quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO... (Parte 2)

O MAIS PERIGOSO É QUE JÁ ESTÃO CONFUNDINDO JUSTA CAUSA COM CALÇA JUSTA.

Conforme eu disse na postagem anterior, não existe software perfeito, e como o navegador é um aplicativo como outro qualquer, a conclusão é óbvia. Para piorar, não é exatamente incomum um programa que vinha se comportando direitinho passar a apresentar problemas de uma hora para outra. 

Nem sempre é fácil identificar as causas dessas anormalidades, de modo que, no mais das vezes, o melhor é tentar simplesmente resolvê-las. Para tanto, o primeiro passo (e isso não se aplica somente a navegadores, mas a qualquer aplicativo) é encerrar o programa e tornar a executá-lo em seguida. Se não resolver, vale tentar desligar e religar o computador. Com alguma sorte, tudo voltará a funcionar como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: A popularização do uso de PCs e outros eletroeletrônicos fez com que termos como "reset", "reboot" e "reinicialização" passassem a ser largamente utilizados. E não é para menos: seja quando o decodificador da TV a cabo congela, seja quando o sistema operacional trava (apenas para citar duas situações bastante comuns), desligar e religar esses dispositivos pode solucionar o problema. Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligar e tornar a ligar o dito-cujo logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e não é minha intenção encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente, no entanto, que desligar o computador interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Com a opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser suficiente para que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia. Então, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de um ou dois minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária. Já com relação ao decodificador da TV a cabo, deve-se desligá-lo da tomada, até porque, quando o dispositivo trava, o botão liga/desliga costuma ficar inoperante.

Se ainda assim o navegador (ou outro aplicativo rebelde qualquer) continuar instável, o próximo passo consiste em remover e reinstalar o programa. E ainda que o Windows conte com um desinstalador nativo (no Ten, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, localize na lista o programa que você deseja remover, clique em Desinstalar e siga as instruções na tela), melhores resultados serão obtidos com o IOBit Uninstaller ou o Uninstaller Absolut, dentre outros utilitários que fazem uma desinstalação mais aprimorada, removendo uma série de tranqueiras que a ferramenta nativa tende a deixar para trás.

Concluída a desinstalação, deve-se reiniciar o computador (mesmo que isso não seja solicitado expressamente) e rodar o CCleaner ou o Advanced System Care. Concluída a faxina e corrigidos os erros, deve-se reiniciar o computador novamente, baixar os arquivos de instalação do programa removido (preferencialmente a partir do site do fabricante) e reinstalá-lo. Isso costuma resolver, desde que não haja incompatibilidade entre a versão do app e do sistema operacional, ou então que o usuário tenha instalado outro aplicativo que gere um conflito com o programinha supostamente malcomportado. Às vezes, um software deixa de funcionar depois de uma atualização do sistema (como o upgrade do Seven ou do Eight para o Windows 10, ou mesmo a aplicação do update de aniversário deste último). Mas isso já é uma outra história.

Abraços e até a próxima.

COISAS DO JORNALISMO...

A revista Carta Capital critica o Estadão por ter “partido para cima” da Lava-Jato, depois de apoiar sistematicamente as arbitrariedades” envolvendo a operação (o grifo é meu).

Para José Antonio Lima, signatário da matéria, o editorial do jornal com críticas ao procurador Deltan Dallagnol se deve unicamente à forma de funcionamento de uma redação no Brasil. “As mudanças no mar em que os jornalistas navegam são informadas apenas raramente de maneira explícita; no caso do Estadão, em que os editorialistas têm grande proximidade com os donos do jornal, os editoriais têm um peso grande (...) Quando a petista Dilma Rousseff estava no poder e a empreitada contra ela estava alicerçada na campanha anticorrupção, o apoio à Lava-Jato era parte do script para derrubar um governo visto como indesejado pelo jornal, mas, confirmado o impeachment, a maré virou, a ênfase saiu do combate à corrupção e passou para uma alegada proteção aos direitos fundamentais” (clique aqui para ler na íntegra a análise do jornalista).

Eu, particularmente, tenho cá minhas reservas quanto à “isenção” da revista Carta Capital, mas achei a colocação deveras interessante ― quando por mais não seja, pela opinião do jornalista sobre a maneira como funcionam as redações no Brasil, onde o ímpeto jornalístico é libertado quando os alvos das reportagens são de interesse dos donos da publicação, mas contido quando não lhes interessa, embora eles [os donos] raramente coloquem a coisa de maneira explícita.

No caso do Estadão, afirma o editor da Carta Capital, os editoriais têm um peso grande, e os textos da página 3 são recados ao 'chão da fábrica'. O objetivo único da mudança do Estadão parece ser proteger seus interesses ― contemplados pelo governo Temer. “Nos últimos dias, o Planalto tem armado uma arapuca para a Lava-Jato. Será que os donos jornal embarcaram na expedição?", questiona o jornalista. 

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