NE SUTOR
SUPRA CREPIDAM (*)
O Defrag foi
criado pela Microsoft em parceria
com a Norton (hoje Symantec) e faz parte do Windows desde suas primeiras edições. De
início, ele foi solenemente esnobado, pois sua execução era vista como pura
perda de tempo, mas mais adiante se viu que a coisa não era bem assim.
Ao longo das últimas quatro décadas, diversos
desenvolvedores criaram seus próprios desfragmentadores – como o Auslogic Disc Defrag, o Smart Defrag, o Puran Defrag, o Defraggler
e os módulos que integram suítes de manutenção como o AVG TUNEUP PC, o System
Mechanic, o IObit Advanced System
Care, e por ai vai – e seu uso foi amplamente defendido por analistas e
difundido entre usuários avançados, não só por eles serem mais rápidos, mas
também por oferecerem uma gama de recursos mais ampla do que a opção nativa. No
entanto, esta última vem sendo aprimorada a cada nova versão e, devido a uma série
de fatores cujo detalhamento foge aos propósitos desta matéria, assegura
melhores resultados do que os desfragmentadores da concorrência quando aplicada
nas edições mais recentes do Windows –
que, por sinal, tendem a apresentar um índice de fragmentação bem menos
significativos do que suas predecessoras.
Ao desenvolver o Vista,
a Microsoft configurou o Defrag para ser executado
automaticamente e suprimiu o comando que o convocava por demanda, mas muitos
usuários reclamaram e a alteração foi revertida no Seven, onde a ferramenta pode ser acessada por pelo menos três
caminhos: O primeiro consiste em clicar em Iniciar
> Computador, dar um clique
direito sobre a unidade desejada, selecionar Propriedades > Ferramentas e pressionar o botão Desfragmentar agora; o segundo, em digitar
desfragmentador na caixa de
pesquisas do menu Iniciar e
pressionar Enter; o terceiro, em
abrir o menu Iniciar, clicar em Todos os Programas > Acessórios >
Ferramentas do Sistema, Desfragmentador de disco.
Independentemente da opção escolhida, a tela exibida em
seguida (Desfragmentador de disco) será
a mesma – desde que não exista outro
desfragmentador instalado e configurado como padrão. Não sendo o caso, pressione o botão Analisar disco. Segundo a Microsoft,
nenhuma providência é necessária se o índice de fragmentação estiver abaixo de 10%, mas, no Seven, 3% já justificam
a execução do Defrag.
Para tanto, clique em Desfragmentar disco e aguarde a conclusão do processo – que, de acordo com o tamanho do drive e o grau de fragmentação, pode levar de muitos minutos a algumas horas. E note que, embora tecnicamente possível, o uso concomitante do PC para outras tarefas não é recomendável, pois o sistema fica lento e chega mesmo a travar em determinados momentos.
Para tanto, clique em Desfragmentar disco e aguarde a conclusão do processo – que, de acordo com o tamanho do drive e o grau de fragmentação, pode levar de muitos minutos a algumas horas. E note que, embora tecnicamente possível, o uso concomitante do PC para outras tarefas não é recomendável, pois o sistema fica lento e chega mesmo a travar em determinados momentos.
Você pode ainda agendar a desfragmentação para data e horário
futuros, bastando para tanto pressionar o botão Configurar agendamento e fazer os respectivos ajustes. Se quiser
manter a configuração padrão (quarta-feira,
à 1h00min), lembre-se de deixar o PC ligado na noite da terça-feira
anterior.
Resumo da ópera:
Como ensina Mestre Piropo – um dos maiores colunistas de informática do Brasil
– o Defrag do Seven não exibe
barras coloridas ou firulas que tais, mas apenas uma barra de progressão que vai
sendo atualizada ao longo do tempo. No entanto, a despeito de sua interface
espartana, ele é mais eficiente que qualquer outro, pois foi desenvolvido
levando em conta as peculiaridades internas do sistema, o que o tornou capaz de
fazer coisas que seus concorrentes não fazem, tais como desfragmentar diversos
discos simultaneamente, mover com segurança certos arquivos que os demais
programas consideram inamovíveis (como os arquivos de “metadados” do sistema de
arquivos NTFS, e por aí vai.
Observação: O simples fato de poder mover mais arquivos
permite liberar um número significativamente maior de clusters contíguos, o que
facilita a gravação de novos arquivos em trechos contínuos das trilhas, além de
disponibilizar espaço no final do disco, o que é útil quando se pretende criar
uma nova partição.
Abraços e até mais ler.
(*) A frase que abre
esta postagem significa “NÃO VÁ O
SAPATEIRO ALÉM DAS CHINELAS” e é atribuída ao pintor grego APELES (sec. V a.C). Consta que ele
havia deixado um quadro na porta de sua vivenda para que secasse ao sol, quando
um sapateiro que por lá passava
observou um defeito qualquer na sandália
calçada pela figura. Apeles agradeceu e fez a correção sugerida, o que
estimulou o atrevido a propor novos reparos. A frase se popularizou em latim
por ter sido registrada pelo escritor romano Valério Máximo (sec. I a.C) num dos volumes de FATOS E DITOS MEMORÁVEIS.