domingo, 14 de setembro de 2025

FILÉ AO MOLHO DE MOSTARDA

 O CIÚME É TEMPERO DO AMOR. 

Já dizia o poeta que "o ciúme é o tempero do amor". Mas, da mesma forma que tempero demais deixa a comida intragável, ciúme demais deixa a relação insustentável. Até porque a diferença entre o remédio e o veneno está na dose.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A pesquisa Genial-Quaest publicada na última segunda-feira explica por que o bolsonarismo continua pujante, a despeito da inelegibilidade do “mito” e de sua recente condenação a 27 anos e 3 meses de tranca.

Segundo o levantamento, os brasileiros confiam plenamente nas Igrejas — seja a católica (73%), seja a evangélica (71%) — e nas forças de segurança pública — tanto as polícias militares estaduais (70%) quanto as Forças Armadas (70%). Na sequência, vêm Prefeito (63%), Bancos (63%), Presidente (54%), Imprensa (50%), STF (50%), Congresso (45%), Juiz de futebol (43%), Redes sociais (41%) e Partidos (36%). 

Daí o tamanho e o poder das bancadas “da fé” e “da bala” nos parlamentos: líderes políticos de expressão são pastores e “bispos”; ministros do STF são “terrivelmente evangélicos”; até o PT e seu macróbio xamã resolveram caminhar em direção à diversidade religiosa, lembrando que o lulopetismo é historicamente ligado à CNBB.

Nos palanques bolsonaristas do 7 de setembro, Deus foi arroz de festa. Em São Paulo, com Tarcísio de FreitasSilas MalafaiaMichelle Bolsonaro, bem como em Belo Horizonte, com Nikolas Ferreira e outros “religiosos” do PL, a fé foi tema obrigatório. 

Projetos de governo e políticas de Estado deveriam nortear a escolha dos eleitores com vistas ao desenvolvimento do país, mas políticos e partidos adotam estratégias de ordem ideológica e religiosa a fim de capturar a atenção e o voto dos “fiéis”. Com as demais instituições em frangalhos perante a opinião pública, a tarefa se torna cada vez mais fácil — e os resultados, cada vez mais catastróficos. 


O fato é que um bom molho deixa um bife grelhado ainda mais apetitoso, e bifes com molho de mostarda são de dar água na boca. Você vai precisar de:

 

— 1 kg de filé, contrafilé ou alcatra;

— 100 ml de água (ou vinho branco seco);

— 3 dentes de alho amassados;

— 3 colheres (sopa) de óleo;

— 1 colher (sopa) de manteiga;

— 1 cebola picada;

— 5 colheres (sopa) de mostarda de Dijon;

— 2 caixinhas de creme de leite;

— Sal e pimenta-do-reino a gosto;

— Cheiro-verde picado para polvilhar.

 

Fatie a carne em bifes (não muito finos) e tempere com o alho, o sal e a pimenta. Leve uma frigideira ao fogo alto com o óleo e frite os bifes por 3 minutos de cada lado ou até dourarem — lembrando que fritar um bife por vez evita que a gordura esfrie e que a carne verta líquidos e cozinhe em vez de fritar. Retire, reserve.

 

Na mesma frigideira, agora em fogo médio, derreta a manteiga, doure a cebola rapidamente, adicione a mostarda, o sal e a água. Quando ferver, desligue o fogo, junte o creme de leite, mexa com uma colher de pau (ou silicone), despeje esse molho sobre os bifes, polvilhe cheiro-verde picado e sirva com batatas fritas e arroz branco.


Bom proveito — espero que o indigesto cenário político não estrague seu apetite.