quinta-feira, 13 de outubro de 2016

AINDA SOBRE O SISTEMA OPERACIONAL (parte 4)

O ARTISTA TEM QUE SER GÊNIO PARA ALGUNS E IMBECIL PARA OUTROS. SE PUDER SER IMBECIL PARA TODOS, MELHOR AINDA.

A esta altura do campeonato, acho que vale fazer um breve retrospecto dos pontos mais importantes tratados até aqui. Então, relembrando:

― O sistema operacional é um programa como outro qualquer, mas que se diferencia dos aplicativos e utilitários por ser indispensável ao funcionamento do computador.

― Os programas são conjuntos de instruções escritas em linguagem de máquina com um determinado propósito. Eles se subdividem em processos, e estes, em threads.

― Um programa pode integrar vários processos, mas também existem processos que não pertencem a programas ― caso dos serviços, cuja função é dar suporte ao Windows.

―  Os threads (ou encadeamentos) realizam tarefas específicas e podem ser executados de forma concorrente. No multithread com single core, a CPU alterna entre as tarefas e as retoma tão rapidamente que elas parecem não ter sido jamais interrompidas, ao passo que CPUs com tecnologia hyper-threading (*) são capazes de executar dois ou mais threads ao mesmo tempo, da mesma forma que os processadores multicore.

Cumpre salientar que CPU é a sigla de Unidade Central de Processamento (em inglês), e remete ao processador, não o gabinete. O clock (velocidade ou frequência de operação) é apenas um dos parâmetros que definem o desempenho do processador ― que, a despeito de ser o cérebro do PC, é apenas um dos responsáveis pela performance global da máquina. Tenha em mente que o clock expressa o número de operações por segundo que o chip realiza (uma CPU de 3 GHz, p.ex., executa três bilhões de operações por segundo), mas o que ele é capaz de fazer em cada ciclo de clock é outra história.

(*) O hyper-threading ― tecnologia que implementa o multiprocessamento lógico, desenvolvida pela Intel lá pela virada do século ― faz com quem uma CPU se comporte como dois ou mais processadores, onde cada qual tem seu controlador de interrupção programável e conjunto de registradores. Isso proporciona ganhos de performance consideráveis, mas não tão expressivos quanto os da tecnologia multicore (usada na construção de processadores com dois ou mais núcleos “de verdade”).

Dito isso, poderíamos ir adiante, mas o tema que será tratado a seguir requer mais uma breve incursão nos meandros do hardware, e considerando que isso prolongaria demais esta postagem, achei melhor antecipar o intervalo e retomar os trabalhos na próxima sessão. Abraços e até lá.

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