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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE IV


A VIDA É COMO O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.

Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador Intel Core i9 Extreme custa mais de R$ 10 mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e simplesmente no processador).

Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.

Observação: Por memória de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Como vimos, a memória virtual — solução paliativa (desenvolvida pela Intel no tempo dos 386, se bem me lembro) — emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento, abrindo espaço na RAM, e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM, seu impacto no desempenho global do computador é significativo.

Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva ao longo dos anos — um módulo de 8 GB de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes), pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se de baixo custo) integram míseros 2 ou 3 gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.   

Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários; limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para trás.

Terminada a faxina, reinicie o computador e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows e clique em Limpeza do Disco. Feito isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico, volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos tempo para ser concluídas).

Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.

Desinstalados os aplicativos inúteis ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no próximo capítulo.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

AINDA SOBRE SMARTPHONES

TODOS QUEREM VIVER NO TOPO DA MONTANHA, MAS A FELICIDADE E 0 CRESCIMENTO OCORREM QUANDO SE A ESTÁ ESCALANDO.
Os primeiros celulares eram burros (dumbphones). Para aumentar sua gama de recursos e funções, os fabricantes promoviam constantes aprimoramentos de hardware, e os novos modelos, lançados em intervalos cada vez mais curtos, vendiam feito pão quente. O primeiro celular inteligente (o iPhone), idealizado por Steve Jobs, foi lançado no final de 2007 e se tornou um paradigma para a concorrência.
Hoje, smartphones (smart = esperto) baseados no sistema operacional móvel desenvolvido pelo Google dominam o mercado, ainda que os modelos da Apple, por sua excelência, sejam o sonho de consumo da maioria dos usuários. Sem embargo, a maioria dos aparelhos que encontramos no mercado é capaz de tirar fotos, gravar vídeos, acessar a Internet via redes 3G/4G e Wi-Fi, e por aí afora. Claro que os aprimoramentos de hardware continuam sendo implementados, e telas de maiores dimensões e melhor definição, maior capacidade de armazenamento interno e quantidade de memória RAM, resolução da(s) câmera(s), autonomia da bateria e outros detalhes que tais continuam estimulando os consumidores a migrar para os modelos mais recentes, ainda que a “versatilidade” dos aparelhos dependa em grande medida do sistema operacional (Android e iOS) e dos aplicativos desenvolvidos para cada plataforma.
Smartphones de última geração costumam dividir espaço nas prateleiras com modelos não tão recentes, mas é bom ter em mente preço baixo e boa qualidade quase nunca andam de mãos dadas, e que uma escolha mal feita pode se tornar uma usina de arrependimentos. Quando comprarmos um aparelho, geralmente supervalorizamos a marca, o design e o tamanho da tela, por exemplo, e ignoramos detalhes como a capacidade de armazenamento (e a possibilidade de expandi-lo com um SD Card), a quantidade de RAM (detalhes nesta postagem) e a versão do sistema operacional
Ofertas “imperdíveis” quase sempre vêm com software ultrapassado, memórias em quantidade aquém do desejável, câmera de má qualidade, e assim por diante. Em última análise, quem paga mal paga duas vezes. A edição mais recente do Android é a Oreo (8), mas a anterior (Nougat) ainda dá bom caldo. Fuja, porém, de modelos ultrapassados: as limitações hardware podem inviabilizar a atualização do sistema de atualizar o sistema, e você pode descobrir tarde demais que entrou numa fria, ao tentar tentar instalar o app do seu banco, por exemplo, ou o popular WhatsApp, que só roda nas versões posteriores à 2.3.3. do Android e 6 do iOS.
Por mais convidativo que seja o preço, não é bom negócio comprar um smartphone novo com configuração de hardware superada — a menos que você tencione usá-lo como dumbphone, ou seja, apenas para fazer e receber ligações por voz em mensagens por SMS. E o mesmo se aplica ao software, que, se desfasado, não lhe dará acesso às melhorias de usabilidade implementadas nas edições mais recentes e o sujeitará a falhas de segurança corrigidas a posteriori.
Comprar smartphones com menos de 2 GB de RAM (o mínimo aceitável, atualmente, é de 3 ou 4 giga) é o caminho mais curto para amargar lentidão e/ou travamentos ao rodar determinados apps ou vários apps simultaneamente. Aliás, pouca memória também pode impedir updates de software, já que as versões mais recentes do Android são bastante gulosas. Quanto ao processador, mais importante que sua frequência de operação é o número de núcleos — quanto mais, melhor; se possível, opte por um modelo com chip quad-core ou superior.
No que concerne ao armazenamento interno, fuja de modelos com menos de 16 GB (se possível, opte por 32/64 giga), até porque o sistema operacional e os penduricalhos instalados de fábrica já consomem boa parte desse espaço. Mesmo com 32 GB, se não for possível adicionar um cartão de memória, é recomendável utilizar serviços de armazenamento em nuvem, sobretudo para salvar suas fotos e vídeos. E falando em fotos e vídeos, quem valoriza essa função do telefoninho deve analisar as características da câmera, sobretudo a quantidade de megapixels (não aceite nada menos que 8 MP), a qualidade do sensor e a abertura da lente (quanto maior a abertura — ou seja, menor o número “F” — mais clara ela é, o que garante mais qualidade, fotos melhores em ambientes com baixa luminosidade e até cliques mais rápidos).
Não atentar para as as limitações da bateria pode levá-lo a descobrir — da pior maneira possível — o quanto é chato ter de levar o carregador para toda parte e não poder ficar muito longe de uma tomada. Verifique se a capacidade nominal da bateria — expresso em mA (miliampere-hora) — é compatível com a eficiência energética do telefone, lembrando que esse valor é um submúltiplo do Ah (ampère/hora) e corresponde a 3,6 coulomb (ou seja, a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère durante uma hora). Note que, tecnicamente, esse parâmetro não corresponde exatamente à "potência" da bateria, que que é expressa em joule ou watt/hora, mas a sua autonomia, ou seja, sua capacidade de fornecer energia ao aparelho que ela alimenta.
Confira atentamente as especificações técnicas na documentação do aparelho ou no site fabricante e não se deixe levar pela conversa-mole do vendedor, que não está ali para lhe servir de consultor (embora devesse), e sim para realizar a venda e embolsar a comissão.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — FINAL


ESQUERDISTAS SE DIVIDEM EM DUAS CATEGORIAS: A DOS QUE TÊM MERDA NA CABEÇA E A DOS QUE TOMARAM LAXANTE. 

Falta de RAM se resolve com upgrade ou com a troca do computador por outro mais adequado a suas expectativas e necessidades. Ainda que as dicas que eu venho publicando sejam úteis e possam ajudar um bocado, não espere milagres de gerenciadores de memória, ReadyBoost, reconfiguração do arquivo de paginação, etc., porque tudo isso é paliativo.

Fazendo uma analogia com o contexto automotivo, a motorização chinfrim de um Fiat Mille faz o carro andar, e ainda que ande melhor sem passageiros e bagagens, o carrinho jamais terá um desempenho brilhante como o do Mustang Shelby GT 500, que alcança os 100 km/h em 4 segundos e atinge absurdos 323 km/h de velocidade máxima. Como é do couro que sai a correia, o muscle car da Ford custa “um pouquinho mais caro” que o modelo popular da Fiat, mas isso é apenas um detalhe.

Feita essa breve introdução, vejamos mais uma dica para conviver melhor com um PC defasado até ser possível trocá-lo por um Mustang, digo, por um modelo de configuração mais robusta, com desejáveis 8 GB de RAM. Destas vez, o “truque” consiste em reconfigurar o Windows para aproveitar integralmente a memória física instalada. Veja como:

— Digite msconfig no campo de buscas da barra de tarefas do Windows e clique em "Configurações do Sistema";

— Clique na aba "Inicialização do sistema" e pressione em "Opções avançadas";

— Desmarque a caixa da opção "Memória máxima" (oriente-se pela ilustração acima) fazendo com que o computador utilize toda a RAM instalada, e não apenas o limite estipulado por padrão nessa configuração;

— Clique em OK e, de volta à janela principal das configurações do sistema, clique em Aplicar e  depois em OK;

— Na caixa de diálogo que será exibida em seguida, clique em Reiniciar.

Aproveite o embalo para reconfigurar o número de processadores, que, por padrão, vem limitado a 1, mesmo em máquinas com CPU multicore (a maioria, hoje em dia). Na tela das Opções avançadas — que você acessou para reconfigurar a RAM —, marque a caixa ao lado de Número de processadores (oriente-se pela imagem acima) e selecione a quantidade desejada, lembrando que as opções disponíveis variam de acordo com as características da sua CPU. Feito isso, é só confirmar em OK e reiniciar o computador. Note que esse ajuste não atua sobre a memória, mas reduz o tempo de boot e deixa o sistema mais ágil.

Outra dica funcional é inibir a inicialização automática de aplicativos que pegam carona (desnecessariamente) com o Windows, de modo a evitar que eles fiquem rodando em segundo plano, consumindo ciclos de processamento e espaço valioso na RAM. Para fazer esse ajuste, dê um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas e, na aba Processos e identifique entre mais “glutões” aqueles que não são imprescindíveis. Em seguida, clique na aba Inicializar do Gerenciador, selecione os ditos-cujos (um por vez) e pressione o botão Desabilitar

Observação: Além do antivírus e do firewall, contam-se nos dedos os apps que precisam realmente iniciar junto com o sistema. A maioria pode ser removida da lista sem problema algum, até porque os programas não deixarão de funcionar, apenas demorarão um pouquinho mais para abrir quando você os convocar.

Ainda sobre a inicialização automática dos aplicativos, há casos em que desejamos incluir programinha qualquer. Um bom exemplo é o CopyQ (já abordado aqui no Blog), cujo menu de configurações deixou de exibir a opção que ativa/desativa sua inicialização automática. Sem esse ajuste, somos obrigados a iniciá-lo manualmente sempre que ligamos o computador, sob pena de somente último item copiado ou recortado ser armazenado no clipboard (área de transferência) do Windows

Para configurar esse programinha (ou outro qualquer que não inclua a opção de configuração em sua interface):

1) Abra o menu Iniciar e localize o app desejado na lista de programas;

2) Dê um clique direito sobre o ícone respectivo, clique em Mais e selecione a opção Abrir local do arquivo (se ela não for exibida, é porque o aplicativo não pode ser executado no momento da inicialização); 

3) Com o local do arquivo aberto, pressione Win+R, digite shell:startup na caixa do menu Executar e clique em OK

4) Na pasta Inicialização, copie e cole o atalho para o aplicativo a partir do local do arquivo, feche a janelinha;

5) Para conferir o resultado, torne a abrir o Gerenciador de Tarefas (ou o msconfig, caso seu Windows não seja o Ten), clique na aba Inicializar e veja se programa em questão foi incluído na lista de inicialização automática.

ObservaçãoVocê pode inibir o carregamento automático desse programa a qualquer momento, bastando para isso clicar sobre ele com o botão direito e selecionar a opção Desabilitar.

Espero ter ajudado. Abraços a todos e até a próxima.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FALHA DE SEGURANÇA NOS PROCESSADORES INTEL PÕE EM RISCO DADOS DOS USUÁRIOS

UM PLANO QUE NÃO ADMITE MUDANÇAS É UM PLANO QUE NÃO PRESTA.

A segurança é um hábito e, como tal, deve ser cultivada. A internet é um terreno inóspito, e o conhecimento e a prevenção são fundamentais para que o atravessemos incólumes. Dito isso, vamos à notícia preocupante (mais uma de muitas, como bem sabe que ainda tem estômago para assistir ao noticiário): 

Processadores da Intel da última década são passíveis de uma falha de segurança que coloca dados do usuário em risco.

A falha em questão remete a um erro de design que permitiria a um cibercriminoso visualizar blocos de memória protegidos pelo sistema operacional e, portanto, acessar informações confidenciais do usuário da máquina vulnerável, como senhas e outros dados pessoais/confidenciais. Ela está presente em processadores Intel, independentemente da geração, e incide diretamente na relação entre o chip e o kernel (núcleo) do sistema operacional, seja ele o Windows, o Mac OS ou o Linux ― embora cada qual tenha seu modelo próprio de kernel, todos são vulneráveis).

Observação: Um sistema computacional é composto basicamente de dois segmentos distintos, mas interdependentes ― o hardware e o software ―, sendo o kernel a “ponte” ― ou elemento de ligação ― entre ambos. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem gerencia os processos, os arquivos a memória e os periféricos, quem decide quais programas em execução devem receber a atenção do processador, e assim por diante.

Até agora, sabe-se apenas que CPUs da Intel permitem que softwares maliciosos enxerguem dados mantidos em caráter protegido pelo kernel em alguns pontos da memória do computador. Dessa forma, um malware desenvolvido para explorar a brecha poderia ter acesso a um conjunto de informações importantes do usuário e do computador. Tanto a Intel quanto a Microsoft, a Apple e as comunidades GNU/Linux estão trabalhando numa solução para o problema, mas o que se obteve até agora tende a comprometer o funcionamento dos chips, resultando numa redução de 7% a 30% no desempenho, dependendo do modelo de processador e do tipo de atividade realizada durante a medição.

A correção só poderá ser procedida mediante um redesenho da forma como sistemas operacionais trabalham com as áreas protegidas da memória em que o kernel reside durante a operação de processos, ou seja, tornando o próprio kernel e esses espaços de memória invisíveis ao processador.
Máquinas com processadores da AMD não foram afetadas, há informações de que CPUs ARM, usadas em smartphones e tablets, podem apresentar falha similar.

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? ― Parte V

O ANALFABETISMO POLÍTICO SE VENCE COM A INFORMAÇÃO.

Explicar como um PC funciona transcende o escopo e as possibilidades desta sequência de postagens, mas sempre se pode trocar em miúdos as funções dos principais componentes que integram essas máquinas maravilhosas. Acompanhe.

Todo computador depende de energia elétrica para funcionar, daí haver uma “fonte de alimentação”, que é o dispositivo responsável por converter a corrente alternada em contínua e fornecer as tensões necessárias aos demais elementos do sistema computacional (não confundir com sistema operacional). Além de potência adequada, a fonte deve disponibilizar os conectores apropriados e integrar uma ventoinha poderosa, mas silenciosa e durável.

Máquinas de grife costumam oferecer fontes de boa qualidade, de modo que só é preciso se preocupar com esse componente se e quando ele deixar de funcionar. Ainda assim, substituí-lo é bem simples: nos desktops, basta abrir o gabinete, desaparafusar a fonte defeituosa, colocar outra em seu lugar, fixá-la e reconectar os cabos. 

Nos portáteis (laptops ou notebooks), a fonte é o próprio “carregador”, que é um componente externo e, portanto, facílimo de substituir ― isso não significa que custe barato, mas aí já é outra história. Aliás, a própria bateria dos portáteis também pode ser trocada pelo próprio usuário, já que a maioria dos aparelhos apresenta uma portinhola de encaixe ― ou uma tampinha aparafusada, conforme o caso ― que dá acesso à bateria. A exceção fica por conta dos portáteis da Apple, nos quais esse serviço deve ser feito numa assistência técnica autorizada ou por um Computer Gay de confiança.

A CPU (ou processador) é o “cérebro” do computador, e daí a razão de muitos usuários tomarem sua velocidade (ou frequência de operação) como parâmetro de desempenho do aparelho. Isso até fazia sentido nos primórdios da era PC ― quando Gordon Moore, então presidente da Intel, previu que a capacidade de processamento dos microchips dobraria a cada 18 meses, e coisa e tal. Só que muita água rolou por debaixo da ponte desde então, e a performance das máquinas passou a depender de outras variáveis ― algumas até mais importantes do que o clock, que, em última análise, indica apenas o número de operações que a CPU executa a cada segundo; o que ela é capaz de fazer em cada ciclo já é outra história (mais detalhes nesta postagem).

Para resumir essa novela, quando a frequência de operação dos processadores bateu na casa dos 3 GHz, os fabricantes se deram conta de que seria  impraticável aumentar ainda mais o número de transistores e a velocidade de operação sem que o custo de produção se elevasse a ponto de inviabilizar a comercialização dos microchips. Para contornar o problema, eles recorreram, inicialmente, ao multiprocessamento lógico ― tecnologia mediante a qual uma única CPU física funciona como duas ou mais CPUs virtuais ― e, mais adiante, às CPUs multicore ― com dois ou mais núcleos.

Depois de desbancar os demais fabricantes de processadores para PCs, a Intel e a AMD passaram a disputar focinho a focinho (ou ciclo de clock a ciclo de clock) a preferência dos usuários. A gigante dos microchips levou a melhor, embora a AMD ofereça excelentes produtos a preços mais palatáveis que os da concorrente. Assim, a maioria dos PCs atuais integra chips da família Intel Core X-series (i3, i5, i7). 

Core i9 deve ser lançado em breve, com modelos de até 18 núcleos físicos e 36 threads e 3,3 GHz (expansível a 4,5 GHz com a tecnologia Turbo Boost Max 3.0) ao preço de US$ 2 000 ― e isso lá nos EUA ―, para concorrer com o AMD Ryzen Threaddripper, de 16 núcleos e 32 threads. Mas isso já é conversa para uma outra vez.

Continuamos no próximo capítulo. Até lá.

TEMER E A PRISÃO DO AMIGO GEDDEL 

Postagens atrás, eu escrevi que o presidente se apequenava mais a cada dia. Pensando melhor, na verdade ele só está mostrando seu real tamanho.

Se esperava calmaria nesta semana, Temer deu com os burros n’água, agora por conta da prisão de Geddel Vieira Lima ― mais um integrante de seu folclórico “time de notáveis. 

Geddel era ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República até novembro do ano passado, quando se demitiu, devido a desentendimentos com o então ministro da CulturaMarcelo Calero (que também se demitiu). Era amigo de Temer de longa data, talvez não tão íntimo quanto Eliseu Padilha ou Moreira Franco, mas próximo o bastante para sua prisão e a perspectiva de um acordo de delação deixarem em pé os sempre bem penteados cabelos grisalhos do amigo Michel

Foi a delação de Lucio Funaro, doleiro e operador de Eduardo Cunha, que levou à prisão de Geddel, e a caca vai respingar por toda a cúpula do PMDB. Ainda que seja um político tarimbado, com vários processos na justiça, e que, assim como Cunha, tenha estrutura para resistir durante algum tempo na prisão, mais hora, menos ora ele vai acabar falando.

Seja como for, isso era “tudo o que Temer mais precisava” neste momento tão delicado. Vamos acompanhar as consequências e os fatos novos que certamente irão surgir. Para mal dos pecados de sua excelência, a possibilidade de esses fatos favorecerem o governo é bastante remota.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MICROSOFT, WINDOWS 10 E PROCESSADORES INTEL


O ÚNICO SILÊNCIO QUE PERTURBA É AQUELE QUE FALA.

Microsoft vem movendo mundos e fundos para levar o Windows 10 a alcançar o bilhão de usuários, mas até agora só chegou a um quinto dessa meta — o que, de certa forma, é surpreendente, pois o upgrade é gratuito para usuários do Windows 7 SP1, 8 e 8.1

Mesmo assim, a empresa afirma que seu mais novo rebento vem sendo adotado mais rapidamente do qualquer outra versão do Windows, superando o malfadado Eight em 400% e o festejado Seven em 140% e satisfazendo plenamente seus usuários — embora não seja bem isso que a gente vê nos foros de discussão na Web.

ObservaçãoA gente também está careca de saber que Lula é um embusteiro mau caráter, mas o PT, seus defensores apaixonados e o próprio molusco nove-dedos insistem em tentar nos convencer do contrário — aliás, como eu disse numa postagem publicada dias atrás na comunidade de política, o “chefe” teve o desplante de dizer que “não existe viva alma neste mundo mais honesta do que ele”. Depois dessa, nem há o que dizer.

Voltando ao âmbito da tecnologia, uma recente mudança na política da Microsoft em relação a atualizações para sistemas antigos vem de encontro àquilo com que estamos acostumados, ou seja, normalmente são as máquinas mais antigas que não conseguem rodar sistemas mais recentes, e não o contrário. No entanto, de acordo com uma postagem publicada no blog da MS, o TEN será a única versão do Windows compatível com os novos processadores Kaby Lake, da Intel8996, da Qualcomm, e Bristol Ridge, da AMD.

Note que isso não significa necessariamente que o Seven e o Eight deixarão de ser suportados pela Microsoft; conforme eu informei em outras oportunidades, essas edições continuarão recebendo updates até janeiro de 2020 e de 2023, respectivamente. Mas a sexta geração dos microchips Intel, conhecida como Skylake, será a primeira — de muitas? — a não oferecer suporte às edições anteriores do consagrado SO para PCs da Microsoft. De acordo com as duas empresas, “a plataforma e o novo sistema foram “feitos um para o outro”.
A conferir.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

SUTILEZAS DO “CÉREBRO DO COMPUTADOR”... (FINAL)

A RAÇA HUMANA É UMA EXPERIÊNCIA QUE NÃO DEU CERTO.

Como eu antecipei no post anterior, nem tudo são flores nos jardins dos processadores. É fato que a evolução da nanotecnologia vem propiciando uma redução expressiva no tamanho dos transistores e, consequentemente, um aumento bastante significativo na densidade dos chips. Todavia, bilhões de nanoscópicos interruptores abrindo e fechando (bilhões de vezes por segundo) dentro de uma pastilha de silício (menor do que um selo postal) geram uma quantidade monstruosa de calor, que, combinada com outras limitações físicas cujo detalhamento foge ao escopo desta postagem, tem obrigado os fabricantes de microchips a buscar alternativas para aumentar o poder de processamento de seus produtos sem elevar ainda mais sua frequência de operação.

Observação: A Intel levou 30 anos para quebrar a barreira do gigahertz, mas precisou de apenas 30 meses para triplicar essa velocidade. E se não fosse pelos “probleminhas” mencionados no parágrafo anterior, é provável que seus processadores já estivessem operando na casa das dezenas de gigahertz. No entanto, a coisa empacou em torno dos 3,5 GHz, embora testes realizados com o chip Intel Core i7-3770K, por exemplo, demonstram que ele é capaz de suportar um overclock de 100% (o que eleva sua frequência de operação a mais de 7 GHz!). E falando na Intel, parece que ela saiu vitoriosa da batalha que travou durante anos contra sua arqui-rival: hoje, a empresa encabeça a lista dos 20 maiores fabricantes de chips do mundo, enquanto a AMD aparece em 11º lugar. 

Voltando à vaca fria, diversos aprimoramentos tiveram enorme impacto no desempenho e na maneira como as CPUs passaram a decodificar e processar as instruções. Um bom exemplo é tecnologia Hiper-Threading, desenvolvida pela Intel lá pela virada do século, que leva um único processador físico a operar como dois processadores lógicos, cada qual com seu controlador de interrupção programável e conjunto de registradores, e proporciona ganhos de performance de até 30% (o XEON, voltado ao mercado de servidores, foi o primeiro modelo a se valer dessa tecnologia). Mais adiante, vieram os chips duais – como o Pentium D Core 2 Duo, por exemplo –, seguidos pelos multicoreCore 2 Quad, Core i3, i5 e i7, da Intel, e Athlon X2 e Phenon, da AMD, também por exemplo.

Observação: De certa forma, esses lançamentos acabaram complicando a vida dos usuários, que não sabiam se deviam escolher um chip de 2 núcleos rodando a 3 GHz ou um de quatro núcleos a 2,4 GHz, por exemplo. A resposta dependia principalmente das aplicações, até porque a maioria dos programas existentes à época não haviam sido desenvolvidos para rodar em PCs com chips multicore. E a despeito de os sistemas operacionais tentarem contornar essa limitação distribuindo as tarefas entre os vários núcleos, os resultados nem sempre eram satisfatórios. A título de paliativo, chips das primeiras gerações da família “Core i”, da Intel, eram capazes de manter apenas um núcleo funcionando, mas num regime de clock mais elevado, de maneira a proporcionar um desempenho superior ao executar programas que não tivessem sido escritos para processadores multicore (colocando a coisa de forma bastante elementar, para que os processadores de múltiplos núcleos utilizem todo o seu “poder de fogo”, os aplicativos devem ser projetados para executar as tarefas de forma paralela).

Hoje em dia, levando em conta somente modelos para desktops, a Intel disponibiliza CPUs com 4 e 6 núcleos, e a AMD, unidades de até 8 núcleos (a propósito, não deixe de ler esta postagem). Talvez em breve tenhamos modelos operando a 5 GHz ou 6 GHz, e se esse aumento na velocidade lhe parece de pouca monta, tenha em mente que os fabricantes continuarão investindo na quantidade de núcleos, em novas arquiteturas e numa redução ainda mais expressiva do tamanho dos componentes.

Observação: Em teoria, a adoção de materiais condutores que oferecessem resistência próxima de zero permitiria elevar a frequência dos chips a patamares inimagináveis - na casa do zetahertz, que, dando por corretos os cálculos do www.converter-unidades.info, corresponde a 1.000.000.000.000 de Gigahertz – levando a transferência de dados a uma velocidade próxima à da luz.  

Resumo da ópera: Se você pretende modernizar seu equipamento assim que os PCs com o Windows 10 chegarem ao mercado (e não tencionar economizar uns trocados optando por um chip da AMD), assegure-se de que a nova máquina traga um processador “Intel Core” (i3, i5 ou 17) de quinta geração. Ou então espere um pouco mais; com alguma sorte (e um bocado de paciência), você acabará levando para casa um computador quântico. Mas isso já é outra história e fica para outra vez.

Abraços a todos e até a próxima.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

SUTILEZAS DO “CÉREBRO DO PC” QUE VOCÊ TALVEZ NÃO CONHEÇA.


ÀS VEZES SÃO AS ESCOLHAS ERRADAS QUE TE BOTAM NO CAMINHO CERTO.

O processador sempre foi considerado o cérebro do computador. Nos tempos de antanho, era comum a gente se referir ao PC pelo modelo da CPU (*) que o equipava, acrescendo ou não a respectiva velocidade. Assim, fulano tinha um “386” (referência ao chip Intel 80386); sicrano, um Pentium 200” (200 MHz, no caso, que correspondem a 200 milhões de ciclos por segundo); beltrano, um K6 II (modelo da AMD que antecedeu o Athlon e concorreu diretamente com o festejado Pentium II), e por aí afora.

Note que avaliar um processador (ou um computador) levando em conta somente sua frequência de operação deixou de fazer sentido quando as arquirrivais Intel e AMD passaram aumentar o poder de processamento de seus chips mediante inovações tecnológicas como o coprocessador matemático, o cache de memória, o multiplicador de clock, etc. Até então, o poder de processamento era diretamente proporciona à frequência de operação, mas a partir daí tornou-se comum dois modelos diferentes, trabalhando à mesma frequência, apresentarem performances diversas.

Observação: Para entender isso melhor, tenha em mente que velocidade do processador corresponde à sua frequência de operação, que é medida em ciclos de clock por segundo. Em tese, quanto maior a velocidade, melhor o desempenho, mas na prática a teoria é outra: uma CPU que opera a 3 GHz, por exemplo, realiza 3 bilhões de ciclos a cada segundo, mas o que ela é capaz de fazer em cada ciclo é outra história.

Enfim, o tempo foi passando, a Intel e a AMD, crescendo e suas concorrentes, desaparecendo. Hoje, a supremacia da primeira é nítida, mas até poucos anos atrás as duas gigantes disputavam “ciclo a ciclo” a preferência dos consumidores. Entretanto, o fato de o melhor aproveitamento de cada ciclo de clock permitir aos chips da AMD fazer frente a modelos da Intel de frequências significativamente superiores confundiu os usuários que tinham na velocidade do processador a referência primária (se não a única) de desempenho do chip – quando não do próprio computador.

Observação: Embora distorcida, essa interpretação tinha lá suas razões de ser, não só pelo fato de maus hábitos e velhos vícios serem difíceis de erradicar, mas também devido à famosa Lei de Moore (Gordon Moore foi um dos fundadores da Intel), segundo a qual o poder de processamento dos computadores (entenda-se computadores como a informática geral, e não apenas os PCs) dobraria a cada 18 meses. Em face do exposto, na visão limitada dos leigos o processador mais veloz tinha que ser o melhor, e o mesmo valia para o computador que o dito-cujo equipasse. Simples assim.

No final de 2001, ao lançar o Athlon XP (codinome Palomino), a AMD precisou reverter esse quadro, ou seja, convencer os consumidores de que seus produtos rivalizavam em desempenho com os da concorrência, embora apresentassem velocidades inferiores e custassem menos. Para tanto, partindo da fórmula P = F x IPC, onde “P” é a performance; “F”, a frequência; e IPC, o número de instruções por ciclo de clock, a empresa criou o índice PR (performance relativa) e passou a catalogar seus chips usando um número seguido pelo sinal de adição. Assim, o Athlon XP 1600+ operava a apenas 1.4GHz, mas seu desempenho era compatível com o de um T-Bird a 1.6GHz. A velocidade real de um Athlon XP 1.700+ era de apenas 1,47GHz; a do modelo 1900+, de 1.6GHz, e assim por diante.
A Intel, por seu turno, levou 30 anos para quebrar a barreira psicológica do Gigahertz (1 GHz corresponde a 1.000.000.000 de ciclos por segundo), mas não precisou de mais de 30 meses para triplicar essa velocidade – o que só foi possível devido à evolução da nanoeletrônica, que permitiu reduzir cada vez mais o tamanho dos transistores e “empacotar” cada vez mais transistores numa mesma pastilha de silício. Nos jurássicos 4004, lançados no início dos anos 70, os transistores eram do tamanho de uma cabeça de alfinete, mas encolheram para apenas 3 micra nos 8088 (micra é o plural de mícron; 1μm corresponde a um milésimo de milímetro), para 1 nos 486, para 0,5μm nos Pentium, para 0.09μm nos Pentium 4 Prescott.

Observação: De uns tempos a esta parte, o nanômetro substituiu o mícron como unidade de medida dos transistores. Um nanômetro (nm) corresponde à bilionésima parte de um metro e, portanto, a um milésimo de mícron. Assim, em vez de dizer que o processador X é fabricado com a tecnologia de 0,045μm, é preferível (até por ser mais fácil) usar a forma “45 nanômetros”.

O espantoso nível de miniaturização alcançado nos últimos anos permitiu empacotar uma quantidade cada vez maior de transistores em áreas extremamente reduzidas (o tamanho do núcleo de um processador não costuma passar de 1cm2), originando chips de altíssima densidade. Os P4 Prescott, lançados há pouco mais de uma década, integravam 125 milhões de transistores (de 90nm). Se isso lhe parece muito, então saiba que o Core i5-2435M, lançado pela Intel no terceiro trimestre de 2011, já contava 624 milhões de transistores (de 32nm), e que a barreira dos 10nm – considerada até pouco tempo atrás o limite físico da microeletrônica – foi quebrada recentemente por engenheiros da IBM e da Samsung, que conseguiram fabricar chips com detalhes de apenas 7 nanômetros! Com esse grau de miniaturização, logo será possível empacotar 20 bilhões de transistores num único chip!

Observação: Os processadores de última geração têm componentes na faixa dos 14 nm, enquanto a tecnologia dos 10 nm está quase chegando à escala industrial. A expressiva redução conseguida pela IBM/Samsung Menos só foi possível com o uso de uma liga de silício e germânio, que oferece maior mobilidade dos elétrons do que o silício puro e permite aumentar ainda mais a densidade dos chips, já que os transistores são colocados a apenas 30nm de distância uns dos outros.

Mas nem tudo são flores nesse jardim, como veremos na continuação desta matéria, que eu interrompo momentaneamente para evitar que a postagem fique extensa demais. Abraços a todos e até a próxima.

(*) CPUSigla de Central Processing Unit ou unidade central de processamento, que remete ao processador principal do computador e, portanto, jamais deve ser usada como sinônimo de gabinete (aquela caixa metálica que abriga os componentes internos do PC na arquitetura desktop).

terça-feira, 28 de julho de 2015

COMO AUMENTAR O CACHE DO PROCESSADOR E APRIMORAR O DESEMPENHO DO SISTEMA

PROGRAMAÇÃO É COMO SEXO: BASTA UM ERRO PARA VOCÊ ESTAR IRREMEDIAVELMENTE COMPROMETIDO.

O PC utiliza memórias de diversos tipos, formatos e tecnologias, mas para não descer a detalhes técnicos que mais complicam do que esclarecem, vou transcrever abaixo uma analogia de que gosto muito, e que publiquei pela primeira vez no saudoso Curso Dinâmico de Hardware, em dois mil e bolinha. Confira:

Imagine o PC como um escritório e o processador como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, nosso hipotético funcionário atende telefonemas, recebe e transmite informações e instruções, elabora cartas e relatórios, responde emails, etc. (tudo quase que simultaneamente), mas quando algum item indispensável às suas tarefas não se encontra sobre a mesa, ele perde um bocado de tempo escarafunchando gavetas e estantes bagunçadas (quem mandou você não desfragmentar seu disco rígido?). Pior é quando ele se vê obrigado a abrir espaço para acomodar novos livros, pastas e afins sobre a mesa já abarrotada, e depois arrumar tudo de novo antes de retomar a tarefa interrompida. Dito isso, fica fácil associar a escrivaninha à memória cache, as gavetas à RAM, as estantes ao HD e a ‘abertura de espaço’ à memória virtual, não é mesmo?

Entendidos esses conceitos, vejamos agora como aumentar o cache do processador, lembrando que, como em qualquer outra reconfiguração/personalização do sistema envolvendo o Registro, é fundamental criar um ponto de restauração e um backup do Registro (ou da chave que será modificada).

1. Para criar um ponto de restauração do sistema no Seven, clique em Iniciar, digite criar ponto na caixa de pesquisas e, no alto da lista que será exibida, dê duplo clique em Criar ponto de restauração. Informe sua senha de administrador se lhe for solicitado e, na telinha das Propriedades do Sistema, pressione o botão Criar..., dê um nome ao ponto que será criado e clique em Criar > Aplicar > OK. Se for preciso restaurar o sistema a esse ponto (ou a outro criado em outra oportunidade), repita os mesmos passos para acessar a tela das Propriedades do Sistema, pressione o botão Restauração do sistema... e siga as instruções do assistente.

2. Para fazer um backup do Registro, pressione o atalho Windows+R, digite “regedit” (sem as aspas) na caixa do menu Executar e tecle Enter (ou clique em OK, tanto faz). Na tela do Editor, clique no menu Arquivo e selecione Exportar; em “Intervalo de exportação”, marque TODOS (caso queira efetuar backup de todo o Registro), ou em RAMIFICAÇÃO SELECIONADA (se quiser criar um backup somente de uma determinada chave) e digite o nome da chave que você deseja exportar. Dê então um nome ao arquivo, indique o local onde ele deverá ser salvo (Área de Trabalho, por exemplo) e clique em Salvar.

Observação: Caso você precise desfazer as modificações implementadas no Registro, dê um clique direito sobre o arquivo de backup (que é salvo com a extensão .reg), escolha a opção “Mesclar” e confirme a restauração.

Tomadas essas providências, siga os passos do item 2 para acessar o Editor do Registro, e então:
  • Na janela do Editor, expanda a chave HKEY_LOCAL_MACHINE e navegue até SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\Memory Management.
  • Clique em Memory Management e, no painel à direita, dê duplo clique em LargeSystemCache.
  • Na janelinha Editar Valor DWORD (32 bits) que se abrirá em seguida, altere o valor da caixa Dados do valor para 1, mantenha selecionada a opção Hexadecimal e pressione o botão OK, reinicie o computador e avalie o resultado.
Observação: Há quem afirme que aumentar o tamanho do cache implica em reduzir a oferta de RAM para os aplicativos. No XP, esse ajuste podia ser levado a efeito através da interface do sistema, mas, segundo a Microsoft, o modo de cache do sistema foi projetado para aprimorar o desempenho de servidores baseados no Windows, e a alteração da configuração padrão (Programas) em desktops, especialmente se com pouca memória física, acabaria estimulando o uso da memória virtual e, consequentemente, deixando a máquina mais lenta. Como a reversão é simples, você pode experimentar e, se não gostar, voltar ao status quo ante restabelecendo o backup do registro (conforme explicado na observação anterior).

Abraços a todos e até amanhã.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

MEMÓRIAS - CACHE DO PROCESSADOR - DICA PARA MELHORAR O DESEMPENHO DO PC

TUDO BEM SE VOCÊ NÃO AJUDAR, MAS TAMBÉM NÃO PRECISA TORCER CONTRA!

Dizem que, para imitar o Criador, que o concebeu à sua imagem e semelhança, o ser humano criou o computador e o batizou de "Cérebro Eletrônico". Aliás, a CPU (sigla em inglês de Unidade Central de Processamento; favor não confundir com aquela caixa metálica que abriga os componentes internos do PC e atende pelo nome de gabinete ou case) é tida e havida, e não sem razão, como "o cérebro do computador".  

Observação: As semelhanças entre o cérebro humano e o eletrônico são, no mínimo, impressionantes, sendo mesmo que, em alguns casos, a criatura chega a superar seu criador, deitando por terra a velha máxima segundo a qual o computador é uma máquina burra, conquanto seja extremamente veloz! Veja, por exemplo, IBM DEEP BLUE ─ primeiro computador a vencer um campeão mundial de xadrez (no caso, Garry Kasparov) num match com regras de tempo oficiais ─ que, numa disputa de 6 partidas, ganhou 2, empatou 3 e sofreu 1 derrota. Note que o DEEP BLUE não é um computador qualquer. Por ocasião do embate (1997), ele já alcançava prodigiosos 3 milhões de MIPS (milhões de instruções por segundo), enquanto uma CPU INTEL PENTIUM de 700 Mz, então ultramoderna, mal passava de 4 mil MIPS.

Embora os processadores venham evoluindo a passos de gigante, ainda seriam necessários 564 chips INTEL CORE I7 EXTREME EDITION 3960X, que alcançam estratosféricos 177.730 MIPS a 3,33 GHz, para ombrear com o poder de processamento do cérebro humano (estimado em 100 milhões de MIPS, conforme se pode conferir no artigo de Hans Moravec). Mas vamos deixar esse assunto de lado, ou não sobrará espaço para tratar do mote desta postagem.

É difícil encontrar um indivíduo com mais de 50 anos que não pague mico, por exemplo, por esquecer o número do telefone de casa ao preencher um cadastro qualquer. Até porque esses lapsos são inerentes ao processo de envelhecimento, conquanto sejam mais recorrentes em fumantes, consumidores contumazes de bebidas alcoólicas (não confunda com amnésica alcoólica, que já é outra história) e pacientes tratados à base de ansiolíticos, hipnóticos de longa ação, antipsicóticos, antiparkinsonianos, antidepressivos. Então, não é porque uma vez na vida acontece de você não se lembrar do que comeu no almoço do dia anterior, ou mesmo se almoçou no dia anterior, que esteja fadado (Deus nos livre e guarde a todos) a engrossar as estatísticas do Mal de Alzheimer ─ doença degenerativa incurável que afeta inicialmente a memória, depois segue pelas habilidades espaciais e visuais e acaba levando à demência ─, que acomete cerca de 10% dos sexagenários (melhor idade o cacete!) e 25% dos octogenários.

Não pense, porém, que o computador é imune a falhas de memória (provas disso são as famigeradas BSODs, ou telas azuis da morte, que frequentemente decorrerem de problemas físicos que acometem a memória RAM), até porque ele usa diversos tipos de memória, embora a RAM seja a mais conhecida pelos usuários leigos e iniciantes.

Observação: A propósito, sugiro a quem interessar possa a leitura dessa postagem ─ antiga, sem dúvida, mas que encerra informações conceituais válidas também nos dias atuais.

Enquanto o ser humano conta com a memória sensorial e as memórias de curto e longo prazo (semântica, processual, episódica), o PC utiliza, além da RAM, a memória virtual, os caches da CPU e do HD, a memória de vídeo, sem mencionar o disco rígido, que representa sua "memória de massa", armazenando de forma persistente o sistema operacional, os aplicativos e os demais arquivos ─ que são carregados na RAM quando executados. Para saber mais, basta digitar os termos-chave adequados no campo de buscas do Blog e teclar Enter.

Observação: Ao contrário do que se imaginava até algum tempo atrás, a memória não está localizada num determinado local do cérebro, já que é um processo e, portanto, ocorre em todo o cérebro. A rigor, ela é formada por um grupo de sistemas onde cada qual tem seu papel na criação, armazenamento e lembrança das informações, e todos trabalham em conjunto para fornecer um pensamento coeso.

Costuma-se dizer ─ e não sem razão ─ que aumentar a quantidade de RAM é a maneira mais simples e eficaz de aprimorar o desempenho do computador, até porque, com fartura de memória física, o Windows não precisa recorrer à lenta memória virtual (espaço no HD destinado a "ampliar" a memória física do sistema; para saber mais, acesse esta postagem). Note, porém, que é preciso atentar para as limitações impostas tanto pela placa-mãe quanto pelo SO (versões de 32-bits gerenciam apenas algo entre 2,8 GB e 3,5 GB).

Para saber de quanta RAM você dispõe, dê um clique direito na Barra de Tarefas e clique em Iniciar Gerenciador de Tarefas e confira as informações exibidas no campo Memória Física (MB). Para saber qual o tipo de memória adequado à sua placa e a quantidade máxima que ela suporta, baixe e instale o Hwinfo ou recorra ao serviço online da Kingston

Enfim, o que me levou a esta postagem não foi nada disso. Na verdade, a ideia era (e ainda é) explicar em algumas linhas o que é e como aumentar o cache do processador, e com isso dar “um gás” na performance global do computador. Todavia, devido ao tamanho deste texto, acho melhor deixar para concluir esta conversa na semana que vem.

Passemos agora ao nosso humor de sexta-feira:

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.
Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar.
Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa — diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.

(Texto de Luiz Fernando Veríssimo).

Abraços a todos e até segunda, se Deus quiser..

P.S. - A figurinha que ilustra esta postagem reproduz uma placa-mãe do tempo em que o cache L2 era externo (o L, no caso, significa nível). Alguns processadores integram até 3 níveis de cache, mas hoje em dia todos eles são internos, ou seja, integrados ao respectivo DIE (núcleo) do chip. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PROCESSADOR: INTEL ou AMD?

AS PREVISÕES ECONÔMICAS SERVEM APENAS PARA EMPRESTAR CREDIBILIDADE À ASTROLOGIA.

Como ensina o mestre Morimoto, todo computador – seja um PC, um Mac ou servidor de grande porte – é composto por cinco componentes básicos: CPU, memória RAM, disco rígido, dispositivos de entrada e saída de dados e softwares.

A CPU é tida e havida como o cérebro do sistema computacional, mas como uma andorinha não faz verão, tanto sua performance quanto o desempenho global da máquina dependem da contrapartida dos demais componentes – para entender isso melhor, acesse as postagens do mestre Fernando (brincadeirinha; este que vos escreve não passa de um mero autodidata curioso) clicando aqui e aqui.

Observação: A arquitetura aberta foi um dos pilares do sucesso da plataforma PC, pois permitia (e ainda permite) montar as máquinas a partir de componentes de diversos fabricantes, impulsionando o mercado cinza, no qual integradores independentes vendiam seus Frankenstains por preços bem aquém dos praticados pelos fabricantes (ou montadores) de modelos de grife.

No alvorecer da computação pessoal, diversos fabricantes de processadores brigavam por um lugar ao sol, mas logo foram pulverizados pelas gigantes Intel e AMD, que passaram a disputar à tapa (ou a ciclo de clock, melhor dizendo) a preferência dos usuários. Depois de muitas idas e vindas, a Intel superou sua arqui-rival – que, diga-se, continua abastecendo o mercado com excelentes microchips a preços bem mais palatáveis.

De lá para cá, muita água rolou, e discutir as variáveis que concorreram para formar o contexto atual não é o mote desta postagem. A rigor, ambas as empresas demarcaram seus territórios, notadamente durante a acirrada disputa entre o Pentium e o Athlon.

Atualmente, a supremacia da Intel é inquestionável, e a família Core (i3, i5 e i7, já na quarta geração) é o que existe de mais avançado em CPUs, não só na opinião dos especialistas, mas também dos fabricantes de PCs e respectivos consumidores. Entretanto, conforme a aplicação, a AMD se mostra superior, e considerando, por exemplo, que seu Phenom II X6 de seis núcleos (que pouco fica devendo ao Core i7 980-X da Intel) custa cerca de 30% do preço do concorrente, talvez devamos rever nossos conceitos.

De uns tempos a esta parte, ambas as gigantes passaram a investir em chipsets (conjunto de circuitos integrados que constituem o “sistema venoso” da placa-mãe), abandonado parceiros tradicionais (como NVIDIA e VIA, dentre outros), o que se explica, ao menos em parte, pelo fato de chipsets e CPUs desenvolvidas pelo mesmo fabricante trabalharem mais harmoniosamente e proporcionarem melhor desempenho. E o mesmo vale para o subsistema de vídeo, ainda que aceleradoras gráficas offboard, com GPU e memória dedicada, continuem oferecendo resultados mais expressivos do que os dos sistemas onboard.

Ambas as empresas disponibilizam também processadores de excelente qualidade para notebooks, mas a estratégia de marketing da Intel parece ser mais eficaz, e como os fabricantes se curvam à imposição do seu público alvo, o selinho “Intel Inside” está em nove de cada dez laptops (força de expressão; não sei exatamente qual é a proporção, mas sei que a liderança da Intel é indiscutível, embora a HP e outras empresas de renome confiam na AMD e oferecem opções com preços palatáveis e desempenho além do esperado).

Em última análise, a escolha fica por conta de preferência de cada um, como, mal comparando, no caso dos carros da Ford e da GM. Eu, particularmente, já montei PCs com CPUs de ambas as grifes (inclusive no tempo do multiprocessamento lógico e dos então incipientes chips dual core) e usei notebooks idem, sem jamais ter do que me queixar, nem de Pedro, nem de Paulo.

Mas continuo preferindo os processadores da Intel e, com a possível exceção do Mustang, os carros da Chevrolet...
Fazer o quê?

Abraços e até mais ler.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

PC PORTÁTIL - VEJA COMO ESCOLHER O SEU

Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.

A profusão de opções disponíveis no mercado dificulta a escolha de um computador, especialmente para quem não reúne conhecimentos que permitam cotejar as características do aparelho com seu perfil de usuário. Para piorar, é arriscado confiar cegamente nas sugestões do lojista – que também precisa viver, e dificilmente colocará os interesses do cliente acima dos dele. No entanto, ainda que as especificações técnicas da máquina lhe pareçam uma salada de termos obscuros e números sem sentido, se você atentar para algumas regrinhas simples, dificilmente levará gato por lebre.
Vamos recapitular:

Os desktops custam menos que laptops de configuração equivalente e são mais fáceis de manter, mas ocupam mais espaço (sem falar naquela indefectível “macarronada” de cabos) e não se prestam à utilização em trânsito.

Observação: Os tablets são a coqueluche do momento, mas só substituem os notes caso a ideia seja apenas navegar na Web, ler emails, participar de redes sociais e executar outras tarefas simples.

O processador é o cérebro do sistema e, portanto, merece atenção especial – atualmente, convém escolher modelos da família INTEL Core de terceira geração ou equivalentes da AMD (para saber mais, pesquise o Blog ou clique aqui e aqui). Quanto à memória, a Microsoft afirma que o Seven roda satisfatoriamente com 1 GB de RAM (ou 2 GB, caso a versão seja de 64-bit), mas, na prática, convém triplicar – para saber mais, clique aqui. Atualmente, o padrão é o DDR3 – que tende a ser substituído gradativamente pelo DDR4 (evite qualquer opção anterior ao DDR2)

Atente para as conexões disponíveis. Portas USB nunca são demais (o ideal é dispor de pelo menos quatro) e uma placa de rede é essencial para quem pretende usar o note como substituto de desktop, já que a conexão cabeada é bem mais veloz do que a wireless.
Notebooks de entrada de linha já trazem HDs de 500 GB (os mais caros, de 1 TB ou mais), mas o ideal seria investir num SSD, que gera menos calor, consome menos energia e acessa os dados bem mais rapidamente que os tradicionais drives eletromecânicos. No entanto, considerando que modelos de grandes capacidades ainda custam “os olhos da cara”, fique com o melhor dos dois mundos optando por um dispositivo “híbrido” – que mescla as duas tecnologias e oferece mais desempenho com fartura de espaço a um preço menor que o de um SSD puro.
Por mais práticas que sejam, as compras online estão sujeitas a diversos probleminhas (segurança, prazo de entrega, qualidade do produto, etc.). Mesmo que você não abra mão da praticidade da Web, não feche negócio sem antes de ir até uma loja “física” conferir “ao vivo e em cores” o aparelho escolhido (se possível, ligue-o e faça um rápido test drive).

Boas compras.