domingo, 17 de junho de 2018

JORNAL DENUNCIA MORO POR EXCESSO DE EFICIÊNCIA



Pouquíssimos magistrados no mundo exibem a eficiência de Sergio Moro. O juiz da Lava-Jato trabalha em fins de semana, feriados e dias santos para manter um nível de produtividade que desmoraliza instâncias superiores, luta incansavelmente para neutralizar manobras protelatórias de advogados espertalhões, examina e julga processos com exemplar agilidade.

Pois um dos grandes jornais resolveu denunciar Sergio Moro por ausentar-se do local do emprego dois dias úteis por mês. Noticiada na primeira página, a descoberta acabou enriquecendo o currículo do juiz federal. As viagens não o impedem de acumular números que escancaram a lentidão exasperante do Supremo Tribunal Federal.

A imprensa deveria investir em investigações menos inúteis o tempo que desperdiça com a caça a irregularidades inexistentes envolvendo defensores da lei. Que tal, por exemplo, descobrir quantos dias Lula ficou longe do Planalto nos oito anos em que foi presidente? Também seria interessante contar aos leitores o que faz Dilma para ganhar a vida ─ além de sair por aí não dizendo coisa com coisa em distintos idiomas. Assunto não falta. Faltam critério, juízo e competência.

Publicado originalmente no blog de AUGUSTO NUNES

Enquanto isso, deu n’ O ANTAGONISTA:

Itamar de Oliveira, ex-integrante da equipe de segurança de Lula, disse que ia de três a quatro vezes por semana ao sítio de Atibaia, entre 2010 e 2011, para cumprir ordens de Marisa Letícia. Ele ia ao sítio juntamente com Rogério Aurélio Pimentel, assessor de Lula. Marisa se inteirava, através de Rogério, das obras então em curso na propriedade — obras sob o comando da ex-primeira-dama. E depois a petralhada diz que o sítio de Lula não era de Lula.

E no ESTADÃO:

Tucanos vão procurar FHC para convencê-lo a apoiar publicamente o nome de Nelson Jobim, do MDB, para a presidência da República. E que, “se FHC topar, quem está agindo nos bastidores promete sair da sombra e defender publicamente a substituição de Geraldo Alckmin por Jobim”.

Apresentar Jobim como “um nome de centro” não passa de um golpe para tentar livrar a cara de todos os políticos enrolados na Lava-Jato. Do PT ao PSDB, passando por PP e, claro, pelo MDB. Jobim não é nome de centro coisíssima nenhuma. É o nome do acordão entre Judiciário, Legislativo e Executivo, para “pôr em seu devido lugar” os juízes e procuradores que já levaram ou estão para levar corruptos para a cadeia. Ele já trabalha ativamente em Brasília e alhures. E FHC não precisa ser “procurado”. Ele participa ativamente da jogada do “polo democrático e reformista”.

Mudando de pato pra ganso, o ministro Edson Fachin decidiu submeter à 2ª Turma do STF o novo pedido da defesa do criminoso de Garanhuns para que ele deixe a prisão até que os recursos contra sua condenação na Lava-Jato sejam julgados. Espera-se que o julgamento ocorra no próximo dia 26, a critério do presidente da Turma (Lewandowski), “diante dos afazeres daquele colegiado” — que já havia negado por unanimidade, no mês passado, outro pedido de Lula para deixar a prisão. 

Um pedido semelhante, feito pelos advogados do petralha ao STJ, foi negado na última terça-feira pelo ministro Felix Fisher, relator da Lava-Jato naquele Tribunal. Vale lembrar que a defesa do molusco ingressou com recurso especial no STJ e extraordinário no STF, mas a presidência do TRF-4 ainda não julgou a admissibilidade dos apelos. Haja coração!

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sábado, 16 de junho de 2018

POR 6 VOTOS A 5, STF PROÍBE A CONDUÇÃO COERCITIVA


Por 6 votos a 5 (como já virou praxe), o STF vetou a condução coercitiva de investigados para interrogatórios. Foi decana Celso de Mello o voto que formou maioria e acolheu os pedidos do PT de do Conselho Federal da OAB. Na prática, porém, pouca coisa muda, pois a condução coercitiva de investigados para interrogatórios está vetada desde o final de 2017, quando o ministro Gilmar Mendes — sempre ele! — a proibiu através de uma decisão liminar.

Segundo os investigadores da Lava-Jato, a condução coercitiva era utilizada justamente em substituição às prisões temporárias — um bom exemplo é o caso de José Yunes, João Batista Lima Filho e Wagner Rossi — e, por isso, o uso do instrumento deve aumentar a partir de agora. Ressalte-se que, conforme revelou O Estadão em maio deste ano, as cumpridas pela PF cresceram 31,75% nos primeiros quatro meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado.

Nas palavras de um integrante da Lava-Jato, a decisão do STF representa um “revés”. Mas, ao mesmo tempo, não se lhe deve dar uma importância exagerada, pois haverá um instrumento mais forte para ser utilizado em caso de necessidade. “Se o objetivo de alguns era afetar a Lava-Jato, isso não ocorrerá, de fato. Mas, certamente, gera um clima negativo”, ressaltou. Outro integrante da Lava-Jato reforça o mesmo raciocínio, argumentando que a condução coercitiva evita que o acusado seja preso temporariamente.

Enfim, assim quis a maioria capitaneada pelo laxante togado. Mas o que é dele está guardado, e ri melhor quem ri por último (voltaremos a esse assunto oportunamente).

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

MAIS CRISE NO PAÍS DA CRISE



Os combustíveis retornaram às bombas e os hortifrutigranjeiros, às feiras livres e supermercados. Tudo voltou ao normal, ainda que os preços estejam bem mais altos que antes da paralisação dos caminhoneiros. Mas o Brasil é um país em crise permanente, com períodos de aparente normalidade, e neste momento, a quatro meses das eleições, é “normal” estarmos vivendo o mais absoluto caos.

ObservaçãoDois novos encontros com caminhoneiros e uma possível votação na Câmara dos deputados acrescentam mais um capítulo na novela da crise viária e política do país. Além da tabela de fretes rodoviários, será discutida a Medida Provisória dos Fretes e o aumento na pontuação de suspensão da carteira de motorista.

As greves dos caminhoneiros e dos petroleiros — esta última ficou mais na ameaça, mas enfim... — jogaram o Brasil de volta no atoleiro do populismo e causaram enormes danos à economia e à rotina da população. E num país onde nem o passado é previsível, como prever o que acontecerá em outubro, quando milhões de desinformados e outros tantos analfabetos de quatro costados escolherão presidente, governadores, senadores e deputados estaduais e federais a partir de um portfólio de opções onde, salvo raríssimas exceções, não há nada que valha míseros dois réis de mel coado?

A greve dos caminhoneiros deve continuar impactando a economia, a política, o orçamento e até o judiciário brasileiro ao longo de 2018, até porque baixar e controlar preços por decreto não funciona — que o diga o ex-presidente Sarney. Resta saber se os postos realmente baixarão o preço do diesel em 46 centavos, como o Planalto prometeu, ainda que, por lei, não possa tabelar o preço nas bombas. Marun disse que não se trata de tabelamento, mas se o governo anunciou multas de até 9,4 milhões de reais para postos que desrespeitarem a medida, o que seria, então?

Observação: Analistas estimam que os prejuízos decorrentes ultrapassam R$ 60 bilhões e seus efeitos para o PIB de 2018 ainda são imensuráveis. O mais provável é que a economia cresça menos de 2%, o que fulmine as candidaturas governistas e abre espaço para discursos mais extremados no processo eleitoral. A greve terminou, mas, pelo visto, os problemas políticos e econômicos continuam a pleno vapor.

Seria ingenuidade esperar algo diferente de um governo falido, de um presidente impopular, desacreditado e cercado de assessores igualmente suspeitos, investigados ou denunciados. Ou uma reação diferente dos investidores, a 4 meses de uma eleição na qual os candidatos mais cotados são um presidiário e um militar truculento, arrogante e de absoluta inexpressividade legislativa — com míseros 2 projetos aprovados em 26 anos como congressista.

Assim como ocorreu nas eleições de 2014, quando Dilma e Aécio dividiam a preferência do eleitorado, as pesquisas de intenção de voto serão acompanhadas de perto pelo mercado financeiro, e o fato de o que elas revelam não entusiasmar — com o demiurgo de Garanhuns fora do páreo, a disputa fica polarizada entre Jair Bolsonaro e Ciro Gomes —, devemos ter novas oscilações pela frente.

Como nenhum dos primeiros colocados é bem visto pelo mercado financeiro, a publicação dos resultados das pesquisas provocou quedas na Bolsa e altas no preço do dólar (na última quinta-feira, o IBOVESPA fechou em baixa de 2,98%, aos 73.851 pontos, e a moeda norte-americana subiu 2,28%, cotada a R$ 3,926). O fato de a sonhática Marina Silva aparecer ora em terceiro, ora em segundo lugar também não ajuda em nada, e nem Henrique Meirelles nem Geraldo Alckmin — que, se estivessem melhor colocados, acalmariam o mercado — parecem ter chances reais de chegar ao segundo turno.

Seja como for, a menos que se dê uma inconcebível — mas não impossível, que isto aqui é Brasil — reviravolta no cenário político-jurídico, Lula é carta fora do baralho, digam o que disserem os petralhas e sua militância atávica. O petralha, que também não é bem visto pelo mercado financeiro, está cumprindo pena e é réu em mais 6 ações criminais — duas das quais tramitam na 13ª Vara Federal, em Curitiba, e se não fossem os recorrentes pedidos de perícias, diligências e outras chicanas,  já teria sido sentenciado no processo que trata da cobertura em São Bernardo do Campo e do terreno comprado pela Odebrecht para sediar o folclórico Instituto Lula. Isso sem mencionar o sítio de Atibaia, cuja ação também está sob a pena do juiz Moro (os demais tramitam na Justiça Federal do DF, onde, a exemplo do que ocorre no STF, avançam a passo de tartaruga).   

Por essas e outras, para o dólar romper a barreira psicológica dos R$ 4 é o BACEN voltar a subir a taxa básica de juros é mera questão de tempo. Espera-se que, já na próxima reunião, o COPOM eleve a Selic em meio ponto percentual. Todavia, o uso da política monetária para conter o avanço do câmbio em vez de para controlar a inflação (que está baixa devido à recessão), o mercado pode interpretar a alta dos juros como um sinal de que o Banco Central está receoso em relação ao câmbio, e isso é tudo de que o governo não precisa neste momento.

Some-se a isso o fato de o Congresso estar parado, de reformas importantes — como a fiscal e a da Previdência — não avançarem, junte a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras e veja como o molho desanda facilmente.

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AINDA SOBRE A UNIDADE DE RECUPERAÇÃO NO WINDOWS 10


A EXPERIÊNCIA É UMA LANTERNA DEPENDURADA NAS COSTAS QUE APENAS ILUMINA O CAMINHO JÁ PERCORRIDO.

Há muito que os PCs deixaram de trazer os arquivos de instalação do Windows em mídia removível (disquetes até o Win 95, CD a partir do 95SE e DVD do XP em diante). Em vez disso, para economizar alguns dólares em cada máquina, os fabricantes passaram a criar uma partição oculta no HD para armazenar os arquivos de restauro.

Observação: Reverter o aparelho às configurações originais a partir desses arquivos é relativamente simples, mas o caminho pode variar ligeiramente conforme a marca e o modelo do PC. Para não errar, consulte sempre a documentação que acompanha seu aparelho ou obtenha informações junto ao suporte do fabricante.

Todavia, há situações em que uma falha grave pode impedir o computador de reiniciar (ou seja, o Windows não chega a carregar), e nesses casos uma unidade de recuperação pode salvar a pátria. É possível criar esse "salva-vidas" tanto em DVDs quanto em pendrives ou HDs externos (USB), o que é uma mão na roda quando não se dispõe de um gravador de mídia óptica (situação que, como dito no post anterior, é comum em notebooks e all-in-one de fabricação recente).

Considerando que a maioria dos usuários de PC vêm preferido modelos portáteis aos tradicionais desktops, nosso tutorial tomará por base a criação da unidade de resgate num dispositivo USB ― pendrive ou HD externo. Caso você disponha de um gravador e prefira queimar os arquivos num DVD, os passos são basicamente os mesmos; a diferença é que você terá de criar um arquivo .ISO.  

Observação: É possível acessar o conteúdo de arquivos .ISO sem regravá-los em mídia óptica. Para tanto, basta instalar um “leitor virtual” (como o  MagicISO), dar um clique direito no ícone que será adicionado à Área de Notificação do computador, selecionar Virtual CD/DVD-ROM > Media > Mount, clicar no arquivo .ISO  e acessá-lo via menu Iniciar > Computador (para encerrar, basta dar um clique direito no ícone que representa o drive virtual e selecionar a opção Ejetar).

Para criar a unidade resgate no Windows 10, utilizando um pendrive ou um HD externo, faça o seguinte:

― Certifique-se de que haja uma conexão ativa com a internet e que seu pendrive (ou HD externo) disponha de pelo menos 4 GB de espaço livre (pendrives com capacidade bem superior podem ser adquiridos por menos de R$ 50, de modo que é melhor investir num modelo de 16 ou 32 gigabytes).

― Identifique sua versão do Windows 10 ― dê um clique direito sobre o botão Iniciar, clique em Sistema e anote as informações exibidas na tela (vide imagem que ilustra esta postagem).

― Acesse a página de downloads da Microsoft, baixe a ferramenta de criação de mídia e execute-a na sua máquina. Na janela que será exibida a seguir, clique em Criar mídia de instalação para outro computador e em Avançar.

― Na próxima tela, selecione o idioma, a edição (Windows 10 Home, no caso do nosso exemplo) e a arquitetura (x86 para 32-bits ou x64 para 64-bits, conforme o caso). No campo Edição, escolha a versão que você anotou anteriormente.

― Na janela seguinte, marque Unidade flash USB se for usar um dispositivo USB (caso do nosso exemplo) ou Arquivo ISO se for criar a unidade de recuperação em mídia óptica (que não é o caso do nosso exemplo). Espete o pendrive ou o cabo USB do HD externo numa portinha USB do PC, clique em avançar na tela seguinte e aguarde a conclusão do processo.

Na próxima postagem, veremos como usar essa unidade de recuperação do sistema. Até lá.

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

STJ NEGA RECURSO DE LULA E STF MARCA JULGAMENTO DE GLEISI HOFFMANN





O ministro Felix Fischer, do STJ, negou na última segunda um pedido da defesa de Lula para atribuir efeito suspensivo a um recurso especial apresentado contra a condenação no caso do triplex de Guarujá

O objetivo era permitir que o criminoso condenado deixasse a prisão e participasse da campanha eleitoral, pelo menos até a 5ª Turma do STJ julgar o recurso especial. Na decisão, Fisher destacou que o recurso especial — apresentado perante o TRF-4 — ainda não chegou ao STJ e aguarda manifestação do MPF.

Além do pedido feito ao STJ, a defesa do molusco pediu ao Supremo a concessão de efeito suspensivo também ao recurso extraordinário. O ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava-Jato na nossa mais alta Corte, está aguardando o parecer da PGR para então decidir sobre o pleito.

Falando no Supremo, o julgamento da senadora petralha Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foi agendado para a próxima quarta-feira, 20. 

Narizinho” (ou Coxa, ou ainda Amante) será a segunda política a ser julgada pelo STF nos quatro anos de investigação da Lava-Jato — o primeiro, o deputado Nelson Meurer, foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No que depender da PGR, a presidente do PT vai engrossar a lista: em manifestações finais na ação, a chefe do MPF pediu a condenação à prisão da petista e o pagamento de uma multa de 4 milhões de reais de indenização pelos danos.

A ação foi liberada para julgamento pelo revisor da ação, ministro Celso de Mello. Além dele, selarão a sorte de Gleisi o relator, Edson Fachin, e o trio assombro togado — Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Se for condenada pela 2ª Turma, mas obtiver ao menos 2 dos 5 votos a seu favor, a petralha poderá recorrer ao Plenário do Supremo.

Tomem tinta, petralhas!

EM TEMPO: O STF adiou para hoje a decisão sobre a condução coercitiva. Quatro ministros já votaram a favor e dois contra. Para a decisão final, são necessários os votos de 6 dos 11 ministros.

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DISCO DE RESGATE DO WINDOWS 10 ― CONTINUAÇÃO


O BRASIL NÃO TEM A MENOR CHANCE DE SER CONFUNDIDO COM UM PAÍS SÉRIO.

Como dito no capítulo anterior, meu Windows não carregou normalmente após eu reiniciar o computador para validar uma suposta atualização do sistema, não reiniciou automaticamente no modo de segurança e tampouco abriu a tela das opções de recuperação quando forcei o desligamento e tornei a ligar o PC por três vezes consecutivas.

Insistindo na tecla F2 durante o boot, consegui abrir a tela do CMOS Setup, o que desfez minhas suspeitas de problemas relacionados ao monitor ou placa de vídeo. Todavia, não consegui acessar o Modo de Segurança via tecla F8... enfim, resumindo: depois de muito malabarismo, o computador reiniciou normalmente. Então, depois de me assegurar de que tudo estava como dantes no Quartel de Abrantes, resolvi criar um disco de resgate.

Como a maioria dos notebooks e all in ones atuais deixou de incluir o drive de mídia óptica, “disco de resgate” é uma maneira de dizer, já que a unidade de recuperação é criada num pendrive. Esclarecido esse detalhe, passemos ao procedimento propriamente dito, que é bastante simples.

― Com o Windows ativo e operante, digitamos “criar unidade de recuperação” (sem aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou na caixa de diálogo da Cortana) e clicamos em Criar unidade de recuperação ― Painel de Controle.

― A janelinha que se abre em seguida permite escolher entre criar o disco de resgate, pura e simplesmente, ou incluir um backup do sistema ― opção que permite reinstalar o Windows a partir da unidade de recuperação que vamos criar. Nesse caso, porém, o processo é mais demorado e ocupa bem mais espaço. Mesmo assim, sugiro que você escolha essa opção (mais adiante, veremos como criar esse "disco de resgate" com o auxílio da ferramenta de criação de mídia da Microsoft, mas isso é assunto para o próximo capítulo). 

― Os próximos passos são espetar o pendrive numa portinha USB, indicá-lo ao assistente de criação, clicar em Avançar e, em seguida, em OK na mensagem dando conta de que o dispositivo será formatado (se houver arquivos importantes no pendrive, devemos providenciar um backup com antecedência, pois todo o conteúdo será apagado durante a formatação).

― Finalmente, clicamos no botão Criar e aguardamos a conclusão do processo. Quando for exibida a mensagem de que a unidade de recuperação está pronta, clicamos em Concluir.

Na próxima postagem, veremos como criar a unidade de recuperação com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Até lá.

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quarta-feira, 13 de junho de 2018

LULA LÁ — EM PINHAIS



Lula não quer ir para Pinhais. Quer voltar para o Palácio do Planalto, mesmo estando cumprindo pena, e, portanto, inelegível — o demiurgo de Garanhuns, ressalte-se, é réu em mais 6 ações penais e está prestes receber sua segunda condenação. Mesmo assim, o bufão foi sagrado pelo PT candidato à presidência desta Banânia (só mesmo numa republiqueta de bananas como a nossa que se leva a sério um presidiário que posa de candidato ao mais alto cargo do serviço público federal).  

Claro que isso é mais uma empulhação, uma pantomima que teve início quando o deus-pai dos corruptos e seu abjeto partido foram ceifados pela Lava-Jato. De acordo com o não menos abjeto Lindbergh Farias, líder do bando no Senado, “é preciso esticar a permanência de Lula ao máximo”. A intenção, naturalmente, é fazer do falastrão cabo eleitoral para potencializar campanhas de deputados, senadores e governadores petistas, de modo a evitar uma reprise do que ocorreu nas eleições de 2016. Essa agonia deve se prolongar até setembro; quando a Justiça Eleitoral finalmente vetar a candidatura do sevandija, o partido recorrerá ao tal “plano B”.

Nem todo mundo no PT concorda com essa estratégia. De acordo com a revista ISTOÉ, a insatisfação vem crescendo nos bastidores, havendo até quem a classifique o plano de “suicida”. Segundo um parlamentar petista, se há um candidato que aparece competitivo e se metade dos eleitores ainda não têm candidato à Presidência, manter a quimera de “Lula presidente” é incompreensível. 

Ainda de acordo com esse mesmo parlamentar, o PT parece agir somente como o “Partido do Lula”, atendendo a seus interesses, movendo-se unicamente para ele e se esquecendo do resto. Fora do jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais, e ainda pode ajudar a eleger Jair Bolsonaro, cuja posição à frente da disputa vem se consolidando.

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DISCO DE RESGATE DO WINDOWS 10 ― MELHOR TER E NÃO PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO TER

UM HOMEM COM UM RELÓGIO SABE A HORA CERTA. UM HOMEM COM DOIS RELÓGIOS
SABE APENAS A MÉDIA.


Dias atrás, meu Windows alertou para a existência de atualizações pendentes que dependiam da reinicialização do computador para serem efetivadas. Como eu havia aplicado o update de Abril pouco antes e ainda faltavam 3 semanas para o Patch Tuesday de junho, estranhei as tais pendências. Mesmo assim, comandei a reinicialização. 

A demora inabitual (típica de um update abrangente) me deixou ressabiado, mas aguardei a ampulheta rodar por uns 45 minutos antes de forçar o desligamento do computador (para quem não sabe, basta manter o botão de energia pressionado por 5 segundos). Depois disso, no entanto, o Windows não conseguiu carregar ― nem mesmo até a tela de inicialização, o que me impediu de acessar o modo de segurança.

Observação: Modo de Segurança é uma modalidade de inicialização que carrega somente os arquivos e drivers básicos do sistema, de maneira a facilitar a solução de problemas ou a realização de tarefas que demandam acesso a arquivos que o Windows bloqueia quando é inicializado nos moldes convencionais. Desde a edição 95 do sistema que a maneira mais simples de reiniciar o computador no modo seguro consiste em pressionar repetidamente a tecla F8 durante o boot ― ou era, porque isso deixou de funcionar a partir do Windows 8 (aliás, em PCs com UEFI e SSD o boot é tão rápido que nem dá tempo de teclar Shift+F8 para forçara a exibição da tela com as opções de inicialização alternativas, mas essa já é outra conversa).

Para reiniciar o Windows 10 no Modo de Segurança, clicamos em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Recuperação > Inicialização avançada > Reiniciar agora. Na tela Escolha uma opção, selecionamos Solucionar problemas > Opções avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar; na lista de opções que é exibida em seguida, teclamos F4 para iniciar o computador no modo seguro ou F5 para modo seguro com suporte à rede (internet).

Claro que esse roteiro só serve se Windows estiver carregado. No caso de o boot empacar na tela de inicialização, devemos manter a tecla Shift pressionada, clicar no ícone que dá acesso às opções de desligamento (no canto inferior direito da tela, conforme se vê na figura que ilustra esta postagem), clicar em Reiniciar e, no menu de opções, clicar em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar. Feito isso, pressionamos a tecla F4 ou F5, conforme a opção desejada.

Quando o boot é interrompido antes de a tela de inicialização ser exibida e o Windows não abrir automaticamente o cardápio de opções de recuperação, reiniciar o computador 3 vezes consecutivas faz com que a tela das opções de inicialização alternativas seja exibida. Em Selecione uma opção, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecionamos Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos e indicamos nossa conta de usuário e senha de logon (caso ela seja solicitada), clicamos em Reiniciar e rezamos para dar certo.

Comigo não deu: a ampulheta continuou girando, girando e girando, mesmo após eu forçar a reinicialização não três, mas meia dúzia de vezes. E o pior é que eu não dispunha de um disco de resgate (“disco” é força de expressão, já que meu all-in-one não dispõe de drive de mídia óptica). Mas isso já e assunto para a próxima postagem.

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terça-feira, 12 de junho de 2018

SOBRE O REGIME MILITAR



Precisamos falar um pouco sobre regime militar no Brasil, porque em nosso país, ao contrário do que em geral acontece no resto do mundo, a História vai ficando mais incerta com o passar do tempo. É a velha tirada do ex-ministro Pedro Malan: o Brasil é um país tão difícil que aqui não dá para prever nem o passado.

Apareceram na praça, pouco tempo atrás, mais informações sobre o período do “regime militar” ou “ditadura militar”, conforme o lado da rua em que o cidadão está — e o tema, que periodicamente sai do túmulo, circula pelos meios de comunicação e volta a ser enterrado, ganha de novo seus quinze minutos de fama. Desta vez, fomos informados que os generais que mandavam no governo, inclusive um presidente da República, seu sucessor e outros colossos das Forças Armadas, autorizaram a “execução sumária” de “opositores do regime”.

A informação é de um documento da CIA, a agência de espionagem dos Estados Unidos, e não esclarece se os seus espiões ouviram, de vivo ouvido, a conversa em que os chefes militares decidiram dar essas ordens. Seja como for, as dúvidas não vêm mais ao caso. A “denúncia da CIA” morreu de inanição pouco depois de ter nascido — não chegou a impressionar os especialistas e, menos ainda, a interessar os indiferentes ao assunto.

A curiosidade, neste último episódio de viagem ao passado, não é a falta de um ponto de chegada. O esquisito é a repetição da tentativa de manter vivos um mundo e uma época que estão mortos — apesar dos resultados cada vez mais frouxos que se obtém com esses esforços de ressurreição. Pretende-se estabelecer a “verdade” sobre o passado — chegaram a criar até uma “comissão nacional” para esta tarefa. A cada tentativa, naturalmente, não se estabeleceu verdade nenhuma. Como seria possível, se o centro da questão está em fatos que aconteceram há 50 anos? As responsabilidades teriam de ter sido apuradas lá atrás. Mas para isso seria indispensável que os militares tivessem perdido seu combate contra os grupos que queriam derrubá-los — só assim poderiam ter sido presos, julgados e condenados. (Ou “executados sumariamente”, talvez.) Acontece que os militares não perderam. Saíram do governo porque quiseram e foram em boa ordem para as suas casas, protegidos por uma lei de anistia legalmente aprovada. Não passou pela cabeça de ninguém, na hora, chamar o general Pedro ou o coronel Paulo para responder a inquérito nenhum. Caso encerrado, então. Punições deste tipo ou vêm imediatamente após o encerramento do conflito, ou não vêm nunca mais. Não dá para reabrir o Tribunal de Nuremberg ou os Processos de Tóquio. Não dá para descobrir a verdade sobre a Guerra dos Farrapos. Pode até dar — mas é inútil.

O que acaba acontecendo, na vida real, é que a cada expedição arqueológica feita para descobrir a “verdade histórica”, o passado se torna mais obscuro, e não mais claro. Em vez de se saber mais, fica-se a saber menos. No caso do regime que existiu de 31 de março de 1964 até 30 de dezembro de 1978, quando foi revogado o Ato Institucional Nº 5, a passagem do tempo torna as coisas especialmente mais vagas para o brasileiro comum. O período é descrito pelos fiscais da História nacional como o mais negro de toda a existência do Brasil —os tais “anos de chumbo”, piores que qualquer desgraça que o país já tenha vivido até hoje. Mas a cada dia que passa, mais ralo vai ficando este caldo.

Hoje, só cidadãos que já estão com 72 anos de idade, ou mais, tinham chegado aos 18 e eram adultos em 1964. Todos os oficiais atualmente na ativa nas Forças Armadas eram crianças na época, ou nem tinham nascido. Dos que sobreviveram, muitos não acham que aqueles foram “anos de chumbo” — ou sequer lembram de algum incômodo causado em seu dia-a-dia pelo “regime”. Mais de 60% da população atual do Brasil, ou acima de 125 milhões de pessoas, têm até 40 anos de idade. Nenhuma delas era viva quando o AI-5 foi revogado e as liberdades públicas e privadas foram restabelecidas. Porque essa gente toda iria achar que o governo militar é uma questão fundamental em suas vidas? Não é. Não vai ser nunca.

Os chefes militares foram responsáveis por mortes, torturas e prisões ilegais. Claro que foram: o AI-5 não aboliu o Código Penal, nem tornou legal o homicídio. Como cometer crimes sem autorização superior? Todos achavam, aliás, que estavam fazendo muito bem — na sua visão, havia simplesmente um inimigo a eliminar. Não vão mudar de ideia. Esperam, ao contrário, que o tempo traga cada vez mais gente para o seu lado.

Por J.R. GuzzoPublicado na edição impressa de VEJA

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REVISITANDO OS PUPs (PROGRAMAS POTENCIALMENTE INDESEJADOS)


PUPs, como sabe quem acompanha estas despretensiosas postagens, são programinhas potencialmente indesejados. Eles costumam vir de carona com aplicativos (geralmente gratuitos) que baixamos da Web e adicionar plug-ins no navegador, exibir propagandas chatas (ou de conteúdo adulto ou pornográfico) e por aí afora.

Os desenvolvedores de software embutem esses penduricalhos nos arquivos de instalação de seus produtos em troca da contrapartida financeira oferecida pelos respectivos fabricantes. Infelizmente, nem todos deixam clara a existência desse "crapware" ou facilitam sua exclusão do processo de instalação. Não raro o usuário só se dá conta do problema quando passa a ser bombardeado por janelinhas pop-up ou quando seu navegador exibe uma barra de ferramentas que até então não existia, teve alterados o mecanismo de buscas e/ou o site configurado como homepage.

A desinstalação dos PUPs costuma ser trabalhosa. Não raro é preciso desinstalar o aplicativo que serviu de transporte ao programinha indesejado, o que significa abrir mão das funcionalidades de um software instalado por opção. Para piorar, isso nem sempre resolve, e a solução passa por uma edição manual do Registro do Windows ― providência que demanda expertise e envolve riscos, pois alterações indevidas podem produzir efeitos ainda mais danosos (jamais altere o Registro sem antes criar um ponto de restauração do sistema e um backup da chave que será modificada).

Para instalar aplicativos é preciso aceitar o contrato de licença (EULA) exibido quando o usuário dispara o processo de instalação. Quase ninguém lê os termos desse contrato ― e se lesse, talvez não instalasse a maioria dos freewares, mas isso já é outra conversa.

Observação: Para os preguiçosos de plantão, o EULALYZER é uma mão na roda, pois analisa os contratos e exibe informações resumidas de seu conteúdo, alertando para a existência de elementos potencialmente perigosos.

A tela que se abre quando se dá início à instalação de um aplicativo pode passar a impressão de que somente a instalação padrão é possível (a opção personalizada aparece acinzentada, como se estivesse desabilitada), mas não custa verificar se existe alguma caixinha de verificação que, uma vez desmarcada, exclui os penduricalhos que vêm “de brinde”. Isso porque, mesmo sendo possível remover o entulho a posteriori (e há casos em que não é), quase sempre o procedimento e trabalhoso. Na dúvida, cancele a instalação do aplicativo e faça uma pesquisa sobre os acompanhamentos suspeitos. Se for o caso, opte por um software alternativo, que sirva basicamente para a mesma coisa, mas que não inclua apêndices indesejáveis.

Note que os PUPs não são malwares (vírus, trojans, worms e assemelhados), embora muitos deles embutam ou atuem eles próprios como spyware (software espião destinado a colher informações sobre os hábitos de navegação do internauta, ou, pior, seus dados de login, senhas bancárias e números de cartões de crédito).

Por essas e outras, baixe aplicativos somente a partir dos sites dos fabricantes. Na impossibilidade, recorra a grandes portais (como Terra, UOL, etc.) ou a repositórios de download renomadosBaixaki, Superdownloads, Gratis e MeusDownloads, por exemplo. Isso não garante que os arquivos de instalação venham "limpos", mas reduz significativamente os riscos. Demais disso, salve os arquivos de instalação na área de trabalho e cheque-os com seu antivírus antes de dar andamento ao processo, mas tenha em mente que o fato de eles serem aprovados não significa necessariamente que não incluam outros programinhas.

Observação: Sempre que possível prefira serviços online a aplicativos instaláveis. Eles dispensam instalação e, portanto, não trazem penduricalhos indesejáveis (além de não comprometerem espaço no disco e não deixarem resíduos que, com o passar do tempo, minam a estabilidade e o desempenho do sistema). Se for preciso instalar um aplicativo residente, fique atento às telas exibidas durante o processo de instalação. Em muitos casos, basta desmarcar uma caixinha de verificação para evitar penduricalhos indesejados. E se você fizer o download do Baixaki ou do Superdownloads, por exemplo, escolha a opção "Baixar sem instalador", de maneira a evitar que os instaladores lhe "empurrarem" programinhas que você não quer. 

O NINITE e o UNCHECKY podem ser de grande ajuda. O primeiro é um serviço online e, portanto, dispensa instalação ― basta acessar o site, marcar as caixas correspondentes aos programas desejados e clicar em Get Installer para baixar os instaladores sem eventuais penduricalhos. O segundo é um aplicativo residente que identifica possíveis “armadilhas” e ajuda a evitar que complementos indesejados sejam instalado.

Espero ter ajudado.

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segunda-feira, 11 de junho de 2018

ISTO É BRASIL, TEM JEITO NÃO — SEGUNDA PARTE



Conforme eu mencionei no post anterior, o PT insiste na candidatura do criminoso condenado e encarcerado Lula, talvez por não existir, nas fileiras da legenda, outro nome que tenha a mínima chance de se eleger presidente desta Banânia. E olha que não faltam apedeutas munidos de título de eleitor para votar nessa gentalha.

Mesmo sabendo que as chances de participação do demiurgo de Garanhuns no pleito são iguais às de uma bola de neve no inferno, o diretório vermelho ignora solenemente a pesquisa divulgada pelo site Poder 360 no início da semana passada, na qual Haddad, colocado na pesquisa como alternativa, obteve 8% das intenções de voto — o que o deixa próximo daqueles que vêm aparecendo em segundo lugar. Assim, o PT lançou a “candidatura” Lula, na última sexta-feira, com o slogan “Ajude o Brasil a ser feliz de novo”. Além disso, criou um site para arrecadação eletrônica de recursos (cerca de 900 otários já doaram um total de R$ 56 mil). E assim segue essa fantasia, com Lula candidato, embora esteja preso e impedido de disputar eleições.

Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro. Está cumprindo pena desde o dia 7 de abril e é inelegível à luz da Lei da Ficha-Limpa. Além disso, ele responde a mais 6 processos criminais, dois dos quais tramitam na 13ª Vara Federal, em Curitiba. Não fosse pelos recorrentes pedidos de perícias e diligências apresentados por seus advogados, ele certamente já teria sentenciado no processo que trata dos R$ 12,4 milhões em propina — representados por uma cobertura em São Bernardo do Campo e um terreno em São Paulo, comprado pela Odebrecht para sediar o folclórico Instituto Lula. Outras 4 ações tramitam na Justiça Federal em Brasília, mas lá, como é sabido, as coisas andam num ritmo próprio — bem mais lento que sob a pena do juiz Sérgio Moro.   

Na última quinta-feira 7, Veja revelou que o bloqueio dos bens do ex-presidente corrupto continua mantido devido a uma investigação fiscal. Segundo os investigadores, Lula recebia doações para seu instituto, que era isento do pagamento de impostos, e usava o dinheiro em benefício próprio — viagens particulares, locação de aviões e carros, etc. 

A candidatura do molusco é mais um ato de encenação que começou quando o petralha e seu partido foram ceifados pela Lava-Jato. De acordo com o abilolado Lindbergh Farias, líder do PT no Senado, “é preciso esticar a permanência de Lula ao máximo” — para ele funcionar como “cabo eleitoral”, potencializando as campanhas de deputados, senadores e governadores, evitando, assim, o reprise do fiasco  que se viu nas eleições de 2016. Em setembro, quando a Justiça eleitoral finalmente vetar a candidatura do sevandija de Garanhuns, o partido recorreria ao tal plano B.

Mas nem todo mundo no PT concorda com essa estratégia. De acordo com a revista ISTOÉ, a insatisfação vem crescendo nos bastidores, havendo até quem a classifique o plano de “suicida”. Segundo um parlamentar petista, se há um candidato que aparece competitivo e se metade dos eleitores ainda não têm candidato à Presidência, manter a quimera de “Lula presidente” é incompreensível. Ainda de acordo com esse mesmo parlamentar, o PT parece agir somente como o “Partido do Lula”, atendendo a seus interesses, movendo-se unicamente para ele e se esquecendo do resto. Fora do jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais, e ainda pode ajudar a eleger Jair Bolsonaro, cuja posição à frente da disputa vem se consolidando — embora alguns analistas falem em Ciro Gomes e Marina Silva; eu, particularmente, não sei quem é pior.

Que Deus nos ajude.

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QUANDO UMA SIMPLES REINICIALIZAÇÃO NÃO RESOLVE...


SE ALGUMA COISA PODE DAR ERRADO, DARÁ. E MAIS: DARÁ ERRADO DA PIOR MANEIRA, NO PIOR MOMENTO E DE MODO QUE CAUSE O MAIOR DANO POSSÍVEL.

Vimos que a reinicialização é necessária por uma série de motivos, e que pode corrigir diversos probleminhas pontuais no PC, no smartphone, no tablet e em qualquer outro dispositivo eletrônico controlado por um sistema operacional. Mas há casos em que o problema persiste e, para piorar, nem sempre é fácil determinar, a partir do sintoma, se ele tem a ver com o hardware ou o software (essa questão já foi objeto de diversas postagens; para mais detalhes, recorra ao campo “pesquisar este blog”).

O que eu passo a relatar a partir daqui se destina a auxiliar algum leitor que eventualmente se veja na mesma situação. Sem mais delongas, vamos adiante:

Dias atrás eu me deparei com dois probleminhas; o primeiro ao tentar transferir para o PC, via USB, uma foto salva na memória interna do meu MotoE4, e o segundo ao tentar usar a webcam do meu all-in-one.

Embora meu smartphone fosse reconhecido pelo Windows e listado como uma unidade lógica na tela do Explorador de Arquivos, seu conteúdo não era exibido (a informação era de que a pasta estaria vazia). Como nada mudou depois que eu reiniciei o telefone e o computador, calculei que o Update de Abril seria o vilão da história. Claro que não o desinstalei para conferir; o que fiz foi recorrer ao método da tentativa e erro.

Depois de checar as configurações do telefone (alguns modelos vêm configurados para somente recarregar a bateria quando plugados ao PC via interface USB, mas não era o caso do meu), de verificar se driver respectivo estava instalado e atualizado (o site da Motorola me garantiu que sim) e de fazer outras tentativas que não vou detalhar para não abusar da paciência do leitor, tive a ideia de plugar o cabo em outra portinha USB. Problema resolvido.

Já a webcam deu um pouco mais de trabalho. Fazia tempo que eu não usava esse dispositivo, mas tinha certeza de que ele funcionava. Quando me deparei com tela preta exibindo a mensagem de que a câmera não havia sido reconhecida (vide reprodução na imagem ilustra esta postagem), tentei atualizar o driver, tanto pelo Gerenciador de Dispositivos do Windows quanto com o DriverMax, mas nenhuma versão mais recente foi encontrada. Revisei as permissões dos aplicativos ― ainda que, segundo Microsoft, o sistema seja capaz de acessar a câmera mesmo que a gente negue autorização a todos os apps da lista ―, mas nenhuma das combinações que experimentei surtiu efeito. 

Voltei ao Gerenciador, desinstalei a webcam e reiniciei o computador, com a esperança de que o Windows a reinstalasse e ela voltasse a funcionar, mas também não deu certo. Fiz uma busca na Web e encontrei diversas dicas, inclusive em páginas da própria Microsoft. Descartei as que exigiam a edição manual do Registro do Windows e segui as menos invasivas, mas nenhuma delas surtiu o efeito desejado. Num determinado momento, ao tentar acessar a câmera, reparei que a mensagem de erro havia mudado: agora ela informava que seria preciso alterar as configurações de privacidade ― coisa que eu havia feito mais cedo, conforme mencionei linhas atrás.

Para resumir a história, voltei à tela das Configurações, cliquei em Privacidade > Câmera e, no campo Permitir que os aplicativos acessem sua câmera, desliguei e religuei o botão respectivo. E voilà: minha webcam voltou a funcionar. 

Como eu havia concedido acesso a todos os aplicativos, desautorizei todos eles, mas, mesmo assim, a câmera continuou funcionando, dispensando-me da penosa tarefa de reabilitar um por vez, até que ela voltasse a operar. Mas não acabou.

Para o mal dos meus pecados, o som foi desabilitado durante um dos procedimentos (só não sei qual). Felizmente, bastou eu dar um clique direito sobre o ícone do alto falante, na área de notificações do sistema (ao lado do relógio), clicar em Solucionar problemas de som e rodar o assistente: ao cabo de alguns minutos, a mensagem de que o Windows havia solucionado o problema foi exibida, e, com efeito, tudo voltou a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

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domingo, 10 de junho de 2018

ISTO É BRASIL ― TEM JEITO NÃO



Na última quinta-feira, o STF deu início ao julgamento de duas ações — uma do PT e outra do Conselho Federal da OAB — contra a condução coercitiva de investigados para a realização de interrogatórios. Esse procedimento vinha sendo largamente utilizado em investigações da PF até o final do ano passado, quando o ministro Gilmar Mendes o proibiu através de uma liminar monocrática. Como toda ação produz uma ração, o número de prisões temporárias cresceu 31,75% nos primeiros quatro meses de 2018 (em relação ao mesmo período do ano anterior). 

Voltando à sessão de quinta feira: depois que o ministro-deus proferiu seu interminável voto contra as conduções coercitivas, a sessão foi suspensa — dado o “avançado da hora” e a compromissos que diversos ministros já tinham agendado para aquela noite, o julgamento será retomado na sessão plenária do próximo dia 13. Não foi a primeira vez (e certamente não será a última) que decisões importantes são adiadas devido ao horário e a outros compromissos dos ministros, que, nunca é demais lembrar, são regiamente pagos para exercer suas funções na nossa mais alta Corte. Um exemplo notório foi a inesquecível sessão em que se decidiu que a corte poderia decidir o pedido de habeas corpus preventivo do sevandija de Garanhuns, mas em seguida decidiu não decidir, achando pouco razoável trabalhar um dia até depois da meia-noite, mas completamente aceitável que time da toga aproveite a Páscoa para inventar de um feriadão de quase duas semanas. Isso é Brasil, minha gente!

Voltando a Gilmar Mendes, nunca é demais relembrar as definições (lapidares) de Luis Roberto Barroso, para quem o colega é uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia, ou de J.R. Guzzo, que define o ministro como uma fotografia ambulante do subdesenvolvimento brasileiro, mais um na multidão de altas autoridades que constroem todos os dias o fracasso do país. E não sem razão. Senão vejamos.

O mês de junho começou do mesmo jeito que maio terminou, isto é, com o laxante de toga soltando presos ligados de alguma forma à Lava-Jato. Na última segunda-feira, foram libertados quatro doleiros presos pela PF na operação Câmbio, desligo — desdobramento da Lava-Jato deflagrado em maio, que apura a atuação de doleiros na movimentação de 1,6 bilhão de dólares em 52 países. 
Para embasar a soltura, o superministro argumentou que “os crimes foram praticados sem violência ou grave ameaça, e que a prisão preventiva não pode ser justificada para tentar assegurar a recuperação dos desvios, já que eles poderiam ser movimentados mesmo com os suspeitos presos”.

Desde 15 de maio, o "soltador-geral da República" já libertou 19 investigados que haviam sido presos por determinação do juiz federal Marcelo Bretas ― que é o responsável pela Lava-Jato no Rio de Janeiro e, pasmem, admirador confesso do molusco abjeto (isso é Brasil, minha gente!). A recorrência dos episódios levou o magistrado a encaminhar ofício ao ministro, afirmando que “a corrupção não pode ser vista como um crime menor”.

A soltura de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio, revela duas críticas contumazes à ação de Gilmar Mendes. Uma delas é soltar presos com quem ele mantém alguma relação pessoal ou profissional — Diniz patrocinou o instituto de direito criado pelo ministro. No ano passado, ganhou destaque na mídia o episódio em que, sem o menor constrangimento, o catártico togado mandou evacuar, digo, soltar — e não uma, mas três vezes — o empresário fluminense Jacob Barata, de cuja filha o notável jurista foi padrinho de casamento. Também libertou presos em processos que não necessariamente seriam de sua competência, como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, e não apenas uma, mas duas vezes — eu já ouvi falar de criminoso reincidente, mas juiz reincidente? Isto é Brasil, minha gente! (A rima foi involuntária).

A atuação do ilustre magistrado vem suscitando críticas dentro e fora do STF. Só no ano passado, sua insolência foi alvo de seis pedidos de impeachment ― dois dos quais foram arquivados pelo senador Estrupício Oliveira antes mesmo de terem qualquer tramitação. O último, apresentado no dia 22 de dezembro, foi embasado num abaixo-assinado virtual com 1,7 milhão de apoios e fundamentado na conduta incompatível de Mendes com a honra, a dignidade e o decoro de suas funções. No mês passado, mais um pedido de impedimento entrou para sua coleção, desta feita por iniciativa do renomado jurista Modesto Carvalhosa.

Gilmar Mendes não se abala; antes pelo contrário: segue soltando gente da pior catadura, a exemplo do doleiro Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro, libertado no último dia 5, a despeito de ter admitido à PF que funcionava como uma espécie de caixa de dinheiro vivo para propinas da Odebrecht no Rio Grande do Sul (depoimento no inquérito que investiga esquema de propinas envolvendo delatores e o ministro da Casa Civil, Eliseu Quadrilha, conhecido como Bicuíra pelo departamento de propina da empreiteira). A pergunta que não quer calar é: quem será o próximo?

Segundo O SENSACIONALISTA, Mendes é o padroeiro dos encarcerados, o desatador de nós daqueles que anseiam pela liberdade, o protetor dos falsos arrependidos. O ministro destronou todos os santos dos presidiários da Papuda; até as imagens de Jesus foram trocadas por suas fotos de toga, o que combina mais com pessoas religiosas e de bem. Afinal, a grande capa preta cobre mais do corpo que os minúsculos panos do Nazareno. O Pai-Nosso aos poucos também é substituído por orações a Gilmar, embora nem sempre se respeite o português correto. "Venha a nós o vosso habeas corpus, seja feita vossa vontade, assina os pedido e solta os réu".

Para concluir, mais uma patuscada da quadrilha vermelha: nesta sexta-feira, sob o comando da senadora-ré Gleisi Hoffmann, o PT lançou a candidatura do criminoso de Garanhuns ao som de um jingle enjoadinho. A “solenidade” se deu em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, onde, segundo as pesquisas de intenções de voto, Dilma e Aécio (!?) são os nomes mais cotados para o Senado (depois os políticos reclamam quando ouvem dizer que o Congresso se tornou um antro de criminosos). 

Ao divulgar a peça, o PT diz: “O povo brasileiro nunca sofreu tanto quanto agora e só há uma pessoa que pode acabar com a tristeza do povo: Luiz Inácio Lula da Silva”. O vídeo termina com fala bastante repetida pelo Exterminador do Plural em seus discursos: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mais jamais vão conseguir deter a chegada da primavera”. Resta saber se Gleisi já decidiu se a nova sede do governo federal será o Palácio de Pinhais ou o Presídio do Planalto.

Cá entre nós, é uma palhaçada essa nossa “Justiça Eleitoral” ficar cozinhando o galo para exaltar o óbvio. Até porque não se trata de uma questão de alta indagação jurídica, mas de puro bom senso. Afinal, como conceber a possibilidade de um criminoso condenado e encarcerado (e com mais seis ações penais nas contas) concorrer à presidência da República? Só mesmo neste projeto mal-acabado de democracia mambembe ― que o PT só faltou rebatizar de BRASUELA! Vade retro, Satanás!

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