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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

COMO MELHORAR O SINAL DO ROTEADOR WIRELESS (CONCLUSÃO)


O ENGANO APRISIONA — SE FORMOS ENGANADOS POR MUITO TEMPO, TENDEMOS A REJEITAR QUALQUER EVIDÊNCIA DO LOGRO E A NÃO NOS INTERESSAMOS EM DESCOBRIR A VERDADE.

Para concluir o que foi dito no post anterior, uma técnica caseira, comprovada por pesquisadores da Universidade Dartmouth, afirma que, dependendo da localização do roteador, é possível direcionar a maior parte da distribuição do sinal do Wi-Fi. Para tanto, primeiro é preciso escolher o cômodo ou ambiente da casa para onde se pretende direcionar o sinal e garantir que ele esteja livre o mais possível de obstáculos e, em seguida, colocar uma folha de papel alumínio na parede que fica atrás do roteador (você pode forrar a parede com o papel laminado ou colocar a folha dobra de modo a formar um "U" em torno do roteador). Vale ressaltar que o roteador não deve ficar completamente embrulhado com o papel metálico, já que isso bloquearia totalmente a propagação do sinal, e que esse "truque" não aumenta a intensidade do sinal, apenas o redireciona para lugares da casa onde o uso é mais intenso.

Voltando agora aos repetidores de sinal, eles são (pelo menos em tese) a solução mais indicada, embora custem bem mais que um rolo de papel laminado e não possam ser usados para embrulhar a picanha que você vai levar o forno. A Proteste (entidade civil sem fins lucrativos, apartidária, independente de governos e empresas, que atua na defesa e no fortalecimento dos direitos dos consumidores brasileiros desde julho de 2001) avaliou recentemente repetidores de diversas marcas, modelos e preços, e concluiu que nem todos, mesmo entre os modelos mais caros, cumprem tudo o que prometem.

Como quase tudo que diz respeito a tecnologia, os roteadores e repetidores wireless são cercados de mitos. Muitos não passam disso, mas alguns encerram um fundo de verdade. É mito, por exemplo, que os repetidores diminuem a velocidade da internet — até porque sua função precípua é levar o sinal do roteador para áreas onde ele enfraquece ou não alcança. Se há perda na velocidade, a culpa não é do repetidor, mas de interferências ou obstáculos. Todavia, convém ter em mente que a velocidade não vai aumentar, já que os repetidores simplesmente amplificam o sinal, fazendo que com que ele alcance distâncias maiores. Além disso, você dificilmente conseguirá extrair de um roteador wireless a mesma largura de banda da conexão cabeada, mesmo que mantenha seu celular ou notebook a poucos centímetros do dispositivo.

Observação: Independentemente da quantidade de antenas de um roteador, responsável por encarecer esses aparelhos, os pontos cegos e as barreiras para emissão do sinal continuarão os mesmos. Se o seu problema for o alcance do sinal, de nada adianta comprar um roteador mais avançado. Portanto, recorra a repetidores, que não precisam ser da mesma marca do roteador, embora em algumas situações produtos do mesmo fabricante garantam um desempenho mais eficiente.

Note que não basta plugar o repetidor na tomada e correr para o abraço. É preciso fazer uma configuração prévia, que vem detalhada na documentação que acompanha o aparelho (para acessar um tutorial genérico, siga este link). Demais disso, convém assegurar-se de que o rotador esteja posicionado num ponto mais ou menos central (para que o sinal alcance todos os demais pontos da casa) e que seja colocado numa estante, por exemplo, que o mantenha elevado em relação ao piso. E se houver duas ou mais tomadas no cômodo onde você pretende plugar seu repetidor, escolha a que ficar mais alta em relação ao piso — quanto mais alto o ponto, maior o espaço de transmissão.

Era isso, pessoal. Até a próxima.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

COMO MELHORAR O SINAL DO ROTEADOR WIRELESS


NÃO EXISTE AMIZADE ETERNA NEM INIMIZADE PERPÉTUA.

Pode soar estranho aos ouvidos de quem nasceu sob os auspícios da TV a cabo e do streaming de vídeo, mas houve um tempo em que os televisores só sintonizavam adequadamente os canais se as antenas (integradas nos aparelhos portáteis e acopladas aos modelos de maiores dimensões) estivessem corretamente posicionadas.

A pretexto de "melhorar" a recepção, muita gente grudava esponjas de aço (Bombril, Assolan e companhia) na ponta das antenas; no interior, sobretudo em cidades mais afastadas das retransmissoras, as antenas externas não eram instaladas nos telhados das casas, mas no topo de torres metálicas de dezenas de metros de altura. E mesmo assim o "chuvisco" se fazia presente, levando os maledicentes a dizer que "TV, no interior, era que nem c*; só tinha um canal e só passava merda".

Deixando de lado as antenas e o Bombril, talvez você já tenha ouvido falar que é possível melhorar a propagação do sinal de roteadores wireless envolvendo o dispositivo em papal alumínio (aquele em que a gente embrulha alimentos para assar no forno). Aliás, esse utensílio culinário não é Bombril, mas tem 1001 utilidades, dentre as quais afiar tesouras (pegue o papel alumínio, amasse-o e corte-o com a tesoura cega e repita umas dez vezes, aproximadamente); economizar energia ao passar roupa (cubra a tábua de passar roupa com papel alumínio, deixando a parte brilhante do papel para cima); deixar brilhando a panela suja; proteger o tampo do fogão de respingos de gordura; prevenir o mau cheiro na geladeira (basta cobrir os alimentos com filme plástico e, em seguida, com papel alumínio), substituir a fita veda-rosca, e por aí afora.

Voltando ao roteador Wi-Fi — que permite acessar a Internet de qualquer ponto da casa, usando qualquer gadget que ofereça esse recurso (desktop, notebook, tablet, e-readers, smartphone, etc.) e, se houve largura de banda suficiente, compartilhá-lo com os familiares — de modo que assista à sua série favorita na Netflix confortavelmente escarrapachado no sofá da sala enquanto a patroa busca na Web uma receita para preparar no jantar.

Para que o sinal chegue firme e forte a todos os cômodos da casa, é preciso dispor de um roteador de boa qualidade e posicioná-lo adequadamente (de preferência num ponto central e elevado em relação ao piso), pois paredes, móveis e outros obstáculos físicos podem gerar "áreas de sombra" onde o sinal enfraquece ou desaparece. Curiosamente, é comum o sinal não chegar à varanda ou ao banheiro, por exemplo, mas alcançar a casa do outro lado da rua ou outro apartamento do condomínio, mesmo que vários andares acima ou abaixo do seu.

Para minimizar esse transtorno, foram criados repetidores wireless, que prometem potencializar o sinal e acabar com as "áreas de sombra". Um bom exemplo é o Powerline, da D-Link, que utiliza a tecnologia PLC (do inglês Power Line Communication) para transmitir o sinal através da fiação elétrica, transformando uma simples tomada num ponto transmissor de internet Wi-Fi.

E o papel alumínio? Se funcionar, sai bem mais em conta, não é mesmo? Pois é, mas isso nós veremos na próxima postagem.