A criação do relógio de bolso data do século XVI; a dos de pulso, do início do século XX – uma inovação implementada por Louis Cartier, a pedido de Alberto Santos Dumont (o “Pai da Aviação”), que queria ver as horas sem ter de tirar as mãos dos comandos. Todavia, há quem afirme que o relógio de pulso nasceu no início do século XIX como um acessório feminino, e que o primeiro modelo teria sido criado por Abraham-Louis Bréguet para a rainha de Nápoles.
Todo relógio depende de uma fonte de energia para funcionar. No final da década de 60, a maioria deles continha uma mola (para gerar energia), uma espécie de massa oscilatória (para oferecer referência de tempo), dois ou mais ponteiros, um mostrador enumerado e diversas engrenagens, até que a Bulova (http://www.bulova.com/) resolveu substituir a roda de balanço por um transistor oscilador que, alimentado por bateria, mantinha um diapasão funcionando a algumas centenas de hertz. Mais adiante, o cristal de quartzo – cujas propriedades já eram conhecidas e utilizadas para proporcionar a freqüência exata em transmissores/receptores de rádio e computadores – viria a substituir esse diapasão e aprimorar a precisão do mecanismo.
Observação: A idéia do relógio de pulso digital remonta ao final da década de 60, quando o inventor John Bergey criou um modelo “de mentira” para o filme “2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO”. Em 1972, ele desenvolveu o Pulsar LED, que, devido ao preço elevado, acabou não sendo muito popular.
Hoje em dia, há modelos que podem ser recarregados apenas com o movimento ou com energia solar, e os mais avançados são multifunção – além de calendário e cronômetro, alguns incorporam barômetro, altímetro, bússola, termômetro, e por aí vai... O ajuste da freqüência e a perfeição do corte na folha do cristal definem a qualidade do relógio a quartzo, de modo que os de boa procedência costumam ser bem mais precisos (e custar bem mais caro) do que os “made-in-sabe-lá-Deus-onde”, vendidos “nos melhores camelódromos do ramo”.
Talvez a maior inconveniência desses relógios seja a necessidade de substituir a bateria de tempos em tempos, já que isso pode comprometer a impermeabilidade da caixa. Por outro lado, os de corda e automáticos param de funcionar quando o usuário os tira do pulso ou se esquece de lhes dar corda. Mesmo assim, produtos de topo de linha da alta relojoaria suíça continuam utilizando o movimento mecânico (alguns modelos, quando combinados com caixas e pulseiras de ouro cravejadas de diamantes, alcançam preços na casa dos sete dígitos – fica aí a sugestão para o Natal).
Bom dia a todos e até mais ler.