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quinta-feira, 21 de março de 2013

SSDs - Desfragmentação


Para encerrar esta sequência, cumpre dedicar algumas linhas aos Drives de Estado Sólido, que, como dito, não demoram a suceder os arcaicos discos magnéticos. Acompanhem:

Embora sejam dispositivos de memória secundária (persistente) e “enxergados” pelo sistema como drives comuns padrão SATA, os SSDs não têm partes móveis e suas operações de leitura e escrita são realizadas mediante acessos aleatórios, como na RAM, o que os torna extremamente velozes e bem menos sujeitos à fragmentação (embora ela ocorra, seu impacto no desempenho do computador é inexpressivo). Por outro lado, ainda que as células de memória flash que integram os SSDs suportem um número de leituras ilimitado, o mesmo não se dá em relação às operações de escrita, de modo que a conclusão é óbvia: além de não trazer benefícios sensíveis, a desfragmentação é contra-indiciada por reduzir a vida útil do dispositivo.

Observação: A redução no preço da memória flash vem propiciando o surgimento de células mais lentas, susceptíveis a falhas e capazes de suportar cada vez menos ciclos de escrita. Até recentemente, SSDs de baixo custo, compostos por células MLC, suportavam cerca de 10.000 regravações; hoje, já existem modelos que mal chegam a 1.000!

Se seu PC integra um SSD e você utiliza outra versão do Windows que não a Vista ou a Seven:
  • Clique em Iniciar e digite Serviços no campo Pesquisar.
  • Na tela que será aberta a seguir, localize e dê duplo clique sobre Desfragmentador e assegure-se de que o Tipo de inicialização esteja configurado como Desativado (caso negativo, faça o ajuste e clique em Aplicar e em OK).
  • Aproveite o embalo e desative também a indexação – como os SSDs são bem mais rápidos que os discos magnéticos, não há benefício algum em manter esse serviço habilitado, sem mencionar que ele consome preciosos ciclos de escrita.
  • Dê duplo clique sobre Windows Search e, em Tipo de inicialização, selecione Desativado e clique em Aplicar e em OK.
  • Clique em Computador, dê um clique direito sobre a unidade em questão, clique em Propriedades e, na telinha que lhe será exibida, desmarque a caixa de verificação ao lado de Permitir que os arquivos desta unidade tenham o conteúdo indexado junto com as propriedades de arquivo, clique em Aplicar e em OK.
Para concluir a conversa – ou monólogo, melhor dizendo, diante participação pífia dos leitores –, deixo no ar uma pergunta: 

Com relação a pendrives, cartões de memória e outros dispositivos baseados em memória flash, a desfragmentação é necessária?

Se ninguém se pronunciar , amanhã a gente responde.
Abraços e até lá.

quarta-feira, 20 de março de 2013

DESFRAGMENTAÇÃO DOS DADOS

Em linhas gerais, a desfragmentação consiste numa longa sequência de leituras e gravações destinadas a recompor e rearranjar os arquivos em clusters contíguos, tornando-os mais facilmente acessíveis para as cabeças eletromagnéticas do HD. A frequência com que esse processo deve ser realizado varia conforme o uso do computador e o sistema operacional e seu respectivo sistema de arquivos, e o tempo que ele leva para ser concluído depende da velocidade e capacidade do drive, do percentual de espaço ocupado e do índice de fragmentação dos arquivos, dentre outros aspectos.

Observação: Segundo a Microsoft, a desfragmentação é necessária quando o percentual de fragmentação atinge 10%, mas só será realizada integralmente caso haja pelo menos 15% de espaço livre no drive. Eu, particularmente, analiso meu HD a cada quinze dias e o desfragmento sempre que o índice ultrapassa os 3%.

O Windows ganhou seu desfragmentador nativo na versão 95, mas o programinha só proporcionava bons resultados se fosse executado no modo de segurança (o mesmo vale para as demais versões 9.x/ME). O XP trouxe a possibilidade de desfragmentar o HD e realizar outras tarefas concomitantemente, mas impacto do Defrag no desempenho do sistema recomendava (ou recomenda, para quem ainda utiliza o XP) encerrar todos os programas – inclusive o antivírus – e ir tirar um cochilo, lavar o carro, namorar ou cuidar de outros assuntos.

Observação: Há desfragmentadores de terceiros, tanto pagos quanto gratuitos, que realizam um trabalho mais elaborado do que o Defrag do Windows. Eu, particularmente, gosto muito do Puran Defrag e do Smart Defrag 2, embora haja dezenas de outras sugestões em nossas postagens (para conferir, digite “desfragmentador” ou “desfragmentação” no campo de buscas do Blog). Além da rapidez, o diferencial desses programinhas são os recursos adicionais, tais como a desfragmentação off-line (feita durante a inicialização, de maneira a atuar sobre arquivos que ficam inacessíveis depois que o Windows é carregado), a otimização (regravação dos arquivos do sistema no início do disco para acelerar o desempenho), a consolidação do espaço livre, e por aí vai.

Nas versões mais recentes do Windows a fragmentação é bem menos significativa – até porque o próprio sistema procura evitar que ela ocorra. Por conta disso, a Microsoft automatizou o Defrag e suprimiu o comando que permitia executá-lo no Vista, mas voltou atrás no Windows 7, como você pode conferir clicando em Iniciar/Todos os programas/Acessórios/Ferramentas do Sistema/Desfragmentador de disco.
Falando no Seven, muitos analistas asseguram que seu desfragmentador nativo foi aprimorado e ficou tão bom quanto (ou até melhor do que) os utilitários de terceiros. No entanto, como ele vem programado para rodar todas as quartas-feiras, à 1h da madrugada, clique no botão Configurar agendamento e ajuste esses parâmetros caso você não costume manter o computador ligado nesses dias e horário. Demais disso, também é possível executar o Defrag por demanda, bastando abrir o Windows Explorer, dar um clique direito sobre o ícone que representa a unidade desejada, selecionar Propriedades, clicar na aba Ferramentas, em Desfragmentar agora e em Analisar disco. Se o grau de fragmentação justificar, clique em Desfragmentar agora e aguarde a conclusão do processo.
Note que, diferentemente das versões anteriores, o Defrag do Seven não exibe barrinhas que mudam de lugar ou quadradinhos que trocam de cor, mas permite acompanhar o andamento do processo pela telinha que exibe os passos e os respectivos percentuais.

Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.

terça-feira, 19 de março de 2013

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS NO HD

Mesmo os discos magnéticos de última geração são, em média, 400.000 vezes mais lentos que a memória RAM. Se você quiser uma máquina ágil, procure abastecê-la com o máximo de memória que sua placa-mãe suportar (respeitados os limites impostos pelo seu Windows – que, como vimos, não vai além dos 3,5 GB nas versões de 32-bits). Assim, o acesso à memória virtual será reduzido e a consequente degradação do desempenho do computador, minimizada, notadamente se os dados no estiverem excessivamente fragmentados (para entender isso melhor, sugiro rever a sequência de postagens que eu publiquei em fevereiro de 2008, começando por esta aqui).

Observação: fragmentação dos dados se deve ao fato de o Windows e seu sistema de alocação de arquivos preencherem os clusters disponíveis em ordem crescente, começando pelo mais próximo do início do disco e seguindo pelos subsequentes, mesmo que eles não sejam contíguos, estejam no meio de uma extensa área ocupada e haja espaço sobrando logo adiante. O cluster é a menor "porção" de espaço no disco que o sistema é capaz de acessar, e seu tamanho (número de setores) pode variar de um, nos discos mais antigos, a 64, em certas versões de Windows. Um cluster pode até acomodar integralmente um arquivo bem pequeno, mas não uma imagem em alta resolução, por exemplo, cujos milhões de bytes serão divididos e espalhados por outros clusters disponíveis na sequência (um cluster não pode abrigar mais do que um arquivo, mas um arquivo pode ser distribuído por vários clusters).

Quanto mais fragmentados estiverem os arquivos, mais trabalhosa e demorada será sua “recomposição”, já que a controladora do HD terá de localizar os fragmentos respectivos, posicionar a cabeça de leitura na trilha onde se encontra o primeiro deles, esperar que o disco gire até a posição desejada, “ler” as informações, copiá-las na memória, repetir o processo com o cluster subsequente, e assim sucessivamente, até reconstituir totalmente o arquivo. Considerando que uma simples movimentação da cabeça magnética para ler o primeiro cluster demora, em média, 500 vezes mais do que um acesso à memória RAM, fica fácil entender por que o uso do "swap file" degrada significativamente o desempenho do computador.

Amanha a gente continua; abraços e até lá.

segunda-feira, 18 de março de 2013

HDs, SSDs, DRIVES HÍBRIDOS, MEMÓRIAS e afins

Pelo visto, meus poucos comentaristas resolveram entrar em greve - a última semana, especialmente, foi cruel.
Falando sério, pessoal, acho inacreditável que postagens como a que eu publiquei no ano passado sob o título ILUSÕES DE ÓPTICA tenham sido acessadas quase 2.000 vezes e recebido apenas 4 comentários (na verdade 2, porque os outros 2 são minhas respostas). 
Será que ninguém tem dúvidas, sugestões, críticas ou seja lá o que for que justifique deixar um recadinho? 
Vamos participar, minha gente!

É comum vermos os HDs como simples repositórios de dados, conquanto suas características técnicas influenciem significativamente o desempenho do computador. É certo que muita água rolou por baixo da ponte desde 1956, quando a IBM lançou o primeiro disco rígido – composto por 50 pratos de 24 polegadas que, no total, disponibilizavam menos de 5 MB de espaço –, mas é igualmente certo que os discos atuais ainda são frágeis dispositivos eletromecânicos centenas de milhares de vezes mais lentos do que a memória RAM. A rigor, eles ainda não foram aposentados devido ao preço elevado dos SSDs (tudo indica que isso deva mudar em breve, pois os drives híbridos – que combinam a performance da memória flash com a fartura de espaço dos discos convencionais – já podem ser encontrados por preços palatáveis).

Observação: É curioso ver como a evolução tecnológica privilegiou certos setores em detrimento de outros: os microprocessadores, por exemplo, tornaram-se quase três milhões de vezes mais rápidos nos últimos 20 anos, enquanto a rotação dos HDs aumentou ridículas quatro vezes – e como a capacidade de armazenamento dos drives cresceu cerca de mil vezes, a demora na leitura e gravação de dados cresceu (proporcionalmente), razão pela qual os HDs são responsáveis pelo maior gargalo de dados dos PCs atuais.

O computador utiliza diversos tipos de memória, mas é na RAM que o Windows e os aplicativos são carregados e as informações, processadas. No alvorecer da Era PC, um mísero megabyte de RAM custava “os olhos da cara” e, devido às configurações espartanas de então, não raro era preciso encerrar um programa para conseguir abrir outro. Mais adiante, a Intel criou a memória virtual e, posteriormente, com a adoção do arquivo de troca dinâmico, os dados acessados mais frequentemente passaram a ser mantidos na RAM – ou na memória cache, conforme o caso – e os menos utilizados, despachados para o arquivo de paginação, no HD. Hoje em dia, mesmo que qualquer PC de entrada de linha integre 2 GB (ou mais) de memória, esse recurso continua sendo utilizado, pois os aplicativos estão cada vez mais vorazes e as edições x86 (32-bits) do Windows são capazes de endereçar apenas algo entre  2,8 e 3,5 gigabytes de RAM.

Observação: Por padrão, sempre que desligamos o PC, o arquivo de paginação é preservado, o que, com o passar do tempo, pode comprometer o desempenho do sistema. Para modificar essa configuração, crie um ponto de restauração do sistema, abra o Editor do Registro (regedit.exe), faça um backup da chave HKEY_LOCAL_MACHINE, navegue até SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\Memory Managment, mude o valor DWORD de ClearPageFileAtShutdown – que determina se a memória é apagada ou não – de zero para 1, encerre o Editor e reinicie o computador.

Abraços a todos e até amanhã, quando veremos, ainda que em rápidas pinceladas, o que é o que acarreta a fragmentação dos arquivos. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

RAM DISK (final)


Mesmo que você tenha seguindo atentamente os passos sugeridos no post anterior, é possível que seu RAM DISK não apareça automaticamente no Windows Explorer. Em sendo esse o caso, será preciso alocar o espaço e dar início à formatação manualmente. Veja como:

1.   Abra o menu Iniciar, dê um clique direito em Computador e escolha a opção Gerenciar.

2.   No painel esquerdo da janela Gerenciamento do computador, clique em Gerenciamento de Disco e localize o drive rebelde na porção central da janela (ele deve estar marcado como Desconhecido (Unknown) e/ou exibirá uma barra preta com seu espaço seguido de Não alocado.

3.   Dê um clique direito sobre o disco e inicialize-o, deixando a opção MBR marcada (a designação deve passar de Desconhecido para Básico); dê outro clique direito sobre a barra preta, escolha a opção Novo Volume Simples, siga as instruções do assistente e, quando chegar às opções de formatação, faça como explicado na postagem anterior.

4.   Atribua uma letra ao novo disco, e pronto: agora ele já deve ser exibido no Explorer.

Para concluir, vale relembrar que as altas taxas de leitura e gravação do RAM Disk agilizam sobremaneira a edição de vídeos e outras tarefas que envolvem grandes volumes de dados, e que os ganhos serão potencializados se você instalar no drive virtual o próprio aplicativo. Vale também mover para lá o cache do navegador – nesse caso, é recomendável manter desmarcadas as opções Load and Safe (reveja o que foi dito a propósito no post anterior), não só para agilizar a navegação – já o browser perderá menos tempo para carregar os elementos que acessa com maior frequência – como também para resguardar sua considerando – pois o histórico e os arquivos temporários de Internet serão apagados automaticamente quando o PC for desligado. No IE, clique Ferramentas > Opções da Internet > Geral e, em Histórico de Navegação, clique no botão Configurações, em Mover Pasta e, em Arquivos de Internet Temporários, faça os ajustes necessários.
O Chrome não permite alterar o local onde os arquivos temporários de internet são armazenados, de modo que você terá de modificar a forma como o Windows lida com o programa. Dê um clique sobre o ícone do Chrome no menu Iniciar, selecione Propriedades e, no campo Destino, logo depois de chrome.exe, dê um espaço, adicione o comando --user-data-dir= e adicione, entre aspas, o caminho para o RAM Disk em seu computador (o resultado será algo como
C:\Users\seu nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe --user-data-dir="X:\" (onde X corresponde à letra que você atribuiu ao seu drive virtual).
No Firefox, digite about:config na barra de endereços, tecle Enter, clique em Serei cuidadoso, prometo!, dê um clique direito em qualquer lugar da lista de preferências e selecione o item Nova preferência > String no menu. Digite browser.cache.disk.parent_directory (note o _ entre as palavras parent e directory) como nome da preferência e indique o caminho até o RAM Disk (digite X:\ como valor, onde X corresponde à letra que você lhe atribuiu) e uma pasta denominada Cache contendo os arquivos temporários do browser deverá aparecer no drive.
Era isso pessoal. Abraços e até a próxima.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

RAM DISK (continuação)

Vimos que um RAM Disk permite acelerar o PC na execução de tarefas que demandam muita memória e agilidade na transferência de dados, e que sua criação requer fartura de RAM – se você dispuser de menos de 6GB, esqueça. Do contrário, acompanhe o tutorial a seguir (baseado num artigo publicado por Brad Chacos na PC World americana), onde o programinha sugerido, que é gratuito para uso pessoal, permite criar drives de até 4 GB:

1.   Baixe e instale o DATARAM RAMDisk, rode o utilitário de configuração, marque a opção Unformatted e digite a quantidade de memória (em megabytes) que você deseja alocar. Tenha em mente que 1GB corresponde a 1024MB, e que o limite permitido pela versão gratuita da ferramenta é de 4096MB – ou 4GB.

2.   Caso deseje salvar os dados quando desligar o PC, clique na aba Load and Safe, marque a opção Save Disk Image on Shutdown e defina o local onde a imagem deverá ser armazenada (para que seja carregada novamente durante a inicialização do sistema). Já se a ideia for armazenar somente arquivos, deixe essas opções desmarcadas, pois elas retardam drasticamente o encerramento e a inicialização do Windows.

3.   Clique em Start RAMDisk, instale os drivers da Dataram e formate o novo disco (no Windows Explorer, dê um clique direito sobre o ícone que representa o RAM Disk, escolha a opção Formatar, deixe a opção Tamanho da unidade de alocação como está, mude o Sistema de arquivos para NTFS, marque a opção Formatação Rápida, atribua um nome ao disco e clique em Iniciar).

Observação: Tenha em mente que o RAM Disk é exibido como um drive convencional, mas a memória alocada para sua criação não estará disponível para outras tarefas. Então, se seu sistema tiver 8GB de memória e você reservar metade para o drive virtual, restarão “apenas” 4GB para o sistema operacional e demais aplicativos.

Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

HD ELETROMECÂNICO / SSD / READYBOOST / RAM DISK

Todo usuário sonha com um PC capaz de “responder” ao botão de Power tão rapidamente quanto uma lâmpada a um toque no interruptor, mas o progressivo agigantamento dos sistemas e aplicativos demanda cada vez mais recursos (processamento, capacidade das memórias, agilidade na transferência de dados e outros que tais), o que nos leva a imaginar se realmente chegaremos a ver esse prodígio acontecer.
Para piorar, a despeito da evolução ocorrida nas últimas décadas, os Discos Rígidos continuam muito mais lentos do que a RAM – o que faz deles o principal gargalo de dados nos sistemas computacionais –, e a despeito de os desenvolvedores virem buscando um substituto versátil e economicamente viável para o BIOS, nada indica que algo nesse sentido ocorra no curto prazo.
É certo que os drives de estado sólido proporcionam resultados bem superiores aos dos HDs convencionais, mas o alto custa dessa tecnologia vem levando os fabricantes a optar por sistemas híbridos, que combinam SSDs de 32 ou 64 GB com HDs de grandes capacidades, de modo a agilizar a execução do SO e aplicativos e oferecer fartura de espaço para os demais arquivos por um preço que não assuste (muito) o consumidor final.
Outra gambiarra interessante é o ReadyBoost, conquanto você possa obter resultados bem mais expressivos com um RAM Disk – drive virtual criado a partir da alocação de parte da memória física do sistema –, cujas velocidades de leitura e gravação deixam no chinelo não só os HDs mais velozes (veja o comparativo na ilustração à direita) como também os mais sofisticados drives SSD.
Claro que esse artifício só vale para máquinas com muita memória – como a porção alocada pelo disco virtual fica indisponível para o sistema e aplicativos, é preciso dispor de 8 GB de RAM para criar um drive de 4 GB. Além disso, como esse tipo de memória é volátil – ou seja, seu conteúdo “evapora” quando o computador é desligado –, talvez seja preciso configurar o RAM Disk (dependendo do uso que você for fazer dele, como veremos oportunamente) para copiar no HD uma “imagem” dos dados e recarregá-la no próximo Boot – procedimento que retarda sensivelmente o encerramento e a inicialização do sistema –, bem como providenciar um no-break, de modo a prevenir a perda acidental das informações no caso de um apagão inesperado.
Se a ideia ainda lhe atrair depois de sopesados os prós e os contras, não deixe de ler a próxima postagem, na qual veremos como criar esse drive virtual. Abraços e até lá.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nuvem de bolso

Sistemas operacionais, aplicativos e arquivos digitais vêm crescendo exponencialmente, exigindo cada vez mais recursos dos computadores (notadamente espaço para armazenamento). Aliás, numa matéria publicada há pouco mais de um mês, eu relembrava que os primeiros discos rígidos para PCs – que ofereciam miseráveis 10 MB de espaço – custavam astronômicos US$ 2.000, ao passo que, hoje em dia, podemos comprar pendrives de alta capacidade e HDs internos e externos com espaço na casa do Terabyte por algumas centenas de reais.
Nada indica que a exigência por espaço deva estacionar ou regredir, antes pelo contrário, mas a popularização da computação na nuvem certamente promoverá sensíveis modificações nesse contexto, pois o armazenamento de arquivos, hoje feito localmente, passará a ser responsabilidade de webservers remotos (como já acontece com nossas mensagens de webmail, se me permitem uma comparação grotesca).
Paralelamente, vemos a evolução dos SSDs (Solid State Disks), que prometem substituir com vantagens os HDs eletromecânicos, especialmente no que diz respeito ao tempo de inicialização do sistema. Por enquanto, o grande problema dos fabricantes consiste em produzir drives de grandes capacidades a preços comercialmente palatáveis, mas isso é apenas uma questão de tempo.
Outro cenário que se vislumbra é a gradual substituição dos PCs convencionais pelos cada vez mais populares tablets e smartphones, que “dão um banho” em termos de mobilidade, portabilidade e facilidade de acesso e gerenciamento de arquivos. Todavia, tanto o Apple iPad quanto os tablets lançados por outros fabricantes têm como inconveniência a quantidade de memória (limitada, atualmente, a 64 GB). Ou tinham, se considerarmos as novidades que estão sendo desenvolvidas para contornar esse empecilho.
Batizados de Mobile Wireless Storage (algo como “armazenagem móvel sem fio”), esses novos dispositivos funcionam de forma similar à dos HDs externos, mas são menores, mais leves, e transmitem dados por Wi-Fi para smartphones, tablets e computadores (dispensando, conseqüentemente, conexão com a Internet). O Satellite, da Seagate, custa US$ 200, oferece 500 GB de espaço e integra bateria com cinco horas de autonomia. O G-Connect, da Hitachi, com preço e capacidade semelhantes, perde pontos por não incluir bateria interna, ao passo que o Wi-Drive, da Kingston (disponível em versões de 16 e 32 GB por 130 e 175 dólares, respectivamente) utiliza chips de memória para o armazenamento dos dados (como os drives SSD).
Os três dispositivos foram projetados tendo como foco principal os produtos da Apple, mas só o modelo da Kingston permite ler arquivos de qualquer procedência em qualquer aparelho; nos demais, o arquivo de um tablet pode não ser lido em outro de marca diferente.
Bom dia a todos e até mais ler.       

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vapt-Vupt.

Bom seria se o PC respondesse ao botão “POWER” tão prontamente quanto uma lâmpada responde ao interruptor, não é mesmo? Assim não precisaríamos esquadrinhar configurações avançadas e/ou recorrer a programinhas de terceiros para reduzir em alguns segundos o tempo de inicialização do sistema.
A boa notícia é que já existem luzes no fim do túnel, representadas notadamente pela substituição dos HDs tradicionais por drives SSD e pela aposentadoria compulsória do BIOS.
Os Solid State Drives, baseados em memória flash, são bem mais velozes e seguros do que os jurássicos drives eletromecânicos, embora sua popularização ainda esbarre no alto custo de produção.
Já o  BIOSfirmware responsável pelo boot e pelo provimento de informações essenciais ao funcionamento do computador – chegou ao fim da linha após 25 anos de bons serviços prestados, e a despeito de constantes atualizações e lançamento de novas versões para correção de problemas e ampliação de compatibilidade (mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html), tornou-se imperativo encontrar um substituto capaz de superar suas notórias limitações.
A Unified Extensible Firmware Interface – desenvolvida no início dos anos 90 pela Intel (com apoio da Microsoft) e aceita por empresas como a AMD, APPLE, DELL, HP e IBM – parece ter tudo para ser a bola da vez. Dentre outras vantagens, ela oferece suporte tanto a sistemas de 32 quanto de 64 bits, facilidade de atualização e correção de erros e interface gráfica com uso do mouse para configurações de hardware do sistema. Em 2009, a Phoenix Tecnologies apresentou um note Lenovo T400s com drive SSD que, equipado com UEFI, capaz de realizar o boot em pouco mais de 10 segundos.
É esperar para ver.
Abraços e até mais ler.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

De olho na configuração

Ao checar a configuração de um PC, muita gente ainda confunde o espaço disponibilizado pelo disco rígido (HD) com a quantidade memória RAM, já que ambos são expressos em Gigabytes. Todavia, a semelhança termina aí, pois esses componentes têm funções diferentes e são fabricados a partir de tecnologias distintas. O drive de HD é a “memória de massa” do computador. Ele é constituído basicamente por um ou mais discos que giram em altíssimas rotações e armazenam de forma “persistente” as intermináveis seqüências de bits 0 e 1 que compõem os arquivos (tanto de sistema e de programas quanto os que são criados/modificados pelo usuário). Os dados são gravados por cabeças eletromagnéticas comandadas por um atuador, mediante a inversão da polaridade das moléculas de óxido de ferro da camada que reveste as superfícies dos discos.
Já a RAM é a “memória física” na qual o sistema operacional, aplicativos, pastas, arquivos e todas as demais informações que manipulamos quando utilizamos o computador são carregadas e executadas. Por ser totalmente eletrônica, ela permite acesso aleatório aos dados e chega a ser centenas de milhares de vezes mais rápida que o HD, conquanto seja incapaz de reter os dados quando o fornecimento de energia é interrompido, de modo que o boot precisa ser refeito sempre que ligamos a máquina.
Embora tenham evoluído sobremaneira, os HDs continuam sendo dispositivos eletromecânicos e, portanto, representam um dos principais “gargalos” do sistema computacional. E como já quase não existe margem de manobra para torná-los mais velozes, a tendência é de que eles venham a ser substituídos por drives  SSD, conquanto essa tecnologia ainda esbarre no custo elevado e na baixa capacidade de armazenamento.
Ao escolher um computador (seja de mesa ou portátil), privilegie uma configuração equilibrada: mesmo um processador de primeira linha só é capaz de mostrar todo o seu “poder de fogo” quando assessorado por uma placa-mãe de boa estirpe, um subsistema de memórias compatível e um HD responsável.
No que diz respeito à RAM, o padrão atual é o DDR3, que proporciona taxas de transferência entre 800 e 2400 MHz – ainda que os módulos tenham o mesmo formato, tamanho e número de pinos que os DDR2, as duas tecnologias são incompatíveis entre si. Note também que, a despeito de a fartura de memória proporcionar melhor performance ao sistema como um todo, de nada adianta investir em 4 ou mais GB de RAM e instalar uma versão 32-Bit do Windows, que reconhece entre 2.75 e 3.5 GB (uma parte substancial da memória física é reservada para o mapeamento do BIOS e outros que tais).

Observação: Para conferir a quantidade de RAM reconhecida pelo XP, basta dar um clique direito em Meu Computador, clicar em Propriedades > Geral e verificar as informações apresentadas no campo “Computador”. Note que, se sua placa gráfica for onboard, uma parte da RAM será alocada para o processamento de vídeo, e o valor declarado será proporcionalmente inferior à quantidade total de memória física instalada. No entanto se você fizer a verificação pelo BIOS, deverá ver discriminados tanto o total de memória quanto a reserva para o subsistema de vídeo, o que significa que o reconhecimento é integral.

No que concerne ao HD, prefira o padrão  SATA (no qual um pequeno conector substitui a ligação de 40 pinos IDE/ATA usada nos drives mais antigos), cuja versão 3 permite transferência de dados na casa dos 6 Gb/s. É importante também atentar para a rotação (que vai de 5.400 a 10.000 RPM, conforme o modelo), o buffer de memória e a taxa de transferência externa (vazão de dados suportada pelo barramento), balizando-se pela regra do “quanto maior, melhor”. Já com o tempo de acesso dá-se o contrário: quanto menor ele for, melhor será o desempenho do drive.
Uma boa semana a todos e até mais ler.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Memória flash

Não faz muito tempo, um PC com boa capacidade de espaço integrava um disco rígido de algumas centenas de megabytes, e os disquetes de 1.44MB eram o principal recurso de que os usuários domésticos dispunham para armazenamento externo e transporte de arquivos.
Hoje em dia, qualquer computador de entrada de linha oferece centenas de gigabytes de espaço em disco, e os dispositivos externos baseados em memória flash (pendrives) permitem levar no bolso uma quantidade absurda de arquivos – toda a nossa coleção de músicas ou mesmo alguns filmes em alta definição, já que os modelos mais recentes comportam até 64 GB de dados.
A memória flash foi desenvolvida pela Toshiba na década de 80, e seus bits trabalham de forma semelhante à dos transistores dentro dos microprocessadores (uma tensão aplicada à base atua sobre os elétrons e produz as funções “ligar” ou “desligar”, correspondente aos binários 1 e 0). Diferentemente da RAM, esse tipo de memória não é volátil (ou seja, os dados são gravados de forma persistente), mas suas características a tornam mais lenta do que os HDs e limitam sua capacidade de regravação a algo entre 10.000 e 100.000 vezes. Para piorar, sua densidade de armazenamento (um bit de informação requer 40 nanômetros em dispositivos comerciais) dificulta a miniaturização, de modo que, para armazenar terabytes de dados num único chip, os fabricantes vêm pesquisando outras soluções, mas isso já é outra história e fica para uma próxima postagem.
Bom dia a todos e até amanhã.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SSD e humor de sexta-feira

Já dissemos que os drives SSD (Solid State Drives) tendem a substituir, no médio prazo, os HDs eletromecânicos convencionais – aliás, eles já vêm sendo utilizados há algum tempo por diversos fabricantes de notebooks.
A quem interessar possa, existe um vídeo muito interessante no YouTube, publicado pela Intel, que exibe as principais vantagens dessa tecnologia.
Para acessá-lo, clique em http://www.youtube.com/watch?v=oZ_IsCe0Bhg.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Um índio vai ao bordel e diz:
- Índio qué mulhé. Índio tem dinheiro!
A dona do bordel pergunta:
- Índio tem experiência? Já fez sexo antes?
O índio responde:
- Primeira vez.
A dona do bordel pondera:
- Então, índio vai no mato, procura um buraco numa árvore, aprende como se faz e depois volta aqui.
Uma semana depois, o índio volta ao bordel:
- Índio qué mulhé. Índio tem dinheiro. Índio já aprendeu.
A dona do bordel manda o índio subir para um quarto, onde uma moça já está esperando. O índio manda-a tirar a roupa e ficar de quatro, pega um pedaço de pau e começa a espancar as nádegas dela.
- Índio tá maluco? O que você está fazendo?
Ele responde:
- Índio tá vendo primeiro se tem formiga no buraco!

Bom final de semana a todos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Desfragmentar é preciso... e fácil!

Dias atrás, recebi um e-mail com uma dica sobre como adicionar o comando “Desfragmentar” no menu de contexto que aparece quando a gente clica com o botão direito do mouse sobre uma unidade de disco.
Para tanto, primeiro é preciso abrir o Bloco de Notas e copiar os comandos abaixo:

[version]
signature=“$CHICAGO$”
[DefaultInstall]
AddReg=AddMe
[AddMe]
HKCR,“Drive\Shell\Desfragmentar\command”,,,“DEFRAG.EXE %1”

Feito isso, salve o arquivo com o nome “desfragmentar.inf”, clique nele com o botão direito e escolha a opção "Instalar". Terminada a instalação, abra a pasta "Meu Computador", dê um clique direito sobre a unidade de disco desejada e clique na opção "Desfragmentar" (que agora deverá constar do menu) para que seja executada a versão não gráfica do Defrag. Quando a desfragmentação terminar, a janela será fechada automaticamente.

Bom dia a todos e até mais ler.