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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

CUIDADO COM AS FAKE NEWS


As chamadas “Fake News” devem crescer exponencialmente, no próximo ano, por conta das eleições presidenciais e da polarização do cenário político. Mas elas não são nenhuma novidade, sobretudo no âmbito da política, onde, desde sempre, os candidatos plantam boatos visando desacreditar seus adversários e fazê-los perder votos. 

No século VI, o historiador bizantino Procópio arruinou a reputação do imperador Justiniano com um texto chamado “Anekdota”, que o historiador Robert Darnton, em entrevista à Folha, comparou com o que aconteceu na disputa entre Hillary e Trump pela presidência dos EUA. Aliás, a expressão “pós-verdade”, eleita a palavra do ano em 2016 pelo Dicionário Oxford, também existe há mais de uma década, embora seu “pico de uso” tenha se dado em 2016, por conta da cachoeira de notícias falsas veiculadas no Facebook, YouTube, etc. sobre o Brexit e as eleições estadunidenses.

O fato é que a popularização da internet e das redes sociais fez com que o jornalismo deixasse de ser o único canal de disseminação de notícias, pois o público não quer mais ser informado apenas pelo que uma emissora de TV, de rádio ou jornal impresso resolve veicular. Em outras palavras, cada vez menos pessoas buscam informações nos veículos tradicionais de comunicação ― que supostamente apuram os fatos, checam as informações com as partes envolvidas e com uma pluralidade de fontes ―, enquanto cada vez mais pessoas absorvem o que é publicado nas redes sociais, onde pululam informações imprecisas, exageradas, tendenciosas ou mesmo mentirosas.

O Fact-cheking sempre foi uma premissa do trabalho dos jornalistas. Com as facilidades da internet, no entanto, um político, um jogador de futebol ou uma artista famosa estão a um clique de distância do público ― um tuíte, um post no Facebook, uma foto no Instagram, e assim por diante. Mas quem verifica a autenticidade dessas informações? 

A resposta é você, eu e os demais internautas conscientes e responsáveis. O problema é que não é fácil diferenciar “bostagens” de postagens, até porque os boateiros precisam soar convincentes para levar os incautos a replicar seu besteirol ― e a maioria dos “inocentes úteis” o faz sem se antes confirmar as informações. Portanto, antes de compartilhar factoides, verifique se aquilo que você recebeu pelo WhatsApp ou viu nas redes sociais também foi noticiado em jornais, revistas e sites supostamente confiáveis. Tenha em mente que, embora a dicotomia na política tupiniquim não tenha sido uma criação de Lula ou do PT, é indiscutível que ela se tenha acentuado por obra e graça do Demiurgo de Garanhuns e de seu espúrio partido, com a estapafúrdia cruzada “nós contra eles”, onde não há adversários, só inimigos. 

Para piorar, não faltam pessoas que, por ignorância ou má-fé replicam “notícias” absurdas, como Lula ter sido indicado para o Prêmio Nobel (só se fosse de picaretagem), um dos filhos do petralha ter sido visto dirigindo uma Ferrari de ouro no Uruguai, o juiz Moro ser nazista, fascista ou bancado pela CIA, o presidente Temer usar as calcinhas da primeira dama, e por aí segue a Procissão de São Besteirol e suas consequências reais que, em casos extremos, podem originar ações violentas.

Para separar o joio do trigo, o E-farsas é sopa no mel. O site tem mais de 10 anos de existência e um vasto banco de informações facilmente pesquisáveis sobre a maioria boatos difundidos pela Internet. Outra excelente opção e o Boatos.org, que segue basicamente a mesma linha editorial, embora seu conteúdo não seja exatamente o mesmo ― entre um e outro, o melhor é pesquisar nos dois. O site de Veja também segue na mesma direção com o recém-criado blog ME ENGANA QUE EU POSTO. E o mesmo se aplica ao site LUPA, que se autodeclara a primeira agência de Fact-cheking do Brasil.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

sexta-feira, 26 de maio de 2017

DE OLHO NO WHATSAPP

SÓ MESMO UM DONO DE FRIGORÍFICO PARA DAR NOME AOS BOIS E FAZER A VACA IR PARA O BREJO!

Com mais de 1,2 bilhão de usuários no mundo e mais de 100 milhões só no Brasil, o WhatsApp vem sendo largamente utilizado na disseminação de notícias e informações falsas. 

Pensando nisso, o aplicativo publicou um breve guia para ajudar os usuários a se protegerem desse tipo de conteúdo. Dentre elas, o aplicativo recomenda redobrar a atenção para em mensagens com erros gramaticais, links desconhecidos, promoções, pedidos de compartilhamento de conteúdo e de envio de dados pessoais e mensagens “oficiais” do próprio serviço. Confira:


CURTAS, MAS RELEVANTES

Cabem embargos infringentes à decisão do STF que condenou Paulo Maluf a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado, mais multa, por crimes de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de valores para contas no exterior. A decisão da 1ª Turma foi unânime ― inicialmente, foram 4 votos a 1, mas o ministro Marco Aurélio Mello acabou aderindo ao entendimento da maioria.

Os advogados do deputado tentarão converter o regime fechado em prisão domiciliar, já que Maluf nasceu em 1931, e a lei garante esse benefício a octogenários ― mas em caso de prisão preventiva, não de condenação por sentença transitada em julgado. Trata-se claramente de jus sperniandi; se vai colar, aí já é outra história.

Devido ao tempo transcorrido desde os crimes até o julgamento da ação, por pouco Maluf não sai livre leve e solto. A pena por lavagem de dinheiro prescreve em 16 anos, prazo que é reduzido à metade quando o réu tem mais de 70 anos de idade, mas, contrariando a tese da defesa de Maluf, os ministros entenderam que esse tipo de crime tem natureza permanente ― ou seja, só se interrompe quando o dinheiro escondido é descoberto, possibilitando o início das investigações (no caso do deputado, milhões de dólares teriam circulado em contas de membros de sua família, tanto na Suíça, quanto na Inglaterra e na Ilha de Jersey, e o prejuízo causado ao erário chega a US$ 1 bilhão).

Já perda do mandato parlamentar será determinada à Câmara depois que o STF julgar os embargos interpostos pela defesa, o que pode levar mais alguns meses.

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A defesa de Renato Duque apresentou à Lava-Jato uma fotografia dele com Lula, tirada no em 2012, desmentindo, portando, a versão falaciosa em que o petralha diz só ter conhecido Duque em 2104. Leia o que diz a Veja:
Instituto Lula

Renato Duque afirmou que Lula tinha total conhecimento do Petrolão, recebia propinas do esquema e era o comandante da estrutura criminosa. Duque disse que se reuniu três vezes com o petista para tratar de assuntos de interesse da quadrilha e, em pelo menos uma ocasião, discutiu a eliminação de provas que pudessem levar a Lava-Jato até o ex-presidente. Sentado diante de Sergio Moro, o petista negou as acusações e disse que nem sequer conhecia o ex-diretor da Petrobras quando esteve com ele no único encontro pessoal que tiveram, em julho de 2014, num hangar do Aeroporto de Congonhas. Em sua versão para a conversa, Duque disse ao magistrado que ouviu de Lula um pedido para eliminar contas de propina no exterior. Lula, por sua vez, disse que apenas apurava denúncias de corrupção envolvendo diretores da estatal. Em meio a essa guerra de versões, a foto apresentada por Duque é uma bomba. Ela prova que Lula conhecia Duque quando esteve com ele no hangar do aeroporto. Prova também que Duque já frequentava o Instituto Lula em meados de 2012, quando a fotografia foi tirada.
Como se vê, mentira tem perna curta, língua presa e um dedo a menos.

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Rodrigo Maia negou que tenha engavetado os 13 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente da República depois que a delação da JBS veio à público.
Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu, se passou aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito”, afirmou o presidente da Câmara, na entrevista que concedeu à imprensa na quarta-feira, 24.

Maia afirmou que é preciso ter paciência. “Estão dizendo que eu engavetei. Não tomei decisão. Não é uma decisão que se tome da noite para o dia”, disse ele, além de reforçar que, como presidente da Câmara, não será instrumento para desestabilização do Brasil.

E como hoje é sexta-feira:

A petista caiu dura no chão da cozinha e foi pro céu. 

Chegando lá, encontrou com Deus, que 
imediatamente reconheceu o erro:
- Ih, minha filha, não era sua hora não! Houve algum erro aqui, vou te mandar de volta.
- Que bela surpresa, companheiro Deus! Mas, antes de ir, o Senhor poderia fazer a gentileza de me tirar uma dúvida?
-Claro, minha filha. É o mínimo que eu posso fazer para reparar esse equívoco.
- O Lula é mesmo culpado por corrupção?
- Ahaha! Mas é claro, minha filha! Alma mais suja não há! Eu mesmo, se tivesse que escolher,  votaria no Satanás e não no Lula.
Ressuscitada, a petista liga para a colega :
- Cumpanhêra! Tenho novidades escandalosas!
- Mas o que houve?!?!?
- Você não imagina quem a Globo comprou!

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

CONFIAR DESCONFIANDO

A IGUALDADE PODE SER UM DIREITO, MAS NUNCA SERÁ UM FATO.

A Internet nasceu como um experimento militar, mas acabou se tornando uma ferramenta utilíssima para os mais variados fins. A Web reúne bilhões de páginas, e, através delas, a gente acessa um universo de informações sobre praticamente tudo que se pode imaginar. Mas nem tudo que se lê ou vê na Web é confiável, como tampouco o é aquilo que a mídia divulga ou que ouvimos de parentes, amigos, colegas de trabalho.

O ser humano não inventou a mentira. Ela existe desde que o mundo é mundo e está presente na natureza, como comprova o gambá que se finge de morto, o camaleão que muda de cor e o inseto que se disfarça de planta, por exemplo. Mas é inegável que o Homem a tenha aprimorado a tal ponto que muitos fazem dela um meio de vida, como é o caso de golpistas, vigaristas e assemelhados.

O conto do vigário não nasceu com a Web, mas foi aprimorado no “mundo virtual”, onde pessoas mal-intencionadas se valem da “engenharia social” para explorar a empatia, a comiseração, a ingenuidade e, por que não dizer, a ganância de suas vítimas em potencial. O golpe ganhou esse nome porque o malandro pedia à vítima que cuidasse uma mala ou sacola, supostamente cheia de dinheiro, que teria recebido de um vigário ― daí o termo “vigarice” ― enquanto ia tratar de um assunto urgente. E para reforçar a credibilidade do engodo, pedia ao “pato” uma quantia em dinheiro ou um objeto de valor como garantia. Claro que quem desaparecia era o golpista, deixando a vítima com um monte de jornal velho ou qualquer outra coisa sem valor. 

Outro golpe velho como a serra, mas que é ressuscitado na Web de tempos em tempos, é do suposto príncipe (ou ditador, dependendo da versão) de um país africano qualquer, que envia um email dizendo ter sido preso injustamente e oferecendo uma polpuda recompensa ao destinatário, caso ele lhe adiante o dinheiro da fiança. Em outro famoso 171 ― aplicado de forma recorrente em salas de bate-papo virtual ―, o malandro troca mensagens com diversas vítimas em potencial, escolhe a mais adequada (não faltam corações solitários em chats online), avança com a relação até fase das juras de amor eterno e aí sugere um encontro tête-à-tête e pede o dinheiro para a passagem ― o vigarista invariavelmente “mora em outra cidade” e está “momentaneamente descapitalizado”, mas promete devolver o dinheiro no segundo encontro, e blá, blá, blá. O resto você já pode imaginar: a vítima fica sem o dinheiro e com o coração partido, ao passo que o espertinho volta às salas de bate-papo com outro nickname (apelido) para escolher seu próximo alvo.

A Web está coalhada de mentiras, mas ainda assim, segundo um estudo do Reuters Institute, 46% dos americanos usam redes sociais como fonte de informação ― e 14% afirmam que elas são sua fonte principal. No Brasil, os números são ainda maiores: 72% e 18%, respectivamente, o que denota o perigo de manter o Facebook, o Google e o Twitter em territórios sem lei. Por outro lado, controlar o que é publicado esbarra numa questão delicada: a censura.

Observação: Mesmo que a maioria dos autores e replicadores de notícias falsas queira apenas alavancar a audiência de seus sites espúrios para faturar com anúncios, sempre há extremistas e os ideológicos que se aproveitam do número potencial de leitores para propagar o ódio, o preconceito e a baixaria política (volto a essa questão numa próxima oportunidade).

Igualmente perigosos (ou ainda mais perigosos) são os malwares ― nome que designa softwares maliciosos, como vírus, trojans, spywares e assemelhados), mas isso já é assunto para a próxima postagem.  Abraços a todos e até lá.

SOBRE A REELEIÇÃO DE RODRIGO MAIA E SMARTPHONE SER “TREM DO CAPETA”

A eleição de Eunício Oliveira para a presidência do Senado e a reeleição de Rodrigo Maia para a da Câmara deram a Temer uma base parlamentar forte e coesa. Com cerca de 400 deputados, o peemedebista não tem desculpa para não aprovar as reformas e deixar sua marca na história como “o cara que recolocou o Brasil nos trilhos do crescimento”, como afirmou mais de uma vez que gostaria de ser lembrado. No Senado, a situação é ainda melhor: Até o PT fez acordo para ficar na Mesa. Claro que, em alguns pontos, Temer terá de negociar, de abrir mão de alguma coisa, mas isso é regra do jogo no presidencialismo de coalizão. Claro, também, que a Lava-Jato pode abalar essa base ― o recesso do Judiciário terminou, Sergio Moro voltou das férias, as delações dos 77 da Odebrecht foram homologadas e outras que estão por vir têm potencial para atingir em cheio o núcleo do poder. Enfim, vamos aguardar.

A reeleição de Rodrigo Maia foi alvo de diversas ações na Justiça. Para muitos juristas e palpiteiros de plantão, o deputado ascendeu à presidência da Casa em julho do ano passado para concluir o mandato de Eduardo Cunha, e o regimento interno proíbe reeleição na mesma legislatura. Ou seja, como o mandato dos atuais deputados vai até 2018, Maia, em tese, só poderia voltar a ocupar a presidência a partir de 2019, caso viesse a se reeleger deputado. Maia se defendeu afirmando ter sido eleito para um “mandato-tampão” e, por ter ocupado a presidência por um período menor do que o previsto no regimento, não estaria enquadrado na regra que impossibilita a reeleição. Sua posição foi avalizada pelo relator da CCJ da Câmara, Rubens Pereira Junior, para quem “inexiste “vedação expressa” que impeça a candidatura, já que a situação “excepcional” de mandato-tampão não é prevista na Constituição. Os deputados Jovair Arantes, Rogério Rosso, André Figueiredo e Júlio Delgado recorreram ao STF para barrar o pleito (além dessa, pelo menos outras três ações naquela Corte contestaram a eleição), mas o ministro Celso de Mello rejeitou os pedidos e liberou a candidatura de Rodrigo Maia ― embora a decisão seja meramente liminar; dependendo da decisão do plenário, a eleição ainda pode vir a ser anulada (isso se chama Brasil, minha gente).

Por último, mas não menos importante: O deputado peemedebista mineiro Fábio Ramalho, eleito vice-presidente da Câmara, foi um dos primeiros a chegar à festa de comemoração, em um restaurante chique às margens do Lago Paranoá. O parlamentar, que usa dois celulares simplórios, sem conexão com a Internet, por entender que “smartphone é trem do capeta”, creditou sua vitória aos concorridos jantares que costuma oferecer toda quarta-feira a deputados do baixo e do alto clero. Fiel a seus hábitos, ele deixou cedo o restaurante, pois as panelas já estavam no fogo em seu apartamento funcional, onde, diferente do ambiente sofisticado da comemoração de Rodrigo Maia, sua “festa da vitória” se deu em mesinhas espalhadas pela sala, ao som da dupla sertaneja Jorge e Mateus, num vídeo exibido na TV. Em vez de camarões, filés e profiteroles com sorvete do cardápio da festa do Democratas, ele serviu feijão tropeiro, porco assado, linguiça de porco com pimenta e pé de moleque trazidos de Malacacheta. À curiosidade dos jornalistas sobre a fama de que seus jantares ofereciam bem mais do que leitão à pururuca, o político com jeitão mineiro do interior jurou que seus convidados são quase sempre homens. Como dizia o velho Jack Palance, “acredite se quiser”...

Observação: Para quem não se lembra, na legislatura anterior o vice era Waldir Maranhão ― aquele que assumiu interinamente a presidência com o afastamento de Eduardo Cunha e tentou anular a votação do impeachment da anta vermelha. Pelo jeito, a Câmara trocou um cachaceiro por um putanheiro.

Antes de encerrar, vale lembrar que prosseguem as investigações sobre a morte do ministro Teori Zavascki. Confira abaixo um trecho da conversa entre o piloto e a torre de controle do Aeroporto de Paraty (vale lembrar que não existe aeroporto em Paraty, apenas um modesto campo de pouso que nem torre de controle tem; portanto, o vídeo é uma piada - talvez de humor negro, mas com um triste fundo de... enfim, assista e tire você mesmo suas próprias conclusões).


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