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domingo, 24 de setembro de 2017

O FIM DO MUNDO ― AINDA NÃO FOI DESTA VEZ

A “profecia” de que trata essa postagem se revelou mais furada que sapato de mendigo ― aliás, como tantas outras que, ao longo dos séculos, vêm trombeteando o apocalipse, o final dos tempos, a destruição total da humanidade e por aí afora.

Uma colisão cósmica pode vir a ocorrer um dia, mas nada indica que seja nos próximos milênios. Ainda assim, o risco de um asteroide ou outro corpo celeste de grandes dimensões abalroar nosso planeta ― como teria acontecido há 65 milhões de anos e resultado na extinção dos dinossauros ― preocupa cientistas e pesquisadores, tanto é que a NASA desenvolve programas de defesa que visam detectar e neutralizar esse tipo de ameaça.

Como o céu é monitorado 24 horas por dia, a chance de alguma ameaça escapar dos radares é de apenas 0,01% ― vale lembrar que, para oferecer risco à humanidade, um eventual corpo celeste em rota de colisão com a Terra precisaria ter quilômetros de extensão. No entanto, se isso realmente viesse a acontecer, a tecnologia de que dispomos atualmente não seria suficiente para desviar ou destruir o intruso, daí a necessidade de a agência espacial americana desenvolver o quanto antes uma solução eficaz.

O Sol não é eterno, e seu desaparecimento extinguiria ― ou extinguirá, melhor dizendo ― qualquer forma de vida na Terra. Mas ele é uma estrela de meia-idade, com expectativa de “vida” de mais 4 ou 5 bilhões de anos. Portanto, se é para se preocupar, que seja com ameaças mais reais e imediatas, como os testes nucleares que vêm sendo feitos pela Coréia do Norte e pelo Irã, por exemplo.

Um artigo publicado em novembro de 2015 por pesquisadores das universidades americanas de Colorado e de Rutgers dá conta de que, se apenas 0,03% do arsenal nuclear global fosse usado numa guerra entre dois países, a fumaça produzida seria tanta que as temperaturas cariam a ponto de afetar a produção agrícola em todo o mundo e ameaçar o abastecimento global de alimentos. Para se ter uma ideia, isso significa que bastaria cada país envolvido nessa guerra lançaria 50 bombas atômicas como aquela que atingiu Hiroshima, no Japão, em 1945.

Sintam-se à vontade para comentar.

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quarta-feira, 12 de abril de 2017

VOCÊ SE LEMBRA DO BUG DO MILÊNIO? POIS EXISTE OUTRO A CAMINHO!

VIVA CADA DIA COMO SE FOSSE O ÚLTIMO. UMA HORA VOCÊ ACERTA…

Conforme o ano 2000 se aproximava e os réquiens dos arautos do apocalipse subiam de tom, fanáticos e teóricos da conspiração enchiam os bolsos, aproveitando-se dos desinformados que realmente acreditavam que a humanidade não veria o alvorecer do novo século ― ou milênio, conforme a versão, embora tanto um como o outro só começariam um ano depois, em 1º de janeiro de 2001.

Mas o mundo não acabou em 2000, nem em 2001, nem em 2012 (a despeito do apregoaram os adeptos da “Profecia Maia” durante todo aquele ano). O Brasil é que quase foi para o buraco neste começo de século ― graças a certo nordestino pobre e analfabeto, que conquistou a presidência, institucionalizou a corrupção e se fez suceder por uma rematada incompetente, mas isso também é outra história.

Passando ao mote desta postagem, os “veteranos” da computação pessoal devem estar lembrados do proverbial Bug do Milênio, que, à zero hora de 1º de janeiro de 2000, destamparia a versão digital da mitológica Caixa de Pandora. Para melhor entender essa história, é preciso ter em mente que, à luz das soluções de hardware atuais, os computadores daquela época eram “movidos a manivela” e os programas que eles rodavam, compatíveis com seus padrões. 

Apenas para que os leitores mais novos tenham uma ideia, o PC que eu usava na virada do século era um “poderoso” 80286 de 40 MHz com 2 MB de RAM e 40 de HD). Como os componentes de hardware eram caríssimos ― 1KB de memória custava cerca de US$ 100 ―, os programadores se viam obrigados a espremer seus códigos no menor espaço possível. Cada byte contava, e se armazenar datas no formato DD/MM/AA  2 bytes, não havia porque registrar o ano com 4 algarismos ― o ganho pode parecer pífio, mas num banco de dados de 1.000.000 de pessoas, por exemplo, a diferença é considerável). A questão é que, com a virada de 1999 para 2000, os sistemas associariam 00 a 1900.

O problema era conhecido desde meados da década de 50, mas foi solenemente ignorado até 1985, quando o livro Computers in Crisis, de Jerome e Marilyn Murray, alertou a todos do que estava por vir. Em 1996, com a reedição do livro, a merda bateu no ventilador: ainda que os sistemas mais modernos já fossem escritos de modo a não ser afetados pelo “bug”, a maioria das empresas, por economia ou comodidade, não se havia adaptado à nova realidade. Assim, temia-se que a passagem do ano estabelecesse o caos absoluto no mercado financeiro ― onde valores positivos se tornariam negativos e boletos seriam emitidos com um século de atraso, por exemplo ― na navegação aérea, nas usinas nucleares, nos sistemas de transmissão de energia e fornecimento de água, enfim, em toda sorte de atividades controladas por sistemas computacionais. 

A perspectiva aziaga levou falsos profetas e fanáticos religiosos a ganhar fortunas com a venda de kits de sobrevivência e forçou governos a montar comitês especiais de contingência e grupos internacionais de cooperação ― como o que foi criado pelo Banco mundial. Mas as consequências ficaram bem aquém das expectativas; além de alguns problemas pontuais ― como máquinas de cartão de crédito que pararam de processar pedidos, um reator nuclear japonês que teve o monitoramento de radiação comprometido e máquinas de tickets de ônibus que pararam de validar as transações na Austrália, por exemplo ―, nada muito mais preocupante foi observado.

Resumo da opera: Para alguns, o Bug do Milênio foi uma ameaça real; para outros, não passou de mera tempestade em copo d’água, até porque países como Itália e Coreia do Sul, que, ao contrário de dos EUA, não investiram quase nada em prevenção de danos, não registraram maiores problemas. Aliás, o serviço de apoio americano a pequenos comércios esperava receber milhares de pedidos de ajuda, mas contabilizou apenas 40 telefonemas na primeira semana de 2000, e nenhum deles relatou qualquer problema crítico.

Mas não há nada como o tempo para passar, e um novo bug ameaça os computadores com uma volta no tempo para 13 de dezembro de 1901, a ocorrer pontualmente às 03h14min08s de 19 de janeiro de 2038. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

Com Oficina da Net.

DE LISTA DE JANOT À LISTA DE FACHIN - E LULA LÁ

Era uma terça-feira como qualquer outra. Ou pelo menos era o que parecia até o final da tarde, quando se veio a saber que “Lista de Janot”, promovida a “Lista de Fachin”, elencava 9 ministros de Temer, 29 senadores, 42 deputados federais (entre eles, os presidentes da Câmara e do Senado), três governadores e um ministro do TCU, além de 29 outros políticos e autoridades que, a partir de agora, são oficialmente investigados pelo STF. E uma segunda lista, enviada a outros tribunais, exibe orgulhosamente os nomes dos ex-presidentes Lula, Dilma e FHC (o impichado Fernando Collor também é investigado, mas no STF, pois, embora se inclua na seleta confraria de ex-presidentes da Banânia, ele é senador por Alagoas e, portanto, tem direito a foro privilegiado).

Volto ao assunto quanto tiver acesso aos desdobramentos, até porque a “nova lista” apenas “oficializou o que já se sabia extraoficialmente”. Resta aguardar a suspensão do sigilo para, aí sim, saber quem é quem no Piauí e que parte da caca toca a cada um dos investigados ― que insistem em se esconder atrás de meias verdades, tipo "ser investigado não quer dizer que se é culpado" e juram de mãos postas e pés juntos que são inocentes, que todas as doações que receberam foram legais, que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e toda essa merda ― quase tão enojante quanto a história do “golpe”, que anta vermelha às vezes reconta num projeto de portunhol risível, noutras, num arremedo de francês de galinheiro de dar dó. Pior que isso, só mesmo ouvir o chefe da gangue se comparar a Cristo, dizer-se a alma viva mais honesta da galáxia e, fazendo qualquer coisa de palanque ― de caixote de fruta ao esquife da finada esposa ― berrar aos quatro ventos que ele e só ele é a salvação para o Brasil, embora esteja mais sujo que pau de galinheiro e não passe de um monte de lixo que há muito deveria ter sido enterrado em algum aterro sanitário.

A propósito: O molusco é citado por Edson Fachin em onze pedidos de inquérito. Onze! O primeiro e mais importante, relatado por 6 delatores, trata dos pagamentos de propina à ORCRIM comandada por ele ― Marcelo Odebrecht fala sobre Lula e seus gerentes, Antonio Palocci e Guido Mantega, em 15 termos de depoimento. O segundo trata dos pagamentos de propina por meio de palestras fraudulentas, da reforma do sítio em Atibaia e da compra do prédio do Instituto Lula. O terceiro trata dos 4 milhões de reais repassados ao Instituto Lula pelo departamento de propinas da Odebrecht. O quarto é aquele que envolve os pagamentos de propina para seu irmão, Frei Chico. O quinto trata de seu trabalho como lobista da Odebrecht junto a Dilma Rousseff ― no caso, ele tentou beneficiar a empreiteira na hidrelétrica de Jirau, mas fracassou porque a anta já havia favorecido uma concorrente. O sexto trata do pagamento de propina para a campanha de Fernando Haddad, em 2008 ― e não é um caso de caixa 2; a empreiteira repassou dinheiro a João Santana em troca de "medidas legislativas favoráveis aos interesses da companhia". O sétimo apura o assalto à Sete Brasil ― de acordo com Marcelo Odebrecht, Lula decidiu ratear a propina de 1% sobre o valor dos contratos entre os funcionários da estatal e o PT. O oitavo revela sua tentativa de obstruir a Lava-Jato aprovando a MP 703. O nono é uma beleza: os 3 milhões de reais pagos pelo departamento de propinas da Odebrecht à Carta Capital. O décimo trata do dinheiro que o departamento de propinas da Odebrecht repassou para seu filho caçula. Por último, mas não menos importante, o décimo-primeiro investiga se o molusco eneadáctilo traficou influência para favorecer a Odebrecht em Angola.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

EXERCÍCIOS DE FUTUROLOGIA — É PRECISO CUIDADO PARA NÃO SE MACHUCAR

NAQUELA MANHÃ CINZENTA, TÃO VOCACIONADA A VENTOS — VENTOS FORTES, FORTES, NÃO DESEJEI AMANHECER, SOB PENA DE ME PERDER NAQUELE UIVO ATERRORIZANTE.

Vaticínios “meia boca” não faltam na história recente, como é o caso dos relógios de pulso do ano 2000, que serviriam como intercomunicadores e gravariam áudio e vídeo (em vista dos smartphones atuais, o lance bateu na trave), ou das TVs penduradas como quadros em paredes (elas não se tornaram realidade nos anos 60, como previu a GE, mas hoje em dia muita gente usa modelos LCD e de plasma dessa forma).

Profecias que não se confirmaram são comuns também no âmbito da TI, mesmo quando feitas por próceres Thomas John Watson, presidente da IBM, segundo o qual “um dia haveria mercado para, quando muito, uns cinco microcomputadores” (quatro décadas mais tarde sua empresa lançaria o Personal Computer e daria o primeiro passo para transformar a computação pessoal num produto de consumo de massa). Ou por Ken Olsen, fundador da Digital Equipment Corporation (empresa respeitada nos anos 70), que afirmou “não haver razão para qualquer indivíduo ter um computador em casa” (isso quando os PCs já estavam sendo vendidos).

Bill Gates também errou feio em 2004, ao afirmar que dali a dois anos o SPAM seria totalmente erradicado, ou, pior, em 1981, quando disse (supostamente) que 640 KB seriam mais memória do que qualquer PC viria a precisar (ele nega esse “deslize”, até porque os PC modernos integram entre 2 e 8 GB de RAM, mas não consegue se livrar da pecha). Mas Mr. Gates fez um gol de placa em 1995, ao prever os computadores-carteira que, ironicamente, a Apple tornaria realidade com o iPad.

Falando nisso, há quem diga que os desktops (e mesmo os notebooks) não resistirão por mais de um par de anos à popularização dos smartphones, tablets e gadgets ainda mais inovadores, tais como relógios, óculos e pulseiras conectadas (alguns brinquedinhos desses chegam a custar mais de R$ 100 mil!).                          

Observação: “Tio Bill” é citado como protagonista de diversas situações curiosas, como aquela em que teria simplesmente continuado a caminhar após deixar cair no chão uma nota de US$ 1000, indiferente à perda do que, diante de sua fortuna, seria “dinheiro de pinga”. No entanto, isso não passa de uma lenda urbana, até porque o Tesouro americano tirou as notas de US$ 1000 de circulação em 1969, quando o futuro fundador da Microsoft era um adolescente impúbere de 14 anos.

Em contrapartida, a profecia de Gordon Earl Moore, co-fundador da Intel, segundo a qual o poder de processamento dos computadores dobraria a cada vinte e quatro meses, foi bem mais acurada, embora talvez não sobreviva por muito tempo mais, já que a “Cloud Computing” vem sendo vista como o futuro da computação. Seja como for, é quase impossível encontrar alguém plenamente satisfeito com os recursos do seu PC, e devido ao agigantamento dos sistemas e programas, mesmo máquinas de topo de linha se tornam ultrapassadas em poucos anos — e a despeito de dispositivos de hardware mais avançados serem lançados em intervalos cada vez mais curtos, nem todo mundo tem cacife para acompanhar pari passu essa vertiginosa evolução.

Quem acompanhou o alvorecer da computação pessoal deve estar lembrado dos PCs que integravam dois ou mais Floppy Drives — como eles não dispunham de discos rígidos, tanto o sistema quanto os programas eram executados a partir de prosaicos disquetes. Quando os HDs começaram a se tornar populares, 10 MB de espaço custavam 2.000 dólares, mas a evolução tecnológica cumpriu bem o seu papel: embora os fabricantes tenham levado décadas para romper a “Barreira do Gigabyte”, dali a poucos anos já produziam drives gigantescos — na casa das centenas de gigabytes — a preços bem mais acessíveis.

Observação: Para ter uma noção melhor desse espaço, considere que uma música em MP3 de 3 minutos ocupa cerca de 3 MB – ou três milhões de bytes – e que mil gigabytes (ou 1 Terabyte) correspondem a um trilhão de bytes (faça as contas). Pelo andar da carruagem, é possível que logo alcancemos a casa dos Petabytes, dos Exabytes, ou mesmo dos Zettabytes (grandezas que correspondem, respectivamente, a um quatrilhão, um quintilhão e um sextilhão de bytes). Segundo alguns especialistas, 1 TB equivale à capacidade da memória humana, enquanto que 1 ZB é espaço suficiente para armazenar toda a informação digitalizada no mundo (se cada byte fosse um grão de arroz, isso corresponderia a 20 quatrilhões de quilos – arroz suficiente para alimentar a humanidade por 30 mil anos!

Para concluir, considerando que a informática tende a evoluir de maneira “circular”, talvez devêssemos reavaliar o vaticínio de Mr. Watson. De uns tempos a esta parte, a venda de computadores (desktops e notebooks) vem caindo sistematicamente, enquanto dispositivos móveis (tablets e smartphones) se multiplicam como coelhos. E se a computação em nuvem cumprir o que vem prometendo, importante mesmo será garantir um plano de banda larga decente, de preferência com boas taxas de upload, pois o armazenamento dos arquivos em servidores remotos e a execução dos aplicativos através do navegador propiciarão uma experiência mais rica e interativa sem exigir máquinas cada vez mais poderosas e quantidades ainda maiores de memória e espaço em disco. 

Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:




Bom f.d.s. a todos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

MAIS SOBRE PREVISÕES, FUTUROLOGIA, HORÓSCOPOS E QUE TAIS. NOSTRADAMUS VS LEONARDO DA VINCI E JULIO VERNE

UMA VIDA NÃO QUESTIONADA NÃO VALE A PENA SER VIVIDA.

Pegando um gancho no post de ontem, sempre que se fala em profecias, oráculos e afins, o nome de Nostradamus (alquimista do século XVI) e suas previsões sobre o Apocalipse vêm à baila. Mas o mundo não acabou na virada do milênio nem em 21 de dezembro de 2012, como alardeavam alguns desatinados, baseados em interpretações infundadas do antigo Calendário Maia (provavelmente eram todos militantes petistas, já que essa raça é imbatível quando se trata de viajar na maionese). Enfim, quem não morreu de morte morrida ou matada nesse entretempo continua ativo e operante (isso se estende ao Lula, à Dilma e à petralhada de plantão e seus néscios e abjetos defensores radicais, desgraçadamente, mas fazer o quê?).

A experiência mostra que não se deve acreditar piamente na idoneidade dos tradicionais videntes que, a cada final de ano, lançam previsões do tipo “um artista famoso vai morrer no ano que vem” (só neste ano, que caminha para a reta final, morreram vários). Ou então naqueles horóscopos de revistas de fofocas e variedades, pródigos em “previsões” do tipo “época propícia a problemas de saúde”, “prejuízos à vista; evite investimentos arriscados” ou “aguarde novidades no campo sentimental”, dentre outros besteiróis de estilo.

A despeito de todo o avanço tecnológico ocorrido no século XX, a maior parte das previsões “sérias” — como as publicadas no Livro da Juventude de 1968 — acabou dando com os burros n’água. Visão, mesmo, tinha Leonardo da Vinci, que idealizou o helicóptero seis séculos antes de ele ser criado (note que o polímata italiano viveu na segunda metade do século XIV, época em que o must dos transportes eram as carroças puxadas a burro). Ou Julio Verne, autor do romance de ficção “Da Terra à Lua” (1865), onde uma espécie de bala de canhão com três tripulantes era disparada de Tampa, na Flórida — a 20 milhas de onde, um século mais tarde, seria lançada a Apollo 11 —, e de “20.000 Léguas Submarinas” (1869), no qual criou o Nautilus (imagem à esquerda na figura que ilustra este post), precursor dos submarinos nucleares que só começariam a ser construídos em meados do século XX.

Já um ”manto da invisibilidade” como o usado pelo bruxo Harry Potter na saga da escritora britânica J. K. Rowling (figura à direita na imagem que ilustra este post) vem sendo desenvolvido a partir de metamateriais (estruturas artificiais menores do que as ondas eletromagnéticas), que fazem a luz contornar o objeto coberto e projetar a imagem daquilo que está atrás dele.

Fazer previsões acuradas é arriscado, especialmente no campo da tecnologia. Quando a Apollo 11 chegou à Lua, dizia-se que dali a poucos anos as viagens interplanetárias seriam corriqueiras. Na Terra, navios e trens alcançariam velocidades estonteantes, enquanto monotrilhos elevados a 30 metros do solo resolveriam o problema do transporte. As grandes metrópoles seriam parecidas com o que se via na década de 60 no desenho animado “Os Jetsons”, com edificações futuristas, esteiras rolantes, automóveis voadores e pessoas usando “cinturões foguetes” (a propósito, vale rever minha postagem de 27 de agosto de 2008). 

Mas até agora só conseguimos colocar robôs em Marte e criar alguns protótipos de carros voadores, embora já contemos com veículos carros capazes de estacionar sozinhos e prevenir o motorista para prevenir potenciais acidentes, sem mencionar o veículo que dispensa o motorista. Aliás, os engenheiros do Google vêm testando um troço desses há algum tempo, e parece que estão no caminho certo. No entanto, QUEM SOU EU PARA FAZER PREVISÕES?

Amanhã a gente continua, pessoal; abraços e até lá.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PROFECIAS FURADAS, VATICÍNIOS QUE CHEGARAM QUASE LÁ E O FUTURO DOS DESKTOPS.

A MELHOR PALAVRA É A QUE NÃO SE DIZ.

Entra ano, sai ano, profetas, adivinhos, astrólogos, videntes, cartomantes e assemelhados torram nossa paciência com previsões mais do que manjadas, da morte de artistas famosos (cujos nomes eles não divulgam) a naufrágios ou quedas de aviões (em dia, hora e local incerto e não sabido).
No final do ano passado, milhões de pessoas ao redor do mundo se prepararam para tentar sobreviver a chuvas de meteoros, colisão com asteroides, inversão da polaridade terrestre e outros cataclismos oriundos de interpretações tendenciosas do antigo Calendário Maia, segundo as quais o Apocalipse ocorreria inexoravelmente no dia 21 de dezembro.
Previsões espantosas, a meu ver, foram feitas por Leonardo da Vinci – que idealizou o helicóptero, o tanque de guerra e o uso da energia solar, dentre outras coisas, 500 anos antes que elas se tornassem realidade. Ou então Júlio Verne, que detalhou em seu livro “Da Terra à Lua” (1865) uma viagem espacial e errou por apenas 20 milhas o local de onde seria lançada a Apollo 11 dali a 104 anos.
Vaticínios “meia boca” não faltam na história recente, como é o caso dos relógios de pulso do ano 2000, que serviriam como intercomunicadores e gravariam áudio e vídeo (tudo bem que, em vista dos smartphones atuais, o lance bateu na trave), ou das TVs penduradas como quadros em paredes, que não se tornaram realidade nos anos 60, como previu a GE, mas que hoje em dia muita gente tem em casa.
Profecias que não se confirmaram são comuns também no âmbito da TI, mesmo quando feitas por próceres Thomas J. Watson, presidente da IBM, segundo o qual “talvez um dia houvesse mercado para uns cinco microcomputadores”, ou por Ken Olsen, fundador da DEC (empresa respeitada nos anos 70), que afirmou “não haver razão para qualquer indivíduo ter um computador em casa” (isso quando os PCs já estavam sendo vendidos).
Bill Gates também errou feio em 2004, ao afirmar que dali a dois anos o SPAM seria totalmente erradicado, ou, pior, em 1981, quando disse (supostamente) que 640 KB seriam mais RAM do que qualquer PC viria a precisar – ele nega essa “escorregadela”, mas não consegue se livrar da pecha. No entanto, Mr. Gates fez um gol de placa em 1995, ao prever os computadores-carteira que, ironicamente, a Apple tornaria realidade com o iPad.
Falando nisso, há quem diga que os desktops (e mesmo os notebooks) não resistirão por mais de um par de anos à popularização dos smartphones, tablets e gadgets ainda mais inovadores, tais como relógios, óculos e pulseiras conectadas. Eu, particularmente, não penso assim, como você verá se voltar até aqui para ler minha próxima postagem. Nesse entretempo, seria legal se deixasse sua opinião – aliás, é justamente para isso que serve o campo “COMENTÁRIOS”.
Abraços a todos e até amanhã.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

21 de dezembro de 2012 – O Calendário Maia e o Fim dos Tempos


Hoje, último dia útil do primeiro semestre de 2012, me parece a data adequada para publicar esta postagem, que foge do nosso convencional, mas envolve um assunto palpitante - cometários serão bem vindos; afinal, como diz o Guilherme, isto não é um monólogo!

Desde que o mundo é mundo, os arautos da desgraça se valem de interpretações subjetivas de profecias e passagens bíblicas para preconizar o Apocalipse. A bola da vez é o Calendário Maia – criado por uma civilização extinta no século X da nossa era, que contava o tempo em ciclos de 5126 anos (contagem longa) e os dividia em 13 “baktuns” de 394 anos cada.

Observação: O termo APOCALIPSE tem como origem a palavra grega APOKALYPTEIN, que significa “REMOVER O VÉU” (no sentido de revelar). A rigor, ele é apenas o título de um dos livros da Bíblia (do grego TA BÍBLIA, que significa “OS LIVROS”), mas vem sendo amplamente utilizado como sinônimo de FIM DO MUNDO.

Ainda que o final do 13º “baktun” coincida com o dia 21 de dezembro deste ano, nada indica que essa data seja o marco inicial de uma sucessão de cataclismos que mudarão o curso da história da humanidade. Aliás, segundo o Instituto Nacional de História Antropológica do México, somente dois dos quinze mil textos glíficos encontrados nas ruínas maias fazem qualquer menção a 2012. Para muitos pesquisadores, essa falácia se deve em grande parte aos livros Erich von Däniken Carlos Castaneda e ao movimento Hippie dos anos 60 e 70, famoso por encorajar a ingestão de alucinógenos e outros que tais (para saber mais, clique aqui; para jogar um joguinho bem interessante, clique aqui).

Por padrão, o ser humano tem medo do desconhecido: se usassem calças, os homens das cavernas as borrariam sempre que ocorresse uma tempestade com raios e trovões; 500 anos atrás, os silvícolas tupiniquins tremiam nas bases ao ronco de Tupã ("deus" do trovão), e, mais recentemente, escravos trazidos da África por nossos “meigos” colonizadores popularizaram cultos onde Iansã é tida (até hoje) como rainha dos raios e das tempestades. Mesmo no alvorecer do século XX, a passagem do Cometa Halley propiciou incidentes que variaram de orgias místico-gastronômicas ao suicídio em massa, com direito a sacrifício de virgens e locupletação de espertalhões que vendiam máscaras contra os gases da cauda do cometa – se o mundo fosse mesmo acabar, de que lhes serviria o dinheiro?

É inegável que evoluímos mais nos últimos 100 anos do que nos quatro milênios anteriores, mas o progresso cobra seu preço e o “buraco” na camada de ozônio, a escassez de recursos naturais, por exemplo, são problemas reais que demandam soluções urgentes. No entanto, não devemos dar ouvidos à falácia de fanáticos religiosos, adivinhos tendenciosos, falsos profetas e sacripantas afins: segundo fontes da NASA, o “fatídico dia D” será mais uma sexta-feira, sem alinhamentos planetários nem colisão com asteroides.

Tempestades solares, quedas de meteoros e coisas afins são ameaças reais, mas vimos sobrevivendo a elas desde o início dos tempos; a inversão dos pólos magnéticos da Terra é um processo gradativo que só deve voltar a ocorrer daqui a 500.000 anos, e o término de um ciclo do Calendário Maia coincide com o início de outro, de modo que, se você estourar o limite do cartão de crédito, além do Natal e do Réveillon, terá um ano novo repleto de contas a pagar.

Abraços e até mais ler.