PEDRA QUE ROLA
NÃO CRIA LIMO.
O
Windows foi lançado em 1985 como
uma interface gráfica que rodava no
MS-DOS
(o sistema operacional propriamente dito), e assim continuou até as versões
3.x. Em 1995, a
Microsoft lançou o
Win95
— já como um sistema operacional autônomo —, e após seis edições e outras
tantas atualizações, deixou de oferecer
MS-DOS
na modalidade
stand alone, embora o
tenha mantido nos bastidores do Windows 9.x/Millennium.
O
WinXP, lançado em 2001, foi
baseado no kernel do
Windows NT e já
não dependia mais do velho
DOS,
embora contasse com um interpretador de linha de comando — que foi mantido
também nas edições subsequentes e substituído, a partir do
Windows 8, pelo
PowerShell
(note que continua sendo possível convocar o
prompt de comando tradicional via
menu Executar, bem como devolvê-lo à lista de apps do
menu Iniciar (mais detalhes na
sequência de postagens
iniciada por esta aqui).
O
Win 95 foi “o pulo do gato” da
Microsoft e o
Win98/Se, considerado “o melhor
Windows de todos os tempos” até a chegada do
XP, já que a edição
Millennium, lançada a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da
virada do século, foi um fiasco de crítica e de público. O
Windows Vista, lançado
em 2005 com uma pompa digna do nascimento de um príncipe, também não emplacou,
o que contribuiu para que o
XP ter
se tornasse a edição mais longeva do festejado sistema operacional da
Microsoft.
O
XP reinou absoluto até que o
Windows 7, lançado em 2009, mostrasse a
que veio. O
Windows 8 , lançado em 2012, jamais decolou —
nem depois que a
Microsoft lhe devolveu,
na versão
8.1, o
menu Iniciar e outros itens cuja
supressão gerou uma avalanche de reclamações. Em meados de 2015, o
Windows 10 trouxe duas importantes
inovações: a primeira foi sua “
promoção a serviço”, e a segunda, o upgrade
gratuito para usuários de cópias oficiais do
Seven e do
Eight. A
estratégia funcionou, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não
tenha sido atingida até hoje (estimativas recentes da própria
Microsoft dão conta de que o
Ten já foi adotado por 800 milhões de
usuários. A despeito do começo difícil, ele ultrapassou o
Seven em fevereiro de 2018, e segue firme e forte rumo a seu quarto
aniversário.
Observação:
Somadas todas as versões que ainda estão em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas), o Windows detém 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs, bem
à frente da Apple com o OS X, cuja participação é de 14,05%.
Segundo dados da Net
Market Share, o Win 10 operar em 39,22% dos computadores
com Windows, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%).
O
Win 7 completa dez anos daqui a
um mês, e deixará de ser suportado pela
Microsoft
em janeiro do ano que vem, a partir de quando os usuários recalcitrantes voltarão
a ser “encorajados” a migrar para o
Ten.
Em tese, pode-se continuar usando o
Seven
indefinidamente, mas é bom ter em mente que ele deixará de receber updates de
qualidade e correções críticas e de segurança. Para quem não quer ficar
desprotegido e não tem planos de bandear para a turma da Maçã (leia-se
Apple) ou de adotar uma distribuição
Linux, o
Win 8.1 pode parecer uma alternativa interessante, sobretudo porque
seu suporte estendido vai até 2023, mas eu acho que o
Win 10 não só é uma escolha melhor, mas também a melhor escolha.
Mesmo que o período de upgrade gratuito já tenha terminado e que a
Microsoft não pretenda reabrir essa
janela de oportunidade, basta uma rápida busca na Web para encontrar licenças oficiais
do
Ten por valores até 80%
inferiores ao preço sugerido no site oficial do fabricante. Quanto à adaptação,
o design é o que mais diferencia a edição atual do
Seven, já que tudo se tornou plano, colorido e quadrado. Os ícones
foram simplificados, mas não a ponto de comprometer seu reconhecimento.
Toda mudança provoca um estranhamento inicial, mas bastam algumas
horas para o usuário se familiarizar com as alterações mais importantes,
sobretudo depois que se acostumar com a assistente virtual
Cortana, que faz muito mais do que
simplesmente facilitar a localização de conteúdo no computador. O tradicional
menu Iniciar não só continua a existir
(afinal, errar é humano, mas persistir é burrice, e a Microsoft não tem nada de
burra) como ficou mais interativo, a exemplo da
Central de Ações, que dá acesso a um sem-número de opções que não existiam
nas versões anteriores. O ultrapassado
Internet
Explorer também se faz presente, embora o
Microsoft Edge seja o navegador padrão do sistema.
Observação:
Visando estimular a adoção do Edge,
a Microsoft dificultou, num primeiro
momento, a configuração do Chrome ou outro navegador qualquer como programa padrão, mas
a restrição provocou reclamações e a alteração passou a ser possível mediante
uns poucos cliques do mouse.
Outra diferença digna de nota é a
Windows
Store — loja oficial da
Microsoft,
a partir da qual o usuário pode baixar uma grande variedade apps (pagos e
gratuitos) para a plataforma
Windows
—, que funciona basicamente como a
Play
Store e a
App Store nas
plataformas móveis
Android e
iOS.
Por último, mas não menos importante: computadores que trouxeram o
Windows 7 pré instalado pelo fabricante
podem estar defasados em termos de hardware, o que dificultará ou inviabilizará
a instalação do
Windows 10. Portanto,
se seu PC já tem anos e anos de estrada, talvez seja o momento de você considerar
uma operação casada, ou seja, combinar a adoção do
Ten com a aquisição de uma máquina nova, compatível com as exigências
dos softwares atuais. Também nesse caso vale a pena pesquisar preços, mas disso
o leitor certamente já está careca de saber.