NÃO EXISTE
AMIZADE ETERNA NEM INIMIZADE PERPÉTUA.
Pode soar estranho aos ouvidos de quem nasceu sob os
auspícios da TV a cabo e do streaming de vídeo, mas houve um tempo em que os
televisores só sintonizavam adequadamente os canais se as antenas (integradas nos
aparelhos portáteis e acopladas aos modelos de maiores dimensões) estivessem
corretamente posicionadas.
A pretexto de "melhorar" a recepção, muita gente grudava esponjas de aço (Bombril, Assolan e companhia) na ponta das antenas; no interior, sobretudo em cidades mais afastadas das retransmissoras, as antenas externas não eram instaladas nos telhados das casas, mas no topo de torres metálicas de dezenas de metros de altura. E mesmo assim o "chuvisco" se fazia presente, levando os maledicentes a dizer que "TV, no interior, era que nem c*; só tinha um canal e só passava merda".
A pretexto de "melhorar" a recepção, muita gente grudava esponjas de aço (Bombril, Assolan e companhia) na ponta das antenas; no interior, sobretudo em cidades mais afastadas das retransmissoras, as antenas externas não eram instaladas nos telhados das casas, mas no topo de torres metálicas de dezenas de metros de altura. E mesmo assim o "chuvisco" se fazia presente, levando os maledicentes a dizer que "TV, no interior, era que nem c*; só tinha um canal e só passava merda".
Deixando de lado as antenas e o Bombril, talvez você já
tenha ouvido falar que é possível melhorar a propagação do sinal de roteadores
wireless envolvendo o dispositivo em papal
alumínio (aquele em que a gente embrulha alimentos para assar no forno).
Aliás, esse utensílio culinário não é Bombril, mas tem 1001 utilidades, dentre
as quais afiar tesouras (pegue o papel alumínio, amasse-o e corte-o com a
tesoura cega e repita umas dez vezes, aproximadamente); economizar
energia ao passar roupa (cubra a tábua de passar roupa com papel alumínio,
deixando a parte brilhante do papel para cima); deixar brilhando a panela suja;
proteger o tampo do fogão de respingos de gordura; prevenir o mau cheiro na
geladeira (basta cobrir os alimentos com filme plástico e, em seguida, com
papel alumínio), substituir a fita veda-rosca, e por aí afora.
Voltando ao roteador Wi-Fi
— que permite acessar a Internet de qualquer ponto da casa, usando qualquer
gadget que ofereça esse recurso (desktop, notebook, tablet, e-readers,
smartphone, etc.) e, se houve largura de banda suficiente, compartilhá-lo com
os familiares — de modo que assista à sua série favorita na Netflix
confortavelmente escarrapachado no sofá da sala enquanto a patroa busca na Web
uma receita para preparar no jantar.
Para que o sinal chegue firme e forte a todos os cômodos da
casa, é preciso dispor de um roteador de boa qualidade e posicioná-lo
adequadamente (de preferência num ponto central e elevado em relação ao piso),
pois paredes, móveis e outros obstáculos físicos podem gerar "áreas de sombra"
onde o sinal enfraquece ou desaparece. Curiosamente, é comum o sinal não chegar
à varanda ou ao banheiro, por exemplo, mas alcançar a casa do outro lado da rua
ou outro apartamento do condomínio, mesmo que vários andares acima ou abaixo do
seu.
Para minimizar esse transtorno, foram criados repetidores
wireless, que prometem potencializar o sinal e acabar com as "áreas de
sombra". Um bom exemplo é o Powerline,
da D-Link,
que utiliza a tecnologia PLC (do
inglês Power Line Communication)
para transmitir o sinal através da fiação elétrica, transformando uma
simples tomada num ponto transmissor de internet Wi-Fi.
E o papel alumínio? Se funcionar, sai bem mais em conta, não
é mesmo? Pois é, mas isso nós veremos na próxima postagem.