segunda-feira, 18 de junho de 2018

COMO RESTAURAR O WINDOWS 10 COM UMA UNIDADE DE RECUPERAÇÃO

NÃO CORRIGIR AS PRÓPRIAS FALHAS É COMETER A PIOR 
DELAS.

Já vimos como criar uma unidade de recuperação a partir do próprio Windows e com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Agora, veremos como usar esse salva-vidas, mas não sem antes relembrar que, como qualquer medida profilática, é preciso criá-lo antes que o problema se manifeste ― em outras palavras, ele é como um plano de saúde: melhor ter e não precisar usar do que precisar e não ter.

Observação: Igualmente importante é identificar esse pendrive como “disco de resgate” ou outro nome qualquer que remeta à sua finalidade, evitando, assim, que ele seja usado acidentalmente para outros fins.  

Outro detalhe que eu reputo importante: ao usar um pendrive em vez de um DVD como unidade de armazenamento externo, é mais fácil recorrer aos recursos do próprio Windows (ou seja, sem baixar o assistente de criação de mídia da Microsoft). Basta seguir os passos indicados no post do último dia 14, marcar a opção “Faça backup dos arquivos do sistema na unidade de recuperação” e seguir as instruções do assistente. Note, porém, que serão necessários 16 gigabytes de espaço livre no dispositivo, que o processo demora bem mais do que quando simplesmente criamos a unidade de resgate sem incluir o backup dos arquivos do sistema e que, embora possamos continuar usando o computador durante a cópia dos arquivos, é melhor evitar, porque a execução concomitante de outros aplicativos não só retarda o processo como também aumenta o risco de os arquivos se corromperem.

Feitas essas ressalvas, vamos ao que interessa: se e quando você for usar sua unidade de recuperação para resolver problemas com seu Windows, poderá ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja reconfigurar a ordem de inicialização de modo que os arquivos do sistema sejam procurados primeiro na unidade mídia removível ― ou a máquina tentará iniciar a partir do HD. Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup, que a gente acessa reiniciando o computador e pressionando uma tecla específica durante a contagem da memória.

Observação: Se você não sabe qual tecla pressionar para acessar o Setup, consulte o manual do aparelho ou da placa-mãe, já que isso varia conforme o fabricante e o modelo do BIOS. Na maioria dos casos, essa tecla é  <delete>, <F2> ou <F10>, mas também pode ser , , ou mesmo uma combinação de teclas como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2 (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela inical do Setup, procure alguma referência a “boot” (ou “início”, ou ainda “inicialização”, caso os menus estejam em português). Pode ser um separador ou uma opção embutida num menu. No pé da tela, haverá informações de como navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter> para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup).

Uma vez localizada a tela, altere a sequência de modo que a unidade de mídia removível (USB) se torne o dispositivo prioritário (1st boot device). Na própria tela você encontrará informações de quais teclas usar nessa alteração (normalmente são as setas e/ou os teclas de + e). Sugiro definir a unidade USB como prioritária e manter o HD como segunda opção, pois assim não será preciso reverter à configuração anterior mais adiante, uma vez que, sem uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Concluída a reconfiguração, pressione para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Em computadores de fabricação recente, o BIOS pode ter sido substituído por um sistema chamado UEFI, que é bem mais intuitivo, mas o procedimento é basicamente o mesmo, como também as teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o uso do mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Para iniciar o computador a partir da unidade de resgate, conecte o pendrive numa portinha USB, ligue a máquina e siga as instruções na tela. Entre as opções disponíveis, você poderá executar a ferramenta que tenta corrigir os erros que estejam impedindo o computador de inicializar normalmente, reverter o sistema a um ponto de restauração criado previamente, retornar à versão anterior do sistema ― o que pode ser interessante se você estiver tendo problemas após ter instalado algum update abrangente fornecido pela Microsoft ― ou mesmo reinstalar o Windows preservando (ou não) seus arquivos pessoais.

Boa sorte.

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