domingo, 25 de dezembro de 2016

ENTRAMOS PARA O GUINNESS


Ao anunciar a assinatura dos acordos de leniência da Odebrecht e da Braskem nos EUA na última quarta-feira, 21, o Departamento de Justiça americano afirmou que as empresas brasileiras concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões para “resolver o maior caso de suborno internacional da história”.

Assinados no âmbito da Operação Lava-Jato, os acordos suspendem ações judiciais contra as duas empresas nos EUA, após ambas terem admitido culpa nos casos de corrupção envolvendo a Petrobras.

Para explicar o caso ao público americano, o Departamento de Justiça citou o “setor de propina” da Odebrecht ― ou, oficialmente, a Área de Operações Estruturadas ―, que “sistematicamente pagou centenas de milhões de dólares para funcionários corruptos de governos em países de três continentes”.

O anúncio também afirma que, numa tentativa de esconder seus crimes, os acusados usaram o sistema financeiro global ― incluindo o sistema bancário nos EUA ― para disfarçar a fonte e o desembolso dos pagamentos do suborno.

O acerto está relacionado à assinatura de três acordos, nos quais as duas empresas se comprometeram a pagar cerca de R$ 6,9 bilhões a Brasil, Estados Unidos e Suíça. Com este último, a Odebrecht e Braskem também assinaram o acordo de leniência.

É o Brasil no Guinness Book! Finalmente somos recordistas em alguma coisa. Infelizmente, é coisa ruim, muito ruim. Lula pode se orgulhar de seu bordão e adaptá-lo para outro mais megalomaníaco ainda: nunca antes na história do mundo! Nunca houve um acordo tão vultuoso, fruto de uma propina tão astronômica!

E, claro: nada disso seria possível sem o PT, sem o próprio Lula. Foi ele, com seu amigo Marcelo Odebrecht, que arquitetou os planos para que o “jeitinho brasileiro” fosse institucionalizado e aperfeiçoado num mega esquema de corrupção planetária. O Brasil ficou pequeno para tanta ambição.

Não era um partido político; era uma máfia. Não era uma empreiteira; era uma máfia. E ambos, juntos, desviaram rios, oceanos de recursos públicos, não só do Brasil, como de vários outros países. O “capitalismo de compadres” é o melhor amigo dos bandidos, como fica claro.

É verdade que até em países mais liberais o esquema logrou êxito. Onde há governo decidindo o destino de bilhões de dólares, lá estarão os abutres, os lobistas, os corruptos, tentando molhar a mão dos poderosos políticos e burocratas. É da vida, da natureza humana, não do “sistema capitalista”. A corrupção é ainda maior nos países mais socialistas, como percebemos.

Não há solução definitiva. Há medidas que podem mitigar os estragos. Entre elas, as duas principais são: 1) reduzir o prêmio dos corruptos, ou seja, o tamanho e o poder do estado, que cuidaria somente de funções básicas; 2) reduzir a impunidade, ou seja, colocar em cana os safados, corruptos e corruptores, e cobrar multas gigantescas, como tem ocorrido. Uma terceira coisa importante seria resgatar valores morais, muitas vezes ligados às religiões, mas essa parte é mais complicada.

O Brasil da era lulopetista não conseguiu manter uma boa fama internacional, como o arrogante metalúrgico esperava. Seu legado será marcado por essa notícia: foi quando as maiores empresas brasileiras, com ligação umbilical com seu governo, cometeram os maiores crimes da história fiscal, distribuindo bilhões em propinas no mundo todo. Parabéns, Marcelo Odebrecht! Parabéns, Lula! Vocês ajudaram a envergonhar de vez os brasileiros em todo canto do planeta…

Rodrigo Constantino

FELIZ NATAL A TODOS.

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