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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (PARTE 3)


AS PESSOAS NÃO MUDAM, NUNCA SE TORNAM NADA ALÉM DO QUE SEMPRE FORAM.

Uma das muitas funções do sistema operacional — que é tido e havido como o software-mãe do computador, já que sem ele o hardware e o software "não conversariam" — é dar suporte aos aplicativos que usamos nas tarefas do dia a dia. O Windows, no entanto, vai mais além. 

Além de integrar dois navegadores (o Edge e o obsoleto Internet Explorer), dois editores de texto (Bloco de Notas e WordPad), ferramentas de proteção (Windows Firewall e Windows Defender), diversos utilitários de manutenção e até um cliente de email nativo, o Win10 disponibiliza um sem-número de apps na Microsoft Store (muitos dos quais podem ser instalados gratuitamente). Mas muita gente não abre mão de navegar com Google Chrome, de proteger o computador com aplicativos de segurança da Symantec, de manter a máquina nos trinques com utilitários de manutenção como o CCleaner, de usar o MS Word para criar seus textos e o IncrediMail para gerenciar sua correspondência eletrônica, por exemplo.

Não há problema em instalar aplicativos, desde que limitados àquilo que seja realmente necessário. No entanto, como se não bastasse o crapware que o fabricante do PC instala junto com sistema (para embolsar alguns centavos a cada instalação), a maioria de nós não resiste ao canto da sereia dos programinhas freeware disponíveis na Web. E quanto mais aplicativos instalamos, maiores são as chances de incompatibilidades, mensagens de erro e travamentos, sem falar que muitos programinhas gratuitos nada mais são que veículos de transporte para pragas digitais (spyware, na maioria das vezes). Além disso, da feita que a maioria dos apps é instruída a pegar carona na inicialização do sistema, não demora para que a capacidade de processamento da CPU e o espaço na memória RAM se tornem insuficientes para os aplicativos úteis, ou seja, aqueles que realmente usamos em nossas tarefas cotidianas.

Para checar o que está instalado no seu computador, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos, revise a lista dos softwares instalados, selecione (um por vez) os que você deseja remover e clique em Desinstalar (note que melhores resultados serão obtidos com ferramentas de terceiros (pode até parecer um contrassenso, mas não é), como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do Windows costuma a deixar para trás. Concluída a desinstalação, reinicie o computador e faça uma faxina em regra no HDD. Se quiser usar as ferramentas nativas do Windows, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Limpeza do Disco e siga os passos indicados pelo assistente. Ao final, supondo que seu PC tenha um disco rígido convencional (eletromecânico), volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento. 

Observação: A desfragmentação pode demorar de alguns minutos a horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você executar o procedimento semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes levarão bem menos tempo para ser concluídas. Note que drives de memória sólida (SSD) não precisam — e nem devem — ser desfragmentados.

Da mesma forma que na desinstalação, melhores resultados podem ser obtidos com o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Mas note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, é recomendável rodar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que você não se importe em amargar uma lentidão irritante — e, de quebra, aumentar o tempo que a ferramenta levará para concluir a desfragmentação.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (CONTINUAÇÃO)

A MASSA MANTÉM A MARCA, A MARCA MANTÉM A MÍDIA E A MÍDIA CONTROLA A MASSA.

Ainda que os sistemas operacionais atuais sejam multitarefa, sua capacidade de executar várias coisas a um só tempo depende diretamente da configuração de hardware, sobretudo da quantidade de RAM disponível (na verdade, o processador alterna de um processo para outro, só que o faz tão rapidamente que parece estar fazendo tudo ao mesmo tempo).

O problema é que apenas máquinas top de linha (e preços nas alturas) vêm com mais de 4 gigabytes de RAM, o que é pouco para quem quer jogar games radicais, trabalhar com aplicações mais exigentes (como editores de vídeo), ou mesmo continuar operando o PC enquanto o antivírus faz uma varredura completa ou o defrag bota ordem no disco rígido.

Além do próprio sistema operacional, os aplicativos que executamos e os arquivos abrimos são carregados na RAM (mais detalhes no capítulo anterior, no tópico sobre o disco rígido). Quando essa memória é pouca, o processador recorre a um estratagema criado pela Intel nos tempos de antanho — e conhecido desde sempre como memória virtual —, mas a questão é que essa "memória adicional" corresponde a um espaço no drive de disco rígido, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM.

Observação: Falta de memória se resolve instalando mais memória — mas há paliativos que ajudam a minimizar o problema, caso você não queira (ou não possa) fazer um upgrade de RAM (acesse esta postagem para mais detalhes).

Netbooks e notes de entrada de linha se desincumbem das tarefas mais corriqueiras, da mesma forma que um carro "popular" 1.0 leva você ao trabalho, seu filho à escola e sua avó à igreja, por exemplo, mas não se pode esperar dele desempenho parecido com o do Mustang Shelby GT 500 V8 32v, cujo propulsor gera inacreditáveis 770 cv que leva o esse muscle car de 1.730 kg a 100 km/h em apenas 3 segundos.

Quando tiramos da caixa um PC novinho em folha e o ligamos pela primeira vez, somente o sistema operacional e uns poucos programinhas adicionados pelo fabricante ocupam o latifúndio de espaço disponível no HDD. Depois que configuramos e personalizamos o Windows, instalamos nossa suíte de segurança preferida, o MS Office (completo, mesmo que só precisemos  do Word), o Chrome e o Firefox (embora o Edge e o IE sejam componentes nativos do Windows 10), o Adobe Reader (a despeito de qualquer navegador ser capaz, atualmente, de exibir documentos .PDF) e mais uma profusão de inutilitários gratuitos, o sistema, antes veloz como um guepardo, ora se arrasta como um cágado perneta.

Um computador sem software é como um corpo sem alma, e o Windows, mesmo sendo pródigo em recursos, não oferece tudo de que precisamos para realizar nossas tarefas do dia a dia (até porque isso não se inclui na lista de funções de um sistema operacional). A questão é que muita gente instala todo tipo de freeware que encontra na Web, e a maioria desses programinhas tem o péssimo hábito de modificar a homepage e o mecanismo de buscas padrão e adicionar ao navegador barras de ferramentas e outros penduricalhos, e isso quando não servem também como meio de transporte para programinhas espiões (spyware) que monitoram a navegação, capturam informações de login, senhas, números de cartões de crédito etc., e ao cabo de meses (ou semanas) o computador que era veloz como um guepardo passa a se comportar como um cágado perneta.

Amanhã eu conto o resto.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE


DETESTO POLÍTICA. ODEIO POLÍTICOS.

Por uma série de razões (que eu já detalhei em diversas oportunidades), o passar do tempo e o uso normal do computador impactam negativamente o desempenho do Windows, até que um belo dia o usuário se vê obrigado a reinstalar o sistema do zero.

Desligar e religar a máquina de tempos em tempos limpa a memória RAM, e rodar regularmente softwares de manutenção (como o CCleaner ou o IObit Advanced System Care) posterga a inevitável reinstalação, mas as dicas que veremos a seguir também podem ajudar.

EXTENSÕES DO NAVEGADOR

Quando navegamos na Web, somos frequentemente concitados a adicionar toda sorte de extensões que ampliam os recursos do browser, mas muitos desses plugins não são indispensáveis ou, pior, mascarar programinhas maliciosos (geralmente spyware). A despeito de os apps antimalware não garantirem 100% de proteção contra essas pestes, ninguém ainda inventou uma opção melhor, de modo que não deixe instalar um arsenal de segurança responsável e mantê-lo atualizado. Se você suspeita que a lentidão do navegador (ou do sistema como um todo) tem a ver com extensões problemáticas, acesse as configurações do browser, desative todos os plugins e reinicie o aplicativo. Se o sistema voltar ao normal, torne a habilitá-las, uma de cada vez, e veja como o computador se comporta. Quando o problema voltar a se manifestar, você terá encontrado o responsável e poderá se livrar dele de vez removendo o plugin mal comportado.

DISCO RÍGIDO

O HDD (sigla em inglês para drive de disco rígido) é a "memória de massa" do computador, onde ficam armazenados de maneira "persistente" (não confundir com "permanente") o sistema operacional, os aplicativos e os demais arquivos, e a partir de onde eles são carregados para a RAM, que é a "memória física". Claro que eles não transferidos inteiros, mas divididos em páginas ou em segmentos (pedaços do mesmo tamanho e pedaços de tamanhos diferentes, respectivamente), ou não haveria RAM que bastasse.

Drives eletromecânicos são milhares de vezes mais lentos que a já relativamente lenta memória RAM, e seu desempenho tende a piorar quando os dados estão muito fragmentados e o espaço ocupado se aproxima dos 80%. A menos que seu PC conte com um SSD (drive de memória sólida), que utiliza memória flash e não é afetado pela fragmentação dos dados, habitue-se a rodar o desfragmentador do Windows a cada 15 dias ou ao menos uma vez por mês.

No Win10, clique em Iniciar > Ferramentas Administrativas do Windows > Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade que abriga o sistema (geralmente C:) e realize o procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas para ser concluído dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados.

ObservaçãoMelhores resultados poderão ser obtidos com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag — que integra a suíte de manutenção IObit Advanced System Care, mas pode ser baixado e instalado isoladamente.
  
Convém ter em mente que vida útil do HDD não é infinita. Por outro lado, é provável que seu computador fique ultrapassado — e você o troque por um modelo novo — antes de do drive em questão dar defeito. Como o imprevisto pode ter voto decisivo na assembleia dos acontecimentos, ao primeiro sinal de problemas recorrentes que possam ter a ver com o disco rígido, faça um backup de todos os arquivos importantes e de difícil recuperação e salve-os em um drive externo ou na nuvem (OneDrive, Google Drive, Dropbox etc.).

Observação: Há mais de uma década que praticamente todos os HDDs contam com o S.M.A.R.T. — sistema que gera um relatório e o armazena numa área de memória não volátil do disco. Embora não tenha o condão de prever defeitos súbitos — como os causados por picos de tensão, por exemplo —, ele costuma alertar para defeitos mecânicos no drive. Note que acessar o relatório exige o uso de softwares específicos, como os gratuitos HDTune e SmartExplorer.

Amanhã eu conto o resto.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

SMARTPHONE — CARTÕES DE MEMÓRIA — CONCLUSÃO


A ELEGÂNCIA É A ARTE DE NÃO SE FAZER NOTAR.

Já vimos que os cartões de memória se diferenciam pelo formato são classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de transmissão dos dados. 

A classificação segundo o tamanho já foi abordada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

SanDisk tem um modelo com 1 TB de capacidade de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD e 4K Ultra HD, mas o preço assusta (US$ 499,99). Por esse valor, compra-se um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, com processador de 8 núcleos, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6 GB de RAM e câmera de 24 MP, e ainda sobra troco para você tomar um lanche no shopping.

Como sói acontecer na compra de qualquer produto, deve-se atentar para o preço, mas não é boa política balizar-se apenas pelo preço. Convém fugir de cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira modelos da SanDiskKingston ou Samsung, atente para a capacidade de armazenamento e a velocidade de transferência dos dados — que devem ser adequadas aos seus propósitos, nem aquém, nem tampouco muito além. A velocidade, como explicado, corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer grande diferença quando o propósito do usuário é salvar fotos, músicas e documentos, mas para expandir a memória interna do telefone (isto é, fazer com que o sistema “enxergue” os espaços da memória e do cartão como uma coisa só) a coisa muda de figura.

Via de regra, cartões de memória são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de propiciar travamentos e, no limite, perda de fotos, vídeos etc.

Se o seu aparelho e (a versão do Android que ele roda) for antigo, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mover aplicativos, ou instalá-los diretamente no cartão. Assim, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na mídia removível, você só conseguirá instalar novos apps depois de abrir espaço na memória interna, o que significa remover tudo aquilo que não for indispensável.

Se a versão do seu Android for a anterior à 6Marshmellow —, não será possível "fundir" o espaço do cartão com o da memória interna, a não ser que seu aparelho seja “rooteado” (o root dá ao usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mesmo alguns aparelhos com Android 6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o infeliz usuário a armazenar no cartão somente músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e, eventualmente, transferi-los para um computador, tablet ou outro aparelho com suporte a essa tecnologia. 

ObservaçãoHá dúzias de tutoriais na Web que ensinam a burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa habilitar as opções do desenvolvedor e a depuração USB no smartphone, conectá-lo a um PC com Windows (no qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via-crúcis que pode ou não levá-lo até o destino desejado. 

Se o seu Android permitir e o fabricante do aparelho não atrapalhar, para configurar o SD Card de maneira a ampliar a memória interna você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do fabricante), tocar no ícone da engrenagem para abrir o menu de Configurações, acessar a seção Armazenamento, selecionar o Micro SD, tocar nos três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, tocar em Formatar com interno > Limpar e Formatar.

Concluído esse processo, já será possível mover os arquivos da memória interna para o cartão (embora você possa fazê-lo posteriormente, ou mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Finalmente, clique em Concluído e confira o resultado. Se você quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a opção Formatar como portátil.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 3

IN MEDIO STAT VIRTUS

Mesmo com um smartphone dotado de 32 GB ou 64 GB de memória interna, alguns usuários tendem a ficar rapidamente sem espaço. É certo que existem versões com 128 GB e 1 TB, mas o preço costuma ser castigante. No geral, um modelo com sistema Android de 16 GB ou 32 GB pode ser mais que suficiente para a maioria dos usuários "comuns", desde que possua um slot para cartão e que suporte até 64 GB.

Cartões de 128 GB — capazes de armazenar até 16 horas de vídeos em Full HD, 7.500 músicas, 3.200 fotos e mais de 125 aplicativos — e superiores são caros e difíceis de encontrar, e podem não funcionar no seu aparelho (consulte o manual do proprietário para saber até onde é possível ir). Às vezes eles até funcionam, mas o mais provável é que não sejam reconhecidos, ou apresentarem erros de leitura e gravação. Nenhum iPhone suporta cartão, a exemplo do que ocorre com alguns modelos top de linha da Samsung e da Motorola. Portanto, se você não abre mão da excelência e do status associados à marca da maçã e não tem cacife para bancar um iPhone XS MAX de 512 GB, vai ter de recorrer à nuvem ou transferir para o computador de casa tudo que não for absolutamente necessário manter na memória interna do telefoninho.

Após essa breve introdução, cumpre salientar que os cartões de memória diferem pelo formato (o micro SD é atualmente o mais popular) e são divididos em categorias, conforme o tamanho (quantidade de espaço) e a velocidade (taxa de transferência de dados). A classificação segundo o tamanho já foi explicada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

A SanDisk lançou recentemente um micro SD de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD4K Ultra HD, mas ao preço de US$ 499,99 — o que corresponde a cerca de R$ 2 mil pela cotação atual da moeda norte-americana. Por esse valor, dá para comprar um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, que oferece tela de 6.3", processador Octa-Core a 2.2GHz, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6GB de RAM e câmera de 24 MP, dentre outros atrativos. E ainda sobra troco para o estacionamento do shopping.

Evita cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira os produtos da SanDisk, Kingston ou Samsung e atente para a capacidade e a velocidade, que devem ser adequadas aos seus propósitos. A velocidade corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer muita diferença se você usar o dispositivo para salvar fotos, músicas e documentos, mas se a ideia for expandir a memória interna do telefone (fazer com que o sistema “enxergue” o espaço da memória e do cartão como uma coisa só), aí a coisa muda de figura.

Os cartões são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de acarretar travamentos e, em casos extremos, perda de fotos, vídeos etc.

Se seu aparelho e a versão do Android que ele roda forem antigos, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mesmo mover aplicativos ou instalá-los diretamente no cartão. Nesse caso, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na memória “externa”, você só conseguirá instalar novos apps depois de desinstalar outros que não sejam exatamente indispensáveis.

Amanhã terminamos esta sequência.

terça-feira, 23 de abril de 2019

SPECTRE, MELTDOWN E RETPOLINE — COMO ATIVAR A CORREÇÃO E MELHORAR O DESEMPENHO DO PROCESSADOR


NÃO EXISTE DINHEIRO BOM OU DINHEIRO RUIM. EXISTE APENAS DINHEIRO.

Uma falha de projeto descoberta nos processadores Intel, em janeiro do ano passado, permitia que cibercriminosos tivessem acesso a blocos de memória protegidos pelo sistema operacional e, consequentemente, a informações sensíveis dos usuários (tais como senhas e outros dados pessoais/confidenciais). Em parceria com a Microsoft, a Apple e as comunidades GNU/Linux, a Gigante dos Processadores criou uma correção, mas o problema é que ela reduzia em até 30% o desempenho do processador (o impacto variava conforme o modelo do chip e a atividade realizada durante a medição).

A boa notícia é que uma correção desenvolvida originalmente pelo Google e introduzida pela Microsoft na build 1809 do Windows 10 (atualização abrangente de recursos liberada no segundo semestre do ano passado) pode melhorar em até 25% a performance global do computador. Sua ativação é um tanto trabalhosa, e eu não percebi qualquer mudança para melhor no meu PC — embora tampouco tenha percebido qualquer mudança para pior depois de instalar a correção que a Microsoft disponibilizou no ano passado.

Antes de compartilhar o caminho das pedras, cumpre relembrar que você pode "dar um gás" num PC de configuração chinfrim habilitando todos os núcleos do processador — desde que o chip seja multi-core, naturalmente. E se houver suporte ao multiprocessamento lógico, tanto melhor, pois aí será possível habilitar também os núcleos virtuais.

Observação: Quando a frequência de operação dos processadores alcançou 3 GHz, os fabricantes se deram conta de que seria impraticável aumentar ainda mais o número de transistores e a velocidade de operação sem elevar o custo de produção a ponto de os microchips se tornarem comercialmente inviáveis. Para contornar o problema, eles recorreram inicialmente ao multiprocessamento lógico tecnologia mediante a qual um único processador funciona como duas CPUs virtuais — e, mais adiante, aos processadores multicore com dois ou mais núcleos físicos.

Para ativar todos os núcleos da CPU no Windows 10:

— Tecle Win+R para abrir o menu Executar, digite msconfig na respectiva caixa de diálogo e pressione Enter.

— Na tela das configurações do sistema, clique em Inicialização do sistema, em Opções avançadas... Na janelinha que se abre em seguida, marque a caixa ao lado de Número de processadores e selecione a quantidade desejada (as opções disponíveis variam conforme as características da sua CPU).

Observação: Aproveite o embalo para forçar o uso da memória total disponível; basta desmarcar a caixa de verificação ao lado de Memória máxima.

— Ao final, confirme em OK e reinicie o computador para validar a reconfiguração.

Para não estender demais esta postagem, o resto fica para a próxima.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

DE VOLTA AO READYBOOST


NÃO EXISTE O CERTO NEM O ERRADO; SÓ EXISTE A VERDADE.

Quem segue este blog sabe que a memória RAM é essencial para o funcionamento de qualquer dispositivo computacional (de uma calculadora de bolso a um poderoso servidor), e que um sistema com fartura de memória e um processador chinfrim pode ter melhor desempenho do que outro com uma CPU mais poderosa e pouca memória, porque é na RAM que são carregados o sistema operacional, os aplicativos e todos os arquivos com que trabalhamos no computador — claro não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse; eles são divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Quando rodamos um programa qualquer, os respectivos executáveis são copiados da memória de massa (disco rígido), que é persistente (ou seja, que mantém os dados mesmo quando o computador é deligado) para a memória física (RAM), que é volátil, além de algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. A RAM é uma memória eletrônica de acesso aleatório, o que a torna milhares de vezes mais rápida que os discos eletromecânicos (nos quais a gravação e o acesso aos dados são feitos por cabeças eletromagnéticas). Seu grande problema, por assim dizer, é que os dados “evaporam” quando o fornecimento de energia elétrica é suspenso, daí ser necessário carregar tudo novamente quando religamos o computador. Além disso, o megabyte de RAM custa muito mais caro do que a memória de massa, daí a razão de os PCs de entrada de linha contarem com até 1 terabyte (ou mais) de espaço no HDD e apenas 2 gigabytes de RAM.

A Microsoft, modesta quando lhe convém, informa que o Windows 10 de 32 bits roda numa máquina com 1 GB de RAM (para a versão de 64 bits, a quantidade mínima é de 2 GB), mas o desempenho só será satisfatório com algo entre 6 e 8 GB — quantidade que só vem de fábrica em máquinas mais caras. Volto a salientar que falta de memória se resolve instalando mais memória. O resto é paliativo. Mas é possível melhorar a performance de uma máquina de configuração chinfrim eliminando todos os inutilitários e programas pouco usados, faxinando regularmente o disco rígido, corrigindo erros e desfragmentando os arquivos. Tudo isso pode ser feito com as ferramentas nativas do Windows (detalhes nesta postagem), mas os resultados serão melhores se você recorrer a suítes de manutenção como o CCleaner, o IObit Advanced System Care e outras, que estão disponíveis em versões pagas e gratuitas, sendo estas últimas satisfatórias para o uso doméstico.

Outra maneira de espremer mais algumas gotas de desempenho de um PC com pouca memória é habilitar o ReadyBoost — recurso do Windows que utiliza um dispositivo de memória externo para “acelerar” o sistema. Ele não faz milagres, mas pode proporcionar ganhos de até 75% no carregamento de aplicativos em máquinas algo entre 2 e 4 GB de RAM e HDD lento (como os de 5400 RPM usados em notebooks).

ReadyBoost usa o dispositivo removível para ampliar o cache do Windows (por “cache”, entenda-se uma memória “intermediária”, destinada a armazenar arquivos de forma inteligente, deixando-os prontos para utilização na hora oportuna), além de liberar a quantidade correspondente de memória RAM. Para que haja um aumento significativo de desempenho, a Microsoft recomenda usar dispositivos removíveis com capacidade de duas a quatro vezes maior que a quantidade de memória física instalada (ou seja, se seu PC tem 4 GB de RAM, use um pendrive/cartão de 16 GB).

Você pode usar qualquer tipo de memória flash, desde que seja compatível com o padrão USB 2.0 (ou superior) e que tenha pelo menos 1 GB de espaço livre. Melhores resultados serão obtidos formatando a unidade em NTFS, a menos que a capacidade seja inferior a 4 GB, caso em que você pode usar o sistema de arquivos FAT32 (para saber mais sobre formatação de pendrives e sistemas de arquivos, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui). Em tese, é possível usar até oito dispositivos de até 32 GB cada, já que o limite do ReadyBoost é de 256 GB, mas, na prática, você dificilmente terá 8 portas USB livres no seu computador, e o uso de hubs (multiplicadores) não é recomendável.

Para ativar o ReadyBoost, conecte a unidade externa na portinha USB (no caso do pendrive; o cartão requer uma interface específica ou, na falta dela, um adaptador), clique em Este Computador (ou Computador, ou ainda Meu Computador, conforme a versão do seu Windows), dê um clique direito no ícone que representa o dispositivo removível e clique na aba ReadyBoost. Para usar todo o espaço disponível no drive, marque a Dedicar este dispositivo ao ReadyBoost; para configurar manualmente o espaço a ser alocado, marque Usar este dispositivo e mova a barra deslizante para a direita até que a janelinha exiba o espaço desejado. Ao final, é só clicar 
em Aplicar e em OK (vale reiniciar o computador, embora isso não seja exigido explicitamente).

Para saber mais sobre o ReadyBoost, clique aqui.

quarta-feira, 27 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (SEXTA PARTE)


NÃO DEIXE SUA LÍNGUA SE TORNAR SEU PIOR INIMIGO.

Concluído o particionamento da unidade do sistema (geralmente C:) e a formatação da nova partição (D: ou qualquer que seja a letra designada para identificá-la), você já pode usar a unidade suplementar para desafogar o Windows e melhorar o desempenho do computador como um todo. 

Para explorar melhor as vantagens do particionamento do disco, o ideal é manter separados, ou seja, em unidades diferentes, o Windows e os aplicativos que você usa com frequência do restante do conteúdo salvo no computador. Mas transferir seus arquivos pessoais (músicas, vídeos, fotos, backups, etc.), que costumam ocupar um bocado de espaço, já pode ser suficiente para desafogar a partição do sistema e, consequentemente, dar mais fôlego ao computador como um todo. Para fazer isso você pode copiar e colar manualmente os arquivos ou pastas  selecione-os e pressione Ctrl+C para copiar, depois clique no local de destino e pressione Ctrl+V para colar  ou abir as janelas de origem e de destino e arrastar os itens desejados com o mouse. Como a transferência é feita entre duas unidades distintas, os arquivos originais são preservados, mas você deve apagá-los manualmente, ou não haverá grandes vantagens em transferi-los de uma partição para a outra.

Observação: Se quiser acessar mais rapiadamente um arquivo ou pasta que você transferiu para a unidade suplementar, basta dar um clique direito sobre ele e clicar em Enviar para > Área de trabalho (criar atalho)

Para modificar o local dos programas já instalados, abra o menu Iniciar, clique em Configurações > Aplicativos e recursos, selecione o app que você quer mudar, clique em Mover e siga as instruções na tela. Para que os novos programas passem a ser instalados na partição suplementar, clique no botão Iniciar, selecione Configurações (na coluna à esquerda), clique em Sistema > Armazenamento > Alterar onde o novo conteúdo é salvo e faça os devido ajustes. A partir daí, os apps que você e instalar a partir Loja do Windows irão automaticamente para a unidade que você redefiniu como padrão.

Observação: Se o botão Mover não estiver disponível, é porque se trata de um aplicativo padrão do Windows; nesse caso, pressione o botão Desinstalar, aguarde a conclusão do processo, baixe novamente o aplicativo a partir da Loja do Windows e torne a instalá-lo depois de reconfigurar a localização padrão, naturalmente.

No caso de softwares de terceiros, pode acontecer de o botão Modificar estar indisponível. Nesse caso, o jeito é desinstalar o programa e instalá-lo novamente, definindo, durante o processo de instalação, sua nova partição como local de destino.

Se o seu perfil de usuário está inflado, vale a pena você o transferir para a nova partição (para mais detalhes, reveja a sequência de postagens iniciada no último dia 8). Em muitos casos, porém, mover somente algumas pastas (como Documentos, Downloads, Imagens, Vídeos, por exemplo, que tendem a acumular uma grande quantidade de arquivos). Para isso, primeiro é preciso criar uma nova pasta na partição suplementar. Abra o Explorador de Arquivos, selecione Este Computador, dê duplo clique no ícone que representa a partição que você criou, dê um clique direito num ponto vazio dentro da janela e, no menu suspenso, aponte para Novo e selecione Pasta). 

Feito isso, volte à tela do Explorador de Arquivos e, sob Este Computador, abra a pasta C:, dê um clique direito sobre Downloads, Área de Trabalho ou Documentos, por exemplo (essas pastas tendem a acumular uma grande quantidade de arquivos) e clique em Propriedades, clique na aba Local, informe a localização da nova pasta e siga as instruções na tela.

O resto fica para o próximo capítulo.

terça-feira, 26 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (QUINTA PARTE)


CHI FA DA SÈ, FA PER TRE.

Se você achou complicado usar o Gerenciamento do Disco para particionar seu drive de disco, o MiniTool Partition Wizard é mel na chupeta. Só tenha em mente que o “pré-operatório” sugerido nas postagens anteriores deve preceder a cirurgia, sempre, use você o centro cirúrgico nativo ou o agregado. Dito isso, vamos em frente.  

Baixe Mini-Tool Partition Wizard Free a partir do site do fabricante, salve os arquivos de instalação na sua área de trabalho, de um clique duplo sobre o ícone respectivo e proceda à instalação do programa da maneira convencional. Para saber como usar o programa, o tutorial em inglês pode ser acessado a partir deste link, mas você pode também se orientar pelo passo-a-passo a seguir:

— Na tela inicial do app, dê um clique direito sobre o drive a ser particionado e selecione a opção Move/Resize (mover/redimensionar). No campo Partition Size (tamanho da partição), defina o tamanho da nova partição (digitando o valor na caixa correspondente ou usando o mouse para arrastar a extremidade direita da barra). Ao final, clique em OK.

ObservaçãoO programinha não permite que a partição seja reduzida a ponto de se tornar insuficiente para conter os dados que já estão gravados (o espaço ocupado é exibido em amarelo na barra da ferramenta), mas é importante que, ao dividir o espaço, você deixe uma boa sobra na partição do sistema, não só para permitir a execução do Defrag, mas também para instalar novos aplicativos de uso frequente. Caso a ideia seja usar a nova partição para instalar outro sistema operacional em dual-boot, altere, em Create as:, o tipo de partição para Primária; se for usar a partição apenas para armazenar arquivos, mantenha a configuração padrão. Se for criar mais unidades (o limite é de 4 primárias ou 3 primárias e uma estendida), altere o tipo de partição para Estendida e torne a executar o MiniTool.

— A barra acinzentada que aparece na janela do Mini-Tool, à direita da partição que você redimensionou, corresponde ao espaço não alocado (unalocated). Clique  ali, selecione a opção Create (criar) e clique em OK na janela Create New Partition (criar nova partição). Uma nova partição lógica será criada e identificada por uma letra que varia conforme os drives instalados no computador. Se você tiver apenas o HDD, que, por padrão, é identificado como C:, a nova partição receberá a letra D (mais detalhes na postagem anterior).

— No canto superior esquerdo da próxima tela, clique no botão Apply (aplicar) para que as alterações sejam efetivadas. O programa recomenda fechar todos os aplicativos e desabilitar a economia de energia antes de prosseguir; faça-o e responda Yes (sim) à pergunta Apply Changes? Se quiser desistir do particionamento, a hora é agora: clique em No (não) e encerre o aplicativo.

— Se for seguir adiante, clique em Yes. Na mensagem dando conta de que as alterações não podem ser levadas a efeito porque o drive C: está sendo usado, clique em Restart Now (reiniciar agora). Uma nova tela o instruirá a não desligar o computador e informará que o sistema será reiniciado automaticamente após a conclusão do particionamento. Enquanto espera, você pode acompanhar a evolução do processo através das barras de progressão.   

Se tudo correr bem, em alguns minutos seu PC será reiniciado com as modificações efetivadas. Clique em Iniciar > Configurações > Este Computador e confira o resultado.

Agora o seu HDD está dividido, mas, como no caso do particionamento feito com a ferramenta nativa do Windows, ainda é preciso formatar a partição recém-criada com o sistema de arquivos (FAT32 ou NTFS), que permitirá ao Windows “enxergar” e gerenciar o novo volume. O procedimento é simples e pode ser feito tanto com o Gerenciamento do Disco quanto com o Mini-Tool Partition Wizard. Para evitar repetições desnecessárias, sugiro reler a postagem anterior e seguir as instruções ali expostas.

O resto fica para a próxima postagem. Até lá.

sexta-feira, 22 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (TERCEIRA PARTE)


NUNCA SAQUE A ARMA SE VOCÊ NÃO FOR ATIRAR. SE ATIRAR, ATIRE PARA MATAR (OU A VÍTIMA VOLTARÁ PARA SE VINGAR).

Concluído o pré-operatório (vide postagem anterior), podemos dar início à cirurgia, ou seja, redimensionar a unidade do sistema e utilizar parte do espaço livre para uma segunda partição ― e uma terceira e uma quarta, se for o caso, pois cada drive de disco rígido pode ser dividido em até quatro partições primárias ou em três partições primárias e uma estendida, sendo que esta última pode ser subdivida em múltiplas unidades lógicas.

Cada unidade é identificada por uma letra do alfabeto. Por convenção, as letras A e B eram reservadas para os drives de disquete de  e  polegadas (que há muito deixaram de existir), de modo que o volume do sistema geralmente recebe a letra C e o drive de mídia óptica (se houver), a letra D. As demais partições partem da letra E  a menos que você tenha configurado um pendrive ou um SD Card para “ampliar” a RAM através do ReadyBoost, situação em que a nova partição receberá a letra F, e assim sucessivamente.

ObservaçãoNote que é possível alterar as letras em questão a posteriori, tanto pelo Gerenciamento do Disco do Windows quanto pelo programinha da MiniTool.

A "cirurgia" a seguir foi minuciosamente explicada em outras oportunidades, mas agora veremos como realizá-la usando o Gerenciador do Disco do Windows 10 (não existe grande diferença em relação às edições anteriores, mas enfim...). Na sequência, veremos com como fazer o mesmo com a ferramenta da MiniTool, que, como eu já mencionei, é mais intuitiva e fácil de usar.

Para ter uma ideia de quanto espaço livre há na sua unidade de sistema (ou em outra unidade que você queira reparticionar, mas vamos tomar como exemplo a unidade C:), abra o Explorador de Arquivos, clique em Este Computador, dê um clique direito ícone que representa a unidade em questão e clique em Propriedades.

Depois de decidir qual será o tamanho da nova partição note que é importante não “estrangular” o sistema operacional, pois ele precisa de, no mínimo, 20% de espaço livre para trabalhar com alguma folga —, dê um clique direito no botão que abre o menu Iniciar e selecione Gerenciamento do Disco

Na janela da ferramenta, selecione a unidade C: e dê um clique direito sobre ela. No menu suspenso, clique em Diminuir volume... e siga as instruções do assistente. Ao final, você verá que o tamanho da unidade foi reduzido e que o espaço remanescente aparece como espaço não alocado. Para criar a nova partição, clique com o botão direito sobre esse espaço não alocado, selecione a opção Novo Volume Simples, clique em avançar na tela do assistente e siga as instruções. 

Basicamente, você só precisa definir a quantidade de espaço desejada — por padrão, o Windows utiliza todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor, se for criar mais partições —, escolher a letra que designará a nova unidade, formatar a dita-cuja e lhe atribuir um nome (o nome é opcional, se você fizer questão, digite-o no campo Rótulo do Volume).

Ao final, se tudo estiver nos conformes, clique em Concluir e aguarde até que o espaço anteriormente marcado como não alocado fique pronto para ser usado como uma nova partição.

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 21 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (CONTINUAÇÃO)



PRIMEIRO CHEGAM OS SORRISOS; DEPOIS, AS MENTIRAS; POR ÚLTIMO, O TIROTEIO.

Recapitulando: Antes de a Microsoft introduzir o Gerenciamento de Disco (no Windows 7), só era possível particionar a unidade do sistema reinstalando o Windows ou usando ferramentas de terceiros. No entanto, ainda que o gerenciador nativo continue existindo nas edições mais recentes do sistema, inclusive no Windows 10, eu prefiro o MiniTool Partition Wizard Free, por achá-lo mais intuitivo e fácil de operar.

Tanto num caso como no outro, é importante submeter o paciente à um pré-operatório. Comece por desinstalar os inutilitários e demais apps pouco usados — isso pode ser feito com a ferramenta nativa do Windows 10 (abra o menu Iniciar e clique em Configurações > Aplicativos > Aplicativos e recursos), mas melhores resultados serão obtidos com o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo tende a deixar para trás. Concluída a faxina, reinicie o computador.

Abra o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema  geralmente C: (*, selecione Propriedades, pressione o botão Limpeza de Disco, aguarde o cálculo do espaço que pode ser recuperado e confirme em OK. Ao final, torne a pressionar o botão Limpeza de Disco, clique em Limpar arquivos do sistema, marque as opções desejadas (ou todas elas), confirme e aguarda a conclusão do processo.

(*) Partição de sistema e partição de inicialização são nomes atribuídos às unidades (ou volumes) que o Windows usa ao ser iniciado. Isso pode gerar confusão, pois a partição do sistema contém os arquivos usados para inicializar o Windows, enquanto que a partição de inicialização contém os arquivos do sistema. Como o uso consagra a regra, partição do sistema, para os efeitos desta sequência de postagens, é aquela que contém o Windows (geralmente a unidade C:).

Se seu computador estiver “redondo” clique na aba Mais Opções e exclua também os pontos de restauração do sistema (também nesse caso é melhor usar o CCleaner, que permite selecionar individualmente os pontos de restauração que você quer apagar). Ao final, reinicie a máquina, torne a abrir o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema, selecione a aba Ferramentas e, no campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora. Assinale as duas caixas de verificação e reinicie o computador (a reinicialização é necessária porque a ferramenta precisa ter acesso a arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado).

Concluída a verificação e corrigidos eventuais erros (seja paciente, pois o processo pode levar de muitos minutos a algumas horas), volte à tela das Propriedades da Unidade C: e, no campo Otimizar e desfragmentar unidade, pressione o botão Otimizar, selecione a unidade C: (desde que não seja SSD), clique em Analisar e aguarde o resultado. 

Em circunstâncias normais, um percentual de fragmentação inferior a 2% dispensa a otimização; no procedimento pré-operatório, porém, é melhor pecar por ação do que por omissão. Portanto, clique em Otimizar e aguarde a conclusão do processo (que também pode demorar um pouco).

Observação: Se você dispõe da suíte de manutenção Advanced System Care, clique em Toolbox e rode o Smart Defrag em vez do desfragmentador nativo do Windows.

Continua na próxima postagem.

segunda-feira, 18 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD NO WINDOWS — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO (CONCLUSÃO)


SE VOCÊ ACHA QUE ESTE GOVERNO ESTÁ UM PORRE, ESPERE PARA VER A RESSACA.

Se você acha que dividir o disco rígido em duas ou mais partições só faz sentido se a ideia for instalar dois sistemas operacionais em dual boot, saiba que as vantagens do particionamento vão muito além disso.

Os drives de HD atuais oferecem um “latifúndio” de espaço, e manter o Windows e os aplicativos numa partição e os arquivos pessoais (documentos, fotos, vídeos, músicas etc.) em outra facilita a reinstalação do sistema — e mesmo que você não esteja com a menor vontade e reinstalar o Windows, nunca se sabe quando isso será necessário, seja para resolver problemas de arquivos corrompidos, seja para neutralizar a ação de malwares, seja para resgatar o desempenho que seu computador tinha quando você o tirou da caixa.

Nos primórdios da era PC, o particionamento era feito obrigatoriamente durante a instalação do Windows. A partir do Seven, se não me falha a memória, a Microsoft introduziu uma ferramenta que permite criar novas partições a qualquer tempo, preservando os arquivos do sistema (detalhes nesta postagem), mas eu recomendo usar o MiniTool Partition Wizard Free, que é mais amigável (detalhes nesta postagem).

Observação: Volto a lembrar que a degradação da performance é uma consequência natural do uso do computador, e que, em situações extremas, requer a reinstalação Windows, mas você pode postergar esse incômodo com manutenções preventivas, seja usando os utilitários nativos, seja com o auxílio de programas de terceiros (detalhes no capítulo anterior). Para ter uma ideia melhor de como manter seu PC nos trinques, clique aqui para acessar a primeira de uma sequência de 7 postagens sobre esse assunto.

Passemos sem mais delongas à questão do perfil de usuário, ou jamais terminaremos esta novela:

Para verificar o “tamanho” dos perfis cadastrados no sistema, abra o menu Executar (tecle Win+R), digite sysdm.cpl, clique em OK (ou tecle Enter). Em Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado e, na seção Perfis de Usuário, pressione o botão Configurações.

Se o tamanho do seu perfil estiver próximo do gigabyte, é provável que ele seja o causador da lentidão que o aporrinha toda santa vez que você liga o computador (mais detalhes nos capítulos anteriores desta sequência). E se as alternativas que eu sugeri para “desidratar” seu perfil não produzirem os resultados esperados, o melhor a fazer excluí-lo de vez (embora você possa excluir e recriar sua conta de usuário, sugiro tentar primeiro excluir somente o perfil).  

Desde a edição 2000 que o Windows salva os dados dos perfis dos usuários em C:\Users\Nome-da-Conta-de-Usuário\Pasta, mas não adiante abrir o Explorador de Arquivos e simplesmente excluir o conteúdo da pasta (ou a própria pasta). A maneira correta de excluir seu perfil é através da tela das Propriedades do Sistema, e, para que isso seja possível, você terá de se logar com uma conta administrativa que não seja a conta ligada ao perfil que será excluído. Note ainda que a exclusão do perfil eliminará todos os arquivos relacionados ao usuário (fotos, vídeos, músicas, etc.), de modo que você deve providenciar um backup de tudo aquilo que não quer perder e salvá-lo num pendrive, HD externo, ou mesmo em mídia óptica (caso seu PC conte com um gravador de CD/DVD).

Amanhã eu conto o resto.

sexta-feira, 15 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD NO WINDOWS — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO (PARTE 5)


GUARDAR RESSENTIMENTO É COMO TOMAR VENENO ESPERANDO QUE A OUTRA PESSOA MORRA.

Com o passar do tempo, nosso perfil de usuário no Windows pode "inchar" a tal ponto que rodar um aplicativo ou abrir um simples arquivo de texto nos 5 ou 10 minutos iniciais da sessão se torna um teste de paciência. Embora seja possível possa contornar esse conveniente ligando o PC e indo tomar um café enquanto o sistema termina de carregar, isso seria o mesmo que fazer o carro “pegar no tranco” em vez de mandar consertar o motor de arranque. Portanto, vale a pena saber como reparar um perfil de usuário excessivamente inflado, para que ele ocupe menos o disco rígido durante a inicialização do sistema, mas não custa lembrar, mais uma vez, que a única maneira de resgatar a performance que o computador tinha nas primeiras semanas de uso é reinstalar o Windows do zero. Todo o resto é paliativo — pode até ajudar, mas é paliativo.

Observação: Recomendo a leitura da sequência iniciada por este post, que trata do uso do disco em patamares próximos a 100%; desta outra sequência, que traz uma série de informações conceituais e dicas práticas para otimizar o desempenho do PC; e de mais esta, que aborda a importância dos subsistemas de memória — física e de massa — na performance do computador.

Manter a área de trabalho atopetada de elementos desnecessários é um péssimo hábito. Não é por acaso que, quando ligamos o PC pela primeira vez, somente o ícone da lixeira é exibido. Não que haja algo de errado em salvar arquivos na área de trabalho; errado é não os tirar de lá quando eles não forem mais necessários. Indicar a área de trabalho como destino dos arquivos de instalação de um aplicativo que você baixa da Web, por exemplo, facilita o processo de instalação, mas você deve movê-los para lixeira assim que o programa tiver sido instalado com sucesso. E se quiser usar o desktop para ter fácil acesso a pastas, documentos, páginas da internet ou o que for, você deve manter ali somente os atalhos. Para isso, salve os itens em questão em outro local (de preferência em outra partição que não a do sistema), dê um clique direito sobre os que você quer acessar via desktop e clique em Enviar para > Área de trabalho (criar atalho).

Entupir a área de inicialização rápida da Barra de Tarefas com atalhos inúteis ou dispensáveis também retarda o carregamento do seu perfil de usuário. Mantenha ali somente atalhos para o Explorador de Arquivos, navegador de internet, cliente de email e mais uma ou outra aplicação que você utiliza com frequência.

Para manter o desempenho da máquina em patamares aceitáveis e postergar uma inevitável reinstalação do sistema, tenha uma suíte de manutenção responsável — como o CCleaner ou o Advanced System Care (clique aqui para ler um comparativo que eu publiquei um ano e meio atrás). Mesmo que o próprio Windows forneça utilitários para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados, essas suítes tendem a ser mais rápidas e eficientes.

Se você não cultiva o saudável hábito de fazer faxinas regulares no sistema (manutenção preventiva), habilite o Sensor de armazenamento do Windows 10, que libera espaço automaticamente, deletando arquivos desnecessários. Digite armazenamento no campo Pesquisar da Barra de Tarefas (ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema), clique na opção Ativar o sensor de armazenamento / Configurações do sistema e faça os ajustes respectivos.

Amanhã a gente continua.