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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILÍSSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA

BRINCANDO, PODE-SE DIZER TUDO. ATÉ A VERDADE.

Nos tempos de antanho, computadores não tinham disco rígido; os programas eram carregados através de fitas magnéticas e, mais adiante, de “disquetes”.

Lançados no final dos anos 1960, esse tipo de mídia removível só chegou ao mercado no final de 1971. Suas primeiras versões mediam 8 polegadas (cerca de 20 cm), mas ofereciam míseros 8 kB de espaço para armazenamento de dados. Viriam em seguida os modelos de 5 ¼ polegadas e 160 kB (em 1984, quando sua produção foi descontinuada, eles já eram capazes de armazenar 1,2 MB) e, mais adiante, as versões de 3 ½ polegadas, que reinaram na década de 90 como solução primária para armazenamento e transferência de arquivos digitais, a despeito de comportarem apenas 1,44 MB (houve modelos de 2,88 MB e 5,76 MB, mas, por qualquer razão, eles não se popularizaram entre usuários de PCs).

Devido à capacidade medíocre e à tendência de embolorar e desmagnetizar dos disquetes, foram desenvolvidas alternativas como o ZipDrive, que era parecido com um Floppy Disk de 3 ½ polegadas, mas oferecia bem mais espaço (entre 100 e 750 megabytes), além de velocidade de transferência superior e menor tempo de busca. A solução representou uma verdadeira revolução em armazenamento removível, mas não chegou a se popularizar entre usuários domésticos; primeiro, devido ao preço elevado, segundo, por conta das expressivas vantagens das mídias ópticas, notadamente quanto até mesmo os PCs de entrada de linha passaram a integrar leitoras/gravadores de CD e DVD. Por conta disso, os fabricantes de computadores deixaram de oferecer o floppy drive (ou drive de disquete, se você preferir) ― inicialmente nos notebooks, depois nos desktops.

Com o novo milênio veio o pendrive, que utiliza memória flash e a revolucionária interface USB. Seu tamanho reduzido e sua respeitável capacidade de armazenamento logo conquistaram os usuários e levaram os fabricantes de PCs a eliminar de suas planilhas de custos os drives de mídia óptica, embora alguns modelos continuem integrando esses dispositivos. Claro que a maioria de nós ainda tem um DVD Player acoplado à TV, mesmo que as locadoras de filmes em DVD estejam minguando, devido em grande medida à popularização dos serviços de streaming, como o Netflix ― que, aliás, deve receber em breve uma atualização que permitirá baixar os filmes e assisti-los posteriormente, sem conexão com a internet (o que talvez seja uma resposta à deplorável franquia de dados que as operadoras querem impingir aos usuários de banda larga fixa ― assunto que eu já abordei em diversas oportunidades nos últimos meses, como foi o caso desta postagem).

Continua no próximo post, pessoal. Abraços e até lá.

A REDUÇÃO NO NÚMERO DE PARTIDOS E OS PROTESTOS CONTRA A PEC DOS GASTOS

O Senado aprovou na última quarta-feira a redução do número de partidos políticos. A medida precisa passar por mais um turno de votação e receber também o aval da Câmara dos Vagabundos, digo, dos Deputados, para passar a valer nas próximas eleições, quando então as siglas terão de obter um mínimo de 2% dos votos válidos em ao menos 14 estados ― percentual que subirá para 3% a partir de 2022. 

Diante do absurdo que é o cenário político atual, com 35 partidos inscritos no TSE ― e uma penca de agremiações pleiteando registro para mamar nas tetas do fundo partidário ―, o Legislativo não tem como funcionar. E o mesmo se aplica ao Executivo, notadamente num sistema presidencialista de coalizão, pois é impossível reunir tantas vertentes distintas para formar uma base aliada. E, como sabemos, os cargos e as que o governo usa como moeda de troca na compra de apoio de rufiões da pátria e proxenetas do Congresso ― na excelente definição do ex-senador Delcídio do Amaral ― são limitados.

Reduzir o número de partidos é apenas um dos itens da ampla reforma política que precisa ser levada a efeito no Brasil. Infelizmente, são as raposas que tomam conta do galinheiro, e como os políticos veem primeiro seus interesses ― e só depois, se calhar, sobrar tempo e der jeito, dedicar alguma atenção aos interesses da população como um todo ―, a conclusão é óbvia.
Enfim, a proposta tem seus méritos e pode corrigir distorções que prejudicam o país, embora seja eminentemente oportunista, já que o motivo de nossos parlamentares se debruçarem sobre essa questão é a redução da verba de campanha imposta pela proibição de doações de pessoas jurídicas, que os estimula a compensar as perdas com uma fatia maior do fundo partidário.

Outro ponto importante é a PEC dos gastos, que o governo vem tentando aprovar a toque de caixa para evitar que o Brasil se torne um Rio de Janeiro de dimensões continentais (para quem não sabe, o segundo estado mais importante da Federação está sem recursos até mesmo para honrar a folha de pagamento dos servidores ativos e aposentados). Tem muita gente contra, inclusive estudantes secundaristas, que recentemente invadiram escolas e tumultuaram a realização do ENEM, prejudicando quase 200 mil colegas ― que terão de realizar a prova no início do mês que vem. 

Ocorre que esses “manifestantes”, em sua maioria, não têm a menor ideia de contra o que estão protestando. Além de não saberem do que trata a tal PEC, eles desconhecem até mesmo o significado da sigla: dias atrás, o próprio Michel Temer afirmou ter ouvido um estudante dizer que “PEC” é uma “PROPOSTA DE ENSINO COMERCIAL”.

O número de alunos que concluem o ensino médio sem saber ler e escrever vem crescendo em progressão geométrica, em parte por culpa das escolas ― tanto públicas quanto privadas ―, onde professores despreparados, desmotivados e mal remunerados desviam o foco do português e da matemática para a doutrinação política, religiosa e de gênero. Parafraseando a jornalista Ruth de Aquino, “Escolas deveriam ensinar; alunos deveriam estudar; deputados e senadores deveriam trabalhar; vereadores NÃO deveriam aprovar sua própria aposentadoria; prefeitos e seus apaniguados NÃO deveriam rezar o Pai-Nosso e transformar Deus num correligionário ― como fez Crivella no Rio de Janeiro. Hospitais deveriam ter leitos, medicamentos, tomógrafos e ser centros de cura, não centros de humilhação. Policiais deveriam garantir a segurança, e não sair matando gente inocente. O desvio de função é que nos deixa sem teto e sem chão”.

Para piorar, gente que supostamente deveria saber o que diz ― até por dever de ofício, já que ocupa uma cadeira no Senado Federal ― aposta no quanto pior melhor e faz oposição sistemática e revanchista às tentativas do governo de reverter o quadro deplorável criado pela incompetente que desgovernou o país até meados de abril passado. Falo de Gleisi Hoffmann, que, durante a discussão da PEC dos gastos, Gleisi Hoffmann, propôs que a medida, se aprovada, seja submetida a um plebiscito antes entrar em vigor.

Mulher do ex-ministro Paulo Bernardo ― que foi preso em meados deste ano, suspeito de ter comandado um esquema de corrupção que rapinou mais de R$ 100 milhões dos servidores públicos que contraíram empréstimos consignados entre 2010 e 2015, mas foi solto pouco depois por obra e (des)graça do ministro Dias Toffoli ―, Gleisi é endeusada por uma seleta confraria de apedeutas que, como os camarões, parecem ter os intestinos na cabeça. Dias atrás, uma publicação num “Petralha-News” qualquer dizia que essa energúmena teria “destruído argumentos a favor da PEC e deixado seus pares boquiabertos”. Pura falácia. Na verdade, a petista começou a denegrir sua biografia quando resolveu liderar a tropa de choque de Lula e Dilma e, concluído o impeachment, adotou uma postura inconsequente, revanchista e despropositada.

Para o senador Eunício Oliveira, relator da PEC, o propósito de Gleisi era tumultuar trabalhos e retardar a votação de uma medida essencial para o país a sair da crise ― gestada e parida pela nefelibata da mandioca, que a senadora tanto defende. Felizmente, os demais parlamentares (salvo a turminha vermelha e sem-vergonha) viram a manobra como ela realmente é, ou seja, uma clara tentativa de sabotagem. Aliás, quando conversava com uma jornalista, Gleisi foi perguntada por uma passante se já estava pronta para ir para a cadeia. Ela respondeu que não, mas que a mulher bem poderia ir em seu lugar. Mas ouviu na lata que a bandida, ali, era ela [Gleisi].

No entanto, como vimos e ouvimos baixarias ainda piores nas campanhas pela sucessão presidencial da maior potência do mundo, vou encerrar por aqui.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 16 de julho de 2013

HD – ESPAÇO NUNCA É DEMAIS.

Já caí inúmeras vezes achando que não conseguiria me reerguer, e já me reergui inúmeras vezes achando que não iria mais cair.

O espaço disponibilizado pelos HDs da década de 80 ia de algumas dezenas a poucas centenas de Megabytes – o que era considerado compatível com as exigências dos softwares de então, já que o Windows 3.1, por exemplo, vinha numa caixinha com nove disquetes de 3½ polegadas e 1.44 MB de espaço cada.
Mais adiante, as mídias ópticas – desenvolvidas originalmente com vistas ao mercado fonográfico – se tornaram a solução ideal para abrigar arquivos de programas, pois eram mais resistentes, ofereciam muito mais espaço e não estavam sujeitas a problemas de desmagnetização e emboloramento.
Na virada do século, a maioria dos PCs de entrada de linha já integrava drives com capacidades entre 10 e 20 Gigabytes, mas os usuários queriam mais, e os fabricantes não se fizeram de rogados: atualmente, qualquer máquina de configuração chinfrim integra discos rígidos de centenas de Gigabytes – as mais parrudas chegam a 1 Terabyte (o que dá e sobra para armazenar 250 mil músicas em .MP3 ou 1 milhão de e-books), embora já existam modelos que ultrapassam a marca do Petabyte.
Quem tem um PC de fabricação relativamente recente dificilmente irá precisar de mais espaço do que a configuração padrão da máquina lhe proporciona – a menos, é claro, que não jogue nada fora, e, pior, armazene toneladas de games, filmes em alta resolução e faixas musicais em .MP3. Sendo o seu caso, a boa notícia é que drives internos de ½ TB podem ser encontrados por menos de R$ 150, e que instalá-los num PC velho de guerra é relativamente simples. Acompanhe:

·        Consulte o manual do PC e atente especialmente para a interface do HD, que provavelmente será SATA, embora máquinas mais antigas possam brindá-lo com o jurássico padrão ATA/IDE.

·        De posse do drive adequado, escolha um local tranqüilo (livre de crianças, animais de estimação, curiosos, palpiteiros), desligue o cabo de energia do No-Break ou Estabilizador de Tensão, desconecte todos os periféricos (monitor, teclado, mouse, caixas de som, etc.), acomode o gabinete sobre uma mesa ou bancada limpa (livre de objetos estranhos à montagem, tais como cinzeiros, copos, xícaras de café, etc.) e remova a tampa lateral.
 
·        Depois de descarregar a eletricidade estática, ajuste o jumpeamento do drive de maneira a não limitar seu desempenho (consulte o respectivo manual).

·        Introduza o novo componente na baia mais adequada, fixe-o com todos os parafusos (vibração excessiva não só resulta em barulho como também abrevia a vida útil do componente) e plugue os cabos (lógico e de energia, tanto no drive quanto na placa/chicote da fonte).
 
·        Feche o gabinete, reconecte os periféricos, religue o cabo de força, ligue o computador e acesse o CMOS Setup para conferir se o novo drive foi devidamente reconhecido.

Observação: HDs SATA dispensam configuração MASTER/SLAVE, conquanto exijam interfaces e cabos diferentes dos utilizados pelos modelos PATA, tanto para dados quanto para energia. Nessa tecnologia, cada interface controla um único disco, mas as placas-mãe geralmente oferecem de duas a quatro delas. Note que, embora seja tecnicamente possível, não é recomendável adaptar um drive SATA numa placa-mãe que ofereça suporte exclusivo ao padrão IDE/ATA.

Por último, mas nem por isso menos importante, vale lembrar que todo HD precisa ser inicializado (processo que envolve a criação e formatação das partições) para se tornar utilizável. No entanto, como esse procedimento já foi detalhado em outras oportunidades, não vou abusar da paciência dos leitores com informações redundantes (em sendo o caso, basta recorrer aos campos de busca do Blog).
Para outra explanação sobre esse assunto, não deixe de dar uma passada no Blog da minha amiga Andy e acessar a postagem http://infodicasandy.blogspot.com.br/2009/07/instalando-um-hd.html.

Abraços e até mais ler.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

M-DISC


O disquete surgiu no início dos anos 70 e reinou durante décadas como solução primária para armazenamento portátil e transporte de dados. O modelo de 8 polegadas (de 80 KB a 1 MB) cedeu espaço ao de 5¼ polegadas (de 160 KB a 1.2 MB), que deu lugar, por sua vez, ao popular disquinho de 3½ polegadas (de 320 KB a 5.76 MB), cuja versão de 1.44 MB ainda é encontrada em algumas lojas de suprimentos de informática.
Até meados dos anos 90, a instalação de softwares era feita por meio desse tipo de mídia (o Windows foi comercializado assim até a versão 95), mas sua capacidade limitada condenou-a ao ostracismo – imagine quantas unidades seriam necessárias para fazer backup de um HD atual ou armazenar os arquivos de instalação das versões mais recentes do Windows, por exemplo. Demais disso, além da tendência a embolorar e desfragmentar com relativa facilidade, os disquetes têm vida útil bastante limitada – depois de certo tempo, a camada magnética começa a se desprender da matéria plástica e a sujar as cabeças de leitura e gravação. 
A despeito de ter sido criado com vistas ao mercado fonográfico, o CD logo foi guindado à condição de “substituto natural” do disquete, notadamente devido à sua durabilidade (de 50 a 100 anos, segundo os fabricantes) e capacidade de armazenamento (700 MB). Mais adiante, veio o DVD, com seus 4.7 GB de espaço na versão mais comum – ou 8.5 GB (duas camadas), 9.4 GB (dupla face) e 17.08 GB (dupla face + dupla camada). Vale lembrar, todavia, que as mídias genéricas (vendidas “à baciada” pelos melhores camelôs do ramo) são mais susceptíveis a variações de temperatura, luz e umidade, e costuma empenar e se tornar quebradiças após pouco tempo de uso.

Observação: O lançamento de programas em CD-ROM levou os usuários de PCs a instalar os assim chamados “kits multimídia” (leitor de CD + placa de som + caixas acústicas). Mais adiante, com a popularização das mídias ópticas graváveis e regraváveis, os PCs passaram a vir de fábrica com “combos” (leitoras de DVD capazes de ler e gravar CDs) ou gravadores de DVDs (que também lêem e gravam CDs).

Embora os práticos “pendrives” venham oferecendo cada vez mais espaço por preços cada vez menores – um modelo de 8 GB corresponde a mais de 5.000 disquetes e permite armazenar 64 horas de música ou 1.600.000 páginas de livro –, as mídias ópticas continuam em alta. Aliás, a empresa americana Millenniata anunciou recentemente o lançamento do M-DISC, no qual o material orgânico reflexivo utilizado nos CDs/DVDs convencionais é substituído por um produto sintético que oferece maior resistência, tanto a danos físicos quanto a degradações naturais.
O M-DISC possui capacidade de armazenamento semelhante à de um DVD comum (4,7 GB) e preço unitário de US$ 2,99. Para gravar, é preciso dispor de um drive fabricado pela LG – com preço entre 50 e 200 dólares –, mas a leitura pode ser feita por qualquer player de DVD ou Blu-Ray (saiba mais em http://millenniata.com/m-disc/).
Um ótimo dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Disquete de boot e outros que tais.

Muita gente ainda se lembra dos velhos disquetes de boot – tão obsoletos, hoje em dia, quanto o próprio Floppy Drive – que eram criados para inicializar o sistema em situações de emergência, quando a máquina não dava o boot pelo HD (devido a problemas físicos, lógicos, ações de malwares e outros que tais). O que muita gente talvez não saiba é que, a partir da versão XP, todos os discos de instalação do Windows funcionam como discos de boot. Basta inserir a mídia na gavetinha, reconfigurar a ordem de inicialização pelo setup (já vimos como fazer isso), aguardar o programa de instalação identificar uma versão do sistema já instalada e escolher a opção “Reparar esta instalação”.
No Windows 7, todavia, é possível criar um DVD específico para reparar uma instalação defeituosa: basta clicar em Iniciar, digitar “repara” no campo de texto, selecionar o primeiro resultado no menu (Criar um Disco de Reparação do Sistema) e seguir as instruções na tela. No entanto, existe um programinha salva-vidas que dispensa o CD/DVD de instalação do Windows ou o disco de reparação. Ele funciona nas versões XP, Vista e 7 e é fácil de usar. Para mais detalhes, acesse http://www.baixaki.com.br/download/paragon-rescue-kit.htm, que não só oferece o download desse freeware, mas também um tutorial detalhado.
Já se o PC não dá qualquer sinal de vida quando você pressiona o botão de Power – ou se o BIOS emite estranhas seqüências de bips e não completa o boot – o problema deve estar relacionado ao hardware. E se culpado for o HD, e você não dispuser de um backup atualizado de seus arquivos mais importantes, é bom saber que o Recover My Files permite recuperar os dados de um disco rígido problemático.
Claro que se o seu PC estiver inoperante, você precisará remover o drive e conectá-lo a outro computador, preferencialmente usando uma “gaveta” – espécie de case que contém a interface necessária para transformar um HD interno num drive externo USB – compatível com o padrão do seu disco (IDE ou SATA). A versão gratuita do programinha irá mostrar quais arquivos podem ser recuperados e até exibir seu conteúdo, mas você só poderá copiá-los para outro drive depois de pagar a taxa de licença.
Bom dia a todos e até a próxima.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Autorun e Autoplay

Embora os disquetes tenham reinado absolutos como opção primária de mídia removível para armazenamento e transporte de dados, o espaço miserável e a falta de confiabilidade os levaram a um processo irreversível de decadência senil – se seu PC ainda tem um Floppy drive, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.
À medida que os gravadores de CDs e DVDs se popularizaram, os disquinhos foram sendo progressivamente abandonados, e a queda no preço dos memory keys de grandes capacidades jogou a pá de cal que faltava para sua aposentadoria compulsória.
Por outro lado – e tudo sempre tem outro lado –, os chaveirinhos de memória facilitaram sobremaneira a vida da “turminha do mal”: um pendrive no bolso e uma entrada USB no PC já bastam para alguém disseminar malwares ou surrupiar informações confidenciais, notadamente de empresas e afins.
Sensível a esse problema, a Microsoft achou por bem inibir o “Autorun” dos dispositivos USB no Seven e estender essa medida (via Patch Tuesday deste mês) também ao XP e demais versões do Windows para as quais ela ainda oferece suporte.
Tradicionalmente, sempre que introduzíamos um CD ou DVD no drive óptico ou conectávamos um pendrive na portinha USB do PC, o Autoplay exibia uma telinha com diversas opções – de abertura de pastas e exibição de arquivos, imagens ou multimídia à execução de músicas e outras que variam conforme o conteúdo da mídia e dos programas instalados no computador. No entanto, caso a mídia contivesse um arquivo executável (como em aplicativos que demandam instalação, por exemplo), o conteúdo era carregado automaticamente pelo Autorun. No primeiro caso, a reprodução automática permitia escolher o que fazer, ao passo que, no segundo, o programa era executado automaticamente – e um recurso que invoca a execução de qualquer programa à revelia do usuário pode ser facilmente utilizado na propagação de malwares e códigos mal intencionados que tais.
Quem migrou para o Windows 7 deve ter reparado que aplicativos armazenados em mídias ópticas ainda são executados automaticamente (desde que exista um arquivo “Autorun.Inf” com informações sobre o programa a ser carregado), mas o mesmo já não se dá com “pendrives” e outros dispositivos USB: ainda que eles contenham o Autorun.Inf, o que aparece na tela é a janelinha da reprodução automática, esperando você decidir o que quer fazer (ou não fazer).
Já quem continua fiel ao velho XP (ou Vista, Server 2003 e Server 2008) deve rodar o Windows Update e atualizar seu sistema para obter essa solução de segurança (mais informações no artigo “Update to the AutoPlay functionality in Windows”, disponível em http://support.microsoft.com/kb/971029/en-us).
Abraços a todos, uma ótima quarta-feira e até mais ler.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Armazenamento externo e transporte de dados

Quando eu arrisquei meus primeiros artigos sobre Tecnologia da Informação, no final do século passado, já se dizia que o disquete (Floppy Disk) estava com os dias contados – mas parece que ninguém contou isso para ele, que, da mesma forma como certos políticos, vem se recusando teimosamente a sair de cena. No entanto, talvez a coisa mude de figura a partir de março do ano que vem, quando esse tipo de mídia terá sua fabricação encerrada no Japão.
Criados quando os computadores ainda não tinham disco rígido – tanto o sistema quanto os programas e os arquivos eram carregados e manipulados diretamente a partir de disquetes de 5 ¼ polegadas –, eles encolheram para 3 ½ polegadas e foram durante décadas a opção primária para instalação de softwares, realização de backups e transporte de dados. Mas o “inchaço” dos sistemas e programas, a popularização dos gravadores de CD/DVD e o surgimento dos “chaveirinhos de memória” viriam torná-los anacrônicos e pouco funcionais; hoje, se a maioria dos desktops ainda conta um drive de disquete, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.

Observação: Até meados da década passada, os arquivos de instalação de softwares vinham em disquetes (o próprio Windows 95 chegou a ser disponibilizado dessa maneira), mas bastava um único disquinho embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto. Hoje em dia, considerando que os 1.44 MB de espaço oferecidos pelos disquetes dão para gravar pouco mais de 1 minuto de música em MP3, imagine quantos deles seriam necessárias para backup completo de um HD moderno ou para armazenar arquivos de instalação das versões mais recentes do Windows.

Mesmo que tanto os HDs externos quanto os práticos “chaveirinhos de memória” venham oferecendo cada vez mais espaço por preços cada vez menores, as mídias ópticas continuam em alta, especialmente na hora de gravar arquivos de multimídia (músicas, clipes, filmes, etc.), até porque é possível tocá-las também no player de casa, do carro, em dispositivos portáteis, e por aí vai.  Alguns fabricantes sugerem que, se bem conservados, CDs e DVDs funcionam por várias décadas, mas convém lembrar que eles também são frágeis, sensíveis ao calor e a maus tratos.
Para prolongar a vída útil de seus discos, manuseie-os com cuidado, pegando sempre pelas bordas, e mantenha-os guardados nas caixinhas, ao abrigo da luz solar e de outras fontes de calor. Quando um simples pano seco não remover os resíduos de gordura, suor e outros que tais, pingue algumas gotas de detergente neutro num copo com água, umedeça uma esponja (ou um pano macio) e esfregue gentilmente – sempre do centro para a borda do disco, nunca em sentido circular.
Riscos pouco profundos podem atrapalhar a leitura, mas geralmente é possível elimina-los com um cotonete e uma pequena quantidade de creme dental (ou de um polidor de metais como Kaöl). Se isso não resolver, tente um kit para recuperação de CDs e DVDs (vendidos em grandes magazines, hipermercados e lojas de produtos eletrônicos). Caso sua leitora continue se recusando a ler a mídia (e o problema não for a própria leitora, coisa que você pode averiguar usando outro disco que esteja em perfeitas condições), experimente um programa de recuperação como o CDCheck, gratuito para uso pessoal e disponível em www.kvipu.com/CDCheck/registration.php).
Bom dia a todos e até mais ler.