terça-feira, 1 de novembro de 2016

HARDWARE, SOFTWARE, APLICATIVOS E WEBSERVICES

Um computador é composto por dois segmentos distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. No alvorecer da computação pessoal, os geeks explicavam essa diferença dizendo que hardware é aquilo que o usuário chuta, software, aquilo que ele xinga. 

Brincadeiras à parte, um PC sem programas ― e aí inclui-se o sistema operacional, que também é um programa, ainda que tido e havido como o “software-mãe” do computador ― nada mais é do que uma caixa cheia de componentes inúteis.

Agora, uma notícia boa e outra, ruim: A boa é que oferta de aplicativos vem crescendo exponencialmente, sobretudo na modalidade freeware ― cujo grande atrativo é o custo zero, ainda que a gente acabe pagando por eles de uma forma ou de outra. A ruim é que isso nos leva a instalar uma quantidade absurda de programinhas inúteis, que se limitam a ocupar espaço no HD e consumir memória e ciclos de processamento sem oferecer qualquer contrapartida de ordem prática.

Claro que sempre é possível fazer “faxinas”, de tempos em tempos, e eliminar games que não jogamos mais, versões Trial de apps cujo prazo experimental expirou e outros “inutilitários” que tais. No entanto, a desinstalação de programas costuma “sobras indesejáveis” ― como pastas vazias, chaves inválidas no Registro e outros resíduos ― que acabam fatalmente comprometendo a estabilidade do sistema e o desempenho global da máquina, especialmente se promovida pelo desinstalador do próprio aplicativo ou via Painel de Controle > Programas e Recursos.  

Observação: Utilitários como o IOBit Uninstaller, que integra as ferramentas da suíte de manutenção Advanced System Care ― mas que também pode ser instalado isoladamente (para fazer o download, siga este link) ― ou o Revo Uninstaller costumam proporcionar remoções mais completas, até porque, depois de executar o desinstalador nativo do app, eles varrem o sistema em busca dos tais “resíduos”, permitindo que o usuário se livre deles com alguns cliques do mouse.

Por último, mas não menos importante: antes de instalar um aplicativo qualquer, especialmente se você for usá-lo esporadicamente, veja primeiro se não é possível utilizar um serviço online que execute as mesmas funções. Com isso, você não só se livra da instalação (que pode vir acompanhada de spyware e/ou crapware) e de uma eventual remoção do programinha, mas também poupa recursos do computador ― como os web services rodam a partir do navegador, o trabalho pesado fica a cargo dos servidores onde eles se encontram hospedados.

LULINHA FATURA R$5,2 MILHÕES ENTRE 2004 E 2014

Laudo da PF anexado ao inquérito da Lava-Jato dá conta de que o primogênito da “alma viva mais honesta do Brasil” teve um rendimento bruto de R$ 5,2 milhões entre 2004 2014 ― mais de R$ 43 mil por mês, desconsiderada a inflação do período, o que destoa da média salarial dos brasileiros, que não chega a R$ 2 mil por mês (em valores atuais).

Cerca de 73% dos ganhos do “menino de ouro” (R$ 3,8 milhões) provieram da distribuição de lucros da empresa G4 Entretenimento Tecnologia Ltda., da qual Lulinha é sócio dos irmãos Fernando e Kalil Bittar, filhos de Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas e amigo de Lula desde a fundação da PT. Fernando Bittar, aliás, é um dos “donos” do Sítio Santa Bárbara, que, segundo os investigadores, pertence ao ex-presidente petralha.

Os documentos anexados ao inquérito que apura a compra e a reforma do sítio em questão mostram que a G4 é a acionista majoritária da BR4 Participações ― empresa que tem como sócio a Gol Mídia Participações ― do empresário Jonas Suassuna, outro “dono do sítio” ―, que detém 65% da participação da Gamecorp, associada à Telemar Internet Ltda.

Toda a movimentação financeira dos filhos de Lula e seus sócios (Fernando e Kalil Bittar e Jonas Suassuna) estão sob suspeita. A PF vê indícios de negócios ilegais, ocultos em repasses e transações comerciais formais entre os sócios. Outra empresa foco de apurações é a Coskin Assessoria e Consultoria, do filho de Jacó Bittar. A empresa movimentou de 2009 a 2016 um total de R$ 9,98 milhões. Dos R$ 4,99 milhões recebidos pela Coskin no período, a maior parte proveio da Editora Gol, de Suassuna (R$ 2,28 milhões), e da Gamecorp (R$ 825 mil). Já a G4 tem como principais fontes de recebimentos a Gamecorp (R$ 4,24 milhões) e a Gol Mobile (R$ 2,05 milhões).

O Instituto Lula repassou no período R$ 1,4 milhão para a G4. Há recebimentos ainda da Coskin da LILS Palestras e Eventos, empresa de palestras do ex-presidente, e do Instituto Lula.

O objetivo da Lava-Jato é buscar, nas movimentações financeiras das empresas, negócios que possam ter servido para ocultar propinas. Deu para entender ou quer que eu faça um desenhinho?

Bom feriado a todos e até mais ler.

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