Mostrando postagens com marcador informática. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador informática. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

DE VOLTA À INSEGURANÇA DIGITAL (CONCLUSÃO)


NO BRASIL, É A SOPA QUE POUSA NA MOSCA.

Complementando o que vimos nos capítulos anteriores, seguem mais algumas recomendações importantes. Confira:

Evite baixar aplicativos de fontes desconhecidas, sobretudo no smartphone, já que esse "descuido" é responsável por 99% das infeções em sistemas móveis. E não deixe de instalar um bom antivírus — confira nesta postagem as melhores opções para Android, lembrando que o iOS não é imune a pragas, apenas menos visado por ter menor participação no seu segmento de mercado.

Apps fornecidos pelas lojas oficiais do Google e da ApplePlay Store e App Store — não garantem segurança total, mas reduzem as chances de você levar gato por lebre, sobretudo se você atentar para as permissões que os programinhas solicitam durante a instalação — não faz sentido um app de notícias, por exemplo, pedir acesso à câmera do aparelho ou a sua lista de contatos.

O email sempre foi (e continua sendo) o meio de transporte preferido por vírus e arquivos maliciosos. Se você receber uma mensagem suspeita, sobretudo com um anexo, jamais abra o arquivo sem antes salvá-lo na sua área de trabalho, varrê-lo com seu antivírus e obter uma segunda opinião do Virustotal, que faz a checagem a partir de mais de 70 ferramentas de análise. Caso o remetente da mensagem seja um parente, amigo ou conhecido, confirme se foi mesmo ele quem enviou o arquivo.

Observação: Se desconfiar que seu antivírus está "comando bola", serviços online como o Ad-Aware free, o Avast 2015 Free, o AVG Antivírus Free 2015, o Avira Free Antivírus 2015, o Panda Free Antivírus 2015, o PSafe Total Windows são gratuitos e lhe oferecem uma segunda opinião confiável.

Mantenha o software (sistema e programas) sempre atualizado. Atualizações são importantes para fechar brechas de segurança, corrigir bugs e adicionar novos recursos e funções ao programas.

Relembrando: os primeiros registros de programas de computador capazes de se autorreplicar remontam à meados do século passado, mas só nos anos 1980 que passaram ser conhecidos como "vírus", dada essa e outra semelhanças com seus correspondentes biológicos (como tentar se disseminar para outros sistemas e se esconder para evitar sua remoção).

Nem todo vírus danifica o computador e nem todo programa que danifica o computador é necessariamente um vírus. Atualmente, dada a diversidade das pragas digitais, o correto é usar o termo malware para designá-las genericamente. O Trojan Horse (cavalo de Tróia), p. e., não é exatamente um vírus, já não tem a capacidade de criar cópias de si mesmo e infectar outros computadores. Como o nome sugere, ele é (ou faz parte de) um arquivo aparentemente legítimo, como um freeware útil que baixamos da Web, mas, uma vez instalado, "abre as portas" do sistema alvo para os crackers de plantão, ou, dependendo do caso, colhem informações confidenciais/pessoais das vítimas (geralmente senhas bancárias e números de cartões de crédito) e as repassam ao cibercriminoso, que dispõe do módulo cliente do programa — nesse caso, eles são chamados de spyware

Há ainda os worms, keyloggers, ransomwares etc., mas basta fazer uma busca no Blog para saber mais sobre eles, de modo que não faz sentido espichar ainda mais esta sequência. Abraços a todos e até a próxima.  

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

DE VOLTA À INSEGURANÇA DIGITAL


SE NÃO EXISTE VIDA FORA DA TERRA, ENTÃO O UNIVERSO É UM GRANDE DESPERDÍCIO DE ESPAÇO.

Como acontece no mundo real, a insegurança campeia solta no universo digital. Aliás, foi justamente essa questão que me levou a rabiscar meus primeiros textos sobre TI, no final do século passado, quando o vírus "tradicional" era o grande vilão.

Muita água rolou nestes vinte e tantos anos (confira a evolução dos vírus e antivírus na sequência iniciada nesta postagem), daí porque uma parcela considerável das cerca de 4.500 postagens publicadas até hoje aqui no Blog foca a questão da segurança. E o advento do smartphone aumentou ainda mais os riscos de infecção e problemas afins, de modo que resolvi relembrar alguns conceitos e dicas importantes sobre segurança. Acompanhe.

Nenhuma ferramenta de segurança oferece 100% de proteção contra malware e invasões virtuais. O termo malware designa qualquer software malicioso, aí incluído o tradicional vírus eletrônico programa criado experimentalmente em meados do século passado, mas que só começou a incomodar no final dos anos 1980 e a se disseminar mais expressivamente com a popularização do acesso à Internet por usuários domésticos (clique aqui para mais detalhes). E não demorou para que as pragas que se celebrizaram por apagar arquivos e obrigar as vítimas a reinstalar o Windows dessem lugar a variações como o spyware, que captura dados confidenciais do internauta — notadamente senhas bancárias, informações de login, números de cartões de crédito, etc. e os envia para os cibercriminosos que dispõe do módulo cliente do programinha.

Malwares não são entes misteriosos ou prodígios de magia negra, mas programinhas como outros quaisquer, só que escritos para executar ações maliciosas ou criminosas. Conforme seus objetivos e modus operandi, eles são classificados como vírus, worm, trojan, spyware, ransomware etc., mas não surgem do nada nem se propagam como os vírus biológicos alguns até se propagam, se considerarmos sua disseminação através Wi-Fi, Bluetooth, etc., mas isso já é outra história. O importante é ter em mente que a maioria das infecções requer a participação, ainda que involuntária, das vítimas, daí a gente dizer que não existe programa de segurança “idiot proof” o bastante para proteger os usuários de si mesmos
     
ObservaçãoAs modalidades de ataque já foram contempladas em outras postagens (sugiro reler a sequência que eu publiquei a partir do último dia 16), mas convém ter em mente que o correio eletrônico, os programas mensageiros e as redes sociais são as formas mais utilizadas como meio de transporte para os códigos maliciosos (quanto mais popular for um sistema, aplicativo ou webservice, tanto maior será a tendência de ele ser explorado pelos cibervigaristas).

Diante de um cenário como esse, pode-se dizer que ter um antivírus é indispensável, a despeito do que alardeiam alguns espíritos-de-porco — como John McAfee, fundador da McAfee Associates e criador de um dos primeiros antivírus comerciais, e Brian Dye, vice-presidente da renomada empresa Symantec (fabricante dos conceituados produtos Norton). Segundo eles, usar antivírus não faz grande diferença, mas o fato é que ninguém ainda encontrou uma solução melhor para o problema das pragas digitais, e a maioria dos analistas e especialistas afirma ser extremamente arriscado navegar nas águas turvas da Web sem um arsenal de defesa responsável. E como é sempre melhor pecar por ação que por omissão...

Continua no post da próxima quinta, 26.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS - FINAL


SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Embora seja possível configurar o botão Power (liga/desliga) — e, no caso de note e netbooks, o fechamento da tampa do aparelho — para suspender, desligar ou colocar o computador em hibernação, como vimos nas postagens anteriores, é bom saber que o Windows conta com o Agendador de Tarefas, que, como o próprio nome sugere, permite agendar a execução de diversas tarefas, dentre as quais desligar automaticamente o computador no horário que desejarmos. Vamos ao tutorial:
   
1 — Na caixa Pesquisar da Barra de Tarefas do Windows, digite agendador e, na lista de sugestões, selecione Agendador de Tarefas – Aplicativo;

2 — Na porção direita da janela que se abre em seguida, clique em Criar Tarefa. Na aba Geral, dê um nome para a tarefa e, na mesma aba, em Opções de segurança, marque as opções Executar estando o usuário conectado ou não e “Executar com privilégios mais altos. Mais abaixo, em Configurar para, escolha a versão do seu Windows;

3 — Clique na aba Disparadores e na opção Novo, localizada na parte inferior da janela; na próxima janela, em Iniciar Tarefa, selecione Em um agendamento, depois em Diário, para que a tarefa seja executada todo os dias. Feito isso, defina a data de início e o horário em que o computador deverá ser desligado. Mantenha a caixa Habilitado marcada e clique em OK para confirmar a ação;

4 — De volta à janela Criar tarefa, acesse a aba Ações e clique em Novo; na opção Ação, selecione a opção Iniciar programa do menu dropdown e preencha o campo abaixo de Programas/Scripts com a palavra shutdown. Em Adicione argumentos (opcional), digite /S para acionar o desligamento tradicional, que ocorre quando você clica na opção Desligar do menu Iniciar do Windows, ou /S /F para forçar o desligamento se houver algum aplicativo em execução. Ao final, confirme em OK;

5 — Volte à janela Criar tarefas, acesse a aba Condições, marque a caixinha Iniciar a tarefa somente se o computador estiver ocioso há: e, na caixa à direita, defina o tempo que a ferramenta deverá aguardar antes de proceder ao desligamento. Na mesma aba, marque as caixas referentes às opções Interromper se o computador não estiver mais ocioso e Reiniciar se voltar a ficar ocioso e deixe as demais opções com a configuração padrão;

6 — Na aba Configurações, mantenha as opções previamente habilitadas marcadas, clique na caixinha referente a Se ocorrer falha na tarefa, reiniciar a cada: e defina o tempo para reiniciar a atividade. Abaixo, escolha o número de vezes que o sistema deve tentar reiniciar o processo, caso ocorra algum erro e confirme em OK.

E está feito.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

AINDA SOBRE AS OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS


SITUAÇÕES TERRÍVEIS TORNAM-NOS CAPAZES DE FAZER COISAS HORRÍVEIS.

Vimos que, dentre outros aprimoramentos, a substituição do padrão AT pelo ATX nos gabinetes, placas-mãe e fontes de alimentação permitiu o desligamento do computador por software. Na esteira dessa evolução, a Microsoft  tornou possível programar o botão de Power (liga/desliga) do computador — e o fechamento da tampa, no caso de notebooks e netbooks — para adotar as mesmas ações que nos são oferecidas quando clicamos na setinha à esquerda do comando Desligar do Menu Iniciar.

Vale relembrar que Sair, Suspender, Hibernar, Desligar e Reiniciar produzem cada qual um resultado diferente. Desligar, como o nome sugere, encerra o Windows e desliga totalmente o computador, mas há situações em que a suspensão ou a hibernação são mais indicadas, pois o sistema leva menos tempo para "despertar" e retorna com os aplicativos e telas do mesmo jeito que se encontravam quando o computador "adormeceu".

Suspender coloca a máquina em stand-by, ou seja, desliga o monitor e desenergiza  alguns componentes de hardware, mas exige que o cabo de força permaneça conectado à tomada (no caso dos desktops, já que note e netbooks dispõem de baterias). Para reativar o Windows, basta mover o mouse ou pressionar qualquer tecla, e como o conteúdo da memória RAM é preservado, o retorno é imediato e todos os aplicativos, janelas etc. ressurgem exatamente como estavam.

A opção Hibernar transfere o conteúdo da RAM para o arquivo hiberfil.sys (no disco rígido) e desliga totalmente o aparelho. Nos portáteis, essa função não consome bateria, e desktops, permite, inclusive, desplugar o cabo de energia da tomada (ou do no-break/estabilizador/filtro de linha). O "despertar" não é tão rápido quanto na opção Suspender, mas costuma demorar menos que no boot convencional, e os aplicativos, janelas, etc. também retornam como estavam quando o computador foi "posto para dormir". Note que essa função pode não estar disponível no botão Iniciar, já que a maioria das máquinas atuais permite apenas que se coloque o PC em suspensão e definir um período de tempo de ociosidade a partir do qual a máquina entra automaticamente em hibernação ou em suspensão híbrida (mais detalhes nesta postagem).

Quanto a Reiniciar... bem, primeiro é preciso deixar claro que reiniciar um dispositivo computacional consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar logo em seguida. O termo "reinicializar" não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não vou encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente apenas que desligar o PC, o tablet ou o smartphone interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos, capacitores e demais componentes da placa-mãe, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Na reinicialização, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente é de uma fração de segundo, o que nem sempre é suficiente para que as reservas de energia se esgotem completamente e, consequentemente, as memórias voláteis sejam totalmente esvaziadas. Portanto, a não ser em situações específicas (mais detalhes nesta postagem), prefira desligar o aparelho e tornar a ligá-lo após alguns minutos, em vez de se valer do comando Reiniciar.

Sugiro usar a suspensão durante ausências curtas — no horário do almoço, por exemplo —, sobretudo no ambiente corporativo, onde isso evita que pessoas não autorizadas acessem o computador. Mas primeiro é preciso criar uma senha de logon fazer algumas configurações — no Windows 10, clique em Iniciar > Configurações > Contas > Opções de entrada e, sob Senha, clique em Adicionar ou Alterar (note que esse ajuste afetará a sua conta da Microsoft, caso você tenha uma).

Observação: Também é possível inibir a ação de bisbilhoteiros ativando a proteção de tela e definido a exigência de senha para liberar o sistema. No Windows 10, digite proteção de tela no campo de buscas da Barra de Tarefas, clique em Alterar Proteção de Tela (Painel de Controle), escolha a opção desejada (bolhas, faixas, fotos, polígonos, etc.), defina o tempo de ociosidade a partir do qual ela entrará em ação (de 1 a 9999 minutos) e assinale a caixa de verificação Ao reiniciar, exibir tela de logon.

Durante ausências prolongadas (à noite, por exemplo), use a Hibernação, mas não deixe de desligar totalmente o computador pelo menos uma vez por semana, evitando, assim, que o sistema fique lento.

Continua na próxima postagem.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS


O TODO PODE SER BEM MAIOR QUE A SOMA DAS PARTES QUE O FORMAM.
Quando eu criei este Blog, em 2006, Steve Jobs sequer tinha lançado o revolucionário iPhone, de modo que o mote do site eram dicas para usuários de PCs Windows.

Mais adiante, por motivos óbvios, passei a focar também a plataforma Android, que é a mais comum em dispositivos ultraportáteis em todo o mundo — dispositivos esses que vejo como complemento do PC convencional, embora muitos usuários os tenham na conta de substituto, como mostra o gráfico que ilustra esta postagem.

Seja como for, há casos em que o tamanho reduzido da tela (ainda que alguns smartphones modernos sejam grandes como tábuas de carne), a dificuldade de digitar textos longos no limitado teclado virtual e o poder de processamento e capacidade de armazenamento inferiores aos recursos dos "irmãos maiores" podem desmotivar o uso do ultraportátil num sem-número de tarefas, o que me leva a acreditar que o PC Windows ainda tenha muita lenha para queimas. Dito isso, passemos à dica do dia.
O padrão AT para gabinetes, placas-mãe e fontes de alimentação foi desenvolvido pela Intel na década de 1980 e reinou absoluto até a virada do século, quando começou a ser substituído pelo ATX (também da Intel), que, dentre outros aprimoramentos, introduziu o conceito de fonte inteligente.
No AT, além de abrir o menu Iniciar do Windows e selecionar a opção Desligar, como fazemos atualmente, precisávamos esperar que a mensagem dando conta de que o computador podia ser desligado com segurança fosse exibida na tela, e só então mudar o Power Switch (interruptor de energia do gabinete) para a posição “desligado”. Já no ATX  — que continua em uso até hoje —, o desligamento por software comanda o encerramento do sistema e desliga automaticamente o computador em nível de hardware. Com isso, os gabinetes deixaram de integrar o botão de "reset" — que servia para reiniciar a máquina nos tempos em que o Windows travava com uma frequência irritante — e o "turbo" — que não aumentava a frequência de operação do processador, mas reduzia-a, permitindo a execução de programas ainda mais antigos.
Deve-se ainda ao padrão ATX a adoção de botões soft touch para ligar/desligar o PC — antes, era preciso mudar um Switch (interruptor) da posição "ligado" para "desligado"; agora, basta um simples toque no botão de power para ligar o aparelho ou para desligá-lo, já que desde o lançamento do Windows XP pressionar esse botão produz o mesmo resultado que clicar na opção "desligar" do menu Iniciar, ou seja, fecha os programas, encerra o sistema e suspende o fornecimento de energia para o hardware.
Mais adiante, o Windows 7 possibilitou personalizar o comportamento do botão de energia com as com as mesmas opções oferecidas pela setinha à esquerda do comando Desligar do Menu Iniciar. Para fazer esse ajuste no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Energia e Suspensão > Configurações de energia adicionais > Escolher as funções dos botões de energia e escolha a alternativa que melhor o atender. Note que isso é particularmente útil em notebooks e netbooks que trazem o botão de Power numa posição que propicia o desligamento acidental do aparelho. Em sendo o seu caso, siga os passos retrocitados e habilite a opção "Nada a fazer", lembrando que essa reconfiguração não afeta o desligamento forçado do computador quando o botão de energia é pressionado por 5 segundos.
Observação: As edições recentes do Windows são menos suscetíveis a travamentos do que as de antigamente, mas sempre pode acontecer de o sistema congelar a ponto de nem o mouse nem o teclado responderem. Nesse caso, independentemente da função que você atribuir ao botão de energia, mantê-lo pressionado por 5 segundos desliga o computador "na marra" .

Continua na próxima postagem.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

DEFININDO O TIPO, O TAMANHO E O ESTILO DAS FONTES NO WORD 365



DAMARES É A SEGUNDA MINISTRA MAIS POPULAR: MENINO VESTE AZUL, MENINA VESTE ROSA E BRASILEIRO VESTE CAMISA DE FORÇA.

Depois de tratar do corretor ortográfico — que, como vimos, pode ser uma bênção ou uma maldição —, seguem algumas linhas sobre a configuração de fonte no Word, que ficou menos intuitiva no Office 365, levando muita gente a alterar o tipo de fonte e/ou o tamanho sempre que inicia o festejado processador de textos da Microsoft.

Na imagem que ilustra esta postagem, repare que, no canto inferior direito do campo Fonte, onde se vê o nome e o tamanho da dita-cuja e, logo abaixo, os botões que permitem aplicar efeitos como negrito, itálico, sublinhado, tachado e outros, há um minúsculo quadradinho com uma setinha — que eu ampliei e circundei em vermelho para facilitar a identificação.

Clicando no tal quadradinho, você verá uma tela que dá acesso a diversas configurações. Ajuste o tipo, o estilo e o tamanho da fonte e clique no botão Definir como Padrão.

Na caixa de diálogo que será exibida em seguida (observe a reprodução na porção direita da figura), defina se as alterações deverão se limitar ao documento a partir do qual você fez os ajustes ou alcançar todos os documentos baseados no modelo Normal. Feito isso, confirme em OK e confira o resultado.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

MALDITO CORRETOR


SOMOS LIVRES PARA FAZER ESCOLHAS, MAS, AO FAZÊ-LAS, TORNAMO-NOS PRISIONEIROS DAS CONSEQUÊNCIAS.

Muita gente debocha de estrangeiros que, mesmo radicados no Brasil há décadas, continuam falando muito mal o português. Se você integra essa seleta confraria (dos que debocham) é bom lembrar que eles conseguem se comunicar em Português e falar seu próprio idioma fluentemente, enquanto a gente mal domina o nosso. 

Não se espera que um aluno do segundo grau tenha com a Flor do Lácio a desenvoltura que tinham Drummond e Vinicius de Moraes, mas espera-se ao menos que ele não seja um analfabeto funcional.

Considerando a qualidade do ensino público (que já teve seu tempo de glória), o fato de muita gente falar mal e escrever ainda pior não chega a espantar, mas é de se lamentar. E é injusto crucificar somente o corpo docente, já que o discente, noves fora as postagens em redes sociais e assemelhados, não cultiva o saudável hábito de ler. Nem gibi. Para piorar, postagens e comentários no Insta, Face, Twitter, WhatsApp são feitos em linguagem própria, eivada de abreviações, o que não seria um problema se esse mesmo modo de se expressar não transbordasse para a redação do ENEM, por exemplo. Mas isso é outra conversa.

Os corretores ortográficos que integram processadores de texto, navegadores de Internet e aplicativos de mensagens ajudam um bocado, mas podem facilmente passar de benção a maldição. Dependendo da configuração, o algoritmo opera em tempo real e tenta adivinhar, a partir das primeiras letras que o usuário digita, aquilo que ele pretende escrever. Correção indevidas ou inadequadas podem mudar totalmente o sentido das frases, e como a correria do dia a dia desestimula revisar o texto antes de publicá-lo, a conclusão é óbvia. 

Se você usa o Word 365, abra um documento qualquer, clique na aba Arquivo e em Conta > Opções de atualização > Atualizar agora para se certificar de que dispõe da edição mais recente do aplicativo. Feito isso, ainda na aba Arquivo, clique em Opções. Na coluna à direita da tela, selecione Revisão de texto e examine as possibilidades de configuração (pressione a tecla F1 a qualquer momento para acessar a Ajuda). Em seguida, clique na aba Avançado para ter acesso a outras opções.

Manter assinaladas as opções Verificar ortografia ao digitar e Verificar erros de gramática ao digitar instrui a ferramenta a atuar em tempo real. E o mesmo vale para opção Usar as sugestões do verificador ortográfico automaticamente, presente na janelinha que se abre quando você clica em Opões de Autocorreção...  Sinta-se à vontade para desmarcar essa opção e caixas de verificação retrocitadas, mas não deixe de fazer uma revisão geral quando terminar de escrever seu texto (basta pressionar a tecla F7). Isso previne substituições indevidas que podem passar despercebidas (e não "desapercebidas"; a palavra despercebido significa algo ou alguém que não chamou atenção, que não foi visto, que não foi sentido nem notado, ao passo que desapercebido significa que algo ou alguém não está prevenido, provido ou preparado para alguma coisa).

Note que a palavra final é sempre do usuário, a quem cabe aceitar ou rejeitar as sugestões da ferramenta. Em casos de falso positivo, ou seja, quando o corretor assinala sobrenomes estrangeiros e outros termos que sabemos estarem corretos, mas que não constam de seu banco de dados, podemos adicioná-los, para que não voltem a ser reprovados se e quando tornarmos a escrevê-los. Ainda usando o Word como exemplo, clicamos com o botão direito sobre o termo sublinhado em vermelho e, no menu suspenso que se abre em seguida, clicamos em Adicionar ao dicionário. No Chrome (e na maioria dos demais navegadores), o procedimento é basicamente o mesmo, mas devemos tomar cuidado com o que adicionamos, pois a remoção é um pouco mais complicada.

O Word permite editar o dicionário personalizado, mas, por algum motivo incerto e não sabido, alguns termos que adicionamos não aparecem listados e, portanto, não podem ser excluídos. O jeito, nesse caso, é clicar em Arquivo > Opções > Revisão de Texto > Opções de AutoCorreção e, no campo Substituir texto ao digitar, inserir a palavra acrescentada por engano no campo Substituir e a palavra correta no campo Por. No Google Chrome, clicar com o botão direito sobre o termo assinalado como incorreto permite fazer com que a ferramenta o memorize. No caso de adições indevidas, basta digitar chrome://settings/editDictionary na caixa de endereços do navegador, teclar Enter, localizar na lista a palavra que deve ser excluída e clicar no X que aparece ao lado dela, no canto direito. Falando no Chrome, uma extensão que pode ajudar é a After Deadline, que é gratuita e funciona como um complemento do corretor nativo. Mas tenha em mente que ela não identifica os erros automaticamente; ao concluir o texto, você deverá clicar no ícone respectivo para que as palavras tidas como incorretas sejam sublinhadas em vermelho.

Adicionalmente, procure fugir do pleonasmo vicioso (como em entrar para dentro, subir para cima etc.); atente para a conjugação do verbo FAZER (que fica no infinitivo quando expressa ideia de TEMPO, como em FAZ cinco anosFAZ dois séculosFEZ 15 dias) e do verbo HAVER no sentido de EXISTIR (o certo é HOUVE muitos acidentesDEVE HAVER muitos casos iguais, e por aí vai). Falando no verbo HAVER, nunca diga HÁ dez anos ATRÁS, já que, nesse contexto, tanto "há" quanto "atrás" indicam o tempo passado (o correto é dizer HÁ DEZ ANOS ou DEZ ANOS ATRÁS, uma coisa ou outra). A propósito, sugiro dedicar alguns minutos à leitura desta postagem, que oferece 100 dicas preciosas para fugir desses e outros erros comuns. E para testar seus conhecimentos, não deixe de visitar este site, onde você pode jogar o Jogo dos 100 Erros de Português.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

COMO REMOVER NOTIFICAÇÕES DE CORREIO DE VOZ NO SMARTPHONE SEM OUVIR AS MENSAGENS


NENHUM TEIMOSO TEIMA SOZINHO.

Sou cliente da Claro há cerca 15 anos e nunca foi cobrado para cessar mensagens de voz deixadas na minha caixa postal. No entanto, de uns tempos para cá, ao tentar resgatar as mensagens, uma gravação informa que é preciso contratar o serviço separadamente, ao custo de R$ 6,99 mensais.

O valor está longe de ser uma fortuna, mas a postura da operadora é arbitrária, podendo mesmo caracterizar alteração unilateral de contrato, conforme eu ponderei a um atendente. Mas foi como falar com a parede.

Talvez eu conseguisse reverter essa alteração acionando o Procon ou um Juizado Especial Cível (também conhecido como Tribunal de Pequenas Causas), mas não estou disposto a pagar para ver. O problema é que já estou cheio de apagar as notificações de correio de voz e vê-las retornar alegremente, minutos depois, como se o fizesse com o propósito de me vencer pelo cansaço.

Claro (sem trocadilho) que é possível pedir à operadora que desative o serviço de correio de voz. O problema é que isso pode tornar inoperante o identificador de chamadas. Então, se você também padece desse mal, o jeito é fazer o ajuste no próprio aparelho. Para tanto, siga os passos abaixo,  lembrando que pode haver variações conforme a marca e o modelo do seu smartphone e da versão do Android. Se for o Android 8 (Oreo), sopa no mel, pois ele permite não só inibir a exibição dessa notificação chata como impedir que alguém que ligue para o seu número deixe mensagens no correio de voz. Nas encarnações anteriores, porém, a coisa pode não funcionar, mas não custa nada tentar.

1) Role a tela inicial e clique na figura da engrenagem, que dá acesso ao menu Configurações.

2) Abra a lista de todos os aplicativos, role a tela até localizar Telefone, selecione o app para visualizar as opções e clique no botão FORÇAR PARADA. Se não funcionar, torne a tocar em Configurações > Aplicativos > Telefone > Notificações e então bloqueie todas as notificações do app.

Caso esteja utilizando um Moto G3, por exemplo, será preciso puxar a lista de notificações e segurar o toque na notificação do correio de voz e tocar em "Mais configurações" e no nome do aplicativo, que pode variar de acordo com o aparelho. No caso do G3, aparecerá como "Serviços do smartphone". Entre na opção de "Armazenamento" e limpe os dados. 

Nos demais aparelhos, o procedimento é basicamente o mesmo: puxe a lista de notificações, segure na notificação do correio de voz, toque em "mais configurações", silencie as opções que aparecem para você, entre na opção de "Armazenamento" e limpe os dados referentes ao app "Telefone". A notificação vai desaparecer em ambos os processos, mas voltará a ser exibida quando o celular for reiniciado.

Note que o ícone irritante reaparecerá sempre que você receber um correio de voz, de modo que será preciso a realizar o processo novamente. Note também que isso não elimina a mensagem da caixa de entrada do correio de voz. Para tanto, é preciso contratar o serviço junto à operadora e apagar os recados, seguindo o intrincado menu de opções que lhe será apresentado. Em outras palavras, dar o braço a torcer.

Boa sorte.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

COMO MELHORAR O SINAL DO ROTEADOR WIRELESS


NÃO EXISTE AMIZADE ETERNA NEM INIMIZADE PERPÉTUA.

Pode soar estranho aos ouvidos de quem nasceu sob os auspícios da TV a cabo e do streaming de vídeo, mas houve um tempo em que os televisores só sintonizavam adequadamente os canais se as antenas (integradas nos aparelhos portáteis e acopladas aos modelos de maiores dimensões) estivessem corretamente posicionadas.

A pretexto de "melhorar" a recepção, muita gente grudava esponjas de aço (Bombril, Assolan e companhia) na ponta das antenas; no interior, sobretudo em cidades mais afastadas das retransmissoras, as antenas externas não eram instaladas nos telhados das casas, mas no topo de torres metálicas de dezenas de metros de altura. E mesmo assim o "chuvisco" se fazia presente, levando os maledicentes a dizer que "TV, no interior, era que nem c*; só tinha um canal e só passava merda".

Deixando de lado as antenas e o Bombril, talvez você já tenha ouvido falar que é possível melhorar a propagação do sinal de roteadores wireless envolvendo o dispositivo em papal alumínio (aquele em que a gente embrulha alimentos para assar no forno). Aliás, esse utensílio culinário não é Bombril, mas tem 1001 utilidades, dentre as quais afiar tesouras (pegue o papel alumínio, amasse-o e corte-o com a tesoura cega e repita umas dez vezes, aproximadamente); economizar energia ao passar roupa (cubra a tábua de passar roupa com papel alumínio, deixando a parte brilhante do papel para cima); deixar brilhando a panela suja; proteger o tampo do fogão de respingos de gordura; prevenir o mau cheiro na geladeira (basta cobrir os alimentos com filme plástico e, em seguida, com papel alumínio), substituir a fita veda-rosca, e por aí afora.

Voltando ao roteador Wi-Fi — que permite acessar a Internet de qualquer ponto da casa, usando qualquer gadget que ofereça esse recurso (desktop, notebook, tablet, e-readers, smartphone, etc.) e, se houve largura de banda suficiente, compartilhá-lo com os familiares — de modo que assista à sua série favorita na Netflix confortavelmente escarrapachado no sofá da sala enquanto a patroa busca na Web uma receita para preparar no jantar.

Para que o sinal chegue firme e forte a todos os cômodos da casa, é preciso dispor de um roteador de boa qualidade e posicioná-lo adequadamente (de preferência num ponto central e elevado em relação ao piso), pois paredes, móveis e outros obstáculos físicos podem gerar "áreas de sombra" onde o sinal enfraquece ou desaparece. Curiosamente, é comum o sinal não chegar à varanda ou ao banheiro, por exemplo, mas alcançar a casa do outro lado da rua ou outro apartamento do condomínio, mesmo que vários andares acima ou abaixo do seu.

Para minimizar esse transtorno, foram criados repetidores wireless, que prometem potencializar o sinal e acabar com as "áreas de sombra". Um bom exemplo é o Powerline, da D-Link, que utiliza a tecnologia PLC (do inglês Power Line Communication) para transmitir o sinal através da fiação elétrica, transformando uma simples tomada num ponto transmissor de internet Wi-Fi.

E o papel alumínio? Se funcionar, sai bem mais em conta, não é mesmo? Pois é, mas isso nós veremos na próxima postagem. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

BUG DO MILÊNIO — A HISTÓRIA SE REPETE (FINAL)


DAI-ME SERENIDADE PARA ACEITAR O QUE NÃO POSSO MUDAR; TENACIDADE PARA MUDAR O QUE POSSO E SORTE PARA EU NÃO FAZER MUITA MERDA.

Como dito na postagem anterior, faltam 19 anos para 2038, e isso é tempo mais que suficiente para adequar os dispositivos e evitar a versão revista e atualizada do bug do milênio. Demais disso, diferentemente das correções necessárias em 2000, a coisa é bem mais simples de resolver. No caso de sistemas bem escritos, basta programá-lo para uma nova versão, que utilize valores de 8 bytes para armazenar datas.

Transformar o tipo de datação de 32-bit para 64-bit é uma alternativa funcional, uma vez que se utiliza de datas mais elásticas — no caso, 292 bilhões de anos no futuro —, mas pode prejudicar a compatibilidade binária de softwares. Todavia, trocar sistemas para os que suportam a arquitetura de 64-bit (ou seja, descartar os de 32-bit) é algo que vem acontecendo há tempos, já que as versões de 64-bit são cada vez mais comuns, tanto em computadores pessoais quanto em servidores. É certo que muitos sistemas embarcados podem não ser substituídos até a data-limite, e alguns alguns arquivos codificados no formato 32-bit (como o ZIP) continuam sendo largamente utilizados, deixando o problema ali mesmo depois da vida útil dos computadores em si.

Existem outras maneiras de resolver a falha, entre elas a inclusão de armazenamento de datas em milissegundos ou microssegundos. Essa opção resulta em pelo menos 300.000 anos antes que os números inteiros cheguem a uma contagem negativa. A data limite de 2038 varia de acordo com o valor zero utilizado para iniciar a contagem de tempo. No Windows NT, que se utiliza de número inteiro de 64-bit, com nanossegundos como contagem e data inicial de 1 de janeiro de 1601, o problema deve aparecer apenas no ano de 2184. Já em computadores que iniciam seu ponto de partida zero em 1 de janeiro de 1980, os números inteiros devem se esgotar apenas em 2116, mesmo que usem inteiros de 32-bit. A Apple, entretanto, diz que só terá problemas semelhantes no ano de 29.940 — ou seja, tempo mais que suficiente para novas tecnologias darem conta do recado.

Para saber mais sobre o assunto, acesse a página do Project 2038 ou do The Year 2038 Bug (ambas em inglês), que contêm informações detalhadas, incluindo códigos que podem ser usados por desenvolvedores para resolver o problema. Mas é importante salientar que esse problema não é motivo para pânico, como aconteceu em 2000. Além de ser uma situação mais simples, o espaço de tempo para se implementar uma solução é ainda maior, suficiente, inclusive, para que surjam novas tecnologias que não tragam problemas para armazenamento e contagem de data.