terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PENSANDO EM TROCAR SEU TELEVISOR? ENTÃO NÃO DEIXE DE LER ESTA POSTAGEM

É PRECISO ENTENDER PROFUNDAMENTE A ESSÊNCIA DE ALGUMA COISA PARA SE LIVRAR DAS PARTES NÃO ESSENCIAIS.

Foi-se o tempo em que escolher um televisor exigia apenas decidir entre as marcas, modelos e tamanhos disponíveis, e procurar uma loja que oferecesse o produto pelo menor preço e/ou com as melhores condições de pagamento. Hoje em dia, além dessas questões inarredáveis, é preciso também avaliar o formato da tela (plana, curva, flexível, etc.), a quantidade de portas USB/HDMI/RCA, os recursos oferecidos (a gama é maior nos modelos “smart”) e a resolução suportada (HD, FULL HD, K4, 8K, etc.).

Com relação à resolução, vale relembrar que o padrão FULL HD é plenamente satisfatório para você assistir à programação da TV aberta, por assinatura, e filmes em DVD e em streaming. Como o conteúdo no formato 4K (também conhecido como ULTRA HD) ainda é escasso, não vale a pena você trocar seu aparelho HD ou FULL HD apenas por conta desse diferencial. No entanto, caso já venha pensando em comprar um televisor novo ― afinal, o Natal está aí ―, talvez valha a pena gastar um pouco mais e fazer um “investimento para o futuro”.

No contexto desta postagem, o termo resolução remete à quantidade de linhas e colunas de pixels que formam as imagens. Atualmente, a maioria dos televisores suportam o HD, embora os fabricantes busquem aliciar os consumidores com telas “FULL HD” e “ULTRA HD”, mas é bom ter em mente que o preço cresce conforme a resolução aumenta, embora a marca, o modelo, o tamanho da tela e os recursos oferecidos também pesam nessa questão.

Nas TVs HD, os pixels são dispostos em 1.280 colunas e 720 linhas, resultando em imagens formadas por quase 1 milhão de pontos. Nas FULL HD, são 1.920 colunas e 1.080 linhas, o que praticamente dobra o número de pontos, e nas ULTRA HD, 3.840 colunas e 2.160 linhas geram quatro vezes mais pontos que a tecnologia convencional. Por outro lado, as diferenças são mais perceptíveis em telas de grandes dimensões, e, mesmo assim, quando você se posiciona mais próximo do aparelho.

Modelos Ultra HD (ou 4K) e 8K costumam ter telas grandes e preços salgados. O primeiro modelo 4K no mercado nacional ― uma LG de 84” lançada em março de 2013 ― custava absurdos R$ 45 mil. Seis meses depois, a mesma LG lançou uma versão com tela “menor” (65”) por R$ 25 mil. Conforme a fila andou, o preço caiu, e agora já é possível encontrar modelos com telas entre 40 e 50 polegadas por cerca de 10% desse valor. Aliás, o mesmo se deu com as TVs HD, que custavam mais de R$ 20 mil às vésperas da Copa de 2006, e hoje saem por pouco mais de R$1 mil. Com crise ou sem crise, a tendência é de queda e, como de costume, os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito.

Note que, embora a nomenclatura 4K seja usada como sinônimo de ULTRA HD, o que ela designa, na verdade, é apenas uma das resoluções ULTRA HD (mais exatamente a resolução mínima, também conhecida como 2160p). Tecnicamente, o 8K também é uma resolução ULTRA HD, mas que tem 7680 colunas e 4320 linhas (4.320 pontos, daí os modelos que utilizam essa tecnológica trazerem a inscrição 4320p). Devido ao custo elevado de produção, o 8K ainda não é facilmente encontrado nas lojas, mas certamente virá a sê-lo dentro de algum tempo, daí eu dizer que comprar a “cereja do bolo” é investir no futuro. E como o preço dos aparelhos de topo de linha tende a cair conforme modelos com tecnologias mais sofisticados vão sendo lançados, a conclusão é óbvia.

Observação: O “p” das nomenclaturas 1080p, 2160p e 4320p vem de “progressive scan” (ou "varredura progressiva), e significa que as imagens são exibidas na tela “de uma só vez”. Para entender isso melhor, basta lembrar que as TVs antigas, “de tubo”, desenhavam as imagens de maneira “entrelaçada” ― ou seja, primeiro as linhas ímpares e depois as linhas pares ―, visando economizar largura de banda na transmissão. No entanto, como a varredura era feita em rápida sucessão, nosso cérebro se encarregava de “juntar” as imagens parciais, levando-nos a “enxergar” a imagem completa.

O que foi dito até aqui já foi discutido em outras oportunidades, mas resolvi revisitar o assunto por conta da tecnologia HDR (sigla em inglês para Aumento do Alcance Dinâmico), que vai ficar para a próxima postagem, que este texto já está longo demais. Abraços a todos e até lá.

DILMA E A DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO

A Delação do Fim do Mundo deve jogar um caminhão de matéria fecal no ventilador e espalhar a aca por centenas de políticos, do presidente Michel Temer a seus deploráveis predecessores petistas, de ministros e ex-ministros a parlamentares e ex-parlamentares, de governadores e ex-governadores a funcionários do alto escalão de estatais e do próprio Executivo, enfim, por uma seleta confraria suprapartidária de (in)dignos representantes do povo brasileiro.

Ainda não se conhecem os detalhes dos 300 anexos que compõem a “mãe de todas as delações”, mas sabe-se que seu conteúdo é nitroglicerina pura. Segundo a Agência Estado, o Príncipe das Empreiteiras, que se relacionava diretamente com a impichada, já revelou que ela tinha total conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e da distribuição de propinas à base aliada do governo. Alguém se surpreende?

Mesmo livrando a estocadora de vento de acusações mais graves, a delação de Marcelo Odebrecht deve comprovar sobejamente que a petralha se beneficiou diretamente do produto da corrupção, e que as propinas não só ajudaram a custear sua campanha eleitoral como lhe permitiram saciar o apetite pantagruélico dos rufiões da pátria e proxenetas do Parlamento que davam apoio a seu imprestável governo. Em outras palavras, Dilma cometeu crimes continuados de prevaricação, e por eles deverá ser processada e julgada como cidadã comum, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. E de nada adianta ela alegar que não participou de nada, que não recebeu propina e que não tem contas no exterior, até porque Nestor Cerveró (lembra dele?) já havia declarado que a dita-cuja, então ministra da Casa Civil, sabia de tudo sobre a negociata da Refinaria de Pasadena.

Observação: A mulher sapiens já vinha sendo investigada no STF por obstrução da Justiça ― por nomear Marcelo Dantas para o STJ em troca da sua promessa de libertar altos executivos de empreiteiras envolvidas no Petrolão, dentre os quais (e especialmente) o próprio Marcelo Odebrecht, e por ter nomeado Lula para a Casa Civil, numa clara tentativa de lhe conceder prerrogativa de foro e tirá-lo do alcance da Lava-Jato e do juiz Sérgio Moro.

Resta saber quem vai em cana primeiro: Lula, Renan, Dilma? Façam suas apostas.

E.T. - No final da tarde de ontem, Renan foi apeado da presidência do Senado por uma decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello. 
Cabe recurso ao plenário - que deverá se posicionar mesmo que o senador não o provoque, até porque a votação da ação que impede réus em processos penais de ocupar cargos que os coloquem na linha sucessória da presidência da República foi obstruída, no início do mês passado, por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. 
Agorinha há pouco (por volta do meio dia), foi dito que o STF deve julgar às 14h00 de amanhã a liminar do ministro Marco Aurélio. Já toffoli tem até o próximo dia 21 para devolver os autos do processo cujo julgamento seu pedido de vista obstruiu, mas como o recesso do Judiciário tem início no dia 20... 
Enfim, vamos ver no que dá mais esse imbróglio.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/