terça-feira, 10 de julho de 2007

Munição... Continuação

Reportando-me à pergunta deixada pela Marcela na postagem da última sexta-feira, é preciso ter em mente que nenhum anti-spyware (seja ele pago ou gratuito) garante 100% de proteção, à semelhança do que acontece também com os antivírus (a despeito de tentarem se antecipar aos vigaristas virtuais, os fabricantes de ferramentas de segurança estão perdendo terreno para as ameaças). Quem quiser uma proteção mais consistente deve optar por uma suite de segurança (como o Norton Internet Security ou o McAfee Internet Security, por exemplo), porque o desempenho combinado das diversas ferramentas que integram esses pacotes costuma ser superior aos dos programas isolados.
Quanto à reinstalação do AVG Anti-spyware para revalidar o prazo de experiência, convém relembrar que apenas programas freeware podem ser baixados, instalados e utilizados por prazo indeterminado e sem quaisquer custos ou restrições; softwares distribuídos como shareware geralmente funcionam durante um período pré-estabelecido, findo o qual passam a operar de forma restrita (ou deixam de funcionar, conforme o caso) se o interessado não pagar a respectiva "taxa de licença".
Assim, seria de se esperar que os desenvolvedores previssem a possibilidade sugerida pela leitora e tomassem providências para inviabilizá-la - o que costuma ser feito mediante a criação de uma ou mais entradas no Registro do Windows quando da instalação do programa.
Para que a reinstalação funcionasse nos moldes pretendidos, seria necessário identificar e eliminar essas entradas, depois da desinstalação do software (coisa que exige tempo, paciência e conhecimentos avançados, até porque encontrá-las no meio de dezenas de milhares de chaves e valores não é tarefa fácil).
Embora seja possível burlar tais restrições criando um ponto de restauração do sistema antes da instalação do aplicativo e, findo o prazo de experiência, reinstalá-lo após reverter o Windows para aquela data, a trabalheira e os efeitos colaterais inerentes a esse procedimento talvez não compensem.
No que diz respeito à sugestão do Leonardo (visitante assíduo aqui do Blog e cujas intervenções são sempre oportunas e bem vindas), tenho comigo que hoje em dia ninguém mais é inocente a ponto de não saber que qualquer programa pode ser obtido por vias menos ortodoxas - basta ir até o camelódromo da esquina ou pesquisar nos milhares de sites "hacker" existentes na Web. Na condição de blogueiro, todavia, não me cabe incentivar a pirataria de softwares, ainda que não seja minha função julgar ou condenar quem a pratique. Mas é bom lembrar que essa alternativa envolve riscos (além do aspecto legal da história, você está sujeito a infectar seu sistema com vírus, spywares e outros malwares que podem "fazer parte do pacote").
Em tempo: se você baixa muitos softwares da Web, mas tem receio de ser contaminado por códigos maliciosos, arme suas defesas (firewall, antivírus e antispyware). Depois, adicione proteções extras - como o Cyberhawk Basic, que bloqueia qualquer comportamento suspeito identificado no computador (disponível em www.novatix.com/GetCyberhawk/). Convém ainda dispor de algum aplicativo que execute os programas (browser, e-mail e messenger) numa sandbox. O Sandboxie - gratuito, mas um tanto complicado - põe os downloads em quarentena, junto com suas rotinas de instalação, até que você decida se eles são ou não perigosos (download em http://www.sandboxie.com/) .
Abraços, uma boa semana a todos e até amanhã.