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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

IMPRIMIR É PRECISO...

A ESTRATÉGIA SEM TÁTICA É O CAMINHO MAIS LENTO PARA A VITÓRIA. TÁTICA SEM ESTRATÉGIA É O RUÍDO ANTES DA DERROTA.

Ainda que não sejam exatamente indispensáveis, as impressoras e multifuncionais (estas últimas integram funções de escâner e copiadora) continuam populares entre os usuários domésticos, e a despeito de ainda existirem, os modelos “matriciais” são usados quase que exclusivamente por quem trabalha com formulários contínuos e cópias carbonadas, por exemplo. Para a maioria de nós, os modelos baseados na tecnologia Ink Jet  (e Laser, ainda que em escala bem menor), representam a opção ideal, embora existam outras tecnologias menos conhecidas ― como a tinta sólida, a sublimação, a cera térmica e a plotagem, apenas para citar alguns exemplos), mas que são direcionadas a segmentos específicos de mercado, de modo que fogem ao escopo desta postagem.

As arcaicas portas paralelas, largamente utilizadas para conectar impressoras a PCs nos tempos de antanho, há muito caíram em desuso. Atualmente, todos os modelos a jato de tinta, inclusive multifuncionais, utilizam o USB, e a maioria oferece também conexões Wi-Fi e/ou Bluetooth.

Observação: Wi-Fi, Bluetooth e NFC (*) são soluções “wireless”, ou seja, capazes de transferir dados entre os dispositivos sem que eles estejam interligados “fisicamente”. Todavia, como esses protocolos foram criados em épocas distintas e com finalidades diferentes, cada qual apresenta vantagens e desvantagens em relação aos demais ― e à conexão cabeada, que, embora seja restritiva do ponto de vista da mobilidade, é sempre mais veloz e estável do que as modalidades sem fio.

Portanto, ao escolher uma impressora, não se balize somente pelo preço do aparelho. Abrir mão da possibilidade de acessar o dispositivo a partir de qualquer cômodo da casa com um notebook, tablet ou smartphone, a pretexto de poupar algumas dezenas de reais, é “economia porca”. Se você não tem um roteador, lembre-se de que, desde sua criação em 1998, o Bluetooth vem crescendo em alcance e velocidade (taxa de transmissão de dados). Na versão 5.0, a velocidade dobra e o alcance passa a ser quatro vezes mais do que na versão 4.2. Com isso, os aparelhos já não precisam estar tão próximos para se enxergar mutuamente, ou seja, o que só era possível dentro do mesmo cômodo agora passa a ser possível num raio de até 40 metros.

De modo geral, todas as impressoras modernas são fáceis de instalar. Basta conectar o aparelho a uma porta USB do computador, executar os arquivos de instalação e seguir o passo a passo (a instalação sem fio também é possível, mas geralmente é bem mais complicada; portanto, conecte fisicamente a impressora ao computador na hora de instalá-la e só depois usufrua dos benefícios da conexão wireless). Mas não deixe de atentar para a compatibilidade da impressora com o sistema operacional do seu PC, já que modelos mais antigos, mas ainda presentes nas prateleiras das lojas, não contam com drivers para o Windows 10.

O despenho da máquina também deve ser levado em conta, embora a estimativa dos fabricantes (expressa em “PPM” ou páginas por minuto) não sejam lá muito confiáveis, pois fazem as medições em “condições ideais” que você dificilmente conseguirá reproduzir no uso diário. Para evitar arrependimentos tardios, baseie-se em testes realizados conforme a norma ISO/IEC 24734 ou em reviews publicados em sites ou revistas especializadas.

Outro detalhe importante é o preço dos cartuchos. Nos modelos mais baratos, é comum um único cartucho ser responsável pela impressão em preto e em cores, e duas substituições podem custar mais do que você desembolsou ao comprar o aparelho. Se possível, dê preferência a modelos que utilizem pelo menos dois cartuchos ― um preto e outro colorido ―, de modo a poder repô-los individualmente.

Para piorar, se a tinta dura pouco quando você usa a impressora constantemente, poupá-la nem sempre é uma boa ideia, pois os cartuchos ressecam ou entopem quando o aparelho fica ocioso por muito tempo. Ainda assim, é possível economizar configurando a impressora para imprimir em baixa resolução (modo rascunho), ou recorrer a cartuchos compatíveis (novos, mas não originais), que oferecem bons resultados e relação custo/benefício interessante. No entanto, dependendo da marca/modelo da máquina, pode ser difícil encontrar cartuchos compatíveis, e aí o jeito é partir para produtos reabastecidos ou remanufaturados, que proporcionam uma economia representativa (cerca de 50% no primeiro caso e entre 10% e 20% no segundo). Para utilização doméstica, essa solução costuma ser bastante aceitável, a despeito do rendimento inferior ― esses cartuchos armazenam menos tinta e, portanto, tendem a produzir menos páginas do que um novo, sem mencionar que pequenas variações na fórmula da tinta podem reduzir substancialmente a qualidade e a durabilidade da impressão (especialmente em cores).

Observação: Ao contrário do que se costuma pensar, a tecnologia Ink Jet é bastante complexa: os cartuchos possuem um reservatório de tinta que é fervido por um elemento de aquecimento, e as bolhas resultantes se espalham por buracos minúsculos no papel (a composição exata da tinta determina a qual temperatura ela será fervida, o tamanho das bolhas e como elas voam pelos buracos na cabeça de impressão).Vale lembrar que o uso puro e simples de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos não anula a garantia do aparelho. No entanto, se eles acarretarem danos ao hardware, você não estará coberto (embora essa situação não seja frequente, a possibilidade existe). Então, se você for exigente em relação à qualidade de impressão e não quiser se preocupar com potenciais danos à sua impressora, o melhor é usar cartuchos originais (ou compatíveis, desde que de boa procedência).

Dicas: Impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas só conseguem imprimir com qualidade fotográfica com tintas e papéis especiais. Nesse caso, preste atenção na hora de alimentar o aparelho, porque nem todos os papéis fotográficos suportam impressão em ambas as faces. Além disso, como a tinta é líquida, convém esperar um pouco antes de manusear as folhas impressas, especialmente se você usar cartuchos recarregados. Se sua impressora informar que o cartucho está “no grito”, aqueça-o com um secador de cabelos por dois ou três minutos (o calor faz com que a tinta endurecida flua através dos pequenos orifícios do cartucho e permite finalizar a impressão em curso). Aliás, alguns modelos indicam que não há mais tinta quando ainda é possível imprimir algumas dezenas de páginas; para contornar o problema, tente “enganar” a máquina realizando os procedimentos de substituição e reinstalando o cartucho em uso como se fosse um novo.

(*) O NFC (de Near Field Communication) é uma especificação que permite a comunicação wireless entre dois dispositivos mediante uma simples aproximação entre eles, sem que seja preciso digitar senhas, clicar em botões ou realizar alguma ação similar para estabelecer a conexão. A distância que os dispositivos é de, no máximo, 10 cm, para deixar evidente a intenção de comunicação, mas, ao mesmo tempo, evitar conexão acidental e/ou a ação da bandidagem de plantão. Essa tecnologia é relativamente comum em smartphones, mas também vem se tornando popular em tablets, além de ser largamente utilizada em crachás, cartões de bilhetes eletrônicos ou qualquer outro item que comporte a instalação de um chip NFC.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.