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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

VEÍCULOS FLEX: MELHOR USAR GASOLINA OU ÁLCOOL? (Parte 11)


TUDO DEVE SER FEITO O MAIS SIMPLES POSSÍVEL, MAS NÃO MAIS SIMPLES QUE ISSO.

Vimos que a potência do motor — medida em cavalos vapor (cv), cavalos de força (hp, do inglês horse-power) ou quilowatts (kW) — é responsável por fazer o veículo ganhar velocidade, enquanto o torque — expresso em quilogramas-força/metro (kgfm) ou em Newtons-metro (Nm) —, por entregar a força. Volto a frisar que isso é trocar em miúdos uma penca de conceitos um tanto complicados, mas está de bom tamanho para o fim que se destina, qual seja inteirar o leitor leigo no assunto de uma forma simples e de fácil compreensão.

Como também já vimos, o torque, multiplicado pelas rotações do motor (rpm), resulta na potência, ou seja, na quantidade de energia gerada num determinado espaço de tempo. No caso de veículos de passeio, o tamanho da  “cavalaria” é vista como referência primária de desempenho, mas, na prática, o que voga é a relação “peso-potência”.

Observação: Como os fabricantes não costumam incluir essa informação no manual do proprietário, você terá de dividir o peso do veículo em ordem de marcha pela potência máxima que seu motor desenvolve (e o mesmo vale para o torque). 

Tanto o torque quanto a potência crescem à medida que a rotação aumenta, atingem o ápice num determinado regime e declinam a partir daí. Mas suas “curvas” não só são diferentes entre si, mas também variam significativamente de um veículo para outro, de acordo com o projeto a partir do qual o motor foi desenvolvido. No Corolla 2.0 (usado como exemplo no post do último dia 12), a potência máxima (de 154 cv no álcool) é obtida a 5.800 rpm, e o torque máximo (cerca de 20 kgfm), a 4.800 rpm. Isso é suficiente para o porte desse modelo (que não tem pretensões esportivas), mas, acredite, é  mais divertido dirigir um VW Polo 1.0 TSI flex (turbo) de três cilindros, que pesa 30% menos, dispõe de generosos 128 cv a 5.500 rpm e conta com os mesmo 20 kgfm de torque, só que a partir das 2.000 rpm
No que concerne às unidades de medida da potência automotiva, “cv” remete a “cheval vapeur” (cavalo vapor em francês), e corresponde ao “ps” alemão (de pferdestärke). Ambos expressam a potência segundo a norma alemã DIN 70020. Já o hp” (de horse-power, ou cavalo de força em inglês)  unidade definida pelo escocês James Watt  expressa a potência necessária para erguer 75 kg (quilogramas) a 1 m (metro) de altura em 1 s (segundo).
Observação: Note que o hp é medido no eixo motor, com todos os acessórios necessários para ligá-lo e fazê-lo funcionar autonomamente. O bhp — de brake horse-power —, aferido segundo as (hoje obsoletas) normas americanas SAE J245 e J1995, permitia a retirada de filtro de ar, alternador, bomba de direção hidráulica e motor de partida, além de admitir o uso de coletores de escape dimensionados. Por dar uma ideia de maior potência, essa nomenclatura foi largamente utilizada pelas montadoras.
O W (ou kW) é a unidade padrão do sistema nacional de unidades (SI), definida pela Organização Internacional para Normatização (ISO) segundo as normas ISO 31 e ISO 1000. Nas fichas técnicas divulgadas pelas montadoras, o kW é usado pelas marcas de origem alemã, ao passo que fabricantes ingleses e americanos preferem o hp, e os italianos e franceses, o cv. No Brasil, a maioria das marcas (independentemente da origem) converte suas fichas técnicas para o cv, mas é bom ficar atento à equivalência real entre as medidas: 1 hp corresponde a 745,7 W ou 0,7457 kW, e 1 cv (ou 1 ps), a 0,7355 kW. A diferença é inexpressiva em motores de pouca potência (80 hp, por exemplo, correspondem a 81,109 cv), mas os 430 kW do motor V8 do Mercedes AMG Coupé equivalem a 577 hp ou 585 cv. Para evitar enganos, converta a potência em kW para hp ou cv com o auxílio de uma calculadora ou recorra a um conversor de potências online (como o do WebCalc).
Para aproveitar a força do motor numa arrancada, deve-se engrenar a primeira marcha, acelerar até que o ponteiro do contagiros indique 1.500 rpm acima do regime de torque máximo, e só então liberar o pedal da embreagem. Caso a ideia seja testar a capacidade de aceleração, continuando fundo e troque as marchas sempre no regime de potência máxima (mas tome cuidado com os radares). 
Note que isso se aplica a veículos com câmbio manual, pois nos automáticos sem launch control não há como elevar o giro do motor antes de liberar o pedal da embreagem (até porque esse pedal não existe). Modelos mais potentes e com torque abundante em baixas rotações chegam a “cantar pneu” quando acelerados a fundo na arrancada, mas os mais limitados, com torque disponível apenas em rotações elevadas, costumam ser “chochos”, sobretudo se a transmissão for do tipo CVT (Continuosly Variable Transmission), que varia as relações de marcha continuamente. 
Embora essa tecnologia seja referência em economia de combustível, não há nada melhor que o tradicional sistema de engrenagens para garantir arrancadas com prontidão. Mas isso deve mudar em breve, pois a Toyota criou um novo sistema que reúne o melhor dos dois conceitos: um CVT equipado com uma engrenagem acionada em velocidades baixas. 
Direct Shift-CVT funciona como os demais CVTs, variando continuamente as relações graças a duas polias interligadas por uma correia que mudam de diâmetro constantemente. A diferença, nesse caso, é que as polias só entram em ação depois que o carro embala. Isso significa que, com o auxílio da engrenagem, as arrancadas são bem mais ágeis do que nos automáticos e automatizados em geral. 
A empresa não informa de quanto seria o benefício dessa tecnologia, mas diz que vai utilizá-la nos próximos lançamentos da marca desenvolvidos sobre a plataforma TNGA, entre eles a futura geração do Corolla, que deve chegar ao mercado em 2020.
Amanhã a gente continua. 

quarta-feira, 23 de março de 2016

WINDOWS 10 ― CONEXÃO COM A INTERNET




CONFORME SE TOCA, ASSIM SE DANÇA.
 
Diferentemente do que ocorria lá pela virada do século (parece que faz tanto tempo, não é mesmo?, mas passaram-se apenas 15 anos), quando a lenta e onerosa conexão discada era a modalidade primária de acesso à Internet, usar um computador desconectado é como rebaixar o dispositivo a mero substituto da máquina de escrever. E como a banda larga vem se tornando mais acessível e, consequentemente, presente entre os usuários domésticos a cada dia que passa, a regra é estar online o tempo todo. Sem mencionar que basta dispor de um roteador estrategicamente posicionado para contar com sinal em todos os cômodos da casa e garantir navegação onipresente, bastando para tanto contar com um smartphone, tablet ou notebook capaz de acessar a rede Wi-Fi.

Felizmente, configurar o acesso no Windows 10 não exige conhecimentos de rede e seus intrincados protocolos. Basta clicar no ícone de Rede ― na extremidade direita da barra de tarefas, ao lado do relógio do sistema ―, selecionar a rede Wi-Fi desejada entre as opções disponíveis (é comum haver várias opções, já que o dispositivo capta o sinal das redes wireless mais próximas) e seguir as instruções do assistente.

Se você usa um desktop, all-in-one ou mesmo um notebook “fixo” em sua mesa de trabalho, prefira conectá-lo ao roteador (ou ao modem, conforme o caso) através de um cabo de rede, de modo a obter mais estabilidade e maior velocidade no acesso à Web. Note que alguns portáteis oferecem ainda a possibilidade de conexão via redes móveis (telefonia celular), através de um SIM Card, como num smartphone, mas convém usar esse recurso somente em trânsito ou quando não houver alternativa, já que as “franquias” se esgotam rapidamente, e as operadoras reduzem drasticamente a velocidade (ou suspendem o serviço, conforme o caso) a partir do momento em que o limite contratado para o mês é atingido pelo usuário. Coisa de “país de primeiro mundo”, naturalmente.

Para concluir, cumpre enfatizar que o próprio Windows se encarrega de diagnosticar problemas de conexão e sugerir as providências necessárias para sua solução. Caso você tenha dificuldade em se conectar, digite Solução de problemas de rede na caixa de pesquisas da barra de tarefas e selecione Identificar e reparar problemas de rede.

Se isso não funcionar e você estiver usando uma conexão cabeada, certifique-se de que as duas pontas do cabo Ethernet estejam conectadas firmemente às portinhas do computador e do roteador (ou do modem, se for o caso). Se você estiver tendo problemas de acesso via rede Wi-Fi, clique no botão Iniciar, selecione Configurações > Rede e Internet > Wi-Fi, selecione sua rede na lista que será exibida e clique em Conectar (no caso dos portáteis, assegure-se de que o Modo Avião esteja desativado). Se nada disso resolver, desligue o computador e o modem (e o roteador, caso exista), aguarde alguns minutos e ligue tudo novamente. Se ainda assim não funcionar, entre em contato com seu provedor de Internet. 

Por hoje é só, pessoal. Continuamos na próxima postagem. Abraços e até lá.