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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

RELÓGIO SEMPRE VISÍVEL NA ÁREA DE TRABALHO DO WINDOWS 10 (Parte 2)


NÃO TENHAMOS PRESSA, MAS NÃO PERCAMOS TEMPO.

Vimos que o relógio do Windows 10 é personalizável, mas não há como mantê-lo permanentemente visível senão configurando a barra de tarefas da área de trabalho para não se auto ocultar. Vimos também como suprir essa “deficiência” com o 8 Gadget Pack, que emula a barra de gadgets que a Microsoft não incluiu nas versões mais recentes do Windows. Agora, veremos como resgatar o visual “clássico” do relógio padrão do sistema, que os saudosistas parecem preferir ao layout implementado no Windows 10.

Se você tenciona pôr em prática a dica a seguir, não deixe de criar um ponto de restauração, pois o processo envolve a edição manual do Registro do Windows — que muitos têm na conta de “espinha dorsal” do sistema, já que qualquer alteração indevida ou malsucedida pode ser desastrosa (para saber mais sobre esse importante banco de dados dinâmico, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para relembrar como criar um ponto de restauração do sistema, clique aqui).

Para editar o Registro, usamos a ferramenta que o próprio Windows disponibiliza, embora mantenha fora do alcance dos neófitos — se, para usuários avançados, ela é um parque de diversões, para os iniciantes destrambelhados ela se torna uma verdadeira Caixa de Pandora. Há diversas maneiras de acessar o editor do Registro, mas a mais simples consiste em pressionar simultaneamente as teclas <Windows> e  para abrir o menu Executar, digitar “regedit” (sem aspas) na respectiva caixa de diálogo e clicar em OK (ou pressionar a tecla , tanto faz). Feito isso:

— Na janela do editor, expanda a chave HKEY_LOCAL_MACHINE, localize e expanda Software, faça o mesmo com Microsoft, depois com Windows, com CurrentVersion e com ImmersiveShell.

— Dê um clique direito na porção direita da janela, escolha Novo > valor DWORD 32 bit.

— Clique com o botão direito sobre o novo valor, escolha Renomear e digite “UseWin32TrayClockExperience” (sem aspas, mas respeitando as letras maiúsculas e minúsculas).

— Dê duplo clique sobre o valor renomeado, escolha Modificar..., assegure-se de que a opção hexadecimal esteja marcada no campo Base e altere o valor de 0 para 1.

— Feche o editor e reinicie o computador (alternativamente, dê um clique direito num ponto vazio da barra de tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas, role a tela até localizar Windows Explorer, dê um clique direito sobre ele e clique em Reiniciar).

E voilà! Agora é só conferir a aparência do relógio do sistema, clicando sobre ele no canto direito da barra de tarefas. Caso você não goste do novo (ou velho) visual e queira restabelecer o status quo ante, volte ao editor do Registro, siga os mesmos passos, altere os dados do valor UseWin32TrayClockExperience de 1 para 0 e reinicie o computador (ou Windows Explorer).

Se preferir assistir a esse tutorial em vídeo, siga o link https://youtu.be/PIyUBgFnu80.  

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

RELÓGIO SEMPRE VISÍVEL NA ÁREA DE TRABALHO DO WINDOWS 10

A GENTE MAL NASCE E COMEÇA A MORRER.

Andar com um relógio no pulso é mais um hábito (difícil de erradicar) do que uma necessidade real, sobretudo hoje em dia, quando qualquer celular dá a hora e a data com a precisão de um relógio atômico (desde que sincronizado automaticamente com o horário da operadora). 

Por outro lado, sempre há quem não abre mão de um relógio de grife, mesmo que raramente o utilize para consultar a hora. É mais uma questão de gosto — ou de ostentação; afinal, o preço de um modelo da Rolex com caixa e pulseira de aço passa de R$ 10 mil, e um Day-Date seminovo (para não dizer de segunda mão) como o da foto acima, custa quase R$ 130 mil. Mas só se vive uma vez, e se você pode se dar a esse luxo, faça-o. Mas tome cuidado com a bandidagem, que isto aqui não é Dubai.

Quem passa o dia (ou parte dele) trabalhando no computador conta com os préstimos do relógio do Windows, que desde as mais vetustas edições do sistema fica no canto direito da barra de tarefas e pode ser ampliado mediante um simples clique do mouse — quando então, além da hora, passa a mostrar o calendário do mês, os eventos agendados, etc. e tal; para configurá-lo mais a seu gosto, dê um clique direito sobre ele e clique em Ajustar data/hora.

Não é possível manter o relógio do sistema em exibição permanente. O que se pode é manter a barra de tarefas sempre visível, de maneira a consultar a hora mais facilmente, mas ocultá-la proporciona um ganho de espaço na área de trabalho, e cada centímetro conta quando a tela do monitor é pequena.

As edições anteriores do Windows contavam com uma barra de gadgets (mini aplicativos que proporcionam agilizam o acesso a diversos recursos) que incluía um relógio. Mas essa barra foi suprimida no Windows 10, de modo que o jeito é recorrer ao 8 Gadget Pack — para fazer o download a partir do site do fabricante, clique aqui.

Depois de instalar o programinha, repare que a barra de gadgets aparece automaticamente na área de trabalho, já com algumas opções disponíveis — dentre as quais o relógio. Clique no botão de + e uma janela com outras opções será exibida. Clique na opção desejada, arraste para a barra de gadgets e ficará disponível.

É certo que o visual desses gadgets não combina com do Windows 10, mas alguns deles continuam sendo úteis e práticos.

Observação: Acesse a Microsoft Store, digite relógio na caixa “Pesquisar”, clique na pequena lupa e você encontrará dezenas de opções de relógios, em sua maioria gratuitos, alguns com cronômetro, alarme e outras papagaiadas.

Se você quer que o relógio e o calendário do Windows 10 volte a ser exibido como nas edições anteriores do sistema, não deixe de ler a próxima postagem.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS ― FINAL

SE DESEJOS FOSSEM ASAS, MENDIGOS VOARIAM.

Depois do interminável preâmbulo de nove capítulos, finalmente veremos como realinhar os ponteiros de um cronógrafo ― ajuste que deveria ser procedido pelo relojoeiro, por ocasião da substituição da bateria, mas enfim...

O roteiro a seguir é genérico e se aplica a qualquer cronógrafo. Claro que pode haver pequenas variações, conforme a marca e/ou o modelo do relógio. Mas eu realizei esse ajuste dezenas de vezes e obtive êxito em todas elas, ainda que através da tentativa e erro em um ou dois casos.

O tutorial se baseia no relógio que ilustra esta postagem. Nele há três pequenos mostradores (A, B e C) e dois botões, um acima (1) e outro abaixo (2) da coroa. Note que alguns modelos trazem apenas dois pequenos mostradores, têm calendário duplo ou nenhum calendário, exibem as marcações de maneira diferente, enfim, daí eu ter falado em tentativa e erro, pois você terá de adaptar as instruções ao seu caso específico. Dito isso, vamos em frente:

mostrador A indica se a hora marcada pelos ponteiros principais remete ao período entre meia-noite e meio-dia (AM) ou entre meio-dia e meia-noite (PM). Como eu já mencionei, isso é útil quando acertamos a hora, pois o calendário deve mudar à meia-noitenão ao meio-dia. Então, se o seu cronógrafo dispõe de calendário e conta com esse mostrador, oriente-se pelo respectivo ponteirinho ao acertar a hora.

No relógio da foto, o ponteiro dos segundos do mostrador principal é independente do cronógrafo e dá uma volta completa enquanto o ponteiro grande (“dos minutos”) avança uma casa (aliás, sugiro sincronizá-los, conforme foi explicado no capítulo anterior). Nesse modelo, a contagem de tempo feita pelo cronógrafo é exibida pelos mostradores B e C, que marcam, respectivamente, os segundos cronometrados e os minutos acumulados (até o total de 30, mas alguns cronógrafos acumulam 60, 90 ou mais minutos).

Acionar o cronógrafo é muito simples. Na maioria dos casos, um toque no botão 1 dispara a contatem do tempo e um segundo toque a interrompe. O botão 2 “zera” os mostradores, ou seja, retorna os ponteiros de B e C à posição original (como eles estão na foto). E o mesmo se aplica ao ponteiro “dos segundos” ― se for ele o encarregado de cronometrar o tempo, será ele que deverá retornar à marca das 12 horas quando o botão 2 for pressionado.

Normalmente, a substituição da bateria faz com que tanto o ponteiro que cronometra os segundos quanto o do contador de minutos fiquem desalinhados, mas o mostrador A não é afetado, pois seu ponteiro se movimenta em conjunto com os ponteiros principais (que marcam as horas e os minutos). Então, para dar início à sincronização dos demais (do contador dos segundos e do acumulador de minutos), faça o seguinte:

1 ― Puxe a coroa até o segundo dente ― ou seja, até a posição em que ela movimenta os ponteiros principais.

ObservaçãoVolto a salientar que coroas “de rosca” devem ser desatarraxadas e então puxadas até o primeiro ou segundo estágio, conforme o caso (nos relógios providos de calendário, a coroa tem dois estágios; o primeiro ajusta a data e o segundo, o horário). Igualmente importante é tornar a rosquear a coroa após os ajustes, ou a estanqueidade da caixa poderá restar prejudica.

2 ― Com a coroa na posição de ajuste das horas, pressione simultaneamente os botõezinhos 1 e 2 e mantenha-os pressionados até que o ponteiro do cronógrafo dê uma volta completa (no nosso exemplo, é o ponteirinho do mostrador B, mas em outros modelos essa função compete ao ponteiro “dos segundos” do mostrador principal ― situação em que ele só se movimenta quando o cronógrafo é acionado.

ObservaçãoEm alguns relógios o ponteiro do cronógrafo (seja o grande, seja o do mostrador B) pode não responder a esse comando. Em sendo o caso do seu, ignore essa etapa e siga adiante.

3 ― Pressione o botão 1 e repare que o ponteiro do cronógrafo irá avançar pelas casas ― uma por vez se você der toques rápidos e consecutivos no botão, ou rapidamente se ele for mantido pressionado. Fique atento para interromper esse avanço quando o ponteiro alcançar a posição de repouso ― sobre o marcador 60, no nosso exemplo, ou na posição das 12 horas, caso a cronometragem seja feita pelo “ponteiro dos segundos” do mostrador principal.

4― Repita o procedimento com o botão 2 e atente para o mostrador do acumulador de minutos. O ponteiro pode saltar casa a casa ou se mover rapidamente (dependendo de como você pressionar o botão), mas o importante é você levá-lo até a posição de repouso ― que, no nosso exemplo, corresponde ao número 30 do mostrador C.

Concluídos os ajustes, pressione a coroa contra a caixa (e torne a rosqueá-la, se for o caso), dispare o cronógrafo, espere até o ponteirinho dar umas duas ou três voltas (para que o acumulador de minutos registre alguma coisa), torne a pressionar o botão 1 para interromper a cronometragem e acione o botão 2 para resetar os marcadores. Se os ponteirinhos não ficarem perfeitamente alinhados, repita os passos até obter o resultado desejado ― e mude de relojoeiro quando precisar substituir novamente a bateria.

Era isso pessoal. Espero ter ajudado.

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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS (PARTE VIII)

NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, VOTE NAS PUTAS. ESTÁ VISTO QUE VOTAR NOS FILHOS NÃO ADIANTA.

Para concluir nosso bate-papo sobre relógios, falta explicar como ajustar os ponteirinhos do cronógrafo depois que algum porcino metido a relojoeiro troque a bateria e não se dê ao trabalho de fazer a devida sincronização. Antes, porém, não custa lembrar que cada disciplina tem seu jargão característico, e que, no âmbito da relojoaria, “coroa” é como se chama o botão serrilhado que fica na lateral da caixa do relógio e serve para dar corda e acertar a hora e a data nos modelos analógicos (“de ponteiros”), movimento designa a máquina ou mecanismo (sem o mostrador e a caixa), e reserva de marcha corresponde ao tempo que a máquina funciona até parar por falta de corda.
Falando em corda, é possível dar corda em um relógio “automático” da mesma forma que num relógio de corda manual, ou seja, girando a coroa no sentido horário. Em tese, os automáticos dispensam essa procedimento, pois armazenam energia através do movimento do pulso do usuário. A questão é que, se eles não forem movimentados durante algum tempo, sua reserva de marcha se esgota e o mecanismo para de trabalhar. Portanto, quando tirar seu relógio automático do pulso, gire a coroa algumas vezes, para que a hora e a data permaneçam sempre certas.
ObservaçãoNo caso de relógios à corda (manual), deve-se girar a coroa no sentido horário até que ela comece a oferecer resistência, pois forçar além desse ponto pode danificar o mecanismo. Esse risco não existe nos automáticos, mas uma dúzia de voltas costuma ser mais que suficiente para a máquina trabalhar fora do pulso por umas 12 horas.
Para acertar a hora num relógio mecânico ou a quartzo, puxar a coroa e a girá-la no sentido horário ou anti-horário adianta ou atrasa os ponteiros. Em alguns modelos, porém, a coroa é rosqueada ― para evitar que ela seja puxada acidentalmente e comprometa a impermeabilidade e/ou propicie desajustes acidentais. Nesses modelos, é preciso primeiro desrosquear a coroa (girando-a no sentido anti-horário) e depois girá-la no sentido horário (para dar corda) ou puxá-la para as posições de ajuste (tanto da hora quanto do calendário, se houver).
Relógios analógicos com calendário exibem a data através de uma “janelinha” no mostrador, que é chamada de fenda. Alguns modelos contam com calendário duplo, que marca também o dia da semana. Para ajustar o calendário, devemos puxar totalmente a coroa, como se fossemos acertar a hora, empurrá-la de volta para a posição intermediária e depois girá-la até que a data correta seja exibida. No caso de calendário duplo (dia do mês e da semana), girar a coroa no sentido inverso do que configura o dia do mês altera o dia da semana, mas note que, se for preciso acertar a data para um dia (do mês e ou da semana) anterior à exibida no visor, deve-se continuar girando a coroa no mesmo sentido, até que a configuração correta seja visível através da fenda. Ao final, deve-se pressionar a coroa contra a caixa até a posição de repouso ― e rosqueá-la, caso o relógio conte com esse recurso, mas sem apertar demais, sob pena de espanar a rosca.
Por hoje deu, pessoal. O resto fica para a próxima.
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS... (PARTE VII)

O DURO NÃO É LEVAR CHIFRE, É SUSTENTAR A VACA.

Como vimos ao longo desta sequência, os relógios de pulso modernos são, em sua maioria, resistentes a água, mas somente os modelos identificados com a inscrição WR (ou water resist) seguida de um valor igual ou superior a 50m podem acompanhá-lo num banho de piscina ou de mar sem maiores problemas. Ainda assim, quem é adepto de esportes aquáticos deve investir num modelo WR 100m, e para mergulhar com tanque de ar, um WR 200m ou superior ― lembrando que esses valores podem ser expressos em atm ou ft (atmosferas ou pés, respectivamente; veja mais detalhes nesta postagem).

Convém ter em mente que a estanqueidade do relógio pode ficar prejudicada quando ele é aberto por pessoas não qualificadas. Lojas de bairro ou de shoppings nem sempre contam com profissionais experientes, ferramental apropriado (como tanque de pressão para testar a estanqueidade da caixa) e peças de reposição chanceladas pelos fabricantes. Baterias genéricas custam barato, mas duram pouco e podem vazar, danificando o módulo do relógio, e a não substituição do o-ring (anel de borracha que funciona como retentor) pode resultar na sua ruptura ou acavalamento, comprometendo a impermeabilidade da caixa.

“Relógios de camelô” não demandam grandes cuidados, até porque comprar um novo sai mais barato do que trocar a bateria, mas modelos de grife não devem ser levados a bocas de porco, que não garantem a impermeabilidade do relógio quando procedem à troca da bateria. Isso sem mencionar que por preguiça, descaso ou incompetência, alguns “relojoeiros de araque” não sincronizam os ponteiros do cronógrafo, que costumam ficar desalinhados após a troca da bateria, e como o cliente nem sempre se atém a esse detalhe ― ou só se dá conta dias ou semanas depois ― acaba pagando outro relojoeiro para fazer um ajuste que ele mesmo poderia fazer se conhecesse o caminho das pedras.

Modelos com cronógrafo integram a função adicional de medir a passagem do tempo durante períodos curtos. Nos mais simples, o ponteiro que normalmente marca os segundos é encarregado dessa tarefa, mas os mais sofisticados costumam ter dois ou três pequenos mostradores que marcam os segundos e os minutos acumulados. Via de regra, o terceiro mostrador, comum em cronógrafos providos de calendário, indicam se a hora exibida pelos ponteiros principais refere-se ao período diurno ou noturno. Isso pode parecer desnecessário ― afinal, basta olhar para o céu para saber se é dia ou noite ― mas pode ser útil quando se está num submarino, por exemplo, ou simplesmente quando se ajusta o horário, já que uma volta a mais ou a menos dos ponteiros levará o calendário a mudar a data ao meio-dia, quando deveria fazê-lo à meia-noite.

ObservaçãoNos relógios digitais, é possível escolher a exibição das horas no formato 12h ou 24h; no primeiro caso, a AM (de Ante Meridiem, ou seja, antes do meio dia) indica o período que vai da meia-noite ao meio-dia, e PM (de Post Meridiem, isto é, depois do meio-dia), do meio-dia à meia-noite.

Alguns trocadores de bateria não atentam para esse detalhe, ou seja, entregam o relógio ao cliente com a hora certa, mas a data errada ou mudando no meio do dia. Felizmente, esse ajuste é simples de ser feito, como veremos na próxima postagem, quando também abordaremos (finalmente) a sincronização dos ponteiros do cronógrafo e encerraremos esta novela. Até lá. 

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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS... (PARTE VI)

O MUNDO É REDONDO, MAS ESTÁ FICANDO MUITO CHATO.

Prosseguindo de onde paramos na postagem anterior, relógios com cronógrafo estão na moda, mesmo que, na prática, pouca gente tire proveito dessa função. Aliás, muitos nem sabem que o cronógrafo é um instrumento usado para medir a passagem do tempo durante períodos curtos, ao passo que o cronômetro é um produto da alta relojoaria, com precisão certificada pelo Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres (COSC) ou outro órgão análogo (Selo de Genebra, Certificado Chronofiable, Selo Fleurier Quality Foundation, etc.).

Para obter o certificado do COSC, o fabricante envia à entidade apenas o movimento (em outras palavras, a máquina) a ser testado. Os avaliadores atribuem a cada mecanismo um número de identificação e aplicam uma marcação genérica em pontos chaves, para facilitar a leitura de um sensor óptico. Após um período de descanso de 24 horas, o teste é iniciado, e sensor faz as leituras e compara os resultados com servidor controlado por dois relógios atômicos, que proporcionam uma cronometragem padrão. Durante os 10 dias seguintes, o mecanismo é testado em cinco posições diferentes, cada uma por 48 horas: coroa para a esquerda, coroa para cima, coroa para baixo, mostrador para cima e para baixo, sempre a uma temperatura de 23°C. Se a máquina inclui a função de cronógrafo, ela é ativada e avaliada no 10º dia, para ver os efeitos que produz sobre a marcação de tempo padrão. Nos três dias seguintes, o relógio é submetido a variações bruscas de temperatura (de 8°C para 23°C e daí para 38°C. Nos últimos dois dias do teste, a temperatura volta aos 23°C e o movimento é colocado em sua posição original, com a coroa inclinada para a esquerda.

Observação: Em 2012, a organização suíça emitiu 1,73 milhão de certificados sendo que 85% deste montante foram divididos entre a Rolex, Omega e Breitling.

A título de curiosidade, a resistência à água é aferida através de um teste que dura 2 horas ― com o relógio montado, naturalmente ―, e começa com a verificação da vedação da caixa e da impermeabilidade do cristal de safira (o “vidro” que recobre o mostrador). Finalmente, o relógio é imerso em água até uma profundidade de 10 cm, e sobre ele é aplicada uma pressão que vai sendo aumentada gradualmente, conforme a expectativa de estanqueidade declarada pelo fabricante.

Voltando ao que eu disse no parágrafo de abertura, o cronógrafo é um recurso que permite a um relógio convencional medir a passagem do tempo durante períodos curtos ― como o tempo que um carro faz de 0 a 100 km/h, por exemplo ― com uma precisão que chega ao milésimo de segundo. Essa função é acionada e resetada através de botões, e o resultado das medições, nos modelos mais simples, é exibido pelo ponteiro dos segundos. Já os mais sofisticados contam com pequenos mostradores independentes e incluem acumuladores destinados a marcar também quantos minutos e/ou horas transcorreram desde o momento em que o cronógrafo foi acionado. Em qualquer caso, um toque no botão respectivo, ao final da medição, deve levar os ponteirinhos de volta à estaca zero, mas isso nem sempre acontece depois que a bateria do relógio é substituída. Mas isso é assunto para o próximo capítulo. Bom feriadão a todos e até lá.

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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS... (PARTE V)

OS IDIOTAS NUNCA TÊM DÚVIDAS.

Antes de encerrar as preliminares e passar ao mote desta sequência, cumpre salientar que o grande “senão” dos relógios de movimento mecânico é a reserva de marcha se esgotar quando nos esquecemos de lhes dar corda. Demais disso, com a honrosa exceção de modelos da alta relojoaria suíça (Rolex, Omega, Panerai, Hublot, IWC, Breitling etc.), esses mecanismos costumam ser (bem) menos precisos que os movidos à quartzo ― embora estes últimos fiquem anos luz aquém dos relógios atômicos.

Observação: Um relógio atômico é basicamente um relógio a quartzo, só que ajustado com base em átomos de césio 133 (que “oscilam” mais de 9 trilhões de vezes por segundo). Sua precisão fica na casa do bilionésimo de segundo ― contra dez milésimos de segundo dos relógios a quartzo comerciais. Em outras palavras, enquanto seu adereço de grife atrasa ou adianta 3,5 segundos por ano, num relógio atômico a variação é de apenas 1 segundo a cada milhão de ano ― podendo chegar a inacreditável marca de 1 segundo a cada 15 bilhões de anos na engenhoca desenvolvida pelo NIST (National Institute of Standards and Technology).

O ajuste da frequência e a exatidão no corte do cristal de quartzo definem a precisão do relógio. Modelos de boa estirpe atrasam ou adiantam míseros segundos por ano, mas você não deve esperar o mesmo comportamento de modelos baratos, vendidos por camelôs e assemelhados. Mas a grande “desvantagem” desses relógios é a bateria que os alimenta, ou melhor, a necessidade de substituí-la a cada dois ou três anos. Isso porque esse procedimento envolve a abertura da caixa (mediante a remoção do fundo ou do vidro que protege o mostrador). 

Assim, se o relojoeiro não for cuidadoso, seu relógio de mergulho passará a não resistir sequer a um banho de chuveiro. Isso sem mencionar que baterias de reposição genéricas ― de baixo custo e péssima qualidade ― não só duram menos como podem vazar, danificando irreversivelmente o módulo do relógio.

Na próxima postagem veremos a diferença entre cronógrafos e cronômetros e, finalmente, como fazer para ajustar os ponteirinhos adicionais, caso eles fiquem desalinhados depois de uma troca de bateria feita por um relojoeiro chinfrim. Até lá.

QUANDO OS IGUAIS SE ATRAEM

Segundo as leis da Física, polos iguais se repelem, mas a Política tem razões que a própria razão desconhece. Cito o caso do senador Renan Calheiros, que é alvo de 17 inquéritos, réu por peculato em um processo no Supremo, e que agora está com Lula (que é réu em 6 processos, investigado em não sei quantos e condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro). Ele foi mudando aos poucos de natureza no noticiário político e hoje está a caminho de virar um dos grandes nomes da “resistência” contra o mal, a corrupção e a supressão dos direitos populares.

Como bem salientou o jornalista J.R. Guzzo em sua coluna na revista Veja do último dia 30, de Belzebu, o Cangaceiro das Alagoas foi promovido a Anjo ― talvez a Arcanjo ― e reconstruiu sua imagem na mídia gastar um tostão sequer com marqueteiros top de linha como João Santana, por exemplo ― que, por sinal, não está disponível no momento para esse tipo de trabalho. Como conseguiu essa proeza? Foi fácil: passou para o lado de Lula, com quem acabou de aparecer aos abraços em recente excursão do petista pelo nordeste, e já é um dos gigantes de sua campanha para voltar à presidência.

Segundo Antoine Lavoisier, na natureza nada se perde, tudo se transforma. Renan, o mau, transformou-se em Renan, o bom, depois de posar como aliado do eterno aspirante à presidência e notório candidato a hóspede do sistema prisional tupiniquim. É um fenômeno que está ao alcance de todos, pois o petista, até agora, aceitou de tudo ― desde que o postulante a aliado tenha uma folha corrida em estado de guerra aberta com o Código Penal, naturalmente.

Essa lista vai longe: um de seus nomes mais ilustres é o deputado Paulo Maluf, condenado à prisão tanto pela Justiça francesa quanto pelo STF, mas que, por alguma razão incerta e não sabida, continua deputado e com trânsito livre no Congresso Nacional. Ainda há pouco, Maluf declarou que Lula “é um exemplo para todos os brasileiros” e que sua condenação foi “uma injustiça”.

Outro nome espantoso é o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, que está na cadeia há quase um ano e responde a uma dúzia de processos (se não me escapa nenhum) e é tido como uma espécie de “ladrão serial” (não há registro de nenhum governador brasileiro que tenha roubado tanto quanto ele nos 128 anos desta República. É outro dos grandes heróis do ex-presidente: “Votar em Sérgio Cabral é uma obrigação moral, ética e política” disse Lula num palanque eleitoral no Rio de Janeiro. Na ocasião, também informou aos eleitores que “estava provado que Cabral era um homem de bem”.

Dizer mais o quê? Tire o leitor suas próprias conclusões.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 5 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS... (PARTE IV)

HÁ TRÊS COISAS NA VIDA QUE NÃO VOLTAM JAMAIS: A FLECHA LANÇADA, A PALAVRA DITA E A OPORTUNIDADE PERDIDA.

Diferentemente dos relógios fabricados até os anos 60/70, os modelos atuais são, em sua maioria, resistentes à água (water resist). Isso significa que você pode lavar as mãos ou tomar uma chuva moderada sem danificá-los, mas para tomar banho ou lavar o carro com um deles no pulso, só mesmo se ele for à prova d'água (water proof).

Essa informação vem gravada no fundo da caixa (tampa) e, em alguns modelos, também no mostrador. Por uma questão de marketing, no entanto, os fabricantes “carregam nas tintas” e identificam relógios que suportam apenas respingos de água como WR 30m (ou 100ft, ou 3atm), sugerindo que o usuário não só possa entrar com eles na piscina ou no mar como também mergulhar a profundidades de até 30 metros ― o que só seria seguro com modelos identificados como WR 50M (ou 165ft, ou 5 atm).

Observação: Na água, a pressão aumenta à razão de uma atmosfera a cada 10 metros de profundidade; quanto maior a pressão, maior o risco de o líquido penetrar pela junção do vidro com a caixa, pelo retentor da tige (“eixo” da coroa) ou pela tampa traseira do relógio. Veja mais detalhes sobre estanqueidade na tabela que ilustra esta postagem.

A rigor, para praticar esportes aquáticos (nadar ou mergulhar sem tanque de ar), convém investir num modelo WR 100m (ou 300ft, ou 10atm), de preferência com coroa rosqueada. Claro que não há problema em tomar banho de chuveiro ou banheira com um relógio desses no pulso, mas convém evitar mergulhá-lo em água muito quente. Sauna, então, nem pensar, pois a diferença de temperatura entre o ambiente e o ar no interior da caixa resulta em condensação (formação de gotículas) e pode danificar o mecanismo, especialmente nos modelos à quartzo, que são alimentados por bateria.

Note que nem os relógios indicados para mergulho estão livres dos efeitos da água salgada. O oxigênio presente nas moléculas de água propicia a oxidação do metal, e o sal acelera ainda mais esse processo. Mesmo que a caixa seja de aço, ouro, titânio, os fechos e pinos da pulseira não são inoxidáveis, e, portanto, estão sujeitos à corrosão.


Continuamos no próximo capítulo.

TEMER X JANOT ― E VIVA O POVO BRASILEIRO

Temer diz não estar preocupado com a nova denúncia que Janot deve apresentar dentro de mais alguns dias e que virá robustecida com novas informações de Joesley Batista e do operador do PMDB na Câmara, Lucio Funaro. Diz estar seguro de que a acusação será inepta e que sua preocupação é “levar o Brasil adiante”, pautando e aprovando a reforma da previdência, à semelhança do que já ocorreu com a PEC dos gastos e a reforma trabalhista. Mas isso é conversa fiada, como comprova a antecipação de seu retorno da China, a despeito da justificativa oficial, que é acompanhar a votação da meta fiscal. Ademais, o Planalto está longe de contar com o apoio parlamentar necessário à aprovação de propostas de emenda constitucional, que exigem o mínimo de 308 votos.

Se Temer não estivesse preocupado com a denúncia, por que sua defesa teria pedido a suspensão da acusação até que o STF julgue a suspeição de Rodrigo Janot para atuar em casos contra ele? Aliás, voltado a pedir, porque o pedido havia sido feito originalmente no mês passado, mas Fachin o rejeitou monocraticamente, e ele foi reapresentado na última sexta-feira, juntamente com um agravo regimental que postula a suspensão da denúncia que ainda nem chegou.

Para barrar a denúncia anterior, o presidente moveu mundos e fundos (principalmente fundos), mas conseguiu sensibilizar apenas 263 dos 513 deputados. Agora o buraco é mais embaixo; primeiro, porque novos fatos ― como a confirmação de Funaro ter recebido dinheiro para ficar calado e que o Temer não só tinha conhecimento do esquema, mas também o apoiava ― tornaram a segunda acusação ainda mais robusta que a anterior.

O circo já está sendo montado: enquanto o Planalto chama Joesley Batista de “grampeador-geral da República”, o empresário chama Temer de “ladrão geral da República”, diz que ele é uma vergonha para os brasileiros, que a colaboração premiada é um direito que o presidente tem por dever respeitar, e que atacar os colaboradores só evidencia sua incapacidade de se defender dos crimes de que é acusado. Já o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, encarregado da defesa do presidente, diz que Parte inferior do formulário Joesley não merece resposta em face de seu comportamento absolutamente reprovável, e que a resposta foi dada pela Câmara com a rejeição da primeira denúncia. Sob a justificativa de que a “segunda delação de Funaro apresenta inconsistências e incoerências próprias de sua trajetória de crimes”, o causídico afirma que seu cliente se reserva o direito de não tratar de “ficções e invenções" de quem quer que seja.

De acordo com O Estado, a delação do operador do PMDB da Câmara ― ou de Temer, como preferem alguns ― não atinge não apenas o Planalto, mas também diversas figuras de expressão no PMDB. Segundo Merval Pereira, a segunda denúncia não só será mais robusta como também deverá corroborar a anterior. Mas o que importa mesmo nessa pantomima é se o governo terá condições de comprar os proxenetas da Câmara com verbas, cargos, etc., já que não honrou tudo que prometeu da primeira vez, e agora não há dinheiro para prometer mais nada.

O fato é que, se o processo for adiante, não será pela gravidade da denúncia, mas porque o Temer não tem mais o que oferecer aos deputados mercenários em troca de seu apoio. Diante desse cenário estapafúrdio, não surpreende que, a pouco mais de um ano das próximas eleições, a onda de rejeição a políticos e autoridades públicas, até recentemente limitada ao Executivo e ao Legislativo, tenha se estendido também ao Judiciário e Ministério Público. Pesquisa Ipsos mostra que, nos últimos meses, houve um aumento significativo na desaprovação popular a ministros do Supremo e até ao juiz Sérgio Moro ― que ainda é majoritariamente aprovado pela sociedade, mas cuja taxa de rejeição atingiu o nível mais alto em dois anos.

Essa é, lamentavelmente, a nossa realidade política. 

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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS... (PARTE III)

EDUCAR UMA PESSOA APENAS NO INTELECTO, MAS NÃO NA MORAL, É CRIAR UMA AMEAÇA À SOCIEDADE.

Escolher o relógio “ideal” nem sempre é uma tarefa fácil, até porque a pluralidade de opções dificulta a escolha do que quer que seja. No entanto, algumas barreiras naturais estreitam a gama de ofertas, a começar pelo preço, que vai de algumas dezenas e reais a milhões de dólares.

Os modelos mais baratos, daqueles comercializados por ambulantes e em lojinhas de quinquilharias, não merecem sequer menção, mas belezuras como o Patek-Philippe que eu mencionei no capítulo anterior são para uma seleta confraria, já que investir R$ 8 milhões em um relógio não é para qualquer um. A boa notícia é que a virtude raramente fica nos extremos, e, para a felicidade dos aficionados por relógios, não faltam opções interessantes com preços entre R$ 500 e R$ 2 mil.

Se você tenciona gastar R$ 1 mil, por exemplo, dificilmente desfilará com um modelo da Rolex, Omega ou Tissot. Mas poderá escolher entre centenas de opções de marcas como Bulova, Timex, Swatch, Casio, Magnum, Orient, Seiko, Technos, ou mesmo de grifes como Fossil, Adidas, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Michael Kors etc.

Depois de estabelecer o investimento, defina o estilo (casual, clássico ou esportivo). Se puder, fique com um modelo para cada ocasião ― aliás, se você pegar gosto pela coisa, seus relógios se multiplicarão feito coelhos. Na impossibilidade, procure um modelo versátil, que combine com sua beca de trabalho sem fazer feio na balada, na praia ou na piscina.

Relógios “esportivos” são de aço inoxidável ou titânio (*), e podem trazer pulseiras de nylon, borracha ou silicone (cuja durabilidade é menor que a do aço). Já nos modelos “sociais”, a pulseira é de couro e deve ser de boa qualidade (e prepare o bolso, pois pulseiras de couro duram bem menos que as de metal e boas peças de reposição não custam barato). A propósito: nos relógios clássicos banhados a ouro, o plaquê deve ter entre 10µ e 20µ (menos que 5µ é para bijuteria sem-vergonha).

Observação: O titânio é cinco vezes mais resistente e 60% mais leve que o aço, além de ser igualmente inoxidável, antialérgico. Devido à baixa condutividade térmica, ele não produz aquela sensação gelada em contato com a pele, mas sua cor é acinzentada e os riscos ficam bastante aparentes.

Continuamos na próxima, pessoal. Até lá.


SERÁ O FIM DA LAVA-JATO?

Muito se vem trombeteando o fim da Operação Lava-Jato, mas, como sabemos, nem tudo é o que parece ser. Notadamente no Brasil, onde até o passado costuma ser imprevisível.

A despeito de os dois principais protagonistas da Lava-Jato virem comentado o suposto fim da maior operação anticorrupção já realizada no país, é improvável que ela se encerre este ano, e muito menos em outubro.

Segundo Merval Pereira, mesmo que Moro tenha dito isso ― como registrou Sonia Racy em sua coluna do Estadão ―, o comentário reflete mais o cansaço do magistrado do que uma possibilidade real. A acusação de que seu amigo Carlos Zucolotto Jr., advogado e ex-sócio de sua mulher, ofereceu facilidades a um réu da Lava-Jato deixou-o revoltado com o que ele considerou uma tentativa de usar um amigo pessoal para atacá-lo e à Operação.

O ministro Luis Fux disse que há uma ação orquestrada no Legislativo para frear a Lava-Jato, e criticou a tentativa de reverter a decisão [do Supremo] de permitir a prisão de condenados na segunda instância da Justiça, que vem sendo capitaneada por sua alteza real o ministro boca-de-caçapa.

Essas ações seriam parte da ofensiva para travar ou inviabilizar a Lava-Jato. Por outro lado, boa parte dos trabalhos em Curitiba foi concluída e já está no STF ― no caso de os envolvidos terem foro privilegiado ― ou espalhada por outros foros ― quando os processos não têm relação com o Petrolão. Mas ainda há investigações relevantes sendo feitas na capital paranaense, onde centenas de pessoas estão sob investigação e novas linhas de trabalho não param de surgir.

ObservaçãoA 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba é especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, e as primeiras investigações remetiam à lavagem de dinheiro praticada pelo doleiro Alberto Youssef em Londrina, no Paraná. Além disso, a atuação do doleiro era objeto de inquéritos e processos suspensos em razão de colaboração que ele vinha prestando em Curitiba, naquela Vara. Com o desdobramento das investigações, descobriram-se centenas de crimes praticados no Paraná, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Pernambuco, mas, de início, os mais graves haviam ocorrido no Paraná.

Mesmo admitindo que parte das investigações tenha sido transferida para outros juízos, especialmente no Rio, Brasília e São Paulo, só os desmembramentos da delação premiada da Odebrecht geraram cerca de 50 investigações em Curitiba. E Janot deixou bem claro que o “fim” da Lava-Jato não significa o fim do combate à corrupção.

Por outro lado, ainda que a Lava-Jato tenha sido renovada por mais um ano, os problemas financeiros vêm prejudicando as investigações, especialmente pela redução de quadros da Polícia Federal envolvidos na Operação em Curitiba. Mesmo assim, segundo a força-tarefa, as investigações em outros Estados ganharam corpo. Resta saber como atuará Raquel Dodge à frente da PGR ― ela assumirá o posto de Janot no próximo dia 18.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS? RESOLVA VOCÊ MESMO (Parte II)

RELÓGIO QUE ATRASA NÃO ADIANTA.

Todo relógio precisa de uma fonte de energia para funcionar. No final da década de 60, a maioria dos modelos de pulso continha uma mola (para gerar energia), uma espécie de massa oscilatória (para oferecer referência de tempo), dois (ou três) ponteiros, um mostrador enumerado e diversas engrenagens, até que a Bulova resolveu substituir a roda de balanço por um transistor oscilador, que, alimentado por uma bateria, mantinha um diapasão funcionando a algumas centenas de hertz. Mais adiante, o cristal de quartzo ― cujas propriedades já eram conhecidas e usadas para proporcionar a frequência exata em transmissores/receptores de rádio e computadores ― assumiria as funções desse diapasão e agregaria maior precisão ao mecanismo.

Se você tenciona comprar um relógio, escolha algo que seja funcional e confiável. Caixas de aço ou titânio são excelentes opções. O ouro é mais nobre, naturalmente, mas encarece significativamente o produto e chama a atenção dos amigos do alheio. E o mesmo vale para modelos de grife ― Patek, Rolex, Omega, Panerai, Hublot, IWC, Breitling, Tissot, Tag Heuer e distinta companhia ―, que chegam a custar centenas de milhares de dólares.

Observação: O Grandmaster Chime, da Patek Philippe (confira na foto que ilustra esta postagem) tem duas faces ― dependendo do lado usado para cima, ele exibe as horas ou o calendário perpétuo instantâneo. A caixa redonda de 47,4mm é feita de ouro rosa 18k e adornada com cristais de safira. O preço é de arrepiar: 2,5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 8 milhões).

Quanto ao mecanismo responsável pelo movimento (também conhecido como calibre), você pode optar por modelos a quartzo ou mecânicos. No primeiro caso, que, como vimos, utiliza um oscilador regulado por uma peça de quartzo, a alimentação geralmente é feita por uma bateria. Já os modelos mecânicos funcionam “à corda”, que pode ser manual ou automática. Para os verdadeiros connoisseurs, apenas calibres mecânicos ― e de preferência manuais ― são aceitáveis, em que pese sua limitada reserva de marcha (em média, 24 horas). Isso significa que o relógio deixa de trabalhar quando fica muito tempo fora do pulso (modelos automáticos) ou quando não recebe corda (modelos manuais), e aí é preciso ajustar a hora e o calendário antes de voltar a "vesti-lo".

Mecanismos a quartzo alimentados por bateria funcionam ininterruptamente por anos a fio ― modelos com cronógrafo e outras papagaiadas tendem a consumir mais energia, mas uma bateria original ou equivalente costuma durar mais de dois anos. Existem opções alimentadas por energia solar (que dispensam a troca da bateria) ou térmica (como o smartwatch Matrix, que usa o calor do pulso como fonte de energia). 

Quanto à maneira de mostrar as horas, os relógios podem ser analógicos (de ponteiros), digitais (display de cristal líquido) ou híbridos (combinação de ambos). Via de regra, os analógicos consomem mais energia que os digitais ― a menos que você use muito a luzinha que ilumina o display, deixe os contadores de tempo e os alarmes e demais sinais sonoros ativados, e por aí vai. Nos digitais, além dos tradicionais cronógrafo e calendário simples ou duplo (com dia do mês e da semana) que os modelos de ponteiros costumam oferecer, você encontra contador de tempo regressivo, altímetro, bússola, termômetro e uma porção de outras papagaiadas.

Por hoje chega. Amanhã a gente conclui.

MENDES E OS CÃES SEM RABO

Gilmar Mendes, o inefável, não foi feliz na analogia entre juízes que “insistem em desafiá-lo” e rabo do cachorro.

Explicando melhor: o juiz federal Marcelo Bretas ― tido como o “Sérgio Moro carioca” ― mandou prender Jacó Barata Filho, o “rei do ônibus”, e Mendes mandou soltar; Bretas mandou prender de novo, e o supremo ministro do Supremo, de novo, mandou soltar. E emendou: “Em geral, o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo”.

A declaração ofensiva, vulgar e imprópria de um juiz da Suprema Corte foi repudiada pela sociedade em geral e pelos magistrados em particular, embora nada tenha de atípica: o magistrado sul-mato-grossense é conhecido pela arrogância, amor ao protagonismo, língua ferina e total falta de comedimento nas relações com seus pares e juízes que estão abaixo dele na hierarquia do Judiciário.

Para qualquer pessoa minimamente racional, o fato de Mendes ter sido padrinho de casamento da filha de Barata com um sobrinho de sua mulher, Guiomar Mendes, que trabalha no escritório de advocacia que defende Barata ― que, por sua vez, é sócio de um cunhado do ministro numa empresa de ônibus ― já deveria bastar para o ministro se dar por impedido de atuar no caso. Mas não Gilmar, para quem “o juiz deve se afastar do caso quando é ‘amigo íntimo’ das partes, e essa qualificação não contempla padrinhos de casamento”.

É tanto compadrio misto que a chega a ser difícil de acreditar, mas o "deus-sol da magistratura" não vê aí “nenhuma suspeição”. Talvez por isso ele seja alvo de abaixo-assinados que pedem sua saída do STF ― o da Change.org já conta com quase 900.000 assinaturas. Ou também por isso, já que fedem suas relações semipresidencialistas com amigão Michel Temer e seus frequentes encontros fortuitos “nos porões do Jaburu”; a soltura de réus como José Dirceu e Eike Batista, que deixa clara sua habitualidade na concessão de habeas corpus a poderosos e põe em dúvida sua imparcialidade; o empenho na absolvição da chapa Dilma-Temer num julgamento patético, que envergonhou o país por ignorar a profusão de provas contra os réus a pretexto de “manter a governabilidade”, e por aí segue a interminável procissão.

Rodrigo Janot, ora no apagar das luzes de sua gestão à frente da PGR, pediu ao Supremo que a quintessência do saber jurídico seja impedida de atuar no caso da máfia do transporte no RJ. Resta saber como a presidente e os demais membros do STF se posicionarão sobre a questão. A sociedade já deixou claro que repudia um membro da mais alta Corte do país que atua não como operador da justiça, mas como distribuidor de privilégios.

Na última segunda-feira, a ministra Cármen Lúcia notificou Mendes sobre o pedido de suspeição apresentado por Janot, para quem “os vínculos são atuais, ultrapassam a barreira dos laços superficiais de cordialidade e atingem a relação íntima de amizade”. Vamos ver que bicho dá.

ObservaçãoNenhum pedido dos 80 pedidos impedimento ou suspeição de ministros do STF foi atendido nos últimos dez anos; todos foram rejeitados pelo presidente do STF da época e não tiveram os méritos discutidos pelo colegiado. 

E como hoje é sexta-feira:


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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

CRONÓGRAFO COM PONTEIROS DESSINCRONIZADOS? RESOLVA VOCÊ MESMO

ESCOLHA OS AMIGOS PELA BELEZA, OS CONHECIDOS PELO CARÁTER E OS INIMIGOS PELA INTELIGÊNCIA.

Embora os onipresentes celulares substituam com vantagem os relógios de pulso, há quem não abra mão desse adereço, talvez devido ao fascínio exercido por modelos de grife, que sinalizam bom gosto e elegância (quando não ostentação, já que o preço pode chegar a centenas de milhares de dólares).

Como tudo mais nesta vida, os relógios sofrem o efeito da passagem do tempo, e como bons relojoeiros são, atualmente, tão raros quanto moscas brancas de olhos azuis, convém ficar esperto quando for trocar a bateria de um modelo a quartzo ― eu mesmo perdi um Citizen depois que uma relojoaria “lábios de suíno” instalou uma bateria de marca barbante, que vazou após três ou quatro meses de uso e causou danos irreparáveis ao módulo do relógio. Mas o problema mais comum é o “relojoeiro de araque” devolver um cronógrafo com os ponteiros desalinhados, seja por não saber sincronizá-los, seja porque simplesmente não dá a mínima.

De tanto passar esse perrengue, resolvi jamais comprar outro relógio com cronógrafo ― a não ser que fosse um modelo mecânico ―, mas desencanei depois que descobri como fazer o ajuste, e assim resolvi compartilhar o mapa da mina com meus leitores, mas não sem “enfeitar um pouco o pavão”, pois é o tempero que agrega sabor ao prato.

O relógio de sol surgiu milênios antes da Era Cristã, quando alguém se deu conta de que o tamanho da sombra variava ao longo do dia, conforme a posição do sol no céu. Depois dele vieram a clepsidra, a ampulheta (relógios “de água” e “de areia”, respectivamente) e uma série de bugigangas curiosas, até que o Papa Silvestre II criou, lá pelos anos 800 da nossa era, o que viria a ser o tetra-tetra-tetra-avô dos relógios mecânicos atuais.

Os modelos de bolso surgiram cerca de 500 anos depois, e foram muito populares até Santos Dumont pedir ao joalheiro Louis Cartier que adaptasse uma correia ao maior relógio de pulso feminino de sua coleção ― o “Pai da Aviação” queria consultar as horas sem tirar as mãos dos comandos de suas aeronaves ―, e assim o uso dos relógios-pulseira, que até então eram adereços tipicamente femininos, se disseminou também entre os homens. Ainda que uma coisa nada tenha a ver com a outra, a grife francesa Cartier se tornou uma das mais ilustres representantes da alta joalheria mundial ― além de joias finas e relógios caríssimos, ela produz perfumes, bolsas e acessórios sofisticadíssimos.  

Observação: O primeiro “relógio pulseira” foi encomendado pela irmã do imperador Napoleão Bonaparte ao relojoeiro Abraham-Louis Bréguet, embora alguns pesquisadores atribuam sua invenção a Antoni Patek e Adrien Philippe, fundadores da conceituada Patek-Phillipe. A princípio, os relógios de pulso eram usados apenas pelas mulheres; os homens portavam um cebolão, que carregavam no bolsinho do colete, preso a uma vistosa corrente ― de ouro ou de prata, grossa ou fina, conforme o gosto e as posses de cada um.

Amanhã eu conto o resto.

MICHEL TEMER - 1 ANO DE GOVERNO

Comemora-se (?!) hoje o primeiro aniversário da efetivação de Michel Temer na presidência da Banânia. Não haverá bolo nem velinha para soprar, já que sua insolência está em viagem oficial à China, de onde deve voltar na semana que vem, não sei se a tempo de participar das festividades de 7 de Setembro, data nacional tupiniquim.

Especula-se, no entanto, que o presidente seja recebido com mais uma denúncia de Rodrigo Janot, que passará o comando da PGR para Raquel Dodge em meados do mês que vem. A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi bloqueada mediante uma vergonhosa compra de apoio parlamentar. Desta feita, a acusação será por obstrução de Justiça e associação criminosa, e deverá seguir o mesmo rito da anterior. Se Temer tem ou não cacife político (e dinheiro em caixa) para barrar também esta denúncia, isso ainda não se sabe. Mas é certo que os proxenetas do parlamento irão pressioná-lo, forçando a fazer mais concessões espúrias.

Goste-se ou não de Michel Temer ― e eu não gosto ―, é impossível negar os fatos: no governo de Dilma, a imprestável, a inflação estava em 11,48% ao ano; no atual, está em 3,48%. A taxa Selic também caiu ― de 14% para 9,25%. O dólar baixou de R$ 4,10 para R$ 3,12, e o PIB, que vinha amargando seis trimestres negativos, deve fechar o ano em torno de 0,5%. Com o PT no comando, a Petrobras amargou anos de prejuízo (e roubalheira); com Temer, teve lucro no primeiro semestre de 2017. E até os índices de desemprego começara a recuar ― timidamente, é verdade, mas até aí morreu o Neves.

Resta saber que efeito terá a delação de Lucio Funaro, cujo conteúdo está sob segredo de Justiça, mas certamente virá a público se e quando ela for homologada pelo ministro Edson Fachin. Fala-se que as informações do colaborador ― que era comparsa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e operador financeiro das maracutaias do PMDB na Câmara, fornecerão farta munição para embasar a nova denúncia contra Temer. A conferir.

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terça-feira, 5 de abril de 2016

WINDOWS 10 ― AJUSTE AUTOMÁTICO DO FUSO HORÁRIO

A VOZ DO TOLO É CONHECIDA PELA PROFUSÃO DE PALAVRAS. 

Vimos no post de ontem como editar o Registro do Windows para exibir o relógio e o calendário do Seven no Ten; no de hoje, veremos como configurar o fuso horário para ser ajustado automaticamente, com base na localização física do computador ― recurso que não existia nas edições anteriores do sistema, mas que pode ser uma mão na roda para quem usa notebook e viaja constantemente.

Desta feita, felizmente não será preciso editar o Registro ou fazer quaisquer ajustes mais rebuscados. Basta clicar em Iniciar, selecionar Configurações, clicar em Hora e Idioma e ativar a opção Definir fuso horário automaticamente.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

WINDOWS 10 ― CALENDÁRIO E RELÓGIO

SE TEMPO É DINHEIRO, SERÁ O CAIXA ELETRÔNICO UMA MÁQUINA DO TEMPO?

Egressos do Seven podem estranhar o calendário e relógio exibidos quando se clica sobre a data e hora no canto inferior direito do desktop do Windows 10 (Área de Notificação), que chamam a atenção pela fonte de tamanho maior, paleta de cores em preto e azul e horário no formato digital (00h:00min:00seg). A boa notícia é que é possível resgatar a versão antiga, embora isso dê um trabalho considerável e exija a edição manual do Registro do Windows.

Como nosso leitor habitual já sabe, o Registro é um banco de dados dinâmico ― com informações importantes sobre o sistema, os aplicativos, o hardware e os usuários ― que o sistema consulta a cada inicialização e salva ao final de cada sessão, com as eventuais alterações, e que edições malsucedidas podem comprometer o desempenho do PC ou, em situações extremas, impedi-lo de reinicializar. Assim, antes de se arriscar a editá-lo, é imprescindível criar um ponto de restauração e fazer um backup do próprio Registro.

Observação: Para criar um ponto de restauração, dê um clique direito no botão Iniciar, clique em Painel de Controle > Sistema e Segurança > Sistema, selecione a aba Proteção do Sistema, clique no botão Criar e siga as instruções na tela. Para fazer o backup do Registro, digite regedit na caixa de pesquisas da barra de tarefas, clique em regedit (executar comando), em Sim na caixa de diálogo que é exibida em seguida e, na tela do Editor, abra o menu Arquivo, selecione a opção Exportar, escolha um nome para o arquivo (mantenha a extensão .REG) e defina o local onde ele deve ser salvo e clique em Salvar.

Passemos ao tutorial:

1. Digite regedit na caixa de pesquisas da barra de tarefas e, na lista de respostas, selecione regedit (executar comando);
2. No painel esquerdo da janela do Editor do Registro, navegue por HKEY_LOCAL_MACHINE > SOFTWARE > Microsoft > Windows NT;
3. Dê duplo clique sobre a pasta CurrentVersion, clique no menu Editar, selecione Novo > Chave;
4. Nomeie a nova pasta (que será criada automaticamente) como MTCUVC, selecione-a, abra o menu Editar, clique em Valor DWORD (32 bits) e dê-lhe o nome EnableMtcUvc;
5. Dê duplo clique no valor criado e, em Dados do Valor, insira 0 (zero) e confirme em OK.
6. Navegue agora até HKEY_LOCAL_MACHINE > SOFTWARE > Microsoft > Windows > CurrentVersion > ImmersiveShell, crie um novo valor DWORD de 32 bits, nomeie-o como UseWin32TrayClockExperience, dê um clique direito para abrir a janela de detalhes e, nos dados do valor, digite 1 e clique em OK, feche o editor e confira o resultado.

Observação: Se quiser reverter à configuração padrão do Windows 10, basta você acessar o valor DWORD UseWin32TrayClockExperience e mudar os Dados do Valor de 1 para 0.

(Postagem criada com informações do site Techtudo).