O
ANALFABETISMO POLÍTICO SE VENCE COM A INFORMAÇÃO.
Explicar
como um PC funciona transcende o escopo e as possibilidades desta
sequência de postagens, mas sempre se pode trocar em miúdos as funções dos principais componentes que integram essas máquinas maravilhosas.
Acompanhe.
Todo
computador depende de energia elétrica para funcionar, daí haver uma “fonte
de alimentação”, que é o dispositivo responsável por converter a corrente
alternada em contínua e fornecer as tensões necessárias aos demais elementos do
sistema computacional (não confundir com sistema operacional). Além de potência
adequada, a fonte deve disponibilizar os conectores apropriados e integrar
uma ventoinha poderosa, mas silenciosa e durável.
Máquinas de
grife costumam oferecer fontes
de boa qualidade, de modo que só é preciso se preocupar com esse
componente se e quando ele deixar de funcionar. Ainda assim, substituí-lo é bem simples: nos desktops, basta abrir o gabinete, desaparafusar a fonte defeituosa, colocar
outra em seu lugar, fixá-la e reconectar os cabos.
Nos portáteis (laptops ou notebooks), a
fonte é o próprio “carregador”, que é um componente externo e, portanto, facílimo de substituir ― isso não
significa que custe barato, mas aí já é outra história. Aliás, a própria bateria dos portáteis também pode ser trocada pelo próprio usuário, já que a maioria dos aparelhos apresenta uma
portinhola de encaixe ― ou uma tampinha aparafusada, conforme o caso ― que dá acesso à bateria. A exceção fica por conta dos portáteis da Apple, nos quais esse serviço deve ser feito numa assistência
técnica autorizada ou por um Computer
Gay de confiança.
A CPU (ou processador) é o “cérebro” do
computador, e daí a razão de muitos usuários tomarem sua velocidade (ou frequência de
operação) como parâmetro de desempenho do aparelho. Isso até fazia sentido nos
primórdios da era PC ― quando Gordon
Moore, então presidente da Intel,
previu que a capacidade de processamento dos microchips dobraria a cada 18
meses, e coisa e tal. Só que muita água rolou por debaixo da ponte desde então,
e a performance das máquinas passou a depender de outras variáveis ― algumas até mais
importantes do que o clock, que, em
última análise, indica apenas o número de operações que a CPU executa a cada segundo; o que ela é capaz de fazer em cada ciclo
já é outra história (mais detalhes nesta
postagem).
Para resumir essa novela, quando a frequência de operação dos
processadores bateu na casa dos 3 GHz,
os fabricantes se deram conta de que seria impraticável aumentar ainda mais o
número de transistores e a velocidade de operação sem que o custo de produção
se elevasse a ponto de inviabilizar a comercialização dos microchips.
Para contornar o problema, eles recorreram, inicialmente, ao multiprocessamento
lógico ― tecnologia mediante a qual uma única CPU física funciona como
duas ou mais CPUs virtuais ― e, mais
adiante, às CPUs multicore ― com dois ou mais núcleos.
Depois de desbancar os demais fabricantes de processadores para PCs, a Intel e a AMD passaram a disputar focinho a focinho (ou ciclo de clock a
ciclo de clock) a preferência dos usuários. A gigante dos microchips levou
a melhor, embora a AMD ofereça excelentes produtos a preços mais palatáveis que os da concorrente. Assim, a maioria dos PCs atuais integra chips da família Intel Core X-series (i3, i5, i7).
O Core i9 deve ser lançado em breve, com modelos de até 18 núcleos físicos e 36 threads e 3,3 GHz (expansível a 4,5
GHz com a tecnologia Turbo Boost Max
3.0) ao preço de US$ 2 000 ― e
isso lá nos EUA ―, para concorrer com o AMD
Ryzen Threaddripper, de 16 núcleos e
32 threads. Mas isso já é conversa para uma outra vez.
Continuamos
no próximo capítulo. Até lá.
Postagens atrás,
eu escrevi que o presidente se apequenava mais a cada dia. Pensando melhor, na
verdade ele só está mostrando seu real tamanho.
Se esperava calmaria nesta
semana, Temer deu com os burros n’água, agora por conta da
prisão de Geddel Vieira Lima ― mais um integrante de seu
folclórico “time de notáveis.
Geddel era ministro da Secretaria de
Governo da Presidência da República até novembro do ano passado, quando se
demitiu, devido a desentendimentos
com o então ministro da Cultura, Marcelo Calero (que também se demitiu). Era amigo
de Temer de longa data, talvez não tão íntimo quanto Eliseu
Padilha ou Moreira Franco, mas próximo o bastante para sua
prisão e a perspectiva de um acordo de delação deixarem em pé os sempre bem
penteados cabelos grisalhos do amigo Michel.
Foi a delação de Lucio
Funaro, doleiro e operador de Eduardo Cunha, que levou à prisão
de Geddel, e a caca vai respingar por toda a cúpula do PMDB. Ainda
que seja um político tarimbado, com vários processos na justiça, e que, assim
como Cunha, tenha estrutura para resistir durante algum tempo na
prisão, mais hora, menos ora ele vai acabar falando.
Seja como for, isso era
“tudo o que Temer mais precisava” neste momento tão delicado.
Vamos acompanhar as consequências e os fatos novos que certamente irão surgir.
Para mal dos pecados de sua excelência, a possibilidade de esses fatos
favorecerem o governo é bastante remota.
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