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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O NATAL ESTÁ AÍ, E O IPHONE X DA APPLE JÁ CHEGOU. VAI ENCARAR?

CHI NASCE ASINO NON PUÒ MORIRE CAVALLO

Crianças de todas as idades, bem-comportadas ou não, pediram ao Papai Noel um smartphone novo de presente se Natal.

Muitas citaram nominalmente o iPhone X, enquanto outras, menos exigentes, se mostraram dispostas a aceitar o que vier. Desde que não seja um daqueles celulares dos “tempos e antanho”, naturalmente. Afinal, conexão com a internet e suporte a redes sociais são requisitos indispensáveis, hoje em dia, como também um processador veloz e fartura de espaço na memória interna. O problema é que isso restringe o leque de opções vendidas por menos de R$ 1 mil, embora esse valor deixe de assuntar quando consideramos que o iPhone X ― que começou a ser vendido no Brasil há poucos dias ― custa, na configuração top, quase R$ 8 mil. A pergunta é: será que ele vale tudo isso?


É difícil dizer. Até porque a relação custo x benefício deve ser sempre analisada à luz do perfil do usuário ― e de quem vai bancar a compra do aparelho. Mas investir pesado num modelo de topo de linha e subutilizar a maioria dos seus recursos é burrice. Claro que, se dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor.

O iPhone X “comemora” os 10 anos do lançamento do primeiro iPhone, e é diferente de todas as outras versões que a Apple já lançou. Além de ser muito bonito, o aparelho de 174 g e apenas 7,7 mm de espessura é resistente à água. Sua moldura em aço inoxidável mantém os mesmos componentes das versões anteriores, mas com listras mais finas para as antenas e um botão lateral maior, que serve para bloquear/desbloquear o celular ou chamar a Siri ― detalhe: para desligar essa belezinha, é preciso pressionar o botão em questão em conjunto com o botão de volume (+). Enfim, com o processador Neural de 6 núcleos, o iPhone X é considerado um dos celulares mais rápidos da atualidade, mas é no iOS 11 que o aparelho se destaca.

A supressão do tradicional botão Início não fará muita diferença depois que você se habituar com o novo modelo, já que operá-lo somente com gestos é muito fácil. Para sair de um app, por exemplo, é preciso deslizar de baixo para cima; para ver todos os apps, deslizar de qualquer um dos cantos inferiores para o centro da tela e então soltar, para que a lista seja carregada. A troca de aplicativos ficou muito mais prática: se você estiver usando o WhatsApp e quiser checar um endereço no Maps, por exemplo, deslizar o dedo na parte inferior da tela fará com que os aplicativos se sobreponham. A reprodução de áudio em estéreo oferece 25% mais de volume ― em comparação com o iPhone ― e o som é limpo e com batidas fortes. Pena que o aparelho não ofereça entrada para fones de ouvido.

Outro aspecto que chama a atenção é o “notch”, que faz uma divisão um tanto estranha da tela do iPhone X. É ali que ficam a saída de som e os novos sensores da Apple, que dão vida a um novo recurso chamado Face ID ― cuja proposta é a mesma do Touch ID, mas que precisa de um projetor de (mais de) 30 mil pontos para mapear o rosto do usuário, um emissor de luz infravermelho (para operar também no escuro) e de uma câmera infravermelha para analisar os dados (conjunto que a Apple batizou de TrueDepth).

A nova tela tem resolução de 2436 x 1125 pontos e usa o layout Diamond Pixel PenTile, onde cada pixel compartilha subpixels nas cores vermelha, verde e azul com os pixels ao redor, tornando a visualização mais nítida, vibrante e extremamente confortável, mesmo quando o aparelho é utilizado por longos períodos. Pena que a execução de aplicativos que ainda não são totalmente compatíveis com a nova interface resulte na exibição de faixas pretas ― ao contrário do Samsung Galaxy S8, o modelo da Apple não “estica” os apps.
Para despertar a tela, basta tocar nela ou levantar o aparelho; as notificações aparecerão lá, mas o conteúdo só será exibido se o usuário olhar para a tela, o que é muito mais seguro e discreto. Quando detecta que o usuário está olhando para a tela, a câmera TrueDepth reduz o volume das notificações e alertas, bem como silencia o celular quando uma chamada é atendida. A maneira de encerrar os aplicativos também mudou ― agora, é preciso segurar neles na multitarefa e depois tocar no botão vermelho, o que pode não ser lá muito prático, mas foi uma mudança necessária por conta de todos os novos gestos compreendidos pelo sistema.

No geral, o desempenho do iPhone X é muito bom. Games exigentes, como o Street Fighter, rodam perfeitamente bem ― e ficarão melhores depois que os desenvolvedores os atualizarem para aproveitar toda a tela do aparelho. A autonomia da bateria também merece elogios, já que desobriga a maioria dos usuários de levar o carregador a tiracolo por toda parte. E o tempo que a bateria leva para ser totalmente recarregada é de pouco mais de 2 horas (embora aumente consideravelmente na recarga sem fio).

Haveria muito mais a dizer e muitos elogios mais a fazer (só as câmeras já mereceriam uma postagem à parte), mas vou encerrar por aqui, lembrando que não me cabe fazer juízo de valor em relação ao preço e a contrapartida que o aparelho entrega, pois isso depende das possibilidades e necessidades de cada um. No entanto, se Papai Noel lhe der o brinquedinho de presente, o preço não fará a menor diferença, não é mesmo?

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