NÃO VÁ ONDE NÃO TE QUEREM NEM VÁ AMIÚDE ONDE ÉS BEM-VINDO.
Cozinhar macarrão é tão fácil quanto fritar ovo, diz quem não entende de cozinha: frutar ovos como manda o figurino exige tirá-los da geladeira com antecedência, adicionar uma pitada de farinha de trigo ao óleo ou à manteiga, colocar o ovo na frigideira, temperar com sal, tampar e deixe fritar até a clara ficar "rendada" e a gema atingir o ponto desejado.
Já a massa deve ser cozida al dente em água salata come il mare. Coloque o sal na água somente quando ela começar a ferver, e o macarrão, quando ela já estiver borbulhando — lembrando que a proporção recomendada é de 5 litros de água e 1 ½ colher (sopa) de sal para cada 500 g de massa com ovos ou de grano duro (Triticum durum).
Massas de grano duro são mais indicadas para cozimento "al dente" porque as massas com ovos passam do ponto facilmente quando são misturadas ao molho quente. Servir o molho em separado evita que o macarrão fique mole demais, mas escorrer a massa dois minutos antes do tempo recomendado na embalagem evita que ela perca o ponto quando terminar de cozinhar na panela do molho.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Ao sepultar a PEC da Bandidagem, o senador Alessandro Vieira, integrante da ala sensata da Câmara Alta e relator da emenda, traduziu para o idioma das ruas o que Hugo Motta, presidente da Camarilha dos Deputados, chamou de "prerrogativa": "PEC desenhada para proteger bandido”.
Os bandalhos estavam tão convictos de que a aversão da opinião pública no Brasil é uma arma completamente descarregada que incluíram na bandalheira a anistia de Bolsonaro. Vieira, porém, foi ao ponto: “O interesse público exige rejeição”.
A proposta foi rejeitada por unanimidade. O ex-herói nacional que se tornou mais uma vergonha nacional apresentou uma emenda para tentar salvar a PEC, mas ouviu o ronco das ruas e retirou o pedido. Os deputados bandalheiros veem Alcolumbre como traidor, quando na verdade ele fez o que fez para evitar um suicídio político dos senadores cujos mandatos terminam em 2026 — e cuja renovação depende do voto majoritário.
A rejeição azedou o amigo-secreto dos partidos do Centrão e da direita bolsonarista — não faltarão senadores ganhando pares de meia de deputado vingativos, esquecidos de que o STF demora a condenar, mas as urnas dão o veredito horas depois da eleição.
Falando em bandalha e vergonha nacional, Eduardo Bolsonaro, que lambia os dedos como se os tivesse metido em um favo de mel a cada nova sanção da Casa Branca, agora foge das abelhas. Seu projeto de continuar homiziado na cueca de Trump e, como líder da minoria, atuar como traidor da Pátria sem perder o mandato foi para a casa do carvalho. Até o momento, o rebento do refugo da escória da humanidade já faltou a 23 das 39 sessões deliberativas da Câmara — mais que o dobro do permitido.
Poucas vezes um político exerceu com tamanha plenitude a prerrogativa de ladrilhar o próprio caminho para o inferno. Pregoeiro da anistia, Bobi Filho prometia salvar Bibo Pai e seus cúmplices; hoje é o pai que pede a Deus que salve do filho salvador. E a perda do cargo por abandono do emprego é a menor de suas preocupações: pior será a cassação do mandato pelo Conselho de Ética da Câmara e ainda pior será a condenação pelo STF por crime de coação do Judiciário.
Feitas essas observações, vamos à receita da vez: talharim ao forno com molho branco, que é fácil de fazer e leva menos de um hora para ficar pronto. Você vai precisar de:
— 1 pacote de macarrão tipo talharim (500 g);
— 150 g de muçarela ralado para polvilhar;
— 2 colheres (sopa) de manteiga;
— 1 colher (sopa) de farinha de trigo;
— 2 xícaras (chá) de leite;
— 1 copo de requeijão cremoso (200 g);
— 1 caixa de creme de leite (200 g);
— 150g de presunto cortado em cubinhos;
— 100 g de bacon picado;
— 1 xícara (chá) de palmito picado;
— Sal e noz-moscada ralada a gosto.
Cozinhe o macarrão, escorra e reserve.
Aqueça a manteiga numa panela em fogo médio, frite o bacon até dourar, polvilhe com a farinha e misture até dissolver.
Acrescente o leite aos poucos, mexendo por 1 minuto.
Adicione o requeijão, o creme de leite e deixe cozinhar por mais 2 minutos.
Junte o presunto, o palmito, tempere com sal, noz-moscada, cozinhe por mais alguns minutos e desligue.
Coloque o macarrão em um refratário grande, despeje o molho branco, polvilhe com a muçarela ralada e leve ao forno alto (preaquecido a 220º C) por 8 minutos (ou até gratinar) e sirva em seguida.
Observação: Você pode substituir o palmito por milho verde, ervilhas ou champignons, trocar o presunto por frango desfiado, incluir outros queijos no gratinado final, enfim... Cozinhar é menos sobre fórmulas rígidas e mais improviso e paladar. No entanto, depois de uma garfada desse talharim cremoso, você não vai mais querer saber macarrão instantâneo.
Bom apetite.