Mostrando postagens com marcador correção de ortografia e gramática. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador correção de ortografia e gramática. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

MALDITO CORRETOR


SOMOS LIVRES PARA FAZER ESCOLHAS, MAS, AO FAZÊ-LAS, TORNAMO-NOS PRISIONEIROS DAS CONSEQUÊNCIAS.

Muita gente debocha de estrangeiros que, mesmo radicados no Brasil há décadas, continuam falando muito mal o português. Se você integra essa seleta confraria (dos que debocham) é bom lembrar que eles conseguem se comunicar em Português e falar seu próprio idioma fluentemente, enquanto a gente mal domina o nosso. 

Não se espera que um aluno do segundo grau tenha com a Flor do Lácio a desenvoltura que tinham Drummond e Vinicius de Moraes, mas espera-se ao menos que ele não seja um analfabeto funcional.

Considerando a qualidade do ensino público (que já teve seu tempo de glória), o fato de muita gente falar mal e escrever ainda pior não chega a espantar, mas é de se lamentar. E é injusto crucificar somente o corpo docente, já que o discente, noves fora as postagens em redes sociais e assemelhados, não cultiva o saudável hábito de ler. Nem gibi. Para piorar, postagens e comentários no Insta, Face, Twitter, WhatsApp são feitos em linguagem própria, eivada de abreviações, o que não seria um problema se esse mesmo modo de se expressar não transbordasse para a redação do ENEM, por exemplo. Mas isso é outra conversa.

Os corretores ortográficos que integram processadores de texto, navegadores de Internet e aplicativos de mensagens ajudam um bocado, mas podem facilmente passar de benção a maldição. Dependendo da configuração, o algoritmo opera em tempo real e tenta adivinhar, a partir das primeiras letras que o usuário digita, aquilo que ele pretende escrever. Correção indevidas ou inadequadas podem mudar totalmente o sentido das frases, e como a correria do dia a dia desestimula revisar o texto antes de publicá-lo, a conclusão é óbvia. 

Se você usa o Word 365, abra um documento qualquer, clique na aba Arquivo e em Conta > Opções de atualização > Atualizar agora para se certificar de que dispõe da edição mais recente do aplicativo. Feito isso, ainda na aba Arquivo, clique em Opções. Na coluna à direita da tela, selecione Revisão de texto e examine as possibilidades de configuração (pressione a tecla F1 a qualquer momento para acessar a Ajuda). Em seguida, clique na aba Avançado para ter acesso a outras opções.

Manter assinaladas as opções Verificar ortografia ao digitar e Verificar erros de gramática ao digitar instrui a ferramenta a atuar em tempo real. E o mesmo vale para opção Usar as sugestões do verificador ortográfico automaticamente, presente na janelinha que se abre quando você clica em Opões de Autocorreção...  Sinta-se à vontade para desmarcar essa opção e caixas de verificação retrocitadas, mas não deixe de fazer uma revisão geral quando terminar de escrever seu texto (basta pressionar a tecla F7). Isso previne substituições indevidas que podem passar despercebidas (e não "desapercebidas"; a palavra despercebido significa algo ou alguém que não chamou atenção, que não foi visto, que não foi sentido nem notado, ao passo que desapercebido significa que algo ou alguém não está prevenido, provido ou preparado para alguma coisa).

Note que a palavra final é sempre do usuário, a quem cabe aceitar ou rejeitar as sugestões da ferramenta. Em casos de falso positivo, ou seja, quando o corretor assinala sobrenomes estrangeiros e outros termos que sabemos estarem corretos, mas que não constam de seu banco de dados, podemos adicioná-los, para que não voltem a ser reprovados se e quando tornarmos a escrevê-los. Ainda usando o Word como exemplo, clicamos com o botão direito sobre o termo sublinhado em vermelho e, no menu suspenso que se abre em seguida, clicamos em Adicionar ao dicionário. No Chrome (e na maioria dos demais navegadores), o procedimento é basicamente o mesmo, mas devemos tomar cuidado com o que adicionamos, pois a remoção é um pouco mais complicada.

O Word permite editar o dicionário personalizado, mas, por algum motivo incerto e não sabido, alguns termos que adicionamos não aparecem listados e, portanto, não podem ser excluídos. O jeito, nesse caso, é clicar em Arquivo > Opções > Revisão de Texto > Opções de AutoCorreção e, no campo Substituir texto ao digitar, inserir a palavra acrescentada por engano no campo Substituir e a palavra correta no campo Por. No Google Chrome, clicar com o botão direito sobre o termo assinalado como incorreto permite fazer com que a ferramenta o memorize. No caso de adições indevidas, basta digitar chrome://settings/editDictionary na caixa de endereços do navegador, teclar Enter, localizar na lista a palavra que deve ser excluída e clicar no X que aparece ao lado dela, no canto direito. Falando no Chrome, uma extensão que pode ajudar é a After Deadline, que é gratuita e funciona como um complemento do corretor nativo. Mas tenha em mente que ela não identifica os erros automaticamente; ao concluir o texto, você deverá clicar no ícone respectivo para que as palavras tidas como incorretas sejam sublinhadas em vermelho.

Adicionalmente, procure fugir do pleonasmo vicioso (como em entrar para dentro, subir para cima etc.); atente para a conjugação do verbo FAZER (que fica no infinitivo quando expressa ideia de TEMPO, como em FAZ cinco anosFAZ dois séculosFEZ 15 dias) e do verbo HAVER no sentido de EXISTIR (o certo é HOUVE muitos acidentesDEVE HAVER muitos casos iguais, e por aí vai). Falando no verbo HAVER, nunca diga HÁ dez anos ATRÁS, já que, nesse contexto, tanto "há" quanto "atrás" indicam o tempo passado (o correto é dizer HÁ DEZ ANOS ou DEZ ANOS ATRÁS, uma coisa ou outra). A propósito, sugiro dedicar alguns minutos à leitura desta postagem, que oferece 100 dicas preciosas para fugir desses e outros erros comuns. E para testar seus conhecimentos, não deixe de visitar este site, onde você pode jogar o Jogo dos 100 Erros de Português.

terça-feira, 17 de julho de 2018

CORRETOR ORTOGRÁFICO — ALIADO OU DESAFETO?


O MEDO DE PERDER NOS EMBOTA A VONTADE DE GANHAR.

Muita gente debocha de estrangeiros que, mesmo radicados no Brasil há décadas, falam mal o português, mas se esquecer de que esses “gringos” conseguem se comunicar no idioma alheio e falar o próprio com desenvoltura, enquanto os nativos tupiniquins, em sua esmagadora maioria, mal dominam a língua-pátria. 

Antigamente, quem se arriscava a escrever (profissional ou amadoristicamente) precisava levar o Pai-dos-Burros à tiracolo. Com o advento dos processadores de texto e seus corretores ortográfico-gramaticais, a coisa ficou mais simples, sem falar que basta ter à mão um smartphone ou outro dispositivo capaz de acessar a internet para obter, em poucos segundos, definições e traduções de verbetes em centenas de idiomas.

Os corretores ortográficos não são perfeitos, mas isso não os torna menos indispensáveis. Todavia, os mais sofisticados — que, além de revisar a ortografia, palpitam sobre gramática e alteram em tempo real as frases que digitamos — podem promover mudanças inapropriadas e distorcer o sentido daquilo que  escrevemos (especialmente nas mensagens que enviamos pelo smartphone, que a gente quase nunca se dá ao trabalho de revisar depois de escrever).

Se você usa o Word 365, abra um documento qualquer, clique na aba Arquivo e em Conta > Opções de atualização > Atualizar agora para se certificar de que dispõe da edição mais recente do programa. Ainda na aba Arquivo, clique em Opções e, na coluna à direita da tela, selecione Revisão de texto e escarafunche as diversas possibilidades de configuração (pressione a tecla F1 a qualquer momento para acessar a Ajuda). Feito isso, clique na aba Revisão para acessar uma porção de outras opções.

ObservaçãoNão deixe de reservar algum tempo para vasculhar toda a gama de recursos e ajustes disponíveis, que são uma mão na roda para aprimorar sua experiência com o programa.

Aqui eu encerro o preâmbulo e passo ao mote deste post, começando por dizer que a palavra final deve ser sempre do usuário, não da ferramenta. Todavia, isso requer que o usuário saiba mais que o assistente. Se a pessoa for daquelas que usam e abusam do pleonasmo vicioso (como em entrar para dentro, subir para cima etc.); “escorregam” na conjugação do verbo FAZER (que fica no infinitivo sempre que expressa ideia de TEMPO, como em FAZ cinco anos, FAZ dois séculos, FEZ 15 dias) ou do verbo HAVER no sentido de EXISTIR (o certo é HOUVE muitos acidentes, DEVE HAVER muitos casos iguais, e por aí vai), será melhor deixar as correções por conta do programinha.

Falando no verbo HAVER, nunca diga HÁ dez anos ATRÁS, já que tanto quanto ATRÁS remetem, nesse contexto, ao tempo passado (o correto é dizer HÁ DEZ ANOS ou DEZ ANOS ATRÁS, uma coisa ou outra). A propósito, sugiro dedicar alguns minutos à leitura desta postagem, que oferece 100 dicas preciosas para fugir desses e de outros erros comuns. E para testar seus conhecimentos, não deixe de visitar este site, onde você poderá jogar o Jogo dos 100 Erros de Português.

Para não espichar demais esta postagem, continuaremos na próxima. Até lá.

Visite minhas comunidades na Rede .Link: