terça-feira, 13 de setembro de 2016

WINDOWS RESOURCE PROTECTOR ― O SALVADOR DA PÁTRIA

O PUDOR É A MAIS AFRODISÍACA DAS VIRTUDES.

Para evitar alterações indevidas em seus arquivos de sistema, o Windows conta com uma proteção que só permite modificações “legítimas”. Assim, se algum dos arquivos protegidos for modificado de maneira “não autorizada”, o Windows Resource Protector  (que se chamava Windows File Protector nas edições anteriores ao Server 2008/Vista) recupera automaticamente a versão original a partir de cópias que o Windows mantém numa pasta oculta.

Não obstante, isso não garante que algum arquivo do sistema não possa ser corrompido. Então, se você suspeita que eventuais alterações indevidas venham prejudicando o funcionamento do seu PC, faça logon como administrador, clique em Iniciar > Executar, digite “sfc /scannow” (sem as aspas) e tecle ENTER

Repare que surgirá uma janela do prompt de comando com a mensagem “Iniciando verificação de arquivos. O processo levará alguns minutos para ser concluído”. Ela não mostra muita coisa, mas permite que você acompanhe o andamento da verificação, que leva pelo menos 15 minutos ― vá tomar um café, ou coisa parecida, pois usar o PC concomitantemente só retarda a conclusão do processo.

Observação: Nas edições mais antigas do Windows, a ferramenta exigia que a mídia de instalação do sistema fosse devidamente introduzida na leitora óptica, mas isso deixou de ser necessário a partir do Windows Vista.

Ao final, a tela de prompt exibirá uma mensagem com o resultado. Se alguma alteração indevida tiver sido detectada, o arquivo modificado será substituído por uma cópia de sua versão original assim que você reiniciar o computador.

Bom dia a todos e até mais ler.

Em tempo: Dada a importância do tema, resolvi não esperar até o final da semana para publicar aqui no Blog o texto a seguir, que acabo de postar na minha comunidade de política:


TCHAU, QUERIDO!

Contrariando as expectativas dos mais pessimistas e superando escandalosamente as previsões mais otimistas, Cunha foi cassado por 450 votos a 10, numa “lavada” histórica e, convenhamos, inesperada, considerando que havia uma movimentação nos bastidores visando ao adiamento da votação e/ou abrandamento da pena, além da possibilidade de um grande número de parlamentares com rabo preso não comparecer à sessão, favorecendo “seu bandido preferido”. Mas apenas 42 deputados faltaram e só 9 se abstiveram de votar (a soma dá 511, e não 513, pois o presidente da Casa não vota ― e nem tampouco Eduardo Cunha, naturalmente).

Cunha é o segundo presidente da Câmara cassado ― o primeiro foi Ibsen Pinheiro ― e o terceiro desde quando o voto para este tipo de sessão passou a ser aberto. Os outros foram o petista André Vargas e o peemedebista Natan Donadan.

Depois de quase um quarto de século da vida pública, Cunha ganhou projeção no segundo governo de Lula e atingiu o ápice no ano passado, ao assumir a presidência da Câmara. Nos últimos 20 meses, todavia, ele passou de presidenciável a cassável, mentiu copiosamente, postergou por quase um ano o que viria a ser o processo de cassação mais longo da história da Câmara e ainda tentou a derradeira ― mas infrutífera ― cartada na sessão de ontem.

À media que as manobras regimentais foram rechaçadas e as tentativas de transformar a cassação em mera suspensão caíram por terra, a condenação tornou-se mais do que previsível, embora o fato de 88% de seus pares terem apoiado sua cassação foi surpreendente. Em discurso, Cunha afirmou que “pagou o preço” por dar seguimento ao processo de impeachment de Dilma e culpou o PT pela decisão, que, além da perda do mandato, o torna inelegível até janeiro de 2027.

Embora tenha contribuído para a deposição da grande-chefa-toura-sentada-impichadaaspecto que salientou antes, durante e depois da votação ―, a verdade é que Cunha só deu seguimento ao processo depois que todas as tentativas de negociar um “toma-lá-dá-cá” com o PT fracassaram. Demais disso, não se sabe o que teria acontecido se outro deputado presidisse a Câmara; dependendo de quem fosse, talvez a gente tivesse se livrado da sacripanta petralha bem antes.

Além do mandato e dos direitos políticos, Cunha perdeu também a prerrogativa a foro privilegiado. Agora, da mesma forma que Lula e Dilma, ele está sujeito a ser investigado e julgado pela Justiça Penal como qualquer cidadão comum, e não faltam indícios e acusações sua participação no Petrolão, sem mencionar que duas ações penais no Supremo e outras investigações que o relacionam ao esquema devem migrar para a esfera do juiz Sergio Moro ― a menos que, por razões processuais, um ou outro caso que envolva investigados com foro direito a foro especial fiquem no STF.

Como salientou Reinaldo Azevedo, em sendo verdade bem menos da metade do que se diz sobre Cunha, ele acabará na cadeia ― e, a depender do que decida o Supremo em breve, já a partir da condenação em segunda instância ―, o que faz dele um provável candidato à delação premiada.
Enfim, Cunha caiu, mas promete levar consigo nada menos que 150 deputados, um senador e um dos ministros mais próximos a Temer. Daí se infere que tanto o impeachment da anta petralha quanto a cassação do peemedebista são apenas um pequeno passo em direção à moralização da política tupiniquim, que, em última análise, necessitaria de ampla reforma e, por que não dizer, do afastamento de quase todos os integrantes do Congresso Nacional, além de governadores, prefeitos, vereadores de praticamente todos os partidos. Ou seja: se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão.


Resumo da ópera: Entre ausências, nãos e abstenções, restaram 59 parlamentares ao lado do ex-deputado, sabe-se lá se por amizade ou medo. Mas só vale a pena ele "abrir o bico" no âmbito de uma delação; do contrário, estará criando novos inimigos sem obter benefício algum em troca, e burro, convenhamos, Cunha não é.