De acordo com a teoria do Big Bang e o modelo cosmológico padrão, tudo que existe no Universo surgiu de uma singularidade — um ponto de densidade e temperatura infinitas — que se expandiu há cerca de 13,8 bilhões de anos, dando origem ao espaço-tempo e a um mar de partículas fundamentais e radiação eletromagnética.
Cerca de 400 mil anos após o início da grande expansão, prótons e elétrons começaram a se unir, formando os primeiros átomos de hidrogênio. Nuvens de gás primordial, então, colapsaram sob sua própria gravidade, dando origem às primeiras estrelas, no interior das quais a fusão nuclear passou a forjar elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio. À medida que consumiam seu combustível, essas estrelas massivas entravam em colapso, explodindo como supernovas e espalhando seus elementos pelo cosmos — eventos tão intensos que suas forças gravitacionais acabaram por moldar galáxias inteiras.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Menos de um mês depois de colocar Bolsonaro e outros sete integrantes do "núcleo crucial" da trama golpista no banco dos réus, a 1ª Turma do STF repetiu a dose com outros seis acusados. Pelo andar da carruagem, os 33 denunciados estarão acomodados dentro de ações penais até o final de maio, e o líder da ORCRIM, sentenciado até setembro. E de nada adianta posar de vítima no hospital. Os ministros já sinalizaram que barrarão a PEC da anistia caso ela seja aprovada no Congresso.
A teoria do Big Bang é respaldada por evidências concretas, como a radiação cósmica de fundo (o "eco"do Big Bang) e a observação do afastamento das galáxias, que indica a contínua expansão do Universo. Mas de onde veio essa singularidade inicial continua sendo um dos maiores mistérios da ciência, mesmo porque o espaço como conhecemos começaram ali. Diversas teorias tentam explorar esse "antes", mas nenhuma foi capaz de se firmar com consistência ou comprovação experimental. Como disse Sócrates (469–399 a.C.), "só sei que nada sei".
Até o final do século XIX, práticas médicas como o uso de sanguessugas para curar febres e a trepanação para liberar "espíritos malignos" eram comuns. Mas a medicina evoluiu muito nos últimos anos. Quando Steven Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, em 1963, os médicos lhe deram dois anos de vida, mas ele viveu até 2018, quando trabalhava em uma das ideias mais ousadas da física moderna: os universos paralelos.
Dez dias antes de sua morte, Hawking e seu colega James Hartle submeteram ao Journal of High-Energy Physics um estudo que propunha algo impressionante: o Big Bang pode não ter sido um evento único, mas a origem de incontáveis universos. Em alguns, haveria planetas como a Terra, com sociedades e indivíduos parecidos conosco. Em outros, talvez os dinossauros jamais tenham sido extintos. E em muitos, as leis da física seriam completamente diferentes.
Por mais fantástico que isso soe, a ideia de multiversos não é puro devaneio: ela nasce de cálculos matemáticos sólidos, enraizados em teorias como a inflação cósmica e a mecânica quântica. Se confirmada, essa teoria implicaria que há infinitas versões de você, de mim, deste texto sendo escrito — e de outras versões jamais escritas.
Mas aí vem a questão-chave: como testar isso? Se os outros universos são desconectados do nosso, como poderíamos detectá-los? Essa é a crítica dos céticos — e lhe assiste razão. A ciência se baseia em evidências testáveis. Por enquanto, o multiverso ainda caminha na tênue linha entre o rigor matemático e a especulação filosófica, mas muitas dessas hipóteses encontram respaldo na Relatividade Geral, o que lhes confere certo grau de legitimidade científica. O multiverso, hoje, representa uma fronteira fascinante entre a imaginação e a investigação científica.
No fim das contas, nossa compreensão do cosmos ainda está engatinhando, e cada avanço dá azo a novas perguntas. Mas se há algo que a história da ciência nos ensina, é que aquilo que hoje parece misticismo, amanhã pode ser evidência.
Seja em um universo ou em mil, somos apenas poeira de estrelas tentando entender o céu — e isso, por si só, já é incrível.
Continua...