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terça-feira, 18 de setembro de 2018

COMO TRANSFORMAR UMA TV DE TUBO EM SMART (CONTINUAÇÃO)


UM POUCO DE DESPREZO ECONOMIZA UM BOCADO DE ÓDIO.

Adicionar funções de smart TV a um modelo de tubo exige um conversor de sinal HDMI para vídeo composto, um dispositivo Chromecast (mais detalhes nesta postagem), um smartphone compatível com o Chromecast — que pode ser Android ou iPhone — e um cabo de áudio e vídeo.

Comece por conectar cabo de áudio e vídeo na respectiva entrada do televisor e plugue a outra ponta no conversor de sinal HDMI para vídeo composto. Feito isso, conecte o Chromecast ao conversor e ambos às respectivas fontes de energia.
Ligue a televisor, ajuste o source para AV e siga as instruções que acompanham o Chromecast para fazer a configuração.

Pronto! Agora você tem uma smart TV sem precisar comprar um aparelho novo, e poderá, com os inúmeros recursos que o Chromecast, assistir a filmes e séries pela Netflix, reproduzir vídeos do YouTube, escutar músicas e muito mais.

Observação: Não deixe de ler também esta postagem).

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

UM POUCO DE HISTÓRIA E COMO TRANSFORMAR UMA TV DE TUBO EM SMART


OS PROBLEMAS NÃO SE CRIAM NEM SE RESOLVEM, SÓ SE TRANSFORMAM.

Não há exagero algum em afirmar que, do ponto de vista da tecnologia, o mundo evoluiu mais nos últimos 150 anos do que nos 30 séculos anteriores. 

Entre o final do século XIX e meados dos anos 1900, os veículos com motor de combustão interna substituíram as carroças de tração animal, os irmãos Wright e Alberto Santos Dumont construíram os primeiros protótipos das aeronaves que, mais adiante, levariam centenas de passageiros de um ponto a outro do planeta em questão de horas e, nos oceanos, imensos transatlânticos movidos a diesel ou energia nuclear tomaram o lugar das arcaicas embarcações à vela. 

Foi também nesse período que surgiram o helicóptero (idealizado originalmente por Leonardo da Vinci), o submarino atômico (imaginado por Júlio Verne e imortalizado em seu livro Duas Mil Léguas Submarinas (publicado em meados do século XIX), o telégrafo, o telefone, a televisão, o computador, a internet, os smartphones, enfim...

O televisor desembarcou por aqui em meados dos anos 1950 e ainda é o “eletrodoméstico” mais popular entre os brasileiros. Os imensos modelos de tubo reinaram absolutos até o final do século passado, quando começaram a ser substituídos por versões de plasma e LCD, que propiciaram a construção de aparelhos leves e esguios, ainda que com telas de grandes dimensões e capazes de exibir imagens com altíssima fidelidade. 

Ao longo desse caminho surgiram o videoteipe, a transmissão em cores, o sinal por satélite, o controle remoto sem fio, o videocassete, a TV por assinatura, o DVD Player, a transmissão digital e as smart TV — estas últimas surgiram em 2011 e têm como principal diferencial a capacidade de acessar a internet e rodar aplicativos os mais variados, estando para as TVs convencionais como o iPhone X para um celular de 1999.

Como sói acontecer com qualquer inovação tecnológica, as smart TVs se tornaram mais baratas com o passar do tempo, e atualmente é possível encontrar modelos de 32 polegadas por menos de R$ 1 mil — valor que, feitas as devidas conversões, corresponde a menos de um décimo do que custava uma TV de tubo em meados da década de 70. Mas vivemos tempos bicudos, com uma recessão braba e mais de 12 milhões de desempregados. Mil reais correspondem a cerca de um salário mínimo, mas nem todo mundo pode investir esse valor num televisor, sobretudo se o modelo em uso ainda funcionar, mesmo que esteja tecnologicamente defasado. 

Por outro lado, sempre há quem comprou uma TV novinha em folha para assistir ao fiasco da seleção canarinho na Copa de 2018 e agora não sabe o que fazer com a velha TV de tubo que usava até então. Uma possibilidade é transformá-la num aquário, mas talvez seja melhor gastar uns trocados a mais e fazer dela uma smart TV.

Interessado? Então não deixe de ler a postagem de amanhã.

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sexta-feira, 6 de julho de 2018

O GRITO DE GOL CHEGOU MAIS CEDO

TODAS AS VERDADES SÃO FÁCEIS DE PERCEBER DEPOIS DE TEREM SIDO DESCOBERTAS; O PROBLEMAS É DESCOBRI-LAS.

Embora eu tenha tratado deste assunto durante a Copa de 2014, é possível que muitos leitores que hoje me honram com sua atenção não seguissem meu humilde Blog naquela época — e muitos dos que me seguiam já não apareçam mais por aqui, mas isso é outra história.

O fato é que eu mesmo não me lembrava mais do motivo pelo qual a gente ainda está assistindo à finalização de um lance e alguns vizinhos já estão gritando “gol”, e quando vemos a bola na rede, os primeiros rojões já se sobrepõem ao barulho irritante daquelas abomináveis cornetas que alguns torcedores insistem em soprar (não sei o que é pior, mas enfim).

Esse delay (ou demora, como queira) não se deve a algum defeito no caríssimo televisor de não sei quantas polegadas que você comprou especialmente para assistir ao mundial deste ano, mas sim à transmissão digital, que requer um processamento adicional (tanto na transmissão quanto na recepção) que a tecnologia analógica dispensava. É isso gera um retardo que, em determinadas situações, pode ser de quase 10 segundos.

Então, se gritar “gol” antes dos vizinhos é mais importante para você do que a qualidade da transmissão, acompanhe o jogo pelo rádio. Na copa anterior, quando o sinal analógico ainda não havia sido desligado, podia-se contornar esse “inconveniente” desconectando o decodificador da operadora de TV por assinatura e recorrendo à antena coletiva do prédio (ou a telescópica do próprio aparelho, se houvesse) para assistir a transmissão da partida por um canal aberto. Só que esse truque não funciona mais.

Por essas e outras, teve gente que resgatou do fundo do baú aquele radinho de pilha que o avô levava ao estádio nos anos 1970, e assim ter o gostinho de gritar “gol” antes dos vizinhos — nesses aparelhos, o intervalo entre a transmissão e a recepção do áudio não passa de 1 segundo.

Nem é preciso lembrar que hoje, a partir das 3 horas da tarde, ou a Bélgica manda a "seleção brasa" de volta para o inferno tupiniquim (o que é apenas força de expressão, pois somente 3 jogadores escalados pelo "professor" para esta copa atuam no Brasil), ou a agonia continua até o próximo dia 10. A conferir.

EM TEMPO

Longe de mim querer estragar seu dia ou atrapalhar sua torcida, mas não posso deixar de relembrar a situação calamitosa que o Brasil atravessa, às vésperas de uma eleição presidencial imprevisível, com R$ 13 milhões e lá vai fumaça de desempregados e outros probleminhas que tais.

Enquanto a população torce em peso pela seleção canarinho, a FIFA informa que aumentou o valor das premiações para os escretes participantes. Agora, o time campeão embolsará R$ 147 milhões de reais (no mundial de 2014, a Alemanha levou “míseros” R$ 136 milhões).

A seleção de Tite já garantiu R$ 62 milhões ao passar para as quartas de final. Se chegar às semifinais ou se derrotar todos os adversários, vai ganhar ainda mais: o campeão levará R$ 147,7 milhões; o vice, R$ 108,9 milhões; o terceiro colocado, R$ 93,3 milhões, e o quarto, R$ 85, 5 milhões. No total, a bolada é de R$ 1,56 bilhão.

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terça-feira, 26 de julho de 2016

GAMBIARRA QUE DÁ CERTO


A JORNADA NÃO ACABA COM A MORTE, APENAS SEGUE POR UM OUTRO CAMINHO.

Você finalmente comprou sua nova TV de altíssima definição, com tela gigante, conexão Wi-Fi e Bluetooth, suporte nativo ao Netflix e uma porção de outros mimos. Custou caro, mas valeu cada centavo, você diz para seus botões. Pena que o som não seja lá uma Brastemp, com aqueles graves retumbantes e agudos bem definidos, que, no cinema, parecem brotar das paredes.

Mas não faz sentido nadar tanto para morrer na praia: uma tela como essa, que o coloca dentro da cena do filme, do jogo ou da corrida, e um sonzinho chinfrim? Sem chance. Então você resolve comprar um Home Theater.

Depois de esquadrinhar as características de dezenas de aparelhos, você se embebeça por um modelo da SONY com design bonito e elegante, potência de sobra e fartura de opções de conectividade, além de comandos intuitivos e menu fácil de navegar. Não fosse o preço, seria sopa no mel: o brinquedinho custa quase tanto quanto você pagou (ou vai pagar, porque dividiu a mordida em parcelas a perder de vista) pela sua nova TV. E em dias bicudos, como os atuais, castigar o já combalido orçamento com mais uma prestação não é uma boa ideia.

Todavia, é possível incrementar o som da TV sem abrir mão do jantar semanal na churrascaria, por exemplo, ou de outro entretenimento caro, mas prazeroso, que você ainda se dá ao luxo de usufruir. Basta comprar um bom conjunto de caixas de som 2.1 para PCs (se puder investir um pouco mais, escolha um modelo 5.1). Há opções a partir de R$20, mas as melhores custam entre R$100 e R$300 ― e como diz um velho ditado, “quem paga mal paga duas vezes”.

Antes de correr para a loja (ou de encomendar o produto num site de e-commerce), verifique se sua TV tem um conector identificado como Audio Out ou Headphone Out. A maioria dos aparelhos fabricados nos últimos dez anos tem. Aí é só conectar as caixinhas ao televisor, plugar o cabo de energia na tomada e posicioná-las de modo a obter a melhor experiência acústica.

Note que será preciso comprar também um adaptador RCA Estéreo/P2 se a saída da sua TV for do tipo RCA. Mas esse complemento custa barato e pode ser encontrado em qualquer loja de eletrônica ou de suprimentos para informática.

Boa diversão. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

HD, FULL HD, ULTRA HD, 4K, 8K? O QUE REPRESENTAM ESSAS SIGLAS E COMO ESCOLHER A RESOLUÇÃO ADEQUADA NA HORA DE COMPRAR UMA TV (PARTE 3)

A JUVENTUDE NÃO É UMA ÉPOCA DA VIDA, MAS SIM UM ESTADO DE ESPÍRITO. 

Vimos no post anterior que o “p” das nomenclaturas 1080p, 2160p e 4320p remete a uma tecnologia conhecida como “progressive scan” ― ou “varredura progressiva” ―, mediante a qual as imagens são desenhadas na tela de uma só vez, diferentemente das antigas TVs de tubo, que exibiam as linhas pares e ímpares separadamente, ainda que numa transição tão rápida que a gente nem chegava a perceber.

Vale frisar que o “entrelaçamento” não foi aposentado junto com os monitores CRT. TVs modernas, com telas LCD, mas identificadas pelo número de linhas seguido da letra “i”, de “interlaced” (como em 1080i) se valem dessa tecnologia e, portanto, exigem imagens menos nítidas e com bordas mais irregulares do que utilizam a varredura progressiva (identificada, conforme já foi dito, pela letra “p”, como em 1080p). Embora ambas sejam resoluções de alta definição, o entrelaçamento faz com que somente metade dos frames seja desenhada na tela a cada varredura. Em outras palavras, a imagem é dividida em dois “quadros”, cada qual com 540 linhas de pixels, que são atualizados de maneira alternada, ou seja, primeiro as linhas pares e, em seguida, as linhas ímpares, ficando a cargo do cérebro do usuário o trabalho de unir os dois quadros e formar a imagem final.

O lado bom da história é que a maioria dos modelos de alta definição de gerações recentes são capazes de converter o sinal entrelaçado para o formato progressivo. Ainda assim, em cenas que envolvem velocidade, como corridas de automóveis e outros eventos esportivos, é possível visualizar um leve borrão durante a troca de cenas. Mas como você certamente assiste ao jogo do seu time ou o GP de F1 tomando uma breja gelada, talvez nem perceba esse detalhe ― a não ser em telas de grandes dimensões.

Em telas com menos de 42 polegadas, a maioria das pessoas nem nota diferença entre o 1080i e o 1080p, até porque, como dito, a formulação é tão rápida que a gente visualiza somente a imagem já pronta, e não as partes se unindo. No entanto, se a diferença de preço não for absurda, convém investir num modelo 1080p, que é considerado superior por apresentar maior nitidez na formação das imagens.

Vale salientar também que TVs Ultra HD (ou 4K) combinam melhor com aposentos amplos, até porque essas tecnologias são usadas quase que exclusivamente em aparelhos de grandes dimensões (também nesse caso os benefícios não são perceptíveis em modelos de 32 polegadas ou de tamanhos inferiores. Isso porque as imagens com essa resolução são compostas por mais de 8 milhões de pixels ― contra pouco mais de 2 milhões na resolução Full HD (1080 linhas), e quanto maior número de pontos, mais visíveis se tornam os detalhes. Isso nos leva a achar maravilhosas as TVs Ultra HD expostas nas prateleiras dos espaçosos hipermercados, mesmo quando olhamos as imagens bem de perto. Todavia, quem mora num imóvel acanhado (ou em apertamentos, que parecem estar na moda nas grandes metrópoles) dificilmente terá como acomodar um monstro desses e assistir à programação de uma distância que não o obrigue a virar a cabeça de um lado para outro, como se estivesse acompanhando de perto um jogo de tênis de mesa. Pense nisso antes de sacar seu poderoso cartão de crédito.

No que concerne à falta de conteúdo em 4K, é bem verdade que isso desestimula o consumidor, pois limita significativamente o aproveitamento das altas taxas de resolução disponibilizadas pelos caros aparelhos de topo de linha. E ainda que a oferta de vídeos em Full HD ― e mesmo em Ultra HD ― por serviços de streaming como os da Amazon, Hulu, Netflix e YouTube venha aumentando progressivamente, as emissoras e os serviços por assinatura deverão continuar a transmitir em HD por mais um bom tempo, pois a transmissão em 4K exige investimentos vultosos, e a coisa é ainda pior no caso da difusão do sinal via satélite.

A conclusão fica para a próxima postagem, pessoal. Abraços e até lá.

terça-feira, 14 de junho de 2016

HD, FULL HD, ULTRA HD, 4K, 8K? O QUE REPRESENTAM ESSAS SIGLAS E COMO ESCOLHER A RESOLUÇÃO ADEQUADA NA HORA DE COMPRAR UMA TV? (CONTINUAÇÃO)

QUANTO MAIOR O PODER, MAIS PERIGOSO É O ABUSO. 

Prosseguindo com o que eu dizia no post anterior, sobre a importância da resolução na escolha de um televisor, monitor de vídeo ou outro aparelho que exiba imagens a partir de um display digital, pagar caríssimo por um modelo com tecnologia Ultra HD, 4K ou 8K é apostar no futuro. E como toda aposta, essa também envolve riscos. Vejamos isso melhor.

O conteúdo que permite usufruir plenamente dessas altíssimas resoluções ainda é bastante escasso, e, se for para assistir à programação convencional (TV aberta, canais por assinatura e vídeos em DVD), não vale a pena gastar os tubos em aparelhos de ultimíssima geração, que podem custar mais de R$ 30 mil, quando modelos HD e Full HD de 40 ou mais polegadas ― alguns, inclusive, com tela curva ― saem por menos de R$2 mil.

Quem se apressou a comprar DVD players com suporte ao Blu-Ray e televisores com suporte ao 3D investiu pesado e, de certo modo, acabou com um mico nas mãos, pois a “revolução” que essas tecnologias prometiam acabou por não se cumprir. Minha irmã, por exemplo, quando trocou seu velho desktop por um note de última geração, há alguns anos, adicionou à configuração que eu lhe havia sugerido uma leitora com capacidade de reproduzir vídeos em Blu-Ray, o que elevou significativamente o preço final da máquina. Por azar, o drive óptico veio com defeito, e a Dell levou mais de um mês para solucionar o problema. Nesse entretempo, ela comprou um iPad, e passou a usar o notebook em raríssimas ocasiões ― e não me consta que jamais tenha assistido um filme em Blu-Ray, com a possível exceção da amostra enviada pela Dell, para provar que o novo note estava em perfeitas condições.

Observação: No que concerne ao 3D, informações divulgadas pelo site coreano ET News (clique aqui para ler a matéria em inglês) dão conta de que a Samsung e LG estão abandonando a produção de TVs 3D, já que o recurso não teve grande aceitação e a quantidade de conteúdo nesse formato continua limitadíssima, sendo mais compensador, para os fabricantes, investir nas tecnologias 4K e de realidade virtual.

Voltando ao Ultra HD, 4K e 8K, as duas primeiras nomenclaturas são usadas indistintamente para designar a uma tecnologia que excede o HD (sigla em inglês de High Definition, ou alta definição) e o Full HD. Como você deve estar lembrado, caso tenha lido o post anterior, a resolução HD exibe os pixels em 1.280 colunas e 720 linhas, resultando em imagens formadas por quase 1 milhão de pontos, e o Full HD, em 1.920 colunas e 1.080 linhas, o que aumenta o número de pontos para pouco mais de 2 milhões. Já o Ultra HD (ou 4K) trabalha com 3.840 colunas e 2.160 linhas, o que equivale a quatro vezes mais pontos do que no Full HD.

Note que, embora a nomenclatura 4K seja usada como sinônimo de Ultra HD, o que ela designa na verdade é apenas uma das resoluções Ultra HD (mais exatamente a resolução mínima, também conhecida como 2160p). Tecnicamente, o 8K também é uma resolução Ultra HD, mas que tem 7680 colunas e 4320 linhas, perfazendo 4.320 pixels (daí ela ser conhecida como 4320p), o que corresponde ao dobro do que é oferecido pela tecnologia 4K. Devido ao custo elevado de produção, o 8K ainda não é disponibilizado em escala comercial, mas certamente virá a sê-lo dentro de algum tempo, daí a gente dizer que comprar a “cereja do bolo” é investir no futuro. E como o preço dos aparelhos de topo de linha tende a cair conforme modelos com tecnologias mais sofisticados vão sendo lançados, a conclusão é óbvia.

Por último, mas não menos importante, vale dizer que o “p” das nomenclaturas 1080p, 2160p e 4320p vem de “progressive scan” (ou "varredura progressiva), e significa que as imagens são exibidas na tela “de uma só vez”. Para entender isso melhor, basta lembrar que as TVs antigas, “de tubo”, desenhavam as imagens de maneira “entrelaçada”, ou seja, primeiro as linhas ímpares e depois as linhas pares, visando economizar largura de banda na transmissão. E como a varredura era feita em rápida sucessão, nosso cérebro se encarregava de “juntar” as imagens parciais, levando-nos a “enxergar” a imagem completa.

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

HD, FULL HD, ULTRA HD, 4K, 8K? O QUE REPRESENTAM ESSAS SIGLAS E COMO ESCOLHER A RESOLUÇÃO ADEQUADA NA HORA DE COMPRAR UMA TV?

SE FOSSE CORRUPTOR, O PODER SERIA MALDITO E PROSCRITO, O QUE ACARRETARIA A ANARQUIA. 

Por conta da crise que se instalou no país, fomentando o desemprego e a inflação e derrubando as vendas nos mais variados setores do comércio, pesquisar preços é fundamental. 

Dias atrás, eu comentei que uma cabeça de erva-doce custava R$9 no Natural da Terra e R$3 no Assai, que ficam aqui no Jardim Marajoara, separados por menos de 2 km. Já o litro do álcool, vendido a R$2,99 num posto de bandeira Ipiranga, sai por R$1,99 no concorrente, de bandeira Petrobras, do outro lado da avenida. Centavos, dirá você. Talvez, mas considere um tanque de 60 litros e faça as contas ― com a diferença, dá para comprar 3 cabeças de erva-doce no sacolão e 10 no atacarejo.

No caso de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a discrepância é ainda mais gritante ― daí minha recomendação no sentido de não sair às compras antes de fazer uma cuidadosa cotação de preços no Mercado Livre, Bondfaro ou Buscapé, dentre outros serviços similares que permitem filtrar os produtos de diversas maneiras, inclusive pelo preço).

Observação: Uma pesquisa feita pela Proteste ― associação não governamental voltada à defesa do consumidor ―, no final do ano passado, acusou variações de preço de mais de 70% num televisor Samsung de 32 polegadas, de 65% no smartphone LG OPTIMUS G2 D805, e de 60% na multifuncional CANON PIXMA MG3510 (e de inacreditáveis 200% no pãozinho francês, nos supermercados e padarias da região metropolitana do Rio, mas isso é outra história).

É importante ter em mente que a comparação de preços só faz sentido quando levamos em conta aparelhos idênticos (da mesma marca e modelo) ou similares (de marcas diferentes, mas com configurações e recursos equivalentes). Fazendo uma analogia com o universo automotivo, tanto um fusca da década de 70 quanto uma Porsche 718 Cayman levam a gente um ponto a outro, mas... bem, acho que é escusado explicar a diferença...

Passando ao mote desta postagem, vale dizer que na hora de comprar um aparelho de TV ― note que vou me restringir a esses eletrônicos, mas as considerações a seguir se aplicam também a monitores de computador, telas de notebooks, tablets e smartphones e outros aparelhos que exibem imagens através de um display ―, a característica que mais chama a atenção dos consumidores/usuários, ao lado da marca, modelo, dimensões e preço, é a resolução, notadamente após as telas LCD e, em menor escala, de plasma terem jogado uma pá de cal nos anacrônicos tubos de raios catódicos (CRT). Mas, afinal, o que é resolução? Qual a diferença entre HD, FULL HD, 4K, 8K, etc.? Bem, é isso que veremos a seguir, em linguagem simples e acessível a leigos e iniciantes ― para quem quiser se emaranhar em detalhes técnicos, o Google é sopa no mel.

Primeiramente, cumpre salientar que o termo resolução, no âmbito desta matéria, remete à quantidade de linhas e colunas de pixels que compõem as imagens. Em outras palavras, quanto maior o número de pixels, mais bem definidas serão as imagens exibidas na tela. Atualmente, a maioria dos aparelhos à venda nas lojas de utilidades domésticas e grandes magazines apresenta resolução HD, embora modelos mais sofisticados, com tecnologia “Full HD”, disputem espaço nas prateleiras. Já os “Ultra HD” e “4K”, são mais difíceis de encontrar ― a não ser em lojas voltadas a um público-alvo mais “seleto”, por assim dizer. Até porque a resolução reflete diretamente no preço do aparelho, que também varia conforme a marca, o modelo, o tamanho da tela e os recursos oferecidos. Em outras palavras, modelos HD são geralmente mais baratos que os Full HD, que, por seu turno, custam menos que os Ultra HD, e assim por diante.

A resolução HD exibe os pixels em 1.280 colunas e 720 linhas, resultando em imagens formadas por quase 1 milhão de pontos. No caso do Full HD, são 1.920 colunas e 1.080 linhas, o que aumenta o número de pontos para pouco mais de 2 milhões, ao passo que o Ultra HD trabalha com 3.840 colunas e 2.160 linhas, o que equivale a quatro vezes a resolução Full HD.

Observação: A diferença entre as resoluções é mais perceptível no caso do HD e do Full HD, notadamente em telas de grandes dimensões e por espectadores que se posicionam mais próximos do aparelho. Portanto, ao escolher um televisor, você deve cotejar o tamanho da tela com o do ambiente onde irá colocar o aparelho, bem como a distância que irá separá-lo da sua poltrona ou sofá. Nas TVs HD, converta a medida da tela expressa em polegadas para a escala métrica e multiplique por dezoito, e nas Full HD, por 21. Nas Ultra HD não é preciso fazer contas, pois quantidade de pontos torna quase impossível notar qualquer imperfeição na imagem ― daí essa tecnologia ser mais adequada a aparelhos com telas de grandes dimensões (a partir de 42 polegadas).

Via de regra, a resolução HD considerada suficiente para a programação da TV digital aberta, canais a cabo ou via satélite e DVDs, que em geral oferecem conteúdo com essa resolução. Já se você assiste a vídeos em Blu-Ray ou utiliza serviços como o Netflix e iTunes Store, convém gastar um pouco mais numa TV Full HD.

Quanto às resoluções Ultra HD, 4K e 8K, bem, vamos começar por dizer que as duas primeiras nomenclaturas são usadas indistintamente para designar a mesma coisa, e que aparelhos com essas tecnologias costumam ter grandes dimensões, telas curvas ― ou mesmo flexíveis ― e preços nas alturas, e que compra-los, atualmente é fazer um investimento no futuro, como será visto na próxima postagem, já a atual está ficando extensa demais. Abraços a todos e até lá.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

SÉRIES NETFLIX ― CADÊ AS NOVAS TEMPORADAS?

O SILÊNCIO É A MAIS PERFEITA EXPRESSÃO DO DESPREZO.

Serviços de Streaming de Vídeo, como o festejado NETFLIX, substituem com vantagens a tradicional TV por assinatura. Mesmo que as a maioria das operadoras já permita assistir à programação que foi ao ar horas antes (nem todas e nem todos os canais, convém deixar claro), nada melhor do que ter total liberdade na escolha da data e horário ― especialmente quando se trata de um seriado com vários episódios.

Mas nada é perfeito, e há casos em que novos títulos ou novas temporadas das séries demoram a ser disponibilizados ― situação em que nada substitui o DVD, hoje bem menos popular, mas que ainda é a escolha primária de colecionadores e outros aficionados.

Enfim, se você está ansioso pelo lançamento de algum filme ou uma das séries originais NETFLIX, como é o caso deste humilde escriba, talvez fique contente em saber que a tão esperada quarta temporada de HOUSE OF CARDS será lançada no início do mês que vem (a previsão é para 4 de março), e a segunda temporada da série O DEMOLIDOR, duas semanas depois (18 de março). Já a segunda temporada da série BETTER CALL SAUL, produzida pela AMC e distribuída mundialmente pelo NETFLIX, deve entrar na grade de exibição no próximo dia 16, e a quarta de ORANGE IS THE NEW BLACK, em 17 de junho.

Para mais detalhes sobre essas e outras estreias, basta seguir este link

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

POR QUE O NETFLIX REMOVE TÍTULOS DO CATÁLOGO?

A PAIXÃO EMBOTA A RAZÃO DOS HOMENS, MAS BASTA QUE ELES SEJAM CORRESPONDIDOS PARA QUE RECUPEREM O JUÍZO E SAIAM A FAREJAR O AR, EM BUSCA DE NOVAS PRESAS.

O Netflix é uma alternativa interessante aos planos convencionais de TV por assinatura e, principalmente, à programação medíocre exibida pela rede aberta (a não ser para quem curte o Faustinho, o Sílvio Espantos, o Big Bosta e outras porcarias que tais). Com um custo mensal a partir de R$19,90, você assiste ao filme que quiser na hora que quiser, interrompe e retoma a exibição a qualquer momento, livra-se dos intermináveis intervalos comercias da TV aberta e, de quebra, dá adeus à irritante “propaganda eleitoral obrigatória”.

Por outro lado, é comum acontecer de a gente deixar para amanhã o que pode assistir hoje (ou que deveria ter assistido ontem) e ficar a ver navios, pois, conforme eu comentei nesta postagem, o Netflix adiciona e remove títulos do seu catálogo regularmente, e isso pode pegar no contrapé um usuário desavisado esteja acompanhando um seriado qualquer e de repente não encontre mais nenhuma das temporadas na grade do serviço.

Isso ocorre porque cada filme que a gente assiste no Netflix é fruto de negociações entre a rede e os detentores dos direitos autorais da obra. O preço que os estúdios cobram varia conforme o custo de produção de cada filme, do sucesso de crítica e de fãs, da audiência medida pela televisão, etc., e, ao final do prazo avençado, a rede pode negociar uma dilação ou simplesmente remover o título do catálogo (ou por outra, a série precisa “se pagar” para permanecer disponível). Se determinado título exigiu um investimento “X” e não gerou a devida contrapartida por parte dos assinantes, mantê-lo é pagar para continuar oferecendo um produto que quase ninguém quer em vez de investir em algo que os usuários avaliem com cinco estrelinhas e recomendem a seus colegas, amigos e parentes.

Note que nem sempre uma remoção se dá por iniciativa do Netflix. Há casos em que um estúdio resolve não mais ceder os direitos de alguma obra — por achar mais vantajoso vendê-los a um concorrente (como o Hulu, por exemplo), ou por criar seu próprio serviço de streaming (como o HBO GO).

Mas o lado bom da história é que as inclusões vêm sempre superando as exclusões, e que séries produzidas pelo próprio Netflix, como Demolidor, House of Cards etc., não saem de cartaz, pois não dependem de renovações de contrato com quem quer que seja.

Para mais informações, assista a este vídeo (clique no ícone da engrenagem para exibir legendas em português).

terça-feira, 1 de outubro de 2013

PACOTES BANDA LARGA / TV A CABO - PROBLEMAS, ARMADILHAS, DESRESPEITO COM OS CONSUMIDORES


No post anterior, eu dizia que era possível obter vantagens renegociando o contrato de banda larga e TV por assinatura com as respectivas operadoras, mas que era preciso tomar cuidado, pois prestação de serviço, no Brasil, é uma m****.  Hoje, para reforçar essa assertiva, transcrevo a mensagem que enviei para a VIVO, dias atrás, cujo teor dispensa maiores explicações:

À VIVO TELEFONICA BRASIL S/A

Prezados senhores.

Em 29/08/13 eu aceitei uma proposta de migração da TV digital para FIBRA, que reduziria o valor da mensalidade (TV e Internet) e aumentaria a velocidade do meu SPEEDY FIBRA de 30 para 50 Kbps. A instalação, programada para o dia 03/09, só foi realizada em 05/09, embora meu sinal de Internet tenha sido cortado em 30/08.

Com a migração, os pacotes HBO e CINEMAX desapareceram. Depois de dezenas de ligações ao longo de três semanas – e de horas a fio ouvindo a musiquinha da VIVO – colecionei dúzias de protocolos e informações das mais desencontradas: de problemas na rede (com promessa de retorno em 12 ou 24 horas), falta da baixa na ordem de serviço (que o instalador havia dado na minha presença, dias antes), entrega de um gravador (que nunca me foi oferecido nem tampouco solicitado), até a pura e simples inexistência dos canais em questão no meu cadastro – embora eu tivesse solicitado o plano FULL.  

Na tarde de 27/09, um atendente me guiou numa reconfiguração (envolvendo o desligamento e religamento do modem, roteador e decodificadores), mas o sinal só foi restabelecido em três dos quatro pontos e, mesmo assim, sem a inclusão dos canais que eu queria reincluir. Para piorar, o decodificador do ponto principal travou e só voltou a funcionar depois que eu desliguei e religuei tudo de novo.

Na manhã seguinte, a atendente JENIFER, do Depto. Comercial (protocolo 20131860468334), cancelou meu pacote FULL e reincluiu o FLEX2 – ainda que me custasse mais caro pagar em separado pelos pacotes Telecine, HBO e Cinemax, eu esperava ao menos por um ponto final nessa comédia, que já assumia ares de tragédia. Leda pretensão.

Na segunda-feira, 02/09, os canais não haviam subido, e outro atendente agendou uma visita técnica para o dia seguinte. O funcionário compareceu no horário avençado e, mesmo não entendendo a razão da chamada (já que o problema teria de ser resolvido com a central), intermediou o contato com o bendito Depto. Comercial e em poucos minutos os pacotes HBO e Cinemax reapareceram. Já o Telecine, segundo a atendente FÁTIMA, não estava incluído do meu cadastro, de modo que ela sugeriu contratar o pacote FULL (coisa que, aliás, era minha intenção desde o começo). No entanto, diante desse imbróglio monumental, eu achei melhor deixar a coisa como estava.

CONCLUSÃO DOS FATOS: Nada do que me foi prometido foi cumprido, os valores informados quando da proposta de migração não foram mantidos, acabei sendo obrigado a pagar em separado por canais que faziam parte do plano anterior (e abrir mão do plano FULL, que me custaria menos). Demais disso, no mesmo dia da visita do técnico, recebi uma fatura de R$ 116,64 (sendo R$ 35,82 referentes a “aluguel de equipamento”) em nome da minha esposa (titular da linha), com um novo código de cliente e vencimento em 09/10 (as faturas anteriores venciam todo dia 13). Mais uma vez, ninguém me informou da alteração nem explicou como ficaria o SPEEDY, que até agora vinha sendo cobrado na conta do telefone, e considerando que as informações fornecidas pelo pessoal do 10615 não são lá muito confiáveis, para se dizer o mínimo, eu me sinto “no mato sem cachorro”.

Em face de todo o exposto, considerando os mais de quatro anos de bons serviços prestados pela TVA e os quase oito do SPEEDY, achei por bem lhes submeter essa resenha antes de pedir socorro à ANATEL ou recorrer à INFO, à PROTESTE, ao RECLAME AQUI e a outros veículos de comunicação em que, na condição de jornalista e articulista de TI, eu tenho alguma penetração.
Sem outro particular e na expectativa de sua habitua atenção, apresento-lhes minhas cordiais

Saudações.

Bom dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 14 de março de 2013

TV A CABO - O GOLPE


Antes de qualquer outra coisa, Habemus Papam. 
No final da tarde de ontem, subiu a fumacinha branca e, como num milagre do Espírito Santo, temos um novo Papa. Jesuíta (contrariando as expectativas), e Argentino... Ainda bem que eu não sou fã de futebol. Enfim, dizem que DEUS é brasileiro, de maneira que...  

Lá pela década de 80, quando os fumantes podiam dar suas baforadas sem que ninguém lhes enchesse o saco, o (então famoso) jogador Gérson protagonizou um comercial do cigarro Vila Rica com o bordão “o importante é levar vantagem”, aludindo à boa qualidade aliada ao baixo preço dessa marca. No entanto, não demorou para que a assim chamada “Lei de Gérson” passasse a ser vista como algo nocivo, onde levar vantagem implicava ignorar os princípios da ética e da moral – como é no caso de quem faz “gato” na rede elétrica ou de TV a cabo, apenas para citar uma prática largamente utilizada – não só, mas principalmente – por moradores de “comunidades” (hoje é politicamente incorreto falar em “favelas”).
Falando em TV a cabo, há diversas maneiras de surrupiar o sinal. O método varia conforme a tecnologia utilizada pela operadora; às vezes, basta instalar um splitter (conector “em T” que funciona como um benjamim) para compartilhar o serviço pago pelo vizinho, mas maracutaias mais sofisticadas contam geralmente com a participação dos instaladores, que oferecem um decodificadores capazes de acessar todos os canais sem a incomodativa contrapartida da fatura mensal.

Observação: No meu caso específico, o cara era realmente funcionário da TVA – hoje VIVO TV – e o desbloqueio, que custaria R$ 600, seria feito mediante a substituição do cartão convencional (aquele que a gente precisa remover e reinserir para restabelecer o sinal após um apagão, por exemplo) por um “módulo” usado pelos técnicos para destravar e testar os canais. Todavia, há escroques que se passam por prepostos da empresa e tomam o dinheiro dos incautos em troca de um cartão grosseiramente falsificado e um número de telefone “frio” (qualquer coisa, doutor, liga direto pra mim). Valendo-se de técnicas de engenharia social, eles convencem o "cliente" a aguardar uma ou duas horas até que “o sinal seja liberado” e, com a grana no bolso, saem em busca da próxima vítima.

Num mundo perfeito, qualquer cidadão de bem denunciaria um funcionário desonesto a seu empregador, mas como não vivemos num mundo perfeito, cautela e canja de galinha...

Um ótimo dia a todos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A EVOLUÇÃO da TV e o que vem por aí


Se o seu televisor ainda tem lenha para queimar, resista à tentação de substituí-lo de imediato, pois a TV DO FUTURO promete mudar radicalmente nosso hábito de assistir aos programas passivamente, escarrapachados no sofá.
Para quem não sabe (ou não se lembra), a Televisão chegou ao Brasil em setembro de 1950, quando Assis Chateaubriand fundou a (hoje extinta) TV TUPI. A despeito do “amadorismo” inicial, logo surgiram novas emissoras (Paulista, Record, Excelsior) e o número de telespectadores ultrapassou 1,5 milhão.
As décadas seguintes trouxeram o Vídeo Tape, o sinal por satélite, a transmissão em cores, a TV por assinatura, os televisores portáteis, o controle remoto sem fio, o videocassete, os DVD Players, a transmissão digital, as telas de plasma e LCD e a TV 3D, dentre outros aprimoramentos jamais sonhados pelo “magnata das comunicações” – falecido em 1982, quando a Tupi e suas afiliadas já não estavam mais no ar.
Passando ao mote desta postagem, a migração do broadcast para a TV via Internet promete aumentar a interação e guindar os espectadores passivos à condição de participantes ativos (para citar um exemplo, o aumento da oferta de conteúdo sob demanda permitirá que cada usuário crie sua própria grade de programação).
Pelo andar da carruagem, logo teremos telas flexíveis e capazes de incorporar as cores e o layout do ambiente, tornando-se transparentes quando o televisor estiver desligado. O controle remoto será substituído por um sensor de movimento, com suporte a reconhecimento facial e comando de voz, e a exibição das imagens em 3D dispensará o uso de óculos.
E se você acha que a APPLE não vai tirar uma casquinha desse mercado altamente promissor, saiba que a iTV, ainda em desenvolvimento, promete projetar as imagens sob a forma de hologramas e exibir simultaneamente quatro telas, permitindo que pessoas num mesmo ambiente executem atividades distintas, tais como assistir a filmes, navegar na Web ou jogar games. O próprio controle remoto será uma holografia sensível ao toque.
É esperar para ver.
      
Observação: Se você não resiste à tentação de enfeitar a sala de casa com a nata da evolução tecnológica, a SONY BRAVIA XBR-84X905, de 84 polegadas e resolução 4K (quatro vezes maior que a das telas full HD), custa R$ 99.999. Achou caro? Então considere a LG 84LM9600, com dimensões e resolução idênticas, que sai pela metade do preço, ou então a, SAMSUNG UN75ES9000, de 75 polegadas, que está em torno R$ 26 mil. No entanto, tenha sempre em mente que os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito, e que por cerca de 2 mil reais já é possível levar para casa SMART TVS bastante interessantes, embora não tão grandes e bem menos pródigas em recursos.

Abraços e até mais ler.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

FILMES 3D SEM ÓCULOS – TOSHIBA ZL2 3D


Ao contrário do que muitos imaginam, a mega-produção AVATAR (James Cameron – 2009), que arrecadou mais de 230 milhões de dólares em seu primeiro fim de semana, não “inaugurou” o cinema 3D – aliás, os irmãos Lumière já produziam filmes anaglíficos no início do século passado –, mas tornou a despertar o interesse geral por filmes tridimensionais, tanto para a telona quanto para TV e DVD/Blu-Ray.

Observação: O termo Anáglifo designa imagens ou vídeos formados por duas camadas de cor sobrepostas que produzem um efeito tridimensional estereoscópico quando vistos através de filtros (geralmente óculos com lentes de duas cores).

No âmbito da TV, diversos fabricantes já disponibilizam modelos capazes de reproduzir filmes em 3D – ou mesmo de acrescentar profundidade às transmissões convencionais. No entanto, em que pese a progressiva redução no preço, eles não chegam a abocanhar nem 10% do mercado, notadamente devido aos óculos especiais ativos ou passivos, necessários à criação do efeito tridimensional. No primeiro caso, dois painéis LCD substituem as lentes convencionais e, sincronizados por infravermelho, mostram as imagens alternadamente para cada olho; no segundo, eles podem ser seranaglíficos (que filtram as imagens por cor) ou polarizados (que fazem a separação por ondas, na vertical e na horizontal).

Para piorar, a maioria dos aparelhos traz um ou, no máximo, dois pares de óculos, limitando o número de usuários simultâneos (óculos adicionais podem ser comprados separadamente, é claro, mas custam os olhos da cara, se me permitem o trocadilho). No entanto, esse quadro pode mudar em breve, com o lançamento de TVs como a TOSHIBA ZL2 3D, que, ao custo de 9 mil euros (na Europa), dispensa os incomodativos óculos e oferece tela 55 polegadas com resolução de 3.840 x 2.160 pontos.
Vale lembrar que existem no mercado TVs 3D que criam o efeito de profundidade através de um filtro que impede a luz da imagem destinada ao olho direito alcançar o olho esquerdo e vice-versa, mas se por um lado isso afasta a necessidade dos óculos, por outro exige que o espectador mantenha um ângulo de 90º entre os olhos e a tela, o que também complica a visualização simultânea da programação por duas ou mais pessoas.

Já a ZL2 3D exibe as imagens com o dobro da resolução full HD e atribui a cada espectador (até o máximo de nove) uma coluna de pixels personalizada, de modo que todos conseguem usufruir do efeito tridimensional independentemente do ângulo de visualização. No entanto, essa detecção não é dinâmica – se alguém se levantar do sofá por qualquer motivo e não se sentar no mesmo lugar onde estava, será preciso reajustar o sistema.
Abraços a todos e até mais ler.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Utilidade Pública

Recebi por e-mail o texto abaixo, e como já passei por situações semelhantes (ou igualmente exasperantes), achei por bem reproduzi-lo nesta postagem. Acreditem: as palavras mágicas funcionam!

Liguei para o Real Visa e pedi que diminuíssem a anuidade, que era de 4 x 24 reais. A atendente disse que era impossível.
Eu disse:
 -Então, cancela!
Ela respondeu:
- Mas senhor, o cartão é muito bom, e etc. e tal...
Eu disse:
 - Não vejo motivo pra pagar 100 merréis por ano para pagar minhas contas com um pedaço de plástico.
Ela disse:
- Mas senhor, nosso produto é diferenciado. Não podemos abaixar o valor.
Eu disse:
- Então, cancela!
Aí ela disse:
- Espere um minuto, por favor.
Voltou com a boa nova:
- Senhor, nós podemos deixar pelo valor que está (4 x 16 reais).
- Cancela!
Ela respondeu:
- Espere um minuto, por favor.
Mais uma vez:
- Podemos deixar por 3 x 16 reais.
Eu disse:
- Não quero. Cancela.
Ela novamente disse:
- Espere um minuto, por favor... Podemos deixar então por 2 x 16.
Aí, eu concordei, mas fiquei com a impressão de que poderia sair dessa negociação com o Real Visa me pagando para usar aquela merda...

A TVA reajustou os preços. Eu disse que não ia pagar aumento nenhum.
A atendente respondeu:
- Senhor, nós infelizmente não podemos fazer nada.
O que eu fiz? Liguei pra Net e assinei com eles. Liguei pra TVA e disse:
- Cancela!
A atendente robótica disse:
- Senhor, espere um minuto... O senhor não precisa cancelar. Manteremos o preço como está.
- Agora eu não quero, só estão me isentando do aumento porque eu estou cancelando!
Eles propuseram isenção de uma mensalidade e eu disse:
- Cancela!
Isenção de duas mensalidades;
- Cancela!
- Manutenção de apenas 1 ponto mais desconto permanente de mensalidade;
- Cancela!
- Manutenção de 1 ponto com pacote reduzido mais desconto permanente;
- Cancela!
- Inclusão de HBO e mais algumas mensalidades reduzidas com internet de alta velocidade.
- Cancela! Cancela! Cancela!
Cancelei, e agora pago mais barato!

Dias atrás, fui jantar num restaurante, e esqueci meu celular lá. Na manhã seguinte, liguei pra Vivo e pedi que desligassem o número por segurança, até que eu recuperasse o aparelho.
A atendente disse, naquela língua odiosa:
- Senhor, estaremos cobrando uma taxa de 24 reais.
Eu me indignei:
- Como é? Eu pago 60 reais pra usar o telefone o mês inteiro, e vou pagar 24 reais pra NÃO usar por três dias?
Ela respondeu que não tinha jeito.
- ENTÃO, CANCELA!
- Senhor, um minuto que eu vou estar lhe passando pra outro setor.
Essa atendente disse que eu 'poderia estar fazendo o cancelamento sem estar pagando a taxa pelo serviço.'
Eu respondi que “se ela estivesse fazendo isso eu ia estar agradecendo”. De qualquer maneira, comprei um celular da Tim (125 minutos por 55 reais) e vou dar um chute na Vivo semana que vem. Vai ser divertido.

Não se esqueçam das palavras mágicas: “Então, cancela!”
Bom dia a todos e até amanhã! 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Curtas e humor de sexta-feira

Conforme vimos na postagem  TV3D, filmes tridimensionais não são exatamente uma novidade, já que surgiram em meados do século passado e tornaram a aparecer lá pela década de 80. Desta vez, no entanto, parece que a coisa emplaca: tomando por base o que foi apresentado na IFA 2010 (exposição digital de Berlin), a tridimensionalidade não demora a alcançar todos os atuais sistemas de reprodução de imagens, dos grandes cinemas públicos às telinhas dos celulares.

Recentemente, a Sony incorporou ao console de games Play Station 3 a capacidade de reproduzir novos discos Blu-ray 3D; Hollywood dever produzir, ainda neste ano, cerca de 150 filmes em 3D, e mais uma centena de títulos produzidos originalmente em 2D serão adaptados à “nova” tecnologia – embora a qualidade não se compare à dos originais, feitos com captação tridimensional. Aliás, a Samsung e outros fabricantes de televisores já dispõem de modelos que conseguem simular imagens em 3D ao reproduzir originais produzidos em 2D, e a LG já lançou a primeira filmadora para uso pessoal em HD e 3D.

Vez por outra a gente ouve falar em fotos ou filmagens feitas a partir de espelhos bidirecionais instalados em quartos de motel, vestiários de lojas, academias etc., não é mesmo? Então, caso você desconfie de alguma maracutaia, toque a superfície do espelho com a ponta da unha e confira se existe um espaço milimétrico entre sua unha e a imagem refletida (num espelho comum o reflexo é formado no “fundo” do vidro). Caso negativo – ou seja, se a unha tocar diretamente a imagem –, convém pôr as barbichas de molho, pois é bem provável que você esteja diante de espelho bidirecional, no qual o reflexo é formado na superfície do vidro.

Antes de passarmos ao nosso tradicional humor de sexta-feira, gostaria de lembrar aos colegas blogueiros que o Blogger vem oferecendo já há algum tempo um serviço anti-spam. Basta abrir o Painel e clicar em Comentários para ver que a opção Spam permite gerenciar e remover facilmente aquelas incomodativas mensagens deixadas por crawlers e spiders. Por conta disso, acho perfeitamente possível (e recomendável, em respeito aos leitores) deixar de usar os aborrecidos captchas para filtrar a publicação de comentários.

Diálogo entre uma advogada e um guarda de trânsito:
- A senhora estava além da velocidade permitida, preciso ver sua habilitação.
- Está vencida.
- Os documentos do carro.
- Não sei onde está.
- Abra o porta-luvas.
- Não posso, tem um revólver aí que usei para roubar este carro.
- Abra o porta-malas!
- Nem pensar! No porta-malas está o corpo da dona do carro, que eu matei no assalto.
Desorientado, o guarda resolve chamar seu superior, que, chegando ao local, dirige-se à advogada:
- Habilitação e documento do carro, por favor!
- Aqui, senhor; como vê, o carro está no meu nome e a habilitação está regular.
- Abra o porta-luvas!
- Como o senhor pode ver, só tem alguns papéis, balas, maquiagem, canetas….
- Abra o porta-malas!
- Certo… fora o estepe e a chave de rodas, ele está completamente vazio.
- Deve estar havendo algum equívoco; meu subordinado disse que a senhora não tinha habilitação, que o carro era roubado, que havia um revólver no porta-luvas e um corpo no porta-malas...
- Só falta agora esse sacana ter dito que eu estava em excesso de velocidade.

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

HDTV

Com a aproximação da Copa do Mundo, o comércio deve festejar um aquecimento acentuado na venda de televisores, especialmente por conta do advento de novas tecnologias. Entretanto, como esses aparelhos continuam sendo difíceis de escolher - especialmente quando o vendedor é mal informado ou está interessado apenas em empurrar o produto mais caro para o cliente, visando engordar sua comissão - mesmo que tenhamos abordado esse tema anteriormente, vale relembrar alguns aspectos que podem ser úteis para prevenir arrependimentos e gastos desnecessários.

As telas de LCD e de plasma disputam a preferência dos consumidores, e cada qual apresenta vantagens e desvantagens em relação à concorrente. Até recentemente, o plasma predominava nas HDTVs, mas foi ultrapassado pelo LCD devido a devido ao menor consumo de energia e suscetibilidade a burn-ins (efeito de queimadura da tela) e fantasmas de imagem.

Observação: Convém não descartar de plano a possibilidade de optar por uma TV de plasma, especialmente se você valoriza a qualidade da imagem, pois esses modelos atuam melhor com cenas escuras, oferecem melhores ângulos de visão do que a maioria das LCDs e lidam de forma mais suave com imagens de movimentos rápidos (fast motion). Aliás, foi só com o advento do backlighting de LED e taxas de atualização mais rápidas que as LCDs tornaram-se mais competitivas.

As telas de LCD empregam diversas tecnologias enigmáticas – tais como Twisted Nematic (TN), In-Plane Switching (IPS), Multi-domain Vertical Alignment (MVA) e Patterned Vertical Alignment (PVA) –, mas o mais importante é saber que um painel TN LCD apresenta ângulos de visão mais limitados do que um equivalente de IPS, MVA ou PVA (ângulos de visão mais amplos significam menos mudanças de cor quando você olha lateralmente para a tela). Vale salientar também, por opotuno, que modelos de 6 bits são capazes de exibir aproximadamente 65 mil cores, ao passo que os de 8bits conseguem exibir mais de 16 milhões de cores, e os de 10 bits, cerca de um bilhão de cores (as HDTVs costumam utilizar telas de 8 bits ou superiores).
Outro grande diferencial entre as LCDs é a tecnologia de backlight. A lâmpada fria fluorescente (CCFL) que era utilizada tradicionalmente escurecia com o passar do tempo, tornando as imagens mais escuras e menos brilhantes, de modo que o backlighting light-emitting diode veio para resolver esse problema: além de não envelhecer, o LED apresenta brilho total desde o momento em que o aparelho é ligado e, de quebra, consome menos energia. Basicamente, existem duas variações de backlighting de LED. O edge-lit, que posiciona os diodos ao longo da borda da tela, e o full-array, no qual eles ficam atrás do próprio painel, permitindo desligar o backlight em áreas mais escuras de uma cena para melhorar o contraste da tela (técnica conhecida como “local-area dimming” – algo como “escurecimento local da área”).
A taxa de atualização (expressa em Hz) especifica a velocidade com que a tela consegue exibir um novo frame de vídeo – por exemplo, uma tela 60Hz se atualiza 60 vezes por segundo. De modo geral, quanto maior for essa taxa, mais suave será o movimento, especialmente em eventos esportivos e em filmes de ação, mas as diferenças entre um modelo de 120 Hz para um de 240 Hz não são impactantes a ponto de justificar o investimento extra.
Já as proporções de contraste (contrast ratios) deveriam especificar qual a amplitude que um raio de tonalidades claras e escuras pode ser exibido por uma HDTV, mas, a despeito de alguns fabricantes fazerem grande alarde a propósito, não existe uma forma padrão de se medir isso, sendo comum uma empresa atribuir a seus produtos proporções de contraste no raio de 20.000:1 e outra alardear proporções de 1.000.000:1. Então, até que a indústria de eletrônicos estabeleça uma padronização, o melhor é você julgar a tela usando seus próprios olhos, dando preferência às que exibem o preto bem escuro, como tinta, e evitando modelos onde o tom é mais acinzentado.
As HDTVs que predominam no mercado apresentam resoluções de 720p (1280 por 720 pixels) ou 1080i (1920 por 1080 pixels). A letra "p" (de progressive) indica um sistema no qual a imagem é formada pela redefinição contínua da tela, enquanto que a letra "i" (de interlaced) remete a uma imagem composta por linhas intercaladas. É claro que, preço por preço, uma HDTV 1080p será a melhor opção, especialmente se a tela for de grandes dimensões e instalada num ambiente que permita assistir à programação a uma distância maior (com telas menores do que 32 polegadas, as diferenças de imagem são praticamente imperceptíveis).
Convém assegurar-se de que o aparelho em vista ofereça suporte ao padrão HDMI, que transporta sinal de alta definição sem apresentar problemas com o HDCP (proteção ao conteúdo) ou interferências que ocorrem quando se utiliza uma entrada analógica. Mesmo sendo possível receber sinais com 1080p pelo “vídeo-componente”, se você usar a entradas RCA ou a S-video (presentes apenas para manter a compatibilidade com dispositivos de legado, como videocassetes e DVD Players), pode dar adeus à imagem de alta definição. Já a “queima” da tela devido à exibição prolongada de imagens estáticas, comum em modelos mais antigos, já não acontece com as HDTVs atuais.
Para concluir, resta lembrar que nem toda a programação é transmitida em alta definição, que DVDs gravados no sistema analógico continuarão sendo exibidos nesse padrão, e que serviços de TV a cabo ou por satélite pode exigir a substituição do set-top-box. Converse com o vendedor; além de receber a comissão, ele está ali para esclarecer suas dúvidas.
Bom dia a todos e até mais ler.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

TV3D

Semanas atrás, assisti à mega-produção AVATAR, cuja edição final exigiu o trabalho conjunto de 4.352 servidores, cada qual com 2 processadores Xeon de quatro núcleos e 24 GB de RAM (perfazendo um total de 102 TB de memória). Vi o filme em DVD, sem os efeitos visuais tridimensionais exibidos na telona, que certamente deixam ainda mais esplendoroso o cenário paradisíaco criado por James Cameron.
A propósito, ao contrário do que muita gente imagina, filmes em 3D não são exatamente uma novidade, já que surgiram em meados do século passado e tornaram a aparecer lá pela década de 80 (curiosamente, ambas essas “aparições” provocaram apenas um surto de popularidade, vindo a “morrer” logo em seguida). No entanto, nunca houve uma tentativa séria de TV3D, conquanto isso deva mudar em breve: fabricantes como a SAMSUNG, SONY e LG já começam a vender no Brasil aparelhos compatíveis com essa tecnologia, e a despeito dos filmes e programas produzidos especialmente para essa plataforma ainda serem raros, esses televisores são capazes de acrescentar profundidade em três dimensões às transmissões convencionais.
Segundo os especialistas, assistir a um filme em 3D nada mais é do que enganar o cérebro, já que o conceito básico dessa tecnologia consiste em unir duas imagens em 2D para criar o efeito tridimensional (cada olho do espectador registra uma imagem diferente, que o cérebro funde numa só, provocando a ilusão de profundidade). Em outras palavras, a tela exibe duas imagens com cores ou posições diferentes, e os óculos, que funcionam como filtros, fazem com que cada olho enxergue apenas uma delas. A título de curiosidade, esses óculos podem ser ativos ou passivos. No primeiro caso, dois painéis LCD substituem as lentes convencionais e, sincronizados por infravermelho, mostram as imagens alternadamente para cada olho; no segundo, eles podem ser anaglíficos (modelos que filtram as imagens por cor) ou polarizados (que fazem a separação por ondas, na vertical e na horizontal).
A maioria dos aparelhos de TV3D traz um ou, no máximo, dois pares de óculos, limitando o número de telespectadores que podem assistir simultaneamente à programação (óculos adicionais podem ser comprados separadamente, é claro, mas custam em torno de R$250). Dentro de algum tempo, todavia, é provável que esse acessório se torne dispensável (aliás, isso já se dá com alguns modelos).
Como costuma ocorrer com toda novidade tecnológica, o preço de lançamento vai à estratosfera, mas acaba caindo progressivamente com a popularização e aumento da produção (atualmente, o UN46C8000 da Samsung, primeiro modelo a desembarcar aqui pelas nossas bandas, está sendo vendido por cerca de R$8000).
Para finalizar, vale lembrar que o efeito 3D pode não ser perceptível para quem sofre de estrabismo, daltonismo ou redução significativa da visão, bem como que algumas pessoas (notadamente os epiléticos, bêbados e gestantes) podem sentir desconforto pelo fato de os olhos focarem e desfocarem rapidamente as imagens.
Bom dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 12 de março de 2010

TV por assinatura e humor de sexta-feira

Para quem tem (ou pretende assinar) um serviço de TV a cabo, eis aqui uma boa notícia: Uma liminar da 6º Vara da Fazenda Pública de São Paulo proibiu a cobrança pelo ponto extra – que, segundo a juíza responsável pela decisão, “afronta as normas regulamentares, assim como a norma legal” (resta saber se essa liminar será mantida).
Prestação de serviços, no Brasil, é um problema sério. Como se não bastassem o alto preço e as indefectíveis “cláusulas leoninas” dos contratos, a qualidade e o atendimento deixam muito a desejar. Em alguns casos, o usuário tem para onde correr: quem não estiver satisfeito com sua operadora de celular poderá migrar para outra, mantendo, inclusive, o mesmo número de telefone, mas se o descontentamento for com a SABESP ou a AES ELETROPAULO, por exemplo, não há alternativa senão cavar um poço ou comprar um gerador.
Pior ainda é o despreparo (incompetência?) do pessoal do tele-atendimento: dias atrás, tentei descobrir a que horas a energia seria restabelecida no meu bairro, mas descobri mesmo é que para isso seria preciso digitar o “número da instalação” – e como eu estava na rua e não costumo carregar uma conta de luz no bolso, um abraço...
E já que comecamos esta postagem falando em TV a cabo, aqui vai mais uma experiência gratificante: quando o sinal caiu, durante o Carnaval, deixei claro para a atendente que o serviço estava indisponível tanto para mim quanto para minha mãe e minha irmã, que residem no mesmo bairro, mas em condomínios diferentes. Não obstante, tive de desligar e religar os decodificadores e realizar uma tortuosa seqüência de procedimentos inúteis para convencer a mocinha de que o problema estava na rede, não no meu ponto de acesso.
Aliás, eu optei pela TVA porque ela me concedeu quatro pontos extras, enquanto a concorrente me ofereceu apenas um. Por outro lado, tive de abrir mão da banda larga, já que não há disponibilidade técnica para a instalação do aJATO no meu endereço (com o Virtua, não haveria problema). Pensando bem, como a prudência recomenda não colocar todos os ovos na mesma cesta, talvez tenha sido melhor continuar com o Speedy. Assim, quando a Internet cai, sempre se pode ver televisão (e vice-versa).

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Sherlock Holmes e Dr. Watson foram acampar. Após escolherem o local, armaram a barraca e foram dormir. No meio da noite, Holmes acorda o amigo:

- Watson, olhe para cima e diga o que você vê.
- Vejo milhões de estrelas, Holmes.
- E o que você deduz disso, Watson?
- Bem, Holmes, se existem milhões de estrelas, é possível que existam outros planetas como a Terra, onde possivelmente também exista vida.
- Watson, seu idiota, isso significa que alguém roubou nossa barraca!

Bom final de semana a todos.