a autonomia das baterias dos celulares cresce em progressão aritmética, os recursos e funções dos telefoninhos aumentam exponencialmente, desafiando seus desenvolvedores a encontrar maneiras de mantê-los funcionando longe da tomada por pelo menos um dia inteiro.

Ao contrário das antigas baterias a base de níquel-cádmio, as atuais, de íon de lítio ou polímero de lítio, não são sujeitas ao “efeito memória”, podendo ser recarregadas total ou parcialmente a qualquer momento, independentemente da quantidade de energia remanescente. Entretanto, como bem sabe quem faz uso intenso do smartphone, deixar o aparelho conectado ao carregador durante toda a noite não garante que a carga dure até o final do dia seguinte. E como ninguém revogou a Lei de Murphy, não é incomum o usuário ficar na mão justamente quando está esperando uma ligação ou mensagem importante, por exemplo.

Claro que sempre se pode recorrer a um carregador veicular, mas nem sempre se está no carro quando o aparelho emite o alerta de bateria baixa. Andar com uma bateria sobressalente no bolso também é uma solução, mas não para todos os casos: no tão ambicionado (e caro) iPhone, por exemplo, a bateria não pode ser removida. E agora, José?

Enquanto os pesquisadores não descobrem uma saída funcional e comercialmente viável para aumentar a autonomia das baterias, o jeito é recorrer a medidas paliativas, dentre as quais a melhor, a meu ver, é o Power Bank, que recarrega a bateria a qualquer tempo e em qualquer lugar.

Há modelos que “vestem” aparelho como uma capinha convencional, outros que se parecem com pendrives ou com pequenos HDs externos. A maioria pode ser carregada a partir da rede elétrica e muitos também são capazes tanto de receber quanto fornecer energia via interface USB, o que os torna mais versáteis: além de smartphones, eles alimentam/recarregam câmeras fotográficas, filmadoras, caixas de som energizadas, enfim, qualquer dispositivo que disponha desse tipo de interface.

Alguns Power Banks (mais caros) integram células fotossensíveis ― ou seja, funcionam com energia solar ― e/ou prometem realizar 6, 8 ou mais recargas, mas todos, sem exceção, são uma mão na roda em situações como a que eu mencionei no início desta postagem. E o melhor é que você encontra essas belezinhas a preços bastante palatáveis: os mais simplesinhos podem custar menos que um maço de cigarros, e há modelos solares com preços entre 50 e 100 reais.

Na hora de escolher o dispositivo mais adequado às suas necessidades e possibilidades, atente para a quantidade de ciclos de recarga que ele suporta. Modelos de 500 ciclos são os mais indicados para “heavy users”, já que suportam recargas diárias por quase dois anos. Na falta dessa informação, verifique o tipo de células que o aparelhinho utiliza; as de polímero de lítio apresentam maior capacidade e durabilidade do que as de íon de lítio, mas costumam custar mais caro.

Outro parâmetro que deve ser analisado cuidadosamente é o número de vezes que o dispositivo é capaz de recarregar a bateria do telefone sem que seja preciso conectá-lo a uma tomada ou à portinha USB do computador. Claro que isso depende de diversos fatores, mas o cálculo é simples: um modelo com capacidade de 4000 mAh pode recarregar duas vezes uma bateria de 2070 mAh, como a do Motorola Moto G. Vale lembrar, todavia, que é sempre melhor usar esse recurso em situações de emergência, ou seja, evitar recargas completas, visando, dessa forma, prolongar a vida útil do Power Bank.

Por último, mas não menos importante: diversos apps prometem aumentar o tempo de duração das baterias dos smartphones, mas será que eles realmente funcionam? É o que veremos na próxima postagem. Até lá.