QUEM TENTA FUGIR DA PRÓPRIA SOMBRA SE PERDE EM PLENA LUZ DO DIA.
Android e iOS dominam o mercado de sistemas móveis com 70% e 28% de participação, respectivamente — a fatia menor da Apple se explica pelo ecossistema fechado.
No Brasil, o mercado de smartphones Android é disputado por Samsung (36,21%), Motorola (20,05%), Xiaomi (18,62%) e Apple (11,55%). O iOS se limita a sete modelos de iPhone, enquanto o Android oferece mais de 100 opções — nos últimos quatro anos, a Anatel homologou 233 aparelhos 5G de vinte fabricantes.
O código aberto torna o sistema do Google mais personalizável e, consequentemente, mais visado por cibercriminosos. No entanto, o fato de os apps da App Store passarem por revisão rigorosa e rodarem em sandboxes não torna os iPhones invulneráveis nem dispensa o uso de segurança adicional.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
A condenação de Jair Bolsonaro e seus cúmplices do núcleo crucial da tentativa de golpe não baixou a temperatura do embate político — pelo contrário. A questão em pauta atualmente é a aviltante PEC da Anistia, cuja urgência foi aprovada pela Câmara no final da semana passada.
Ainda não se sabe exatamente qual será o tipo de anistia — um dilema político extremamente complexo, dadas suas implicações jurídicas, institucionais e simbólicas. Seja qual for o desfecho, o debate põe à prova, de forma imediata, dois tipos de confrontos políticos. O primeiro diz respeito à força relativa de cada grupo dentro do Legislativo — a oposição acredita ter votos suficientes para aprovar a proposta na Câmara, mas dificilmente teria a mesma força no Senado.
O segundo confronto, igualmente relevante, é entre o STF — que já sinalizou que uma anistia ampla, nos moldes pretendidos pela oposição, será vetada, e essa mesma posição foi defendida pelo chefe do Executivo. Diante desse desequilíbrio institucional, parte dos operadores políticos descreve a situação atual como um grande jogo de cena, uma encenação preparatória para as eleições de 2026. Ou seja, muitas manobras — gestos simbólicos, discursos inflamados, articulações — mas sem consequências graves no curto prazo. Seriam, portanto, danças políticas voltadas a animar as diferentes tribos eleitorais.
O problema é continuar dançando no salão de um barco à deriva — o Brasil.
Quando troquei o Windows pelo macOS, notei a escassez de aplicativos gratuitos. Hoje, porém, a App Store oferece 1,91 milhão de apps — contra 1,56 milhão na Play Store. A redução de quase 50% em relação aos 3,4 milhões do início de 2024 deveu-se às políticas mais rígidas do Google e ao fato de alguns desenvolvedores optarem por distribuir seus apps fora da Play Store — no iOS, praticamente tudo passa pela App Store.
A escolha da marca e do modelo do smartphone tem mais a ver com preferência e disponibilidade financeira do usuário do que com as vantagens e desvantagens de cada sistema. No caso do Android, pesa também os recursos e funções presentes nas UIs (interfaces de usuário) que os fabricantes desenvolvem a partir do código “bruto” que recebem do Google. A Hello UI da Motorola preserva mais as características originais do Android, mas isso não significa que seja melhor ou pior que One UI da Samsung ou que a HyperOS da Xiaomi, por exemplo.
Os iPhones costumam ser mais caros, mas modelos premium da Samsung — especialmente os dobráveis — podem custar tanto ou mais que os top de linha da Apple. Quando dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor. Mas considerando que sobra mês no fim do salário da classe média brasileira, é preciso priorizar o que realmente importa.
No que tange ao processador, Snapdragon 7 Gen 3 e MediaTek Dimensity 7300 são escolhas seguras — evite modelos muito básicos, como Snapdragon 4xx ou MediaTek Helio de entrada. Quanto à memória, 6 GB de RAM e 256 GB de armazenamento são aceitáveis — 128 GB apenas se houver slot para microSD —, mas um modelo com 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento garante longevidade.
Uma tela entre 6,4" e 6,8" com tecnologia AMOLED ou IPS e resolução Full HD+ (1080p) atende à maioria dos usuários. Quanto à bateria, a capacidade mínima recomendada é de 4.500 mAh; se possível, opte por 5.000 mAh ou mais, com carregamento rápido de pelo menos 33W. E priorizar modelos com pelo menos quatro anos de atualizações de versão do Android e cinco anos de patches de segurança — algo que as marcas chinesas oferecem por menos tempo — garante compatibilidade futura com aplicativos.
Se seu aparelho for Samsung e o armazenamento interno estiver “no toco”, uma ferramenta nativa ajuda a liberar espaço, removendo arquivos temporários e outros dados que se acumulam durante o uso diário. Para utilizá-la, toque em Configurações > Assistência do aparelho > Memória > Limpar.
O Motorola Software Update acumula muitos arquivos após cada instalação concluída. Para excluí-los, acesse Configurações > Aplicativos > Ver todos os apps, localize Atualização de software da Motorola, toque em Armazenamento e cache e selecione Limpar armazenamento.
O Android cria uma pasta oculta para armazenar tudo o que é postado nos Status do WhatsApp. Para esvaziá-la, abra o Google Files, toque no ícone das três barrinha, selecione Configurações e ative a opção Mostrar arquivos ocultos. Volte à tela inicial do Files, toque em Armazenamento interno > Todo o armazenamento, acesse a pasta Android, siga por WhatsApp > Mídia > com.whatsapp, depois WhatsApp > Mídia > .Statuses, selecione todos os arquivos e toque no ícone da lixeira para excluí-los.
Aproveite o embalo para eliminar também as miniaturas criadas pelo aparelho ao tirar fotos ou gravar vídeos — embora acelerem o carregamento na galeria, elas continuam ocupando espaço mesmo depois que o arquivo original foi excluído. Com a opção Mostrar arquivos ocultos ativada, abra o Google Files, toque em Armazenamento interno, selecione a pasta DCIM e apague todos os arquivos com as extensões .trashed ou .thumbnails.
Feito tudo isso, deve sobrar espaço para você instalar aquele app inútil que nunca vai usar —, mas se usar, ele pelo menos não vai travar.