segunda-feira, 18 de junho de 2018

A AVERSÃO À POLÍTICA E AOS POLÍTICOS



A DEMOCRACIA É O PIOR DOS REGIMES POLÍTICOS, MAS NÃO HÁ NENHUM SISTEMA MELHOR DO QUE ELA — SIR WINSTON CHURCHILL.

Nunca fui fã do esporte bretão. Mal sei diferenciar um escanteio de um lateral, mas, parafraseando o ex-ministro Magri (da nada saudosa administração Collor), posso não saber fazer uma sopa, mas sei dizer quando ela está salgada.

A estreia do Brasil na Copa de 2018 não foi sopa, mas, convenhamos que, pelo desempenho de ambas as seleções, o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho. Como diz o Galvão durante as partidas, sempre que a performance da seleção brasileira deixa a desejar —, “ainda tem muito jogo pela frente”.

O empate na partida de abertura nem se compara com a vexatória derrota por 7 a 1 que desclassificou o Brasil, quatro anos atrás — que foi mais dramático porque sediamos aquela Copa (para gáudio dos muitos que enriqueceram com as faraônicas construções e reformas de estádios e dissabor da plebe ignara, a quem compete paga a conta).

Em 15 de junho de 1958, no Estádio Nya Ullevi, na Suécia, pela primeira vez Pelé e Garrincha entraram em campo com a camisa da seleção brasileira. A dupla faria 40 jogos pelo Brasil, que renderam 36 vitórias e 4 empates. Nossa seleção disputava, então sua terceira partida — depois de bater a Áustria por 3 a zero e empatar com a Inglaterra por zero a zero —, e venceu o escrete da Rússia por 2 a zero. Exatos 60 anos depois, na Rússia, começamos com um empate e um placar medíocre, mas é que se teve para ontem; há momentos em que só nos resta comer o que está no prato.

O desânimo em relação a esta Copa é inédito no “país do futebol” — menos por conta da derrota na anterior e mais pela a situação que o Brasil atravessa, com um presidente inepto, prestes a ser denunciado criminalmente pela terceira vez e cercado de assessores que se servem do poder para servir a si e aos seus. Com 13 milhões de desempregados que dependem do reaquecimento da economia para voltar ao mercado de trabalho, a quatro meses de um pleito presidencial onde um criminoso condenado e encarcerado (cuja candidatura é uma falácia) e um extremista de direta estatista, arrogante, e admirador confesso de carrascos da ditadura disputam o primeiro lugar na preferência deste “esclarecidíssmo” eleitorado, não espanta que quase não se vejam bandeiras e faixas nas janelas e adereços verde-amarelos nos carros, muros, calçadas e ruas.

Ontem, uma hora antes do início da partida, havia um corneteiro chato enchendo o saco — mas ele deve ter enfiado a corneta no saco, pois o final do jogo se deu num silêncio sepulcral, sem apitos, cornetas, buzinaços ou fogos de artifício. Durma-se com um barulho desses! 

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A derrocada da política e a aversão aos políticos são fenômenos fenômeno mundiais, mas a coisa parece mais grave no Brasil porque nos atinge diretamente. Um bom exemplo é a Assembleia Legislativa de São Paulo, que, em plena crise fiscal, aprovou por 67 votos a 4 o aumento do teto do funcionalismo público estadual de R$ 22 mil para R$ 30 mil — o que produzirá um aumento de R$ 1 bilhão nas contas públicas, nos próximos 4 anos. Isso sem mencionar que nossos governantes e congressistas, em sua esmagadora maioria, vêm fazendo das tripas coração para sobreviver ao furacão investigativo.

Claro que gente como Gilmar Mendes tem dado uma forcinha. Aliás, se houvesse um mínimo de decência nesta Banânia, providências já teriam sido tomadas para afastar esse sujeito de suas funções, uma vez que os processos de impeachment protocolados no Senado foram todos ignorados solenemente — por outro lado, com Eunício Oliveira presidindo nossa Câmara Alta, seria de se esperar o quê?

Observação: Gilmar Mendes presidia o TSE em 2017, por ocasião do julgamento da chapa Dilma-Temer, e fez de bobos os ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber, que pareciam acreditar que o julgamento era para valer, e não um burlesco jogo de cartas marcadas. Curiosamente, o ministro-deus foi o grande responsável por ressuscitar a ação de cassação, que havia sido arquivada em 2015 por decisão monocrática da então ministra-relatora Maria Thereza de Assis, quando Dilma ainda era inquilina do Palácio do Planalto. Só que Michel Temer é amigo pessoal de Mendes, e talvez por isso sua insolência tenha mudado diametralmente de opinião — a pretexto de manter a “estabilidade”, a “governabilidade”, como fez questão de frisar em seu voto, que “mandou às favas” o tal “julgamento judicial e jurídico” que havia prometido presidir.

Como eu já comentei em outras oportunidades, o atual governo naufragou quando se tornou público o conteúdo da conversa mantida entre o presidente e Joesley Batista nos porões do Jaburu. Temer, que vinha conseguindo aprovar reformas importantes, se viu obrigado a torrar seu cacife político na compra de votos para se escudar das “flechadas” de Rodrigo Janot. Agora, mesmo sob a batuta de Raquel Dodge — que foi escolhida pelo próprio Temer para suceder a Janot —, sua insolência deve ser alvo de mais uma denúncia, mas não antes das eleições, ainda que a PGR já disponha de elementos suficientes para disparar a terceira flecha. O que de certo modo é bom, pois a situação caótica que o país atravessa se agravaria ainda mais com uma nova denúncia. Além disso, restam a Temer pouco mais de seis meses de mandato — tempo insuficiente para a tramitação e votação da denúncia e, no caso de ela ser aprovada, o consequente afastamento do presidente.     

As incertezas quanto à sucessão presidencial vêm produzindo efeitos nefastos na nossa já combalida economia. As intenções originais de votos em Lula, nos níveis do fim do século passado, sobreviveram — pelo menos é o que indicam as pesquisas —, mas, quando transplantadas para nomes do seu partido, o número de eleitores aparentemente dispostos a ressuscitar o lulopetismo cai vertiginosamente. Um desejável nome “de centro” insiste em não aparecer, e a perspectiva de um segundo turno disputado por Bolsonaro, Ciro ou Marina não anima em nada os investidores (daí as sucessivas quedas do índice Bovespa, mesmo com o Banco Central investindo pesado para conter a alta do dólar). Nas últimas semanas, Michel Temer enfraqueceu nossa combalida democracia ao usá-la para descrever a essência de sua reação à greve dos caminhoneiros, titubeante e inepta. Em grande medida, isso explica a polarização do eleitorado em torno de duas personalidades fortes, o que, por seu turno, explica a volatilidade do mercado. Mas as pesquisas de intenção de voto são um instantâneo do cenário eleitoral no momento em que elas são realizadas — daí porque postulantes à presidência como Geraldo Alkmin e Henrique Meirelles, apenas para citar os mais notórios pré-candidatos “de centro”, apostam numa mudança do cenário a partir do início oficial das campanhas, que é acompanhado do anacrônico e enervante “horário eleitoral obrigatório” no rádio e na TV. 

O mais preocupante não é exatamente a posição dos atores, e sim a situação de fundo, que parece difícil de mudar. Mesmo assim, dá uma certa agonia pensar que, sem Lula no páreo (graças à bendita Lei da Ficha-Limpa), Bolsonaro só é superado pelos votos brancos e nulos.

Não é à toa que cerca de 70 milhões de brasileiros — notadamente de São Paulo, Rio e Paraná — deixariam o Brasil se pudessem, como revela uma matéria publicada na sessão Painel da Folha de São Paulo.

Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais.

O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3.366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. No mesmo período, dobrou o número de vistos para estudantes, empreendedores e aposentados que pretendem fixar residência em Portugal.

As pessoas se sentem vítimas do sistema, à parte dele. Com isso, perdem a capacidade de se sentir cidadãs, seja nos direitos, seja nos deveres. O clima é de desesperança. Levantamento feito no começo deste mês pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. Nessa perspectiva, a vontade de ir embora é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar.

Triste Brasil.

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COMO RESTAURAR O WINDOWS 10 COM UMA UNIDADE DE RECUPERAÇÃO

NÃO CORRIGIR AS PRÓPRIAS FALHAS É COMETER A PIOR 
DELAS.

Já vimos como criar uma unidade de recuperação a partir do próprio Windows e com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Agora, veremos como usar esse salva-vidas, mas não sem antes relembrar que, como qualquer medida profilática, é preciso criá-lo antes que o problema se manifeste ― em outras palavras, ele é como um plano de saúde: melhor ter e não precisar usar do que precisar e não ter.

Observação: Igualmente importante é identificar esse pendrive como “disco de resgate” ou outro nome qualquer que remeta à sua finalidade, evitando, assim, que ele seja usado acidentalmente para outros fins.  

Outro detalhe que eu reputo importante: ao usar um pendrive em vez de um DVD como unidade de armazenamento externo, é mais fácil recorrer aos recursos do próprio Windows (ou seja, sem baixar o assistente de criação de mídia da Microsoft). Basta seguir os passos indicados no post do último dia 14, marcar a opção “Faça backup dos arquivos do sistema na unidade de recuperação” e seguir as instruções do assistente. Note, porém, que serão necessários 16 gigabytes de espaço livre no dispositivo, que o processo demora bem mais do que quando simplesmente criamos a unidade de resgate sem incluir o backup dos arquivos do sistema e que, embora possamos continuar usando o computador durante a cópia dos arquivos, é melhor evitar, porque a execução concomitante de outros aplicativos não só retarda o processo como também aumenta o risco de os arquivos se corromperem.

Feitas essas ressalvas, vamos ao que interessa: se e quando você for usar sua unidade de recuperação para resolver problemas com seu Windows, poderá ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja reconfigurar a ordem de inicialização de modo que os arquivos do sistema sejam procurados primeiro na unidade mídia removível ― ou a máquina tentará iniciar a partir do HD. Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup, que a gente acessa reiniciando o computador e pressionando uma tecla específica durante a contagem da memória.

Observação: Se você não sabe qual tecla pressionar para acessar o Setup, consulte o manual do aparelho ou da placa-mãe, já que isso varia conforme o fabricante e o modelo do BIOS. Na maioria dos casos, essa tecla é  <delete>, <F2> ou <F10>, mas também pode ser , , ou mesmo uma combinação de teclas como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2 (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela inical do Setup, procure alguma referência a “boot” (ou “início”, ou ainda “inicialização”, caso os menus estejam em português). Pode ser um separador ou uma opção embutida num menu. No pé da tela, haverá informações de como navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter> para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup).

Uma vez localizada a tela, altere a sequência de modo que a unidade de mídia removível (USB) se torne o dispositivo prioritário (1st boot device). Na própria tela você encontrará informações de quais teclas usar nessa alteração (normalmente são as setas e/ou os teclas de + e). Sugiro definir a unidade USB como prioritária e manter o HD como segunda opção, pois assim não será preciso reverter à configuração anterior mais adiante, uma vez que, sem uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Concluída a reconfiguração, pressione para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Em computadores de fabricação recente, o BIOS pode ter sido substituído por um sistema chamado UEFI, que é bem mais intuitivo, mas o procedimento é basicamente o mesmo, como também as teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o uso do mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Para iniciar o computador a partir da unidade de resgate, conecte o pendrive numa portinha USB, ligue a máquina e siga as instruções na tela. Entre as opções disponíveis, você poderá executar a ferramenta que tenta corrigir os erros que estejam impedindo o computador de inicializar normalmente, reverter o sistema a um ponto de restauração criado previamente, retornar à versão anterior do sistema ― o que pode ser interessante se você estiver tendo problemas após ter instalado algum update abrangente fornecido pela Microsoft ― ou mesmo reinstalar o Windows preservando (ou não) seus arquivos pessoais.

Boa sorte.

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domingo, 17 de junho de 2018

JORNAL DENUNCIA MORO POR EXCESSO DE EFICIÊNCIA



Pouquíssimos magistrados no mundo exibem a eficiência de Sergio Moro. O juiz da Lava-Jato trabalha em fins de semana, feriados e dias santos para manter um nível de produtividade que desmoraliza instâncias superiores, luta incansavelmente para neutralizar manobras protelatórias de advogados espertalhões, examina e julga processos com exemplar agilidade.

Pois um dos grandes jornais resolveu denunciar Sergio Moro por ausentar-se do local do emprego dois dias úteis por mês. Noticiada na primeira página, a descoberta acabou enriquecendo o currículo do juiz federal. As viagens não o impedem de acumular números que escancaram a lentidão exasperante do Supremo Tribunal Federal.

A imprensa deveria investir em investigações menos inúteis o tempo que desperdiça com a caça a irregularidades inexistentes envolvendo defensores da lei. Que tal, por exemplo, descobrir quantos dias Lula ficou longe do Planalto nos oito anos em que foi presidente? Também seria interessante contar aos leitores o que faz Dilma para ganhar a vida ─ além de sair por aí não dizendo coisa com coisa em distintos idiomas. Assunto não falta. Faltam critério, juízo e competência.

Publicado originalmente no blog de AUGUSTO NUNES

Enquanto isso, deu n’ O ANTAGONISTA:

Itamar de Oliveira, ex-integrante da equipe de segurança de Lula, disse que ia de três a quatro vezes por semana ao sítio de Atibaia, entre 2010 e 2011, para cumprir ordens de Marisa Letícia. Ele ia ao sítio juntamente com Rogério Aurélio Pimentel, assessor de Lula. Marisa se inteirava, através de Rogério, das obras então em curso na propriedade — obras sob o comando da ex-primeira-dama. E depois a petralhada diz que o sítio de Lula não era de Lula.

E no ESTADÃO:

Tucanos vão procurar FHC para convencê-lo a apoiar publicamente o nome de Nelson Jobim, do MDB, para a presidência da República. E que, “se FHC topar, quem está agindo nos bastidores promete sair da sombra e defender publicamente a substituição de Geraldo Alckmin por Jobim”.

Apresentar Jobim como “um nome de centro” não passa de um golpe para tentar livrar a cara de todos os políticos enrolados na Lava-Jato. Do PT ao PSDB, passando por PP e, claro, pelo MDB. Jobim não é nome de centro coisíssima nenhuma. É o nome do acordão entre Judiciário, Legislativo e Executivo, para “pôr em seu devido lugar” os juízes e procuradores que já levaram ou estão para levar corruptos para a cadeia. Ele já trabalha ativamente em Brasília e alhures. E FHC não precisa ser “procurado”. Ele participa ativamente da jogada do “polo democrático e reformista”.

Mudando de pato pra ganso, o ministro Edson Fachin decidiu submeter à 2ª Turma do STF o novo pedido da defesa do criminoso de Garanhuns para que ele deixe a prisão até que os recursos contra sua condenação na Lava-Jato sejam julgados. Espera-se que o julgamento ocorra no próximo dia 26, a critério do presidente da Turma (Lewandowski), “diante dos afazeres daquele colegiado” — que já havia negado por unanimidade, no mês passado, outro pedido de Lula para deixar a prisão. 

Um pedido semelhante, feito pelos advogados do petralha ao STJ, foi negado na última terça-feira pelo ministro Felix Fisher, relator da Lava-Jato naquele Tribunal. Vale lembrar que a defesa do molusco ingressou com recurso especial no STJ e extraordinário no STF, mas a presidência do TRF-4 ainda não julgou a admissibilidade dos apelos. Haja coração!

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sábado, 16 de junho de 2018

POR 6 VOTOS A 5, STF PROÍBE A CONDUÇÃO COERCITIVA


Por 6 votos a 5 (como já virou praxe), o STF vetou a condução coercitiva de investigados para interrogatórios. Foi decana Celso de Mello o voto que formou maioria e acolheu os pedidos do PT de do Conselho Federal da OAB. Na prática, porém, pouca coisa muda, pois a condução coercitiva de investigados para interrogatórios está vetada desde o final de 2017, quando o ministro Gilmar Mendes — sempre ele! — a proibiu através de uma decisão liminar.

Segundo os investigadores da Lava-Jato, a condução coercitiva era utilizada justamente em substituição às prisões temporárias — um bom exemplo é o caso de José Yunes, João Batista Lima Filho e Wagner Rossi — e, por isso, o uso do instrumento deve aumentar a partir de agora. Ressalte-se que, conforme revelou O Estadão em maio deste ano, as cumpridas pela PF cresceram 31,75% nos primeiros quatro meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado.

Nas palavras de um integrante da Lava-Jato, a decisão do STF representa um “revés”. Mas, ao mesmo tempo, não se lhe deve dar uma importância exagerada, pois haverá um instrumento mais forte para ser utilizado em caso de necessidade. “Se o objetivo de alguns era afetar a Lava-Jato, isso não ocorrerá, de fato. Mas, certamente, gera um clima negativo”, ressaltou. Outro integrante da Lava-Jato reforça o mesmo raciocínio, argumentando que a condução coercitiva evita que o acusado seja preso temporariamente.

Enfim, assim quis a maioria capitaneada pelo laxante togado. Mas o que é dele está guardado, e ri melhor quem ri por último (voltaremos a esse assunto oportunamente).

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

MAIS CRISE NO PAÍS DA CRISE



Os combustíveis retornaram às bombas e os hortifrutigranjeiros, às feiras livres e supermercados. Tudo voltou ao normal, ainda que os preços estejam bem mais altos que antes da paralisação dos caminhoneiros. Mas o Brasil é um país em crise permanente, com períodos de aparente normalidade, e neste momento, a quatro meses das eleições, é “normal” estarmos vivendo o mais absoluto caos.

ObservaçãoDois novos encontros com caminhoneiros e uma possível votação na Câmara dos deputados acrescentam mais um capítulo na novela da crise viária e política do país. Além da tabela de fretes rodoviários, será discutida a Medida Provisória dos Fretes e o aumento na pontuação de suspensão da carteira de motorista.

As greves dos caminhoneiros e dos petroleiros — esta última ficou mais na ameaça, mas enfim... — jogaram o Brasil de volta no atoleiro do populismo e causaram enormes danos à economia e à rotina da população. E num país onde nem o passado é previsível, como prever o que acontecerá em outubro, quando milhões de desinformados e outros tantos analfabetos de quatro costados escolherão presidente, governadores, senadores e deputados estaduais e federais a partir de um portfólio de opções onde, salvo raríssimas exceções, não há nada que valha míseros dois réis de mel coado?

A greve dos caminhoneiros deve continuar impactando a economia, a política, o orçamento e até o judiciário brasileiro ao longo de 2018, até porque baixar e controlar preços por decreto não funciona — que o diga o ex-presidente Sarney. Resta saber se os postos realmente baixarão o preço do diesel em 46 centavos, como o Planalto prometeu, ainda que, por lei, não possa tabelar o preço nas bombas. Marun disse que não se trata de tabelamento, mas se o governo anunciou multas de até 9,4 milhões de reais para postos que desrespeitarem a medida, o que seria, então?

Observação: Analistas estimam que os prejuízos decorrentes ultrapassam R$ 60 bilhões e seus efeitos para o PIB de 2018 ainda são imensuráveis. O mais provável é que a economia cresça menos de 2%, o que fulmine as candidaturas governistas e abre espaço para discursos mais extremados no processo eleitoral. A greve terminou, mas, pelo visto, os problemas políticos e econômicos continuam a pleno vapor.

Seria ingenuidade esperar algo diferente de um governo falido, de um presidente impopular, desacreditado e cercado de assessores igualmente suspeitos, investigados ou denunciados. Ou uma reação diferente dos investidores, a 4 meses de uma eleição na qual os candidatos mais cotados são um presidiário e um militar truculento, arrogante e de absoluta inexpressividade legislativa — com míseros 2 projetos aprovados em 26 anos como congressista.

Assim como ocorreu nas eleições de 2014, quando Dilma e Aécio dividiam a preferência do eleitorado, as pesquisas de intenção de voto serão acompanhadas de perto pelo mercado financeiro, e o fato de o que elas revelam não entusiasmar — com o demiurgo de Garanhuns fora do páreo, a disputa fica polarizada entre Jair Bolsonaro e Ciro Gomes —, devemos ter novas oscilações pela frente.

Como nenhum dos primeiros colocados é bem visto pelo mercado financeiro, a publicação dos resultados das pesquisas provocou quedas na Bolsa e altas no preço do dólar (na última quinta-feira, o IBOVESPA fechou em baixa de 2,98%, aos 73.851 pontos, e a moeda norte-americana subiu 2,28%, cotada a R$ 3,926). O fato de a sonhática Marina Silva aparecer ora em terceiro, ora em segundo lugar também não ajuda em nada, e nem Henrique Meirelles nem Geraldo Alckmin — que, se estivessem melhor colocados, acalmariam o mercado — parecem ter chances reais de chegar ao segundo turno.

Seja como for, a menos que se dê uma inconcebível — mas não impossível, que isto aqui é Brasil — reviravolta no cenário político-jurídico, Lula é carta fora do baralho, digam o que disserem os petralhas e sua militância atávica. O petralha, que também não é bem visto pelo mercado financeiro, está cumprindo pena e é réu em mais 6 ações criminais — duas das quais tramitam na 13ª Vara Federal, em Curitiba, e se não fossem os recorrentes pedidos de perícias, diligências e outras chicanas,  já teria sido sentenciado no processo que trata da cobertura em São Bernardo do Campo e do terreno comprado pela Odebrecht para sediar o folclórico Instituto Lula. Isso sem mencionar o sítio de Atibaia, cuja ação também está sob a pena do juiz Moro (os demais tramitam na Justiça Federal do DF, onde, a exemplo do que ocorre no STF, avançam a passo de tartaruga).   

Por essas e outras, para o dólar romper a barreira psicológica dos R$ 4 é o BACEN voltar a subir a taxa básica de juros é mera questão de tempo. Espera-se que, já na próxima reunião, o COPOM eleve a Selic em meio ponto percentual. Todavia, o uso da política monetária para conter o avanço do câmbio em vez de para controlar a inflação (que está baixa devido à recessão), o mercado pode interpretar a alta dos juros como um sinal de que o Banco Central está receoso em relação ao câmbio, e isso é tudo de que o governo não precisa neste momento.

Some-se a isso o fato de o Congresso estar parado, de reformas importantes — como a fiscal e a da Previdência — não avançarem, junte a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras e veja como o molho desanda facilmente.

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AINDA SOBRE A UNIDADE DE RECUPERAÇÃO NO WINDOWS 10


A EXPERIÊNCIA É UMA LANTERNA DEPENDURADA NAS COSTAS QUE APENAS ILUMINA O CAMINHO JÁ PERCORRIDO.

Há muito que os PCs deixaram de trazer os arquivos de instalação do Windows em mídia removível (disquetes até o Win 95, CD a partir do 95SE e DVD do XP em diante). Em vez disso, para economizar alguns dólares em cada máquina, os fabricantes passaram a criar uma partição oculta no HD para armazenar os arquivos de restauro.

Observação: Reverter o aparelho às configurações originais a partir desses arquivos é relativamente simples, mas o caminho pode variar ligeiramente conforme a marca e o modelo do PC. Para não errar, consulte sempre a documentação que acompanha seu aparelho ou obtenha informações junto ao suporte do fabricante.

Todavia, há situações em que uma falha grave pode impedir o computador de reiniciar (ou seja, o Windows não chega a carregar), e nesses casos uma unidade de recuperação pode salvar a pátria. É possível criar esse "salva-vidas" tanto em DVDs quanto em pendrives ou HDs externos (USB), o que é uma mão na roda quando não se dispõe de um gravador de mídia óptica (situação que, como dito no post anterior, é comum em notebooks e all-in-one de fabricação recente).

Considerando que a maioria dos usuários de PC vêm preferido modelos portáteis aos tradicionais desktops, nosso tutorial tomará por base a criação da unidade de resgate num dispositivo USB ― pendrive ou HD externo. Caso você disponha de um gravador e prefira queimar os arquivos num DVD, os passos são basicamente os mesmos; a diferença é que você terá de criar um arquivo .ISO.  

Observação: É possível acessar o conteúdo de arquivos .ISO sem regravá-los em mídia óptica. Para tanto, basta instalar um “leitor virtual” (como o  MagicISO), dar um clique direito no ícone que será adicionado à Área de Notificação do computador, selecionar Virtual CD/DVD-ROM > Media > Mount, clicar no arquivo .ISO  e acessá-lo via menu Iniciar > Computador (para encerrar, basta dar um clique direito no ícone que representa o drive virtual e selecionar a opção Ejetar).

Para criar a unidade resgate no Windows 10, utilizando um pendrive ou um HD externo, faça o seguinte:

― Certifique-se de que haja uma conexão ativa com a internet e que seu pendrive (ou HD externo) disponha de pelo menos 4 GB de espaço livre (pendrives com capacidade bem superior podem ser adquiridos por menos de R$ 50, de modo que é melhor investir num modelo de 16 ou 32 gigabytes).

― Identifique sua versão do Windows 10 ― dê um clique direito sobre o botão Iniciar, clique em Sistema e anote as informações exibidas na tela (vide imagem que ilustra esta postagem).

― Acesse a página de downloads da Microsoft, baixe a ferramenta de criação de mídia e execute-a na sua máquina. Na janela que será exibida a seguir, clique em Criar mídia de instalação para outro computador e em Avançar.

― Na próxima tela, selecione o idioma, a edição (Windows 10 Home, no caso do nosso exemplo) e a arquitetura (x86 para 32-bits ou x64 para 64-bits, conforme o caso). No campo Edição, escolha a versão que você anotou anteriormente.

― Na janela seguinte, marque Unidade flash USB se for usar um dispositivo USB (caso do nosso exemplo) ou Arquivo ISO se for criar a unidade de recuperação em mídia óptica (que não é o caso do nosso exemplo). Espete o pendrive ou o cabo USB do HD externo numa portinha USB do PC, clique em avançar na tela seguinte e aguarde a conclusão do processo.

Na próxima postagem, veremos como usar essa unidade de recuperação do sistema. Até lá.

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

STJ NEGA RECURSO DE LULA E STF MARCA JULGAMENTO DE GLEISI HOFFMANN





O ministro Felix Fischer, do STJ, negou na última segunda um pedido da defesa de Lula para atribuir efeito suspensivo a um recurso especial apresentado contra a condenação no caso do triplex de Guarujá

O objetivo era permitir que o criminoso condenado deixasse a prisão e participasse da campanha eleitoral, pelo menos até a 5ª Turma do STJ julgar o recurso especial. Na decisão, Fisher destacou que o recurso especial — apresentado perante o TRF-4 — ainda não chegou ao STJ e aguarda manifestação do MPF.

Além do pedido feito ao STJ, a defesa do molusco pediu ao Supremo a concessão de efeito suspensivo também ao recurso extraordinário. O ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava-Jato na nossa mais alta Corte, está aguardando o parecer da PGR para então decidir sobre o pleito.

Falando no Supremo, o julgamento da senadora petralha Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foi agendado para a próxima quarta-feira, 20. 

Narizinho” (ou Coxa, ou ainda Amante) será a segunda política a ser julgada pelo STF nos quatro anos de investigação da Lava-Jato — o primeiro, o deputado Nelson Meurer, foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No que depender da PGR, a presidente do PT vai engrossar a lista: em manifestações finais na ação, a chefe do MPF pediu a condenação à prisão da petista e o pagamento de uma multa de 4 milhões de reais de indenização pelos danos.

A ação foi liberada para julgamento pelo revisor da ação, ministro Celso de Mello. Além dele, selarão a sorte de Gleisi o relator, Edson Fachin, e o trio assombro togado — Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Se for condenada pela 2ª Turma, mas obtiver ao menos 2 dos 5 votos a seu favor, a petralha poderá recorrer ao Plenário do Supremo.

Tomem tinta, petralhas!

EM TEMPO: O STF adiou para hoje a decisão sobre a condução coercitiva. Quatro ministros já votaram a favor e dois contra. Para a decisão final, são necessários os votos de 6 dos 11 ministros.

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DISCO DE RESGATE DO WINDOWS 10 ― CONTINUAÇÃO


O BRASIL NÃO TEM A MENOR CHANCE DE SER CONFUNDIDO COM UM PAÍS SÉRIO.

Como dito no capítulo anterior, meu Windows não carregou normalmente após eu reiniciar o computador para validar uma suposta atualização do sistema, não reiniciou automaticamente no modo de segurança e tampouco abriu a tela das opções de recuperação quando forcei o desligamento e tornei a ligar o PC por três vezes consecutivas.

Insistindo na tecla F2 durante o boot, consegui abrir a tela do CMOS Setup, o que desfez minhas suspeitas de problemas relacionados ao monitor ou placa de vídeo. Todavia, não consegui acessar o Modo de Segurança via tecla F8... enfim, resumindo: depois de muito malabarismo, o computador reiniciou normalmente. Então, depois de me assegurar de que tudo estava como dantes no Quartel de Abrantes, resolvi criar um disco de resgate.

Como a maioria dos notebooks e all in ones atuais deixou de incluir o drive de mídia óptica, “disco de resgate” é uma maneira de dizer, já que a unidade de recuperação é criada num pendrive. Esclarecido esse detalhe, passemos ao procedimento propriamente dito, que é bastante simples.

― Com o Windows ativo e operante, digitamos “criar unidade de recuperação” (sem aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou na caixa de diálogo da Cortana) e clicamos em Criar unidade de recuperação ― Painel de Controle.

― A janelinha que se abre em seguida permite escolher entre criar o disco de resgate, pura e simplesmente, ou incluir um backup do sistema ― opção que permite reinstalar o Windows a partir da unidade de recuperação que vamos criar. Nesse caso, porém, o processo é mais demorado e ocupa bem mais espaço. Mesmo assim, sugiro que você escolha essa opção (mais adiante, veremos como criar esse "disco de resgate" com o auxílio da ferramenta de criação de mídia da Microsoft, mas isso é assunto para o próximo capítulo). 

― Os próximos passos são espetar o pendrive numa portinha USB, indicá-lo ao assistente de criação, clicar em Avançar e, em seguida, em OK na mensagem dando conta de que o dispositivo será formatado (se houver arquivos importantes no pendrive, devemos providenciar um backup com antecedência, pois todo o conteúdo será apagado durante a formatação).

― Finalmente, clicamos no botão Criar e aguardamos a conclusão do processo. Quando for exibida a mensagem de que a unidade de recuperação está pronta, clicamos em Concluir.

Na próxima postagem, veremos como criar a unidade de recuperação com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Até lá.

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quarta-feira, 13 de junho de 2018

LULA LÁ — EM PINHAIS



Lula não quer ir para Pinhais. Quer voltar para o Palácio do Planalto, mesmo estando cumprindo pena, e, portanto, inelegível — o demiurgo de Garanhuns, ressalte-se, é réu em mais 6 ações penais e está prestes receber sua segunda condenação. Mesmo assim, o bufão foi sagrado pelo PT candidato à presidência desta Banânia (só mesmo numa republiqueta de bananas como a nossa que se leva a sério um presidiário que posa de candidato ao mais alto cargo do serviço público federal).  

Claro que isso é mais uma empulhação, uma pantomima que teve início quando o deus-pai dos corruptos e seu abjeto partido foram ceifados pela Lava-Jato. De acordo com o não menos abjeto Lindbergh Farias, líder do bando no Senado, “é preciso esticar a permanência de Lula ao máximo”. A intenção, naturalmente, é fazer do falastrão cabo eleitoral para potencializar campanhas de deputados, senadores e governadores petistas, de modo a evitar uma reprise do que ocorreu nas eleições de 2016. Essa agonia deve se prolongar até setembro; quando a Justiça Eleitoral finalmente vetar a candidatura do sevandija, o partido recorrerá ao tal “plano B”.

Nem todo mundo no PT concorda com essa estratégia. De acordo com a revista ISTOÉ, a insatisfação vem crescendo nos bastidores, havendo até quem a classifique o plano de “suicida”. Segundo um parlamentar petista, se há um candidato que aparece competitivo e se metade dos eleitores ainda não têm candidato à Presidência, manter a quimera de “Lula presidente” é incompreensível. 

Ainda de acordo com esse mesmo parlamentar, o PT parece agir somente como o “Partido do Lula”, atendendo a seus interesses, movendo-se unicamente para ele e se esquecendo do resto. Fora do jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais, e ainda pode ajudar a eleger Jair Bolsonaro, cuja posição à frente da disputa vem se consolidando.

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DISCO DE RESGATE DO WINDOWS 10 ― MELHOR TER E NÃO PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO TER

UM HOMEM COM UM RELÓGIO SABE A HORA CERTA. UM HOMEM COM DOIS RELÓGIOS
SABE APENAS A MÉDIA.


Dias atrás, meu Windows alertou para a existência de atualizações pendentes que dependiam da reinicialização do computador para serem efetivadas. Como eu havia aplicado o update de Abril pouco antes e ainda faltavam 3 semanas para o Patch Tuesday de junho, estranhei as tais pendências. Mesmo assim, comandei a reinicialização. 

A demora inabitual (típica de um update abrangente) me deixou ressabiado, mas aguardei a ampulheta rodar por uns 45 minutos antes de forçar o desligamento do computador (para quem não sabe, basta manter o botão de energia pressionado por 5 segundos). Depois disso, no entanto, o Windows não conseguiu carregar ― nem mesmo até a tela de inicialização, o que me impediu de acessar o modo de segurança.

Observação: Modo de Segurança é uma modalidade de inicialização que carrega somente os arquivos e drivers básicos do sistema, de maneira a facilitar a solução de problemas ou a realização de tarefas que demandam acesso a arquivos que o Windows bloqueia quando é inicializado nos moldes convencionais. Desde a edição 95 do sistema que a maneira mais simples de reiniciar o computador no modo seguro consiste em pressionar repetidamente a tecla F8 durante o boot ― ou era, porque isso deixou de funcionar a partir do Windows 8 (aliás, em PCs com UEFI e SSD o boot é tão rápido que nem dá tempo de teclar Shift+F8 para forçara a exibição da tela com as opções de inicialização alternativas, mas essa já é outra conversa).

Para reiniciar o Windows 10 no Modo de Segurança, clicamos em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Recuperação > Inicialização avançada > Reiniciar agora. Na tela Escolha uma opção, selecionamos Solucionar problemas > Opções avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar; na lista de opções que é exibida em seguida, teclamos F4 para iniciar o computador no modo seguro ou F5 para modo seguro com suporte à rede (internet).

Claro que esse roteiro só serve se Windows estiver carregado. No caso de o boot empacar na tela de inicialização, devemos manter a tecla Shift pressionada, clicar no ícone que dá acesso às opções de desligamento (no canto inferior direito da tela, conforme se vê na figura que ilustra esta postagem), clicar em Reiniciar e, no menu de opções, clicar em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar. Feito isso, pressionamos a tecla F4 ou F5, conforme a opção desejada.

Quando o boot é interrompido antes de a tela de inicialização ser exibida e o Windows não abrir automaticamente o cardápio de opções de recuperação, reiniciar o computador 3 vezes consecutivas faz com que a tela das opções de inicialização alternativas seja exibida. Em Selecione uma opção, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecionamos Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos e indicamos nossa conta de usuário e senha de logon (caso ela seja solicitada), clicamos em Reiniciar e rezamos para dar certo.

Comigo não deu: a ampulheta continuou girando, girando e girando, mesmo após eu forçar a reinicialização não três, mas meia dúzia de vezes. E o pior é que eu não dispunha de um disco de resgate (“disco” é força de expressão, já que meu all-in-one não dispõe de drive de mídia óptica). Mas isso já e assunto para a próxima postagem.

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terça-feira, 12 de junho de 2018

SOBRE O REGIME MILITAR



Precisamos falar um pouco sobre regime militar no Brasil, porque em nosso país, ao contrário do que em geral acontece no resto do mundo, a História vai ficando mais incerta com o passar do tempo. É a velha tirada do ex-ministro Pedro Malan: o Brasil é um país tão difícil que aqui não dá para prever nem o passado.

Apareceram na praça, pouco tempo atrás, mais informações sobre o período do “regime militar” ou “ditadura militar”, conforme o lado da rua em que o cidadão está — e o tema, que periodicamente sai do túmulo, circula pelos meios de comunicação e volta a ser enterrado, ganha de novo seus quinze minutos de fama. Desta vez, fomos informados que os generais que mandavam no governo, inclusive um presidente da República, seu sucessor e outros colossos das Forças Armadas, autorizaram a “execução sumária” de “opositores do regime”.

A informação é de um documento da CIA, a agência de espionagem dos Estados Unidos, e não esclarece se os seus espiões ouviram, de vivo ouvido, a conversa em que os chefes militares decidiram dar essas ordens. Seja como for, as dúvidas não vêm mais ao caso. A “denúncia da CIA” morreu de inanição pouco depois de ter nascido — não chegou a impressionar os especialistas e, menos ainda, a interessar os indiferentes ao assunto.

A curiosidade, neste último episódio de viagem ao passado, não é a falta de um ponto de chegada. O esquisito é a repetição da tentativa de manter vivos um mundo e uma época que estão mortos — apesar dos resultados cada vez mais frouxos que se obtém com esses esforços de ressurreição. Pretende-se estabelecer a “verdade” sobre o passado — chegaram a criar até uma “comissão nacional” para esta tarefa. A cada tentativa, naturalmente, não se estabeleceu verdade nenhuma. Como seria possível, se o centro da questão está em fatos que aconteceram há 50 anos? As responsabilidades teriam de ter sido apuradas lá atrás. Mas para isso seria indispensável que os militares tivessem perdido seu combate contra os grupos que queriam derrubá-los — só assim poderiam ter sido presos, julgados e condenados. (Ou “executados sumariamente”, talvez.) Acontece que os militares não perderam. Saíram do governo porque quiseram e foram em boa ordem para as suas casas, protegidos por uma lei de anistia legalmente aprovada. Não passou pela cabeça de ninguém, na hora, chamar o general Pedro ou o coronel Paulo para responder a inquérito nenhum. Caso encerrado, então. Punições deste tipo ou vêm imediatamente após o encerramento do conflito, ou não vêm nunca mais. Não dá para reabrir o Tribunal de Nuremberg ou os Processos de Tóquio. Não dá para descobrir a verdade sobre a Guerra dos Farrapos. Pode até dar — mas é inútil.

O que acaba acontecendo, na vida real, é que a cada expedição arqueológica feita para descobrir a “verdade histórica”, o passado se torna mais obscuro, e não mais claro. Em vez de se saber mais, fica-se a saber menos. No caso do regime que existiu de 31 de março de 1964 até 30 de dezembro de 1978, quando foi revogado o Ato Institucional Nº 5, a passagem do tempo torna as coisas especialmente mais vagas para o brasileiro comum. O período é descrito pelos fiscais da História nacional como o mais negro de toda a existência do Brasil —os tais “anos de chumbo”, piores que qualquer desgraça que o país já tenha vivido até hoje. Mas a cada dia que passa, mais ralo vai ficando este caldo.

Hoje, só cidadãos que já estão com 72 anos de idade, ou mais, tinham chegado aos 18 e eram adultos em 1964. Todos os oficiais atualmente na ativa nas Forças Armadas eram crianças na época, ou nem tinham nascido. Dos que sobreviveram, muitos não acham que aqueles foram “anos de chumbo” — ou sequer lembram de algum incômodo causado em seu dia-a-dia pelo “regime”. Mais de 60% da população atual do Brasil, ou acima de 125 milhões de pessoas, têm até 40 anos de idade. Nenhuma delas era viva quando o AI-5 foi revogado e as liberdades públicas e privadas foram restabelecidas. Porque essa gente toda iria achar que o governo militar é uma questão fundamental em suas vidas? Não é. Não vai ser nunca.

Os chefes militares foram responsáveis por mortes, torturas e prisões ilegais. Claro que foram: o AI-5 não aboliu o Código Penal, nem tornou legal o homicídio. Como cometer crimes sem autorização superior? Todos achavam, aliás, que estavam fazendo muito bem — na sua visão, havia simplesmente um inimigo a eliminar. Não vão mudar de ideia. Esperam, ao contrário, que o tempo traga cada vez mais gente para o seu lado.

Por J.R. GuzzoPublicado na edição impressa de VEJA

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REVISITANDO OS PUPs (PROGRAMAS POTENCIALMENTE INDESEJADOS)


PUPs, como sabe quem acompanha estas despretensiosas postagens, são programinhas potencialmente indesejados. Eles costumam vir de carona com aplicativos (geralmente gratuitos) que baixamos da Web e adicionar plug-ins no navegador, exibir propagandas chatas (ou de conteúdo adulto ou pornográfico) e por aí afora.

Os desenvolvedores de software embutem esses penduricalhos nos arquivos de instalação de seus produtos em troca da contrapartida financeira oferecida pelos respectivos fabricantes. Infelizmente, nem todos deixam clara a existência desse "crapware" ou facilitam sua exclusão do processo de instalação. Não raro o usuário só se dá conta do problema quando passa a ser bombardeado por janelinhas pop-up ou quando seu navegador exibe uma barra de ferramentas que até então não existia, teve alterados o mecanismo de buscas e/ou o site configurado como homepage.

A desinstalação dos PUPs costuma ser trabalhosa. Não raro é preciso desinstalar o aplicativo que serviu de transporte ao programinha indesejado, o que significa abrir mão das funcionalidades de um software instalado por opção. Para piorar, isso nem sempre resolve, e a solução passa por uma edição manual do Registro do Windows ― providência que demanda expertise e envolve riscos, pois alterações indevidas podem produzir efeitos ainda mais danosos (jamais altere o Registro sem antes criar um ponto de restauração do sistema e um backup da chave que será modificada).

Para instalar aplicativos é preciso aceitar o contrato de licença (EULA) exibido quando o usuário dispara o processo de instalação. Quase ninguém lê os termos desse contrato ― e se lesse, talvez não instalasse a maioria dos freewares, mas isso já é outra conversa.

Observação: Para os preguiçosos de plantão, o EULALYZER é uma mão na roda, pois analisa os contratos e exibe informações resumidas de seu conteúdo, alertando para a existência de elementos potencialmente perigosos.

A tela que se abre quando se dá início à instalação de um aplicativo pode passar a impressão de que somente a instalação padrão é possível (a opção personalizada aparece acinzentada, como se estivesse desabilitada), mas não custa verificar se existe alguma caixinha de verificação que, uma vez desmarcada, exclui os penduricalhos que vêm “de brinde”. Isso porque, mesmo sendo possível remover o entulho a posteriori (e há casos em que não é), quase sempre o procedimento e trabalhoso. Na dúvida, cancele a instalação do aplicativo e faça uma pesquisa sobre os acompanhamentos suspeitos. Se for o caso, opte por um software alternativo, que sirva basicamente para a mesma coisa, mas que não inclua apêndices indesejáveis.

Note que os PUPs não são malwares (vírus, trojans, worms e assemelhados), embora muitos deles embutam ou atuem eles próprios como spyware (software espião destinado a colher informações sobre os hábitos de navegação do internauta, ou, pior, seus dados de login, senhas bancárias e números de cartões de crédito).

Por essas e outras, baixe aplicativos somente a partir dos sites dos fabricantes. Na impossibilidade, recorra a grandes portais (como Terra, UOL, etc.) ou a repositórios de download renomadosBaixaki, Superdownloads, Gratis e MeusDownloads, por exemplo. Isso não garante que os arquivos de instalação venham "limpos", mas reduz significativamente os riscos. Demais disso, salve os arquivos de instalação na área de trabalho e cheque-os com seu antivírus antes de dar andamento ao processo, mas tenha em mente que o fato de eles serem aprovados não significa necessariamente que não incluam outros programinhas.

Observação: Sempre que possível prefira serviços online a aplicativos instaláveis. Eles dispensam instalação e, portanto, não trazem penduricalhos indesejáveis (além de não comprometerem espaço no disco e não deixarem resíduos que, com o passar do tempo, minam a estabilidade e o desempenho do sistema). Se for preciso instalar um aplicativo residente, fique atento às telas exibidas durante o processo de instalação. Em muitos casos, basta desmarcar uma caixinha de verificação para evitar penduricalhos indesejados. E se você fizer o download do Baixaki ou do Superdownloads, por exemplo, escolha a opção "Baixar sem instalador", de maneira a evitar que os instaladores lhe "empurrarem" programinhas que você não quer. 

O NINITE e o UNCHECKY podem ser de grande ajuda. O primeiro é um serviço online e, portanto, dispensa instalação ― basta acessar o site, marcar as caixas correspondentes aos programas desejados e clicar em Get Installer para baixar os instaladores sem eventuais penduricalhos. O segundo é um aplicativo residente que identifica possíveis “armadilhas” e ajuda a evitar que complementos indesejados sejam instalado.

Espero ter ajudado.

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segunda-feira, 11 de junho de 2018

ISTO É BRASIL, TEM JEITO NÃO — SEGUNDA PARTE



Conforme eu mencionei no post anterior, o PT insiste na candidatura do criminoso condenado e encarcerado Lula, talvez por não existir, nas fileiras da legenda, outro nome que tenha a mínima chance de se eleger presidente desta Banânia. E olha que não faltam apedeutas munidos de título de eleitor para votar nessa gentalha.

Mesmo sabendo que as chances de participação do demiurgo de Garanhuns no pleito são iguais às de uma bola de neve no inferno, o diretório vermelho ignora solenemente a pesquisa divulgada pelo site Poder 360 no início da semana passada, na qual Haddad, colocado na pesquisa como alternativa, obteve 8% das intenções de voto — o que o deixa próximo daqueles que vêm aparecendo em segundo lugar. Assim, o PT lançou a “candidatura” Lula, na última sexta-feira, com o slogan “Ajude o Brasil a ser feliz de novo”. Além disso, criou um site para arrecadação eletrônica de recursos (cerca de 900 otários já doaram um total de R$ 56 mil). E assim segue essa fantasia, com Lula candidato, embora esteja preso e impedido de disputar eleições.

Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro. Está cumprindo pena desde o dia 7 de abril e é inelegível à luz da Lei da Ficha-Limpa. Além disso, ele responde a mais 6 processos criminais, dois dos quais tramitam na 13ª Vara Federal, em Curitiba. Não fosse pelos recorrentes pedidos de perícias e diligências apresentados por seus advogados, ele certamente já teria sentenciado no processo que trata dos R$ 12,4 milhões em propina — representados por uma cobertura em São Bernardo do Campo e um terreno em São Paulo, comprado pela Odebrecht para sediar o folclórico Instituto Lula. Outras 4 ações tramitam na Justiça Federal em Brasília, mas lá, como é sabido, as coisas andam num ritmo próprio — bem mais lento que sob a pena do juiz Sérgio Moro.   

Na última quinta-feira 7, Veja revelou que o bloqueio dos bens do ex-presidente corrupto continua mantido devido a uma investigação fiscal. Segundo os investigadores, Lula recebia doações para seu instituto, que era isento do pagamento de impostos, e usava o dinheiro em benefício próprio — viagens particulares, locação de aviões e carros, etc. 

A candidatura do molusco é mais um ato de encenação que começou quando o petralha e seu partido foram ceifados pela Lava-Jato. De acordo com o abilolado Lindbergh Farias, líder do PT no Senado, “é preciso esticar a permanência de Lula ao máximo” — para ele funcionar como “cabo eleitoral”, potencializando as campanhas de deputados, senadores e governadores, evitando, assim, o reprise do fiasco  que se viu nas eleições de 2016. Em setembro, quando a Justiça eleitoral finalmente vetar a candidatura do sevandija de Garanhuns, o partido recorreria ao tal plano B.

Mas nem todo mundo no PT concorda com essa estratégia. De acordo com a revista ISTOÉ, a insatisfação vem crescendo nos bastidores, havendo até quem a classifique o plano de “suicida”. Segundo um parlamentar petista, se há um candidato que aparece competitivo e se metade dos eleitores ainda não têm candidato à Presidência, manter a quimera de “Lula presidente” é incompreensível. Ainda de acordo com esse mesmo parlamentar, o PT parece agir somente como o “Partido do Lula”, atendendo a seus interesses, movendo-se unicamente para ele e se esquecendo do resto. Fora do jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais, e ainda pode ajudar a eleger Jair Bolsonaro, cuja posição à frente da disputa vem se consolidando — embora alguns analistas falem em Ciro Gomes e Marina Silva; eu, particularmente, não sei quem é pior.

Que Deus nos ajude.

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