Mostrando postagens com marcador lulopetismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lulopetismo. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de fevereiro de 2019

LULA, SUAS CONDENAÇÕES, SUA DEFESA E A ALIENAÇÃO DOS SEGUIDORES DA SEITA DO INFERNO


Por mais que me desagrade falar no sevandija da caatinga pernambucana, em sua trupe de cangaceiros e na corja de seguidores lunáticos que os acompanha, volto ao assunto diante de uma boa notícia — e olha que boa notícia, hoje em dia, é avis rara.

As duas baixas na bancada do PT no Congresso — o deputado baiano Luiz Caetano foi cassado por improbidade e o potiguar Fernando Mineiro perdeu a vaga com o recálculo do quociente eleitoral em seu estado —, somadas à filiação de dois deputados ao PSL, em janeiro, tornaram o partido do Presidente a maior bancada na Câmara. Se isso é suficiente para aprovar as reformas da Previdência e o Pacote Anticrime do ministro Sérgio Moro, bem, aí já é outra história. Se o fogo amigo cessar e nenhum outro acidente de percurso sobrevier, é possível que cheguemos lá.

Quanto ao molusco eneadáctilo, sua condenação no segundo processo e a iminência do julgamento do terceiro vêm exigindo de seus caríssimos advogados muita ginástica mental e uma boa dose de criatividade. Afinal, contra fatos não há argumentos, e é difícil defender o indefensável. A lengalenga da vez é que a juíza substituta Gabriela Hardt (que em breve irá passar o bastão da 13ª Vara Federal do Paraná para o novo titular) teria “copiado” uma parte da sentença de Moro no caso do tríplex, limitando-se a mudar a ordem de alguns parágrafos. “Na verdade”, diz O ANTAGONISTA, “foi Lula quem plagiou Lula, cometendo no sítio e no triplex os mesmos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro”.

Com efeito, os dois casos são de certa forma semelhantes. Em ambos, o MPF acusou o ex-presidente de usar os imóveis para receber propinas travestidas de reformas e benfeitorias personalizadas, e a defesa alegou que o réu não é dono dos imóveis e que o MPF não conseguiu comprovar quais atos de Lula teriam beneficiado as empresas. Em sua decisão no caso do sítio, a magistrada entendeu que a família do petista "usufruiu do imóvel como se dona fosse", e que a ação penal "não passa pela propriedade formal do sítio" — a mesma interpretação do então juiz Sergio Moro ao condenar Lula no caso do tríplex, em abril de 2017.

A estratégia da defesa, agora, é pugnar pela anulação dos dois processos, alegando uma suposta “parcialidade” de Moro e outras asnices que tais. Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

A militância vermelha (ou o que resta dela) não vê provas contra seu amado líder nem que elas lhe mordam a bunda. Para essa escumalha, se Lula tirou milhões da pobreza (se realmente tirou, deve ter depositado na conta dele e na do PT), que mal tem em lavar dinheiro ocultando duas propriedades? Ou em ganhar imóveis e reformas de empreiteiras que favoreceu enquanto era presidente? Em receber propina disfarçada de pagamento por palestras a que ninguém nunca assistiu, torrar R$ 8 bilhões do BNDES para a Odebrecht realizar obras sem concorrência em países bolivarianos, comandar uma organização criminosa que quebrou a Petrobrás e contratar sondas superfaturadas da Schahin Engenharia?

É justo condenar o Parteiro do Brasil Maravilha por acobertar o assassinato de prefeito Celso Daniel com dinheiro da comissão das sondas? Por obrigar a Petrobras a fornecer nafta à Braskem por preços abaixo do valor de mercado por vários anos, causando um prejuízo que o TCU estima em R$ 5 bilhões? Por saquear os palácios ao deixar a Presidência, levando não só presentes de Estado como até a prataria da casa? Por eleger uma gerentona incompetente, despreparada e desequilibrada para manter quente a poltrona até que ele próprio pudesse voltar a ocupá-la, 4 anos depois? Quem se importa se para isso foi preciso ilaquear a boa fé do povo com uma campanha criminosamente mentirosa, irrigada com dinheiro roubado da Petrobras?

Condenar Lula por permitir que sua quadrilha saqueasse os fundos de pensão de quase todas as estatais, comprometendo as aposentadorias de centenas de milhares de petroleiros, carteiros, bancários? Por deixar que a Bancoop lesasse milhares de bancários para favorecer a OAS e ganhar uma cobertura triplex no Guarujá? Pura perseguição!

Condenar Lula por dar aval político e dinheiro para que organizações criminosas, como o MST, invadissem e depredassem impunemente fazendas, centros de pesquisa e prédios públicos? Por comprar apoio político através do mensalão e do petrolão? Por nomear comparsas para o Sesi Nacional, transformando a instituição num cabide de empregos para “cumpanhêros”, parentes e outros vagabundos? Por contribuir para o enriquecimento ilícito de seus filhos em troca do favorecimento de empresas de telefonia e outras? Por vender medidas provisórias isentando montadoras de impostos em troca de comissões? Pura injustiça!

Condenar Lula por inchar o governo e as estatais com centenas de milhares de funcionários supérfluos, quebrando o estado e provocando déficit público recorde? Por lotear mais de 30 mil cargos de confiança entre seus apaniguados, dando o comando das estatais e autarquias para petistas incompetentes, que mal sabem administrar suas vidas? Por eleger outro poste, também com dinheiro roubado das estatais, para prefeitar a maior cidade do país? Crueldade!

Condenar Lula porque ele comprou milhões de votos com programas de esmola como o Bolsa Família, criou o Bolsa Pescador e deixou 3 milhões de falsos pescadores se inscreverem para receber a sua esmola compradora de votos, aumentou a carga tributária de 33 para 40% do PIB e a dívida pública para quase R$ 3 trilhões, tornando-a impagável? Por ter favorecido o sistema financeiro com taxas exorbitantes de juros, transferindo renda dos pobres para os ricos? Por ter queimado toda a bonança da maior onda de alta das commodities na década passada? Por ter loteado todas as agências reguladoras, fazendo-as inúteis na proteção dos cidadãos? Por ter aparelhado até o STF, nomeando ministros comprometidos com a proteção de sua ORCRIM? Por deixar a Bolívia expropriar a refinaria da Petrobras sem fazer nada e humilhar nossas Forças Armadas nomeando ministros da Defesa comunistas e incompetentes? Por favorecer comercialmente ditaduras como as de Angola, Venezuela e outras? Por esnobar as maiores economias do mundo, direcionando nossas relações exteriores para países inexpressivos comercialmente, apenas no afã de ganhar prestígio e votos na ONU? Por humilhar o Itamaraty, orientando a política externa através de consiglieri mafiosos, e deixar nossas embaixadas e consulados sem dinheiro para pagar aluguéis? Por comprar um aerolula da Airbus pelo triplo do preço de uma aeronave da Embraer? Por descuidar dos programas de saúde pública através de ministros incompetentes e desvio de verbas, permitindo a volta de doenças como a dengue e a zika? Por aparelhar todas as universidades federais com reitores de esquerda, obtusos e incompetentes, e fazer do Brasil motivo de chacota no mundo inteiro, subtraindo dos brasileiros o orgulho de ser brasileiro? Pura desumanidade!

Acuerda, macacada!

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

ANO NOVO, PRESIDENTE NOVO



Como será o amanhã? Responda quem souber. Como ficará a nação sob a nova direção, isso só o tempo dirá.

Chegamos onde chegamos porque nosso “esclarecidíssimo eleitorado” dispensou impiedosamente os candidatos que representavam um ponto de equilíbrio e levou ao segundo turno os dois extremos do espectro político partidário — de um lado, um boneco de ventríloquo de um criminoso condenado, preso e sedento de vingança; do outro, um capitão do exército reformado, antipetista e antiesquerdista, tido como machista, truculento, homofóbico e saudosista da ditadura militar. Quem semeia ventos colhe tempestades, diz um velho ditado. Mas quando as alterativas são o desastre anunciado e um caminho para o desconhecido, o jeito é optar pela segunda — daí Bolsonaro ter derrotado Luladdad por uma vantagem de quase 11 milhões de votos.

Observação: Como salientou Roberto Pompeu de Toledo na edição impressa da revista Veja da semana passada, a Venezuela foi um dos fantasmas acionados contra o PT na campanha. E com razão: o partido de Lula entrincheirou-se na solidariedade para com o regime dito bolivariano, num estratagema de deliberada cegueira diante do desastre político, econômico e social ali em curso. Some-se a isso a falta de autocrítica aos desatinos da política econômica de Dilma e estava servido, farto e saboroso, o prato com que os adversários alimentaram o prognóstico de que, com a vitória do PT, o Brasil se tornaria uma nova Venezuela.

Ano novo, presidente novo, segue dividido o povo, tendo a raiva como combustível da polarização onde “os de direita” apoiam incondicionalmente o “mito”, e a patuleia, má perdedora, promete ampla, geral, irrestrita, intransigente, arrogante e exclusivista oposição — sobretudo o bando petista, que se enxerga como o único e legítimo dono da chave da história. Aliás, o PT informou que nenhum dos seus parlamentares participará da cerimônia de posse de Bolsonaro, no que foi prontamente seguido pelo PSOL (para mais detalhes, clique aqui).

A camarilha de Lula diz que “reconhece o resultado das eleições, mas defende que elas foram marcadas por falta de lisura por ter sido descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad". Já a caterva do candidato derrotado Guilherme Boulos, eterno líder MTST, classificou a efeméride como “um momento de festa em que, para o partido, não há nada a comemorar”.

O boicote, vindo de quem vem, não chega a surpreender. Aliás, dizer que o governo que ora se inicia tem como princípios o ódio, o preconceito, a intolerância e a violência é esquecer — de maneira muito conveniente e com toda a má intenção — que foi Lula quem, de sua primeira candidatura presidencial, em 1989, ao discurso que fez antes de ser levado para a prisão, em abril do ano passado, repisou sempre a retórica do “nós contra eles”, onde “nós seria o povo, que o PT e seu líder representariam, e “eles”, as elite econômicas interessadas apenas em manter seus privilégios.

Observação: O embate às vezes duro entre visões divergentes faz parte da vida democrática. Num debate polarizado, porém, cada um dos lados, convicto do acerto absoluto de suas ideias extremas, deseja não só a derrota, mas a aniquilação dos opositores, a quem vê como inimigos. 

Claro que houve polarização política em outras épocas — como em 1964, com as “marchas da família com Deus pela liberdade” contra o governo João Goulart, ou em 1968, com a Passeata dos Cem Mil contra a ditadura militar, e por aí vai —, mas jamais com a magnitude da que teve início em 2013 a pretexto do reajuste de R$ 0,20 nas passagens de ônibus e acabou promovendo uma substancial mudança de padrão da condução de seus conflitos políticos e resultando no (até então improvável) impeachment da gerenta incompetenta que por pouco não levou o país à bancarrota. De lá para cá, o maniqueísmo político cresceu exponencialmente e explodiu durante a campanha pela sucessão presidencial de 2018, que, em paralelo ao duelo entre Bolsonaro e Luladdad, magnificou o confronto entre petismo e antipetismo. O PT, que até então dominava o jogo da vilanização do adversário, perdeu o rumo; sustentando até o limite a ficção de que Lula era perseguido pelas elites, o partido da estrela apagada insistiu em sua candidatura, mesmo estando ele preso, e quando afinal o "plano B" foi acionado, a transferência de votos impulsionou a candidatura do fantoche, mas não o suficiente para derrotar "o mito". Resta saber se a jararaca — como Lula apelidou a si mesmo — desta vez foi ferida de morte ou se ainda terá forças para reconstituir-se num mito à altura do argentino Juan Domingo Perón, envolto num misto de saudade do passado e miragem de um futuro idílico.

Como dito, conflitos são inerentes à democracia, e a polarização, que é o enrijecimento das posições e seu aquartelamento em duas facções, sem muita coisa de relevante no meio, pode ser tolerável enquanto regulada por instituições fortes. É o que ocorre nos Estados Unidos. Por mais que Trump se rebele contra a imprensa e chame de fake news as notícias que lhe desagradem, não se concebe que vá fechar o The New York Times. É o que não ocorre na Venezuela, onde Nicolás Maduro fecha estações de TV inoportunas — sob aplausos entusiásticos do bando vermelho tupiniquim, nunca é demais lembrar. Ao fim e ao cabo, a polarização brasileira será julgada por seu desfecho, se desfecho houver. Se não houver, é porque foi contida nos quadros institucionais e seu andamento se dará na cadência desse benfazejo produto da ordem democrática que é a alternância no poder.

Voltando ao cenário local, há que dedicar mais algumas linhas ao “imbróglio Queiroz”. As “movimentações financeiras atípicas” e mal explicadas que o COAF identificou na conta do ex-assessor e motorista do então deputado e ora senador eleito Flávio Bolsonaro não implica diretamente o presidente, mas pegaram muito mal para quem baseou sua campanha no combate à corrupção. E uma parcela substancial da mídia tem feito o possível e o impossível para manter esse assunto em destaque.

Não é preciso ter olfato de perdigueiro para farejar a prática de pedágio no gabinete do “01” (como Bolsonaro se refere ao filho mais velho). Engordar os próprios salários garfando parte da remuneração dos assessores sempre foi tão comum entre parlamentares quanto o uso da gravata, e o número absurdo de funcionários que podem ser contratado a expensas do contribuinte assanha o apetite pantagruélico dessa corja: na Câmara Federal, cada gabinete pode ter entre 5 e 25 servidores comissionados, com salários que variam de aproximadamente R$ 1 mil a R$ 15 mil; no Senado, o número de funcionários dobra e a remuneração vai de R$ 4 mil a R$ 17 mil. Nada disso justifica ou isenta de culpa os envolvidos, naturalmente. Por outro lado, Lula foi poupado das investigações sobre o Mensalão e reeleito quando a roubalheira já era pública e notória, além de ter emplacado uma ilustre desconhecida e rematada incompetente como sucessora em 2010 e mantê-la no posto 2014, quando a Lava-Jato já estava em curso e os primeiros prenúncios do Petrolão já surgiam no horizonte. Não sei o leitor há de concordar, mas eu acho que toda essa indignação fede mais do que o caso em si.

Bolsonaro deu uma explicação plausível para os depósitos na conta de sua esposa, e o general Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo, disse que o caso “não é uma questão de governo”. Não obstante, o misterioso desaparecimento ex-assessor, motorista e amigo há décadas do clã Bolsonaro deu à oposição farta munição para disparar contra a credibilidade de um presidente que ainda nem começou a governar. Além disso, mesmo tendo reaparecido, depois de faltar a duas oitivas convocadas pelo Ministério Público (detalhes nesta postagem), Queiroz não explicou por que funcionários do gabinete de Flavio Bolsonaro depositavam dinheiro em sua conta todo início de mês, embora tenha afirmado que nunca foi laranja, que as transações de compra e venda de carros explicam as movimentações em sua conta e que complicações decorrentes de um câncer no intestino impediram-no de depor quanto foi convocado. “Eu sou um cara de negócios. Faço dinheiro. Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro. Sempre fui assim. Gosto muito de comprar carro de seguradora. Na minha época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia…”, disse Queiroz, cuja renda mensal, segundo ele, gira em torno de 23 mil reais (clique aqui para conferir a íntegra da entrevista concedida ao SBT).

Para encerrar, volto rapidamente à ex-presidanta incompetenta, não para detalhar as barbaridades que ela gestou e pariu durante os 5 anos, 4 meses e 12 dias em que desgovernou esta Banânia, mas apenas para relembrar que, a pretexto de combater a ditadura, Dilma participou de três organizações terroristas (Colina, VAR-Palmares e VPR), e seus “camaradas” — alguns saudados por ela em discursos de campanha, praticaram toda sorte de crimes, aí incluídos assaltos a banco, sequestros e assassinatos, e não para resistir à ditadura, mas sim para fazer a “luta revolucionária” e instaurar a ditadura do proletariado, como lembrou o jornalista Reinaldo Azevedo nesta postagem

Para bom entendedor...      

terça-feira, 13 de novembro de 2018

É PRECISO VARRER O PETISMO


O acampamento Lula Livre foi encerrado “por cortes de gastos e pelo número reduzido de pessoas”, segundo nota de seus organizadores. Eles afirmam que “o acampamento opta em transformar a luta do espaço físico fixo para uma luta itinerante e virtual”. A cela de Lula não é nem itinerante, nem virtual, mas, pelo visto, ninguém mais quer dormir na porta da cadeia.

Veja publicou que “pela primeira vez desde que foi preso, Lula dá sinais de tristeza”, e O Antagonista completou: “Estamos muito comovidos”. Fato é que quem visitar o petralha irá encontrá-lo mais magro (por conta de exercícios, dieta controlada e abstinência forçada) e desanimado com a perspectiva de passar um “longo inverno” na prisão.

Lula pode ser lunático a ponto de acreditar nas próprias falácias, mas não estúpido a ponto de não perceber que o cenário político atual deve travar o julgamento da ação que tenta acabar com a execução da pena após decisão em segunda instância, e que suas chances de sucesso no processo sobre o sítio de Atibaia (SP) são remotas. 

O mesmo não se aplica à presidente nacional da seita do inferno — que, aliás, ninguém mais suporta. A amalucada Gleisi Hoffmann é persona non grata até para os petistas. É impressionante como ela consegue gerar tanto asco. Mesmo pessoas que não desenvolvem qualquer atividade político-partidária não suportam o jeito e o comportamento dessa senhora, evidenciado por seu extremo e ilimitado mau-caratismo. O próprio ex-presidenciável Fernando Haddad não a tolera — e não é pra menos, visto que a queridinha de Lula trabalhou à sorrelfa contra a candidatura do poste e hoje é um obstáculo pesado para a sobrevivência do candidato derrotado. Aliás, o empresário Roberto Justus, uma pessoa isenta, totalmente sem ligações políticas, definiu a moçoila com extrema precisão: “Se tem um ser humano que eu desprezo, chama-se Gleisi Hoffmann” (confira no vídeo).

Para fechar com chave de ouro, segue um texto lapidar de Diogo Mainardi:

É preciso varrer o petismo. O primeiro passo, claro, é garantir que Lula possa apodrecer na cadeia, impedindo que um ministro aloprado resolva soltá-lo com uma canetada. Ou, pior ainda, que o STF ou o Congresso Nacional aprovem uma norma geral que anistie todos os corruptos.

A Lava-Jato prendeu criminosos de todos os partidos. É o exemplo a ser seguido em todas as áreas. Varrer o petismo é muito mais abrangente do que varrer apenas o PT. É fortalecer o Estado contra o assalto de uma quadrilha caudilhesca e cartorial. Como se faz isso? Vendendo as estatais, eliminando as reservas de mercado, abolindo os cargos comissionados, premiando o mérito.

Jair Bolsonaro disse que vai cortar a publicidade estatal da Folha de S. Paulo. Isso é o suprassumo do revanchismo petista. Lula e seus comparsas sempre usaram a publicidade estatal para achacar a imprensa. Eles sempre a usaram também para comprar o jornalismo mercenário. O que Jair Bolsonaro pode fazer — o que ele deve fazer — é cortar drasticamente o gasto com propaganda do governo. Ele não precisou de comerciais na TV ou de matérias nos jornais para se eleger, então por que precisaria para governar? Além de comprar a imprensa, o petismo comprou igualmente o consenso de sindicatos, artistas, ONGs. Está na hora de parar com isso. Quem oferece um trabalho importante pode aprender a se financiar sozinho, sem se beneficiar dos favores concedidos por coronéis partidários.

Os eleitores votaram contra o petismo, que é muito mais vasto e daninho do que o próprio PT. Ele está enraizado em setores da sociedade, e tem de ser arrancado sem dó, porque é a única maneira de se derrotar o atraso. Varrer o petismo é a chance que o Brasil tem de tentar inventar algo melhor.

sábado, 27 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018 — AMANHÃ É O DIA D (QUE DEUS NOS AJUDE)


Encerrado o incomodativo horário eleitoral obrigatório edição 2018, também eu farei um intervalo nas postagens de política. Amanhã não haverá publicação, de modo que o texto a seguir encerra os trabalhos até a próxima segunda-feira. Vamos a ele.

Nunca antes na história deste país se viu uma disputa presidencial tão pródiga em desinformação quanto a que ora chega ao fim, marcada como a mais atípica desde a redemocratização. Ao longo das sete semanas e meia desde seu início oficial, houve uma sucessão de episódios surpreendentes, como a tentativa de assassinato do líder das pesquisas e a insistência do PT em viabilizar a candidatura de um criminoso condenado e preso. Agora, faltando cerca de 48 horas do final, o candidato do PSD mantém uma vantagem considerável — os percentuais variam conforme a fonte, mas o último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas o aponta com 60,6% e Haddad com 39,4%.

A pesquisa mostra ainda que a rejeição do capitão também ficou estável em relação ao levantamento anterior (era de 38 % e agora é de 39,4%, menor que a do adversário, que ficou em 54,5%, ante 55,2% no dia 17). O Nordeste continua sendo a única região em que o poste de Lula se sai melhor (lá, ele tem 51,9% e Bolsonaro, 35,6%).

O resultado geral mostra que o desejo de mudança e o antipetismo são os principais definidores desta eleição — 32,2% dos que dizem que votarão em Bolsonaro dizem que o farão por ele “representar a mudança”. Em segundo lugar aparece o fato de ele “ser contra Lula e o PT” (resposta de 19% dos entrevistados). Já as declarações de voto em Haddad são fundamentadas na rejeição à figura do adversário e na simpatia por Lula. Dos entrevistados que disseram que votarão no petista, 20,3% dizem que o farão “por não gostarem de Bolsonaro”. Os outros motivos apontados pelos eleitores de Haddad são a “defesa da democracia” (12,5%), “ele ser candidato do ex-presidente Lula” (12,3%), “identificação com o discurso do candidato” (7%) e “pela defesa dos direitos humanos” (4,9%).

Observação: A profusão de fake news, embora não seja exatamente novidade — nas duas últimas eleições presidenciais o PT montou amplas equipes de comunicação digital e disseminou acusações verdadeiras e falsas contra os adversários — foi levada ao paroxismo. E tudo indica que não faltarão desdobramentos, já que, fiel à sua tradição vitimista, o partido da estrela cadente entrou na Justiça com um pedido de investigação por abuso de poder econômico contra Bolsonaro (em função da denúncia veiculada pela Folha), na qual postula a anulação da eleição.

Em entrevista a José Nêumanne, a jornalista Joice Hasselmann — deputada federal mais votada de todos os tempos — disse o seguinte sobre o PT

Eles mentiam durante a campanha, mentiam na imprensa, mentiam para o mercado, mentiam para o povo e faziam negócios usando o governo como um inesgotável balcão. Defendi ininterruptamente a extinção do PT, que se mostrou uma quadrilha, e não um partido. A Lava-Jato tirou as escaras dos olhos do povo e provou que ninguém, nem mesmo o presidente de um país, está acima da lei”.

O projeto de poder do PT, adubado pelo mensalão e regado pelo petrolão, acabou sobrestado com o providencial impeachment de Dilma e repudiado nas eleições de 2016. No entanto, esse egun mal despachado nos assombrará enquanto Lula continuar a comandar o PT da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, a despeito dos erros crassos de estratégia que ele vem cometendo, a começar pela insistência ilógica em manter sua candidatura.

Não sei se Lula achava mesmo que disputaria o pleito ou se tudo não passou de estratégia para impulsionar a transferência de votos para o poste, mas o fato é que Bolsonaro venceu em 16 estados, em 23 das 26 capitais, e no Distrito Federal — Haddad ganhou somente em 9 estados e 3 capitais (todos na região Nordeste). E ainda que o PT venha fazendo o diabo para demonizar Bolsonaro, a considerável dianteira mantida pelo capitão e o pouco tempo que falta para o segundo turno sugerem que a derrota dos vermelhos será acachapante.

Depois de passar boa parte da campanha posando de vítima de fake news, Haddad fez exatamente aquilo de que vinha acusando seu adversário. Com a cara mais deslavada do mundo, culpou Bolsonaro pela “campanha mais baixa de todos os tempos porque ele quis criar esse clima, que favorece a campanha dele”. Só não explicou se a “avalanche” inclui o PT espalhando que Bolsonaro cortaria o 13º salário e o Bolsa Famíliaque seu vice foi um torturador (com base numa declaração do cantor Geraldo Azevedo, mesmo alertado de que o general Mourão tinha 16 anos quando a suposta tortura teria ocorrido, e de Azevedo reconhecer que a acusação era falsa — Mourão já avisou que irá processar o cantor e o candidato do PT), que o PT chamou um adversário de fascista (embora tenha sido exatamente esse o termo usado numa nota contra FHC em 2001) e que não tem conhecimento do vídeo em que o deputado petista Wadih Damous fala em fechar o Supremo Tribunal Federal.

Lula, em carta divulgada no último dia 24 por sua equipe de comunicação (é espantoso que um presidiário tenha “equipe de comunicação”), exortou os partidos de centro-esquerda a se unirem numa “frente democrática” contra a “aventura fascista”. Só que não funcionou, pois quase ninguém mais acredita na narrativa em que o PT imputa os próprios pecados a seus adversários — com a possível exceção dos esquerdopatas delirantes e de parte da imprensa internacional, que continua classificando a deposição da anta vermelha como “golpe”. Sobre os resultados do primeiro turno, é curioso que veículos normalmente divergentes entre si — como The Guardian e The Economist — tenham sido unânimes em ressaltar “perigos severos à democracia”. A palavra “fascista” apareceu em publicações como Der Spiegel, e mesmo o Financial Times, que provavelmente tem a melhor cobertura do Brasil na grande imprensa internacional, disse ver na figura de Bolsonaro um “prenúncio de tempos duros”.

Outro erro de Lula, sabe-se agora, foi ter ignorado Jaques Wagner, que o aconselhou a retirar sua candidatura e apoiar Ciro Gomes. O demiurgo foi irredutível, Ciro ganhou somente no Ceará e na capital, Fortaleza, e agora Haddad está mendigando seu apoio no segundo turno.

Observação: Em 2014, Dilma foi reeleita mediante o maior estelionato eleitoral da história brasileira, apresentando ao eleitor um país das maravilhas que só existia em sua campanha milionária, financiada com dinheiro roubado da Petrobras. No contexto atual, porém, qualificar os adversários de fascistas, nazistas, racistas, misóginos e outros adjetivos que encontram morada no medo e na ignorância não surte o mesmo efeito, servindo, no máximo, para estumar a claque amestrada.

Da bolha existencial na qual se nutre de arrogância e prepotência, o PT é incapaz de fazer a autocrítica reclamada por Cid Gomes. Pelo contrário: “Não dá para o PT pedir desculpas porque [o PT] venceu”, tripudiou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, senadora recém rebaixada a deputada federal. Mas a verdade é que partido não consegue se desvencilhar da imagem desgastada, impressa em cores vivas no imaginário dos eleitores por escândalos de corrupção e a mais severa recessão da história recente do país. Os valores do cidadão comum foram completamente ignorados por seus “governos progressistas”, gestados e apoiados pela classe “bem-pensante” de intelectuais e artistas.

O PT é como o escorpião da fábula. Em condições normais, ninguém acredita num partido que sempre agiu de forma antidemocrática e vocacionada ao crime. O cinismo da campanha de Haddad apenas exibe as vísceras de um partido que sempre agiu de forma antidemocrática e vocacionada ao crime, que ora sangra praça pública, mas que, mesmo desmascarado, insiste no erro e expõe ao constrangimento sua militância e os seus eleitores (os que ainda guardam um mínimo de dignidade). 

Tão melancolicamente quanto o governo Temer, o lulopetismo desaparecerá da política brasileira Palocci, entrará para a história como uma das maiores organizações criminosas do continente. Para o demiurgo criminoso que um dia se comparou a Jesus Cristo (detalhes mais adiante), ficam as palavras de Guimarães Rosa: “Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias… Tanta gente — dá susto de saber — nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza…”
com a vitória do seu mais perfeito antípoda — e a depender do que vier a ser revelado pela delação de

Em algum momento da trilha para o fracasso nas urnas, o demiurgo de Garanhuns tentou promover uma espécie de evangelização de seus aliados e correligionários comparando-se a Cristo: “Jesus foi condenado à morte sem dizer uma palavra, recém-nascido. E, se o José não corre, ele tinha sido morto. E olhe que não tinha empreiteira naquele tempo, não tinha Lava-Jato”. 

Às vésperas de ser preso, a autoproclamada “alma viva mais honesta do Brasil” se autopromoveu à condição de “ideia”: “Eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia misturada com as ideias de vocês. Minhas ideias já estão no ar e ninguém poderá encerrar. Vocês são milhões de Lulas”. Mas o ególatra que achou ter ascendido à dimensão divina ora encontra no extremo oposto o antagonista gestado por si próprio — embora nem Bolsonaro seja capaz de encarnar o “mito” alardeado pelo seu séquito, nem Lula de se arvorar em ente divino, como parecem crer os seguidores da seita do inferno.

Nas palavras do presidente do Ibope, somente um “tsunami” poderia impedir que Bolsonaro seja eleito presidente, . Em entrevista ao Broadcast Político/Estadão, Carlos Augusto Montenegro afirma que o cenário aponta claramente para a vitória do candidato do PSL. “A grande dúvida é qual vai ser a diferença de votos”. Mas isso saberemos amanhã à noite, depois que os eleitores escolherem se desejam “mudar tudo isso que está aí” ou se querem a volta dos “anos de ouro” do lulopetismo. 

Vote com sabedoria — ou, no mínimo, com consciência — e dando tempo e jeito, assista a este vídeo (são apenas 3 minutos):


Visite minhas comunidades na Rede .Link:

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

JOSÉ DIRCEU — UMA AMEAÇA AMBULANTE À DEMOCRACIA



O ex-ministro de Lula e cérebro da estrela vermelha — também conhecido por José Dirceu —, que continua livre, leve e solto graças um habeas corpus de ofício proposto por Dias Toffoli e chancelado pela segunda turma do STF com base na “plausibilidade jurídica” de um recurso ainda não apreciado pelo TSE, vem perambulando pelo Brasil a pretexto de divulgar um livro de memórias que escreveu enquanto estava preso em Curitiba. 

Na última quarta-feira, durante visita a Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, essa ameaça ambulante à democracia concedeu entrevista ao jornal espanhol El País, na qual, além de reafirmar seu apoio ao criminoso de Garanhuns — que, segundo Dirceu, cresceu nas pesquisas porque “as pessoas conectam seu legado às consequências do golpe e rejeitam partidos como PSDB e o DEM por eles não terem reconhecido o resultado das eleições [referindo-se à reeleição Dilma em 2014] e terem participado do governo Temer.

O mais impressionante é que essa retórica parece funcionar, mesmo que salte aos olhos de qualquer cidadão minimamente racional que não houve golpe algum, que Dilma foi constitucionalmente penabundada da presidência através de um processo de impeachment, e que ela, e não Michel Temer, foi a parteira da recessão em que o Brasil mergulhou em 2014. Mas vamos adiante.

Perguntado pela reportagem sobre a possibilidade de o PT “ganhar as próximas eleições e não levar”, o projeto de guerrilheiro de festim disse não acreditar que a comunidade internacional permitirá que isso aconteça, e que “dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder”. E ressalvou: “Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”. A dúvida é se o guerrilheiro de festim se referia tão somente ao que o PT faria diante de algum impedimento à candidatura de Haddad — o que seria “um golpe”, tal e qual a deposição de Dilma — ou se a meta do partido é tomar o poder, quaisquer que sejam as circunstâncias. 

Como bem ponderou Lucas Berlanza em artigo publicado no Instituto Liberal, o lulopetismo não enxerga qualquer valor intrínseco ao processo democrático; o que essa seita quer não é colocar seu representante no Executivo, como desejam todos os partidos, mas reescrever à sua imagem e semelhança todo o sistema político e cultural deste país.

Mais adiante na entrevista, o esmegma vermelho disse: “Lula tinha que tomar uma decisão: o que é prioritário? Fazer reforma política, resolver o problema das Forças Armadas, resolver o problema da riqueza e da renda ou atacar a pobreza e a miséria, fazer o Brasil crescer, ocupar um espaço na América Latina, ocupar o espaço que o Brasil tem no mundo? Ele fez a segunda opção”. Mas também não explicou a que “problema das Forças Armadas” ele se refere, nem se Haddad, se eleito, tentará dominar os militares, alavancando a tirania para outro nível.

Por fim, Dirceu disse que o PT não tem — e nem deseja — o apoio da elite do país. Perguntado sobre a necessidade da elite para se eleger, ele respondeu: “Eles que rezem para que eu fique bem longe. Não vamos precisar dela não. Ela vai ter que entregar os anéis. Não dá para tirar o Brasil da crise sem afetar a renda, a propriedade e a riqueza da elite”

Veja o leitor como o conceito de “elite” do PT muda conforme as circunstâncias. A “elite” constituída pelo próprio Lula e seus asseclas — sejam os que faziam ou fazem parte da cúpula do partido, sejam os empresários que se beneficiaram do regime de “campeões nacionais” imposto pelo lulismo — atravessou com alguma tranquilidade os treze anos de ilusão e desgraça. “Elite”, para eles, eram as pessoas de diferentes estratos sociais que lotaram as ruas clamando pelo impeachment. “Elite”, para eles, é todo aquele que não comunga de seus sórdidos valores. A “elite” que os petistas efetivamente alvejam não é necessariamente a faixa dos milionários, até porque os conceitos de “classe média” e “alta” sofreram alterações durante seus governos vermelhos, também de acordo com as conveniências da ORCRIM. E essa “elite” pode ser você, leitor.

Dirceu está ameaçando o povo brasileiro. O Brasil não pode cometer a irresponsabilidade de permitir que os petistas voltem a pôr as patas na máquina pública.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

domingo, 15 de julho de 2018

A JUSTIÇA EM PERIGO



Desde domingo passado que a chicana petista produzida por três deputados lulopetistas e respaldada alegremente por um desembargador de nome Favreto, responsável pelo plantão do TRF-4 no último final de semana, foi largamente destacada na mídia, e seus desdobramentos, objeto de diversas postagens da lavra destes que vos escreve. Volto hoje ao assunto — que já deu cacho, mas enfim... — com um artigo magistral do sempre brilhante J.R. Guzzo, que vai de encontro com tudo que eu disse nos últimos dias. Confira:  

O espetáculo de depravação exibido no último domingo por um desembargador do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, com a cumplicidade de três deputados federais do PT e com a ideia de “soltar” da cadeia o ex-presidente Lula, teve pelo menos uma vantagem: foi uma lição perfeita de como seria, na prática, a Justiça brasileira num governo de Lula, seu partido e os demais agrupamentos que se apresentam como de esquerda neste país.

Foi uma coisa prodigiosa na sua estupidez — não chegou a durar duas horas, de tão miserável a qualidade da armação posta em prática, e desceu a um nível de safadeza tão grosseira que, aparentemente, nem mesmo o advogado-chefe de Lula, Cristiano Zanin, sempre disposto ao pior, aceitou se meter na história. Mas deixou claros os planos que Lula tem para o Poder Judiciário no Brasil, caso um dia volte a mandar.

No seu entendimento, o sistema de Justiça deve ser uma repartição pública cuja única função é declarar como “legal” tudo o que o governo manda fazer; seus juízes, procuradores e demais funcionários devem ser gente “do partido”, com a obrigação permanente de receber e obedecer ordens. A lei não é o que está escrito. Não é hoje a mesma que foi ontem ou será amanhã. Não é igual para todos. A lei, por esta visão do mundo, é apenas o que Lula, o PT e os seus sócios querem que ela seja.

Muito se adverte, no momento, sobre os perigos que a democracia brasileira está correndo neste momento de paixão eleitoral extremada, com propostas radicais, promessas explosivas e candidatos que inquietam as almas moderadas. Mas a verdadeira ameaça à democracia, hoje, é esse esforço contínuo pela subversão do Judiciário, comandado pelas forças que precisam eliminar os sistemas de combate à corrupção hoje em funcionamento. Ou derrotam a resistência à roubalheira, simbolizada e centralizada na Operação Lava-Jato, no juiz Sergio Moro e numa porção decisiva do TRF-4, ou não sobrevivem politicamente.

Não há futuro nenhum para Lula, condenado como ladrão a doze anos de prisão em duas instâncias, nem para o imenso aparelho criminoso que opera a vida pública brasileira de alto a baixo, se uma parte da Justiça continuar com poderes reais para punir quem rouba. A guerra para destruir o Judiciário e eliminar a segurança jurídica já está sendo travada há bom tempo. Seu principal campo de batalha, no fundo, é o Supremo Tribunal Federal, onde se concentra o grosso dos esforços para matar a Lava-Jato, soltar Lula da cadeia e armar sua volta à Presidência da República. Só assim, acreditam seus generais, será possível pacificar o ambiente político no Brasil e liberar as quadrilhas partidárias para que possam voltar às suas atividades habituais de extorsão, desfrute e roubo do erário público.

Os inimigos de um sistema de Justiça livre, íntegro e profissional têm tido vitórias e derrotas em sua caminhada. Contam com um grupo ativo de servidores no STF — recentemente ganharam ali, por exemplo, a libertação do ex-deputado José Dirceu, condenado a mais de 30 anos de prisão. Neste episódio demente da “soltura de Lula”, em que o desembargador Rogério Favreto achou que, pelo fato de estar num plantão de domingo, poderia anular a sentença do tribunal do qual faz parte, a tropa da corrupção perdeu. Tudo saiu errado.

O desembargador é um militante público do PT, nomeado para seu cargo no TRF-4 por Dilma Rousseff sem nunca ter sido juiz de coisa nenhuma — faz parte desta pérola da vigarice nacional chamada “quinto”, deformação que dá ao governo o direito de nomear como bem entende 20% de todos os desembargadores brasileiros. Qualquer idiota pode ser nomeado; basta que tenha um diploma de advogado de uma faculdade qualquer de subúrbio e, naturalmente, que seja amigo de quem o nomeou.

A trapaça que se tentou aplicar espanta por sua cretinice. Três deputados da área mais desordeira do PT — um deles chegou a propor publicamente o fechamento do STF — combinaram com Favreto a apresentação de um pedido de habeas corpus em favor de Lula, em regime de emergência, aproveitando que ele estaria de plantão no domingo. De imediato, o desembargador veio com um calhamaço com mais de 30 páginas em que tomava a extraordinária decisão de derrubar a sentença — até agora não reformada, e portanto absolutamente legal — de um colegiado de três desembargadores do próprio TRF, e mandava que o juiz Moro e a Polícia Federal soltassem Lula “imediatamente”. Por que? Os deputados petistas e seu desembargador disseram que havia um “fato novo” — Lula quer ser candidato a presidente da República e não pode fazer campanha se continuar preso.

Como assim? Quer dizer que qualquer brasileiro, entre os mais de 700.00 atualmente na prisão, tem direito de ser solto para se candidatar a presidente? É muito louco. Naturalmente, essa ordem não deu em nada, porque não podia ser cumprida. Como disse Moro na resposta à intimação: soltar o condenado seria desrespeitar a ordem do próprio TRF-4 que mandou prendê-lo e que está em pleno vigor. Logo em seguida, a autoridade competente do tribunal mandou que a “soltura” fosse ignorada. Fim do golpe.

Chama a atenção, no episódio todo, como um plano tão idiota pode ir adiante. Ninguém, pelo jeito, disse em nenhum momento que aquilo era uma alucinação — ao contrário, chegaram a organizar comemorações antecipadas da “libertação”.

O fato é que a tentativa foi realmente executada — e isso mostra o quanto Lula e seu sistema de apoio estão dispostos a fazer para virar a mesa. O que poderia ser mais claro? O golpe do plantão de domingo revela, com a clareza possível, que é isso que eles entendem por justiça. É essa a única justiça que lhes interessa; é a que vão fazer se chegarem lá. Afinal, se um dia chegarem, por que raios começariam a fazer o contrário do que estão fazendo agora?

A justiça do “Lula Livre” é a justiça da Venezuela — acaba-se com tudo e monta-se no lugar um Supremo com 11 Favretos. Tem sido essa, exatamente, a atuação do PT e da esquerda à sua volta desde que começaram os processos de corrupção contra Lula: um vale-tudo para fraudar, enganar, corromper e desprezar a ideia de justiça. Em nenhum momento mostraram o menor interesse em se defender das acusações com base na lei, na razão e nas provas. Desde o primeiro dia, todo o esforço foi espalhar que o ex-presidente era a vítima de um “processo político” destinado a impedir que ele voltasse à presidência do país e pudesse executar de novo as suas “políticas sociais’. Transformaram o STF num picadeiro de circo, e criaram a situação absurda de monopolizar em benefício de um único cidadão a maioria das atividades do principal tribunal do país. Entraram com mais de 70 recursos de todo o tipo, grande parte deles chicana em estado puro, para paralisar, interromper e tumultuar os processos. Há mais de ano trabalham o tempo todo para criar um estado permanente de baderna, com o objetivo de jogar a população contra a Justiça brasileira. 

Vão continuar assim. Não enxergam outra saída.

Texto de J.R. Guzzo publicado no blog Fatos e na edição impressa de Veja desta semana.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

domingo, 8 de julho de 2018

O APAGÃO DO BRASIL NO CENÁRIO INTERNACIONAL


Há exatos três anos, Dilma Rousseff era recebida por Barack Obama numa inócua visita a Washington. O presidente americano recepcionava a titular de um governo inoperante, com a economia já ensaiando o profundo mergulho recessivo. A Lava-Jato avançava no pescoço do modelo de negócios criminoso adotado pela coalizão política liderada pelo PT. Dilma precisava de um “efeito bumerangue” — mostrar sucesso lá fora para repercutir positivamente aqui dentro.

Naquela ocasião, os chefes de Estado das duas maiores democracias do Ocidente (ao menos pelo critério do número de eleitores) concediam na Casa Branca uma entrevista coletiva à imprensa. Em dado momento, a jornalista Sandra Coutinho, correspondente da Globo nos EUA, levanta-se e pergunta a Dilma: “Senhora presidente, o Brasil se vê como um líder global, mas os EUA enxergam o país apenas como líder regional. Como reconciliar essas visões?”

Obama, diplomático, intercede: “Deixe-me responder parte da pergunta. Não vemos o Brasil, como potência regional, mas global”. Harry Wotton, diplomata e parlamentar inglês na virada do século 16 para o 17, definia um embaixador como “um cavalheiro honesto enviado ao exterior para mentir pelo bem de seu país”. No episódio, o presidente dos EUA não precisou viajar para mentir. Aliás, que boca tem Obama! Lembram-se de 2009, quando, durante um encontro do G20, Obama chamara Lula de “My Man”, descrevendo-o como o político mais popular da Terra?

Seja pelo critério “global”, “regional” ou ainda pelo item “liderança”, o Brasil está passando por um apagão no cenário internacional. É certo que estilos e países entram e saem de moda. Por tal lógica, hoje o Brasil está “out”. Essa derrocada começa nos governos lulopetistas e não conseguiu ser revertida por Michel Temer. Ainda que tenha se afastado de bobagens bolivarianas e outros terceiro-mundismos, baixo desempenho econômico e escândalos políticos por todos os lados inibem qualquer iniciativa de relevo. Da mesma maneira que se observou com as reformas estruturais, a reinserção do Brasil no mundo contemporâneo está congelada até janeiro do ano que vem.

Na década de 90, a Tailândia e México despontavam. Em 1997, a brutal queda na cotação da moeda tailandesa iniciou da débâcle financeira do Sudeste Asiático. A “crise tequila” de 1994, “maquiladoras” eclipsadas pela eficiência chinesa e falta de reformas estruturais esvaziaram o “milagre mexicano”. No caso brasileiro, o apagão internacional não se explica apenas pelas expectativas do mercado financeiro, muitas vezes delineadas por um imediatismo superficial. Essa perda de lustro vai além da esfera financeira e abrange três níveis das relações internacionais: o político-militar, o econômico-comercial e o normativo — o campo dos “valores”.

Na política internacional, mesmo que avançasse uma atualização do Conselho de Segurança da ONU, do qual o Brasil historicamente deseja ser membro permanente, qual seria a contribuição prática do país à segurança internacional? Hoje, em seu próprio território, 62 mil homicídios por ano superam o número de vítimas fatais em conflitos de países como Iraque, Síria, Afeganistão e Sudão.
De 2003 a 2017, o campo econômico-comercial mostra um crescimento medíocre, taxas de poupança e investimento abaixo de 20% do PIB, um Mercosul esvaziado e ausência de acordos comerciais com os eixos mais vibrantes da economia mundial.

Ruíram também os alicerces do que, durante o lulopetismo, projetava-se como “soft power” do Brasil. Sem expansão econômica significativa, não há como exportar o modelo do “Bolsa Família” como exemplo de sucesso brasileiro para África e outras regiões em desenvolvimento.
Na América Latina, a liderança brasileira estilhaçou-se moralmente. Adotamos o traço de cinismo de países que gostamos de criticar — o tal “padrão duplo” — nas crises presidenciais de Honduras e Paraguai e no apoio automático — este sim, revertido nos últimos anos — aos regimes de Venezuela e Cuba. O Brasil gastou enorme capital diplomático para elegermos diretores de organizações como a FAO e a OMC, cujas funções, por definição, têm de ser neutras em termos de interesses nacionais.

Portanto, esse eclipse não se origina apenas de pessimismo macroeconômico. O Brasil precisa ter algumas boas notícias a dar — e assim transformá-las em ativos para sua política externa. Nossa vizinha Argentina, com os EUA desengajados da América Latina e o Brasil às voltas com os seus próprios demônios, figura cada vez mais no radar chinês. Tanto que Pequim rapidamente tornou-se o segundo maior parceiro comercial de Buenos Aires.

Nós nos acostumamos a um epicentro brasileiro como algo “natural” e “automático”. Afinal de contas, somos, na região, o ator com maior população, território e economia. Não surpreende, portanto, que nós e nosso vizinhos tenhamos até agora trabalhado com um “template” em que o Brasil é o grande formulador e arquiteto de iniciativas regionais e, assim, a força-motriz do subcontinente.

Em resumo, ainda pensamos como nos idos de 1971, quando Richard Nixon disse: “Para onde o Brasil se inclinar, para lá também se inclinará toda a América Latina”. Crescendo a prosperidade brasileira, isso se refletiria na região inteira. Se, ao contrário, o Brasil estancasse em dificuldades, todos sentiriam amargos efeitos multiplicadores. Ou seja, o que fosse bom para nós seria bom para a região.

Já não é mais assim. Foi-se o tempo do Brasil como líder “natural”. O país precisará daqui em diante reconquistar protagonismo. Quando o assunto é inserção internacional, Colômbia, Peru e Chile optam por privilegiar o Pacífico. E outro caso de destaque é o Paraguai, que se movimenta na direção oposta à do Brasil. Em contraste com a profunda recessão brasileira, o Paraguai cresceu desde 2011 à média anual de 4,5%, com desemprego de apenas 5% e inflação baixa.

Essa inflexão paraguaia é ilustrativa. Sabedor de que a legislação trabalhista no Brasil é uma areia movediça para empregados e empregadores, o Paraguai a modernizou. Em contraponto a tributos complexos e pesados no Brasil, o Paraguai os reduz e simplifica. Já que o Brasil pune os que produzem, o Paraguai os acolhe. Daí não ser estranho que, ao contrário da tendência verificada no Brasil, o Paraguai se industrializa.

O fato é que América do Sul não é mais "brasildependente". E, em termos globais, pouco oscilamos desde 2003 em nossa fatia de 2,5% do PIB mundial e dos cerca de 1% de todos o comércio internacional.

Desprovido de boa estratégia internacional e de excedentes de poder e riqueza, o século 21 tem sido para o Brasil um rosário de oportunidades perdidas. O país pouco faz para modernizar-se internamente ou adaptar-se competitivamente à globalização. Em lugar de tratados que viabilizassem maior presença de empresas brasileiras nas redes globais de produção, temos privilegiado um multilateralismo idealista no discurso e uma prática comercial protecionista. Preferimos, nos anos Lula-Dilma, abrir representações diplomáticas no Caribe e na África, mas não construímos fortes instituições de promoção comercial.

O que distancia o Brasil de um maior papel no mundo de hoje não é a falta de potencialidade, que permanece intocada, mas os erros de leitura do cenário internacional ou a inércia de sua economia e política. E — com a maiúscula exceção da Lava-Jato — seus poucos bons exemplos a irradiar no cenário internacional.

Nada disso precisa ser eterno. Governos funcionais podem restabelecer a conexão do Brasil com o mundo. Quando - e se - isso acontecer, o país perceberá que a globalização não permaneceu sentada esperando por ele. O começo do fim do apagão internacional é colocar a casa político-econômica em ordem. Para o Brasil, ou qualquer outra nação, o principal instrumento de uma boa política externa é uma melhor política interna.

Artigo do economista, diplomata e cientista social Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Columbia University, publicado originalmente na revista digital CRUSOÉ.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

terça-feira, 22 de maio de 2018

DEU MADURO ― ALGUÉM DUVIDAVA?



No último domingo, com 5.823.718 votos (92,6% dos votos contados e 46,01% de participação), o presidente da Venezuela se reelegeu para mais 6 anos de mandato. Henri Falcón e Javier Bertucci, seus opositores, contabilizaram 1.820.552 e 952.000 votos, respectivamente. Deu Maduro. Alguém duvidava?

Em seu discurso, o tiranete de merda ― que ascendeu à presidência em março de 2013, com a morte de Hugo Chávez, e vem demolindo o país desde então ― prometeu trabalhar para recuperar a economia. Esse é Maduro. Alguém acredita nele? Talvez Dilmanta Rousseff, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Faria e outros anormais vermelhos (volto a essa questão mais adiante).

Henri Falcón ― o único adversário real de Maduro ― declarou, minutos antes do anúncio do resultado, que recebeu 900 denúncias de irregularidades e, portanto, exigia a convocação de novas eleições. Ele ressaltou a presença dos chamados “pontos vermelhos” ― núcleos de ativismo e proselitismo político, proibidos por lei, que as organizações chavistas instalaram a 200 metros dos locais de votação, e inclusive dentro deles, sob total consentimento do Conselho Nacional Eleitoral.

Maduro foi, segundo ele próprio, “o primeiro votante da pátria (...) sempre em primeiro nas batalhas pela nossa soberania, pelo direito à paz”. Além da União EuropeiaArgentina, Brasil e Chile declararam que não reconhecerão as eleições presidenciais venezuelanas ― que o secretário de Estado dos Estados Unidos classificou de “fraudulentas”.

Essa é a democracia sonhada por alguns próceres petistas, como a tresloucada presidente nacional do PT, que, sempre é bom lembrar, é ré na Lava-Jato e está às vésperas de ser julgada no STF. Aliás, esse esbirro vermelho defende Lula com unhas e dentes, mas decepcionou seu idolatrado líder por não ter cumprido a promessa de “parar o Brasil”, mesmo que não arrede pé de Curitiba. O mais curioso é que, como senadora, a loirinha do nariz arrebitado embolsa trinta e tantos mil reais por mês de salário ― mais penduricalhos e mordomias ― para representar o Estado do Paraná no Senado Federal, e eu não vejo como isso pode incluir sua participação no patético “bom dia, Lula”, que algumas centenas de militantes-mortadela promovem todas as manhãs para puxar o saco do molusco abjeto, que está preso há quase dois meses na sede regional da PF.

Voltando à Venezuela, um estudo sobre as condições de vida no país deu conta de que o peso médio dos habitantes recuou 11 quilos no ano passado, devido à escassez de alimentos no país, e que 87% da população vive atualmente na pobreza (para saber mais, clique aqui). Segundo a Caritas ONG ligada à Igreja Católica que produz o indicador desde 2016 ―, 65% das crianças venezuelanas entre zero e 5 anos apresentam sinais de má nutrição e 16% brigam com a desnutrição severa. 

Obter comida, remédios e produtos de limpeza naquele país é um desafio diário, mesmo para quem tem dinheiro para comprá-los. Oito de cada dez lares venezuelanos ora têm, ora não têm comida, depois que a produção de alimentos consumidos no país caiu de 70% para 30%. Quando o petróleo ainda jorrava, o então presidente Chávez gastou por conta, e a pobreza retrocedeu de 50% para 30%, segundo dados do Banco Mundial. Sob Maduro, o preço do barril despencou e o bolívar virou pó diante do dólar (aliás, sua excelência o presidente já avisou que não vai pagar ao Brasil a dívida de quase 1 bilhão de reais que contraiu durante os governos petistas).

Dentifrício, sabonete e desodorante custam, em Caracas, de duas a três vezes o salário mínimo. Lá, um médico ganha 8 dólares por mês ― o mesmo que um professor universitário. Desde que a crise mostrou sua face mais cruel, a partir de 2014, cerca de 12% da população (4 milhões de venezuelanos) deixaram o país. Destes, 70 mil vieram para o Brasil, e destes, os 40 mil mais pobres se abancaram em Roraima.

E o pior é que é esse o governo que alguns petistas e seus irremediáveis seguidores veem como ideal (que Deus nos livre e guarde desses ignorantes, e que eles sejam urgentemente internados num manicômio).     

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

terça-feira, 22 de julho de 2014

HOAX (BOATO), ARNALDO JABOR e o LULOPETISMO

O FIM DESTE GOVERNO SERÁ O ANO DE RAPA-TACHO PARA OS URUBUS TOMAREM CONTA DA CARNIÇA.

A Web é um manancial caudaloso de informações e, como tal, costuma ser amplamente utilizada na disseminação de boatos de toda espécie, razão pela qual convém você não confiar cegamente em tudo o que lê, principalmente em emails, redes sociais e outros serviços acessados regularmente pelos 2,5 bilhões de internautas espalhados planeta afora. Exemplo disso é o texto transcrito a seguir, atribuído a Arnaldo Jabor, que ganhou destaque na Grande Rede por ter sido supostamente censurado pelo TSE:  

VOTE NA DILMA – Arnaldo Jabor
Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.Não pense que a promoção termina aqui.Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.
Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S.Paulo. Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, DelúbioSoares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.
E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia. Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos “Sem Terra”, Pedro Stedile e José Rainha, além do Carlos Minc com uniforme de guerrilheiro e sequestrador.
Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa …, ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães. Tudo isto e muito mais..

Jabor é crítico assumido do governo lulopetista, mas nega a autoria da matéria – que expõe de modo caricato o triste cenário político nacional e sugere, em última análise, que manter “os que aí estão” por mais uma legislatura é afrontar quem trabalha quase seis meses por ano para sustentar a máquina pública (que consome cerca de 600 bilhões dos nossos suados impostos) essa corja de salteadores travestidos de Suas Excelências, que sangram os cofres públicos com a ganância de urubus na carniça.

Observação: Consta que um texto de Jabor foi realmente retirado do ar pelo TSE, em 2006, a pedido do então presidente Lula, que teria se sentido ofendido (pode uma coisa dessas?) pelas declarações do jornalista. Se você quiser ler esse texto na íntegra, basta clicar aqui. E se gosta do que está aí, deleite-se com um clipe do seu Chefe Maior, filmado sem que ele soubesse: