sábado, 12 de abril de 2025

BACKUPS

QUEM TEM DOIS TEM UM, QUEM TEM UM NÃO TEM NENHUM.
 
Nos primórdios da era PC, dizia-se que havia dois tipos de usuários: os que já tinham perdido os dados do HDD e os que ainda iriam perder. 

Com a popularização da Internet e o advento da Web 2.0, passamos a acreditar que os dados online são eternos... até que uma receita que favoritamos suma do site de culinária, uma música seja removida da lista de reprodução do serviço de streaming ou um artigo pretendíamos ler em outro momento passe a ser protegido por paywall.
 
Segundo um estudo publicado no ano passado, 38% dos links ativos em 2013 deixaram de funcionar. Para sites governamentais, o percentual é de 13%; para links da Wikipédia, 11%. Então, mesmo que seja prático e conveniente manter na nuvem cópias de dados importantes e arquivos de difícil recuperação, a melhor maneira de não ser pego no contrapé é criar backups e armazená-los em pendrives ou HDDs/SSDs externos. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Tanto na política quanto na vida, não se deve contar com o ovo que a galinha ainda não botou. Bolsonaro achava que o projeto da anistia para o 8 de janeiro estava no papo, mas o presidente da Câmara, que prefere desintoxicar a atmosfera apostando numa articulação que leve o Supremo a rever penas leoninas,  levou o pé à porta. O bolsonarismo passou a operar na base do vai ou racha, e rachou: os líderes do centrão se recusaram assinar o requerimento que empurraria a proposta para o plenário a toque de caixa. 
No ato pró-anistia deste domingo, Bolsonaro atraiu cerca de 45 mil muares à mais paulista das avenidas, valeu-se de Malafaia para chamar Moraes de cínico e manipulador, criticar a imprensa, defender o general Braga Netto — que segundo ele foi preso injustamente — e voltou a pedir clemência para uma tentativa de golpe que diz não ter existido. Se não existiu, o caso seria de absolvição. Se existiu, como mostrou a PF, trata-se de um inusitado pedido de perdão preventivo que terminaria por beneficiar o alto-comando do golpe. 
De repente, o ato da Paulista, concebido para irradiar a força de Bolsonaro, virou crepúsculo.
 
No caso de páginas da Web, podemos usar a opção "Salvar como PDF". Softwares e serviços on-line que não usam arquivos propriamente ditos, como apps de mensagens, clientes de email, bancos de dados, etc., permitem exportar dados ou criar um arquivo comprimido com extensão PDF, TXT ou CSV, mas vale destacar que em alguns casos — como backups do WhatsApp salvos no Google Drive, OneDrive ou iCloud — a restauração só pode ser feita dentro do mesmo serviço.
 
Redes sociais, serviços de streaming e outros webservice não oferecem opções de exportação, mas é possível criar backups com o Pocket, cuja versão premium salva tanto os links quanto arquivos de texto completos das páginas. Para uso público, cópias de webpages podem ser salvas em web.archive.org ou em archive.is.
 
Convém criar backups dos backups e salvá-los numa pasta local no Dropbox, no OneDrive ou no Google Drive. Pode parecer excesso se cautela, mas "quem tem dois tem um, e quem tem um não tem nenhum".