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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS - FINAL


SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Embora seja possível configurar o botão Power (liga/desliga) — e, no caso de note e netbooks, o fechamento da tampa do aparelho — para suspender, desligar ou colocar o computador em hibernação, como vimos nas postagens anteriores, é bom saber que o Windows conta com o Agendador de Tarefas, que, como o próprio nome sugere, permite agendar a execução de diversas tarefas, dentre as quais desligar automaticamente o computador no horário que desejarmos. Vamos ao tutorial:
   
1 — Na caixa Pesquisar da Barra de Tarefas do Windows, digite agendador e, na lista de sugestões, selecione Agendador de Tarefas – Aplicativo;

2 — Na porção direita da janela que se abre em seguida, clique em Criar Tarefa. Na aba Geral, dê um nome para a tarefa e, na mesma aba, em Opções de segurança, marque as opções Executar estando o usuário conectado ou não e “Executar com privilégios mais altos. Mais abaixo, em Configurar para, escolha a versão do seu Windows;

3 — Clique na aba Disparadores e na opção Novo, localizada na parte inferior da janela; na próxima janela, em Iniciar Tarefa, selecione Em um agendamento, depois em Diário, para que a tarefa seja executada todo os dias. Feito isso, defina a data de início e o horário em que o computador deverá ser desligado. Mantenha a caixa Habilitado marcada e clique em OK para confirmar a ação;

4 — De volta à janela Criar tarefa, acesse a aba Ações e clique em Novo; na opção Ação, selecione a opção Iniciar programa do menu dropdown e preencha o campo abaixo de Programas/Scripts com a palavra shutdown. Em Adicione argumentos (opcional), digite /S para acionar o desligamento tradicional, que ocorre quando você clica na opção Desligar do menu Iniciar do Windows, ou /S /F para forçar o desligamento se houver algum aplicativo em execução. Ao final, confirme em OK;

5 — Volte à janela Criar tarefas, acesse a aba Condições, marque a caixinha Iniciar a tarefa somente se o computador estiver ocioso há: e, na caixa à direita, defina o tempo que a ferramenta deverá aguardar antes de proceder ao desligamento. Na mesma aba, marque as caixas referentes às opções Interromper se o computador não estiver mais ocioso e Reiniciar se voltar a ficar ocioso e deixe as demais opções com a configuração padrão;

6 — Na aba Configurações, mantenha as opções previamente habilitadas marcadas, clique na caixinha referente a Se ocorrer falha na tarefa, reiniciar a cada: e defina o tempo para reiniciar a atividade. Abaixo, escolha o número de vezes que o sistema deve tentar reiniciar o processo, caso ocorra algum erro e confirme em OK.

E está feito.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

É O PASSADO QUE MOLDA O FUTURO.

O surgimento e posterior inclusão de um sem-número de recursos no smartphone  que em última análise é um PC ultraportátil , muita gente passou a usar o computador convencional (desktop/notebook) somente em situações específicas.

Na pré-história da computação pessoal, a arquitetura aberta, que se tornou padrão de marcado, estimulou a montagem "caseira" das máquinas (o que dava trabalho, mas permitia escolher a configuração mais adequada). Quem não se sentia à vontade para pôr a mão na massa recorria a lojas de informática  que geralmente dispunham de pessoas qualificadas não só para realizar a integração, mas também para assistir o cliente na escolha dos componentes mais adequados —, ou encomendava a montagem a um computer guy de confiança. Ainda assim, operar o computador exigia expertise de programador  pelo menos até que as interfaces gráficas se popularizassem.

Mais adiante, a redução do preço do hardware e a popularização das máquinas de grife facilitaram a vida dos consumidores, sobretudo quando os fabricantes passaram a fornecer os arquivos de restauração do Windows numa partição oculta do HDD — em vez de gravá-los em mídia óptica, como faziam até então. Assim, reverter o aparelho às configurações de fábrica ficou mais fácil, embora as etapas subsequentes, que envolvem a atualização, personalização e reconfiguração do sistema, até hoje tomam tempo e dando algum trabalho aos usuários.

Lá pela virada do século, os "cursos" que ensinavam a montar, operar e consertar o computador só perdiam em número para as publicações especializadas, muitas das quais aliciavam o leitor com um CD atopetado de aplicativos e utilitários gratuitos — que podiam ser baixados pela Internet, naturalmente, só que a maioria dos usuários de PC se conectava à rede mundial de computadores via modem analógico (conexão discada), pois ter um plano de banda larga (com velocidades que hoje nos parecem ridículas) era para poucos.

Atualmente, é raro encontrar revistas especializadas em informática — como as saudosas INFO, PC WORLD, WINDOWS, entre outras —, até porque a facilidade de acesso à informação pelo meio digital e a popularização do smartphone condenou as próprias bancas ao ostracismo. Também graças ao smartphone que quase não se veem mais revistas em barbearias, salas de espera de consultórios médicos e odontológicos e outros locais onde, até não muito tempo atrás, elas tinham presença garantida. Em vez disso, o que se vê são pessoas com os olhos grudados na tela dos telefoninhos inteligentes, trocando mensagens, ouvido música, assistindo a vídeos ou fazendo seja lá o que for enquanto esperam a vez.

Da mesma forma que as revistas de informática, os cursos de computação viraram peça de museu, e talvez por isso recursos do Windows, Android e MacOS costuma ser subutilizados. Ainda que praticamente qualquer pessoa saiba, hoje em dia, usar um smartphone para acessar redes sociais, gerenciar emails e navegar na Web, por exemplo, muitas não sabem que, a exemplo do PC convencional, seja ele de mesa ou portátil, os telefoninhos também precisar ser protegidos por senhas fortes e ferramentas de segurança responsáveis. Isso porque as pragas digitais não só se multiplicaram em progressão geométrica, nas últimas décadas, mas também passaram a visar dados sigilosos das vítimas, sobretudo senhas bancárias e números de cartões de crédito.

Ainda que não faltem postagens sobre segurança digital aqui no Blog, vale relembrar que no caso específico do smartphone o maior risco está na instalação de aplicativos. Para prevenir dores de cabeça (prevenir, porque evitar é impossível), deve-se baixá-los de fontes confiáveis, preferencialmente da App Store (no caso do iPhone) e da Play Store (no caso de smartphones com sistema Android), lembrando que, muito embora o Google e a Apple filtrem os aplicativos disponíveis em suas lojas oficiais, programinhas nocivos são descobertos a torto e a direito.

Observação: O código-fonte do iOS é proprietário, mas o do Android é aberto, e o sistema recebe aplicativos de quase uma centena de desenvolvedores. Essa diversidade impede o Google de ser tão rigoroso quanto a Apple e torna o Android mais susceptível a incidentes de segurança — o que não significa que donos de iPhones e iPads estejam 100% protegidos, apenas que a empresa da Maçã estabelece regras de mais rígidas para os desenvolvedores de aplicativos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE VI


AO FINAL DA PARTIDA, REI E PEÃO VOLTAM PARA A MESMA CAIXA.

Sistemas e programas se agigantaram ao longo dos anos. Se os arquivos de instalação do Windows 7, por exemplo, fossem fornecidos em disquetes, como a Microsoft fazia até o Win95, a quantidade de disquinhos de 1.44 MB necessários para abrigá-los formaria uma pilha da altura de um prédio de 9 andares.

Win10, que foi lançado em meados de 2015 com a ambiciosa missão de atingir a marca de 1 bilhão de usuários em 3 anos, já foi instalado em 800 milhões de computadores (o que representa uma participação de 50% em seu segmento de mercado). A maior parte do seu kernel (núcleo do sistema) é escrita em C, mas outras linguagens de programação, como C #, JavaScript, TypeScript, VB.NET e C++ também são utilizadas (à medida que nos aproximamos do modo de usuário e de desenvolvimentos mais recentes, encontramos menos C e mais C++).

A árvore completa, com tudo que constitui o "código-fonte do Windows 10" tem mais de meio terabyte de tamanho, com dados espalhados em mais de 4 milhões de arquivos (para ter uma ideia do tamanho desse imbróglio, siga este link). Em nível de código, um programador levaria cerca de um ano para localizar manualmente uma pasta específica (são mais de 500 mil) e “uma vida inteira” para ler tudo.

Ao transformar o Windows em "serviço" — como já havia feito com o MS Office —, a Microsoft definiu uma política de atualizações semestrais de conteúdo (foram 6 até agora) disponibilizadas gratuitamente. Assim, o usuário "migra para um sistema novo a cada 6 meses" sem precisar comprar a mídia de instalação e atualizar o computador, como fazia até então sempre que uma nova edição do Windows era lançada no mercado.

A despeito de alguns acidentes de percurso durante as atualizações, o Win10 revelou-se um excelente sistema operacional, embora você possa preferir uma distribuição Linux — como o festejado Ubuntu, que é bastante semelhante ao Windows — ou mesmo uma máquina da Apple, que vem com o Mac OS (se dinheiro não for problema, naturalmente).

Erros de programação são tão indesejáveis quanto comuns, e inevitáveis em programas com milhões de linhas de código. Tanto para corrigi-los quanto para fechar eventuais brechas de segurança descobertas após o lançamento comercial de um programa, qualquer que seja ele, desenvolvedores responsáveis disponibilizam correções e, em alguns casos, novas versões. Daí a importância de manter o PC sempre atualizado.

Para saber se o seu Win10 está em dia, clique em Iniciar > Configurações > Sistema, role a tela até o final e verifique se a versão é 1903 e a compilação, 18362.387. Se não for, retorne à tela das configurações, clique em Atualização e Segurança e rode o Windows Update.

O Windows Update (para acessá-lo, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update) facilita a atualização do sistema e seus componentes, mas não contempla produtos "não-Microsoft". Até algum tempo atrás, atualizar esses aplicativos era trabalhoso, pois exigia acessar o site do fabricante de cada programa para ver se havia uma nova versão disponível. Mais adiante, uma entrada no menu Configurações (ou em Ferramentas, ou ainda na Ajuda) simplificou a tarefa na maioria dos casos (procure algo como "Atualizar", "Verificar atualizações" ou algo parecido).

Alguns apps, mais camaradas, atualizam-se automaticamente ou avisam o usuário de que uma nova versão está disponível para download. Mas o melhor é você pode recorrer a uma ferramenta dedicada. Como a checagem individual é trabalhosa, convém você instalar uma ferramenta dedicada. Entre as muitas opções disponíveis, sugiro o IObit Software Updater, o Patch My PC, o Software Updater Monitor, o UCheck e o Glary Software Updater.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE V

QUEM RI POR ÚLTIMO RI MELHOR OU É RETARDADO.

Aplicativos que pegam carona desnecessariamente na inicialização do sistema devem ser inibidos.

Com exceção do antivírus e do aplicativo de firewall, os demais não precisam ficar sempre em standby, consumindo memória e ciclos do processador. Todavia, como eles costumam ser listados pelo nome do executável, nem sempre é fácil identificar a que programa cada arquivo se refere, sendo recomendável fazer uma busca no Google ou pesquisar neste site antes de desabilitar o que quer que seja. 

Até o Windows 7, usava-se o msconfig para fazer esse ajuste (mais detalhes nesta postagem). A partir do Windows 8, ele passou a ser feito via Gerenciador de Tarefas, que você pode convocar teclando Ctrl+Shift+Esc ou clicando com o botão direito num ponto vazio da Barra de Tarefas e escolhendo a opção respectiva. 

Na tela do gerenciador, a aba Processos permite organizar os itens em execução por consumo de memória (o que facilita a localização dos mais gulosos e a finalização dos que não fazem falta); na aba Desempenho, clicando em Memória, pode-se avaliar a quantidade de RAM alocada e disponível, e a aba Detalhes lista os processos e serviços que estão rodando em segundo plano (e consumindo recursos preciosos do computador).

Para inibir a inicialização automática dos apps, que é o mote desta dica, selecione a aba Inicializar, dê um clique direito sobre o item desejado e clique em Desabilitar. A partir de então, o programa deixará de ser carregado durante o boot, mas continuará disponível, embora possa demorar um pouco mais para responder quando for convocado.

Observação: Suítes de manutenção como o Advanced System Care, da IObit, e o CCleaner, da Piriform, não só facilitam o gerenciamento da inicialização como oferecem um leque de ferramentas para manter o sistema nos trinques. Ambas são disponibilizadas em versões pagas e gratuitas, sendo estas últimas mais que suficientes para uso doméstico.

Pode acontecer de você querer incluir um aplicativo na lista de inicialização automática e não encontrar na interface do dito cujo (sob Ferramentas ou Configurações) a opção que lhe permita fazê-lo. Embora a solução natural fosse remover e reinstalar o programa, é mais fácil e rápido fazer o seguinte:

1) Digite “Shell:Startup” (sem as aspas) no campo Abrir do menu Executar e tecle Enter (ou clique em OK). Uma nova janela do Explorer com o nome de Startup será exibida (deixe-a aberta, pois você vai precisar dela mais adiante).

2) Clique em Iniciar, localize na lista de programas o aplicativo cuja inicialização automática você quer habilitar, aponte o mouse para ele e, mantendo o botão esquerdo pressionado, arraste-o para a Área de Trabalho. Isso criará um atalho para o programa no seu desktop.

3) Clique com o botão direito sobre o atalho recém-criado, selecione a opção Copiar no menu suspenso.

4) Clique com o botão direito no interior da janelinha Startup e, no menu suspenso, selecione a opção Colar. E pronto. Para inibir a inicialização automática desse programa (ou outro qualquer que você tenha incluído na lista dessa maneira), refaça os mesmos passos, dê um clique direito sobre o ícone na tela Startup e selecione a opção Desabilitar.  

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE IV


A VIDA É COMO O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.

Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador Intel Core i9 Extreme custa mais de R$ 10 mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e simplesmente no processador).

Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.

Observação: Por memória de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Como vimos, a memória virtual — solução paliativa (desenvolvida pela Intel no tempo dos 386, se bem me lembro) — emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento, abrindo espaço na RAM, e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM, seu impacto no desempenho global do computador é significativo.

Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva ao longo dos anos — um módulo de 8 GB de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes), pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se de baixo custo) integram míseros 2 ou 3 gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.   

Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários; limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para trás.

Terminada a faxina, reinicie o computador e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows e clique em Limpeza do Disco. Feito isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico, volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos tempo para ser concluídas).

Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.

Desinstalados os aplicativos inúteis ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no próximo capítulo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — CONTINUAÇÃO


A IDEIA DE QUE DEUS É UM GIGANTE BARBUDO DE PELE BRANCA SENTADO NO CÉU É RIDÍCULA. MAS SE, COM ESSE CONCEITO, VOCÊ SE REFERIR A UM CONJUNTO DE LEIS FÍSICAS QUE REGEM O UNIVERSO, ENTÃO CLARAMENTE EXISTE UM DEUS. SÓ QUE ELE É EMOCIONALMENTE FRUSTRANTE: AFINAL, NÃO FAZ MUITO SENTIDO REZAR PARA A LEI DA GRAVIDADE.

O que se convencionou chamar de microcomputador (ou PC) é a combinação de dois subsistemas distintos, conquanto interdependentes: o hardware e o software. Por hardware, entenda-se o conjunto de componentes físicos — placa de sistema, placas de expansão, processador, memórias, gabinete, etc., além de periféricos como monitor de vídeo, teclado, mouse, entre outros — e por software, o sistema operacional e os aplicativos (além de programas de baixo nível como drivers de dispositivo, firmwares e outros).

Antigamente, os veteranos costumavam dizer aos novatos que hardware era tudo aquilo que eles podiam chutar, e software, aquilo que eles só podiam xingar, mas isso já é outra história.

Como em qualquer "conjunto" — seja uma banda, uma orquestra ou um PC — o desempenho individual influencia, positiva ou negativamente, a performance global. No caso específico do computador, esse conceito tem mais a ver com o hardware que com o software, mas isso não quer dizer que o sistema e os programas não tenham sua parcela de responsabilidade.

Por mais habilidoso que seja o maestro, músicos desafinados e desentrosados dificilmente produzirão um bom espetáculo, da mesma forma que uma CPU de ponta só exibirá seu "poder de fogo" com a contrapartida de um SSD responsável e fartura de memória (claro que os demais componentes também contam, só que em menor escala).

Por outro lado, um processador mediano pode se sair bem se contar com muita memória RAM e um HDD (drive eletromecânico ultrapassado, mas bem mais acessível que os modelos baseados em memória flash) de preço acessível, mas espaçoso e veloz. A conclusão que se tira é que, a menos que dinheiro não seja problema, melhor investir numa máquina de configuração mediana, mas equilibrada (como diziam os antigos, in medio stat virtus), do que num modelo com processador de ponta, mas com pouca memória e HDD chinfrim.

Amanhã trataremos do software.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

WINDOWS 10 ALCANÇA 50% DE PARTICIPAÇÃO DE MERCADO


NO PRINCÍPIO NÃO ERA O CAOS, ERAM OS POLÍTICOS. FORAM OS POLÍTICOS QUE CRIARAM O CAOS.

A Microsoft lançou o Windows 10 em meados de 2015 e o disponibilizou gratuitamente para usuários de PCs compatíveis que rodavam as versões 7 e 8.1 do sistema, com o ambicioso objetivo de amealhar um bilhão de usuários em até 3 anos. Como faltou "combinar com os russos", passados mais de 4 anos o sistema atingiu apenas 50% de participação no mercado (mais exatamente 50,99%, no início do mês passado, segundo dados da Net Applications).

Isso representa um aumento mensal de 2,13% na base de usuários, resultante, em grande medida, da paulatina, mas progressiva queda do Windows 7, que ainda abocanha consideráveis 30% dos usuário em âmbito mundial. No entanto, esse processo tende a se acelerar a partir do ano qua vem, quando a Microsoft deixará de lhe oferecer suporte. E o Eight — mico que repetiu o fiasco do Windows ME, lançado a toque de caixa em setembro de 2000 para aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio — conta com míseros 5% de participação.

Em sua primeira semana, o Windows 10 foi instalado em 75 milhões de computadores, e alcançou a marca de 110 milhões de dispositivos após 10 semanas. Atualmente, ele está presente em cerca de 800 milhões de aparelhos ativos mundialmente.
  
Empresas de segurança como a Kaspersky recomendam que os usuários migrem para a edição mais recente do Windows, pois a falta de atualizações pode acarretar em vulnerabilidades de segurança. E já está mesmo mesmos mais que na hora. Debalde problemas recorrentes experimentados por uma parcela significativa de usuários por conta das atualizações semestrais de conteúdo liberadas pela Microsoft (detalhes na postagem anterior), o Ten não só é a bola da vez, mas também um excelente sistema operacional.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

WINDOWS 10 - BUGS E MAIS BUGS


GRANDES COISAS RESULTAM DE UMA SÉRIE DE PEQUENAS COISAS REUNIDAS. 

Desde o lançamento da build 1909 do Windows 10 que há relatos de problemas como telas alaranjadasaumento de uso de CPUfalhas em conexão Wi-Fi, entre outros. 

Aliás, conforme eu comentei em diversas oportunidades, nenhuma atualização abrangente (update semestral de conteúdo, na nomenclatura adotada pela Microsoft) lançada até agora poupou os usuários da mais recente edição do Windows de bugs (falhas de programação) que, em menor ou maior grau, torraram-lhes a paciência. O caso mais emblemático foi o Update de Outubro (de 2018), cuja distribuição a Microsoft foi obrigada a suspender por quase dois meses, tanto no site quanto via Windows Update.

Por conta de tantos problemas, Jerry Berg, que trabalhou 15 anos na empresa de Redmond com ferramentas de automação de testes do Windows, lançou um vídeo em seu canal do YouTube para explicar que a empresa mudou seu sistema para checar novas versões, o que resultou um aumento no número de erros.
Segundo o ex-funcionário, entre 2014 e 2015 havia um grupo totalmente voltado para testes do sistema operacional, passando por builds, drivers e códigos. Sempre que uma nova ferramenta ou mudança era criada, essa equipe se reunia e discutia os problemas, além de testar manualmente as versões em aparelhos reais — ou seja, eles tinham uma série de equipamentos com diferentes processadores, HDs, placas de vídeo e som exatamente para testar o maior número de variantes possível —, e somente depois que tudo funciona a contento é que a atualização era liberada.

De uns tempos a esta parte, a MS mudou seu sistema. O membros do grupo de testes foram quase todo demitidos e os remanescentes passara a usar máquinas virtuais, quando não seus próprios aparelhos — modalidade conhecida como self-host, que, segundo Berg, não é utilizada pela maioria das grandes empresas. Hoje, as principais fontes de dados são a telemetria e as informações fornecidas por usuários inscritos no Windows Insider, que testam as novidades em troca de feedback, mas nem sempre a telemetria é confiável e nem sempre os inscritos no programa reportam os problemas. 

Berg afirma ainda que a Microsoft percebeu que era um risco lançar as atualizações sem uma checagem abrangente, razão pela qual passou a distribuir os patches primeiro para usuários de testes e desenvolvedores, e só depois para os usuários finais.