DUAS COISAS SÃO INFINITAS: O UNIVERSO E A ESTUPIDEZ HUMANA. MAS, NO QUE RESPEITA AO UNIVERSO, AINDA NÃO ADQUIRI A CERTEZA ABSOLUTA.
Notebooks (ou laptops) já foram o sonho
de consumo de muitos usuários de PCs ― entre os quais se inclui este que vos
escreve ―, até porque se livrar do jugo da macarronada de cabos e fios e poder
usar o computador em casa, no escritório e em trânsito (no táxi, no avião, no
hotel) não tinha preço. Ou tinha, e
era alto: meu primeiro note custou R$ 4
mil em meados de 2003 ― valor que, corrigido pelo IGP-M, corresponde a quase R$
10 mil.
Devido à
popularização dos tablets e smartphones ― que estão cada vez mais
“smart” e são portáteis “de verdade” ―, os notes
perderam um pouco do seu “encanto”. Mas ainda representam uma alternativa
interessante ao tradicional desktop,
já que oferecem o melhor de das duas plataformas ― ou seja, podemos comprar um
modelo bastante aceitável pelo preço de um desktop
ou all-in-one e eventualmente
levá-lo conosco numa viagem de final de semana, por exemplo, bastando para
tanto desplugar o cabo de energia da tomada e um abraço.
Enfim, se
você usa seu note no colo ― aliás, o
“lap” de laptop significa “colo”
― no sofá da sala, na varanda, no banheiro, e se sente incomodado com o calor
que provém da base do aparelho, saiba que isso não é um defeito, mas uma
característica do produto. Até porque um portátil integra os mesmos componentes
dos PC de mesa (placa-mãe, processador, memórias, drives de HD e de mídia
óptica, etc.), ainda que em versões de tamanho menor, mas seu gabinete mais
exíguo dificulta a dissipação do calor.
Convém ter
em mente que aquecimento é uma coisa, e superaquecimento é outra. Via de regra,
o que acarreta uma elevação anormal da temperatura no interior do note é a
obstrução das aletas de refrigeração (que ficam nas laterais e, em muitos
casos, na face inferior do aparelho). Por isso, é importante você as manter
livres de poeira e outros detritos, bem como evitar usar o aparelho sobre
almofadas, travesseiros, mantas e afins. E em situações extrema, como quando
você joga games pesados, trabalha com apps de editoração gráfica ou assiste a
vídeos em DVD, por exemplo, convém providenciar um suporte com cooler acoplado (como o da figura que ilustra esta
matéria).
Altas
temperaturas são inimigas figadais dos computadores desde as mais priscas eras ―
como comprovam as salas climatizadas (e enregelantes) que abrigavam os grandes
mainframes, no século passado, onde os operadores usavam agasalhos mesmo
durante o verão. E as consequências do superaquecimento podem ir de um simples
travamento à fritura (literalmente) do processador ― se bem que de uns tempos a
esta parte os chips passaram a se desligar automaticamente se e quando a
temperatura alcança um patamar pré-definido pelos fabricantes.
Caso a tela
do seu note escureça “do nada”, se o aparelho trava quando você tenta abrir
arquivos ou inicializar aplicativos, ou então reinicializa sem mais aquela,
fique esperto, pois esses sintomas, isolados ou em conjunto, quase sempre
indicam problemas com a temperatura.
Como dito,
nem sempre é fácil diferenciar um aquecimento normal do superaquecimento, mas o
ruído do cooler na velocidade máxima pode ser um indicativo, da mesma forma que
a sensação de “queimação” quando se trabalha com o portátil no colo.
Entretanto, os sinais mais gritantes são congelamentos, travamentos, telas
azuis e/ou reboots aleatórios.
Considerando
que é sempre melhor prevenir do que remediar, sugiro que você instale um
monitor dedicado (e que o consulte regularmente), como o excelente
Speccy
― disponibilizado gratuitamente (freeware) pela
Piriform, que é a desenvolvedora do festejado
CCleaner. Com ele, basta um clique do mouse para visualizar de
maneira simples e rápida diversas informações sobre o hardware, dentre elas a
temperatura da CPU, da placa-mãe, do HD, e até mesmo da placa gráfica.
Seja como
for, evite sobrecarregar o processador e demais subsistemas da máquina
executando e mantendo abertos muitos aplicativos ao mesmo tempo (mesmo que o
sistema seja multitarefa, você não é, sem falar que notebooks ― com a possível
exceção de alguns modelos de preço bem salgados ― não são a melhor opção para
você jogar games radicais ou rodar aplicativos muito pesados (como os de editoração
gráfica, por exemplo). Demais disso, mantenha as ranhuras de ventilação da
carcaça desobstruídas e evite usar o computador sob o sol (na praia, por exemplo)
durante longos períodos. Aliás, estacionar o carro num local descoberto e
deixar o aparelho cozinhando sob sol a pino é outra prática que ser
evitada a todo custo.
Resumo da ópera: Ainda que tenham se
tornado bem mais acessíveis ao longo dos últimos anos,
notebooks são aparelhos caros. E delicados. E mais difíceis de
manter do que os tradicionais
desktops
― o que, por extensão, vale para os procedimentos de limpeza: se, nos PCs de mesa,
qualquer usuário minimamente experiente é capaz de abrir o gabinete e fazer uma
faxina em regra (para saber mais, clique
aqui e
aqui),
nos notes a história é bem outra (confira
nesta
postagem).
Mudando de pato para ganso:
Eu já comentei isso aqui, mas achei por bem relembrar que, tão logo foi notificada pelo Senado da sua deposição,
a grande-chefa-toura-sentada-impichada mexeu os pauzinhos para
apressar sua aposentadoria e assim embolsar mais
R$ 5.189,82 mensais do INSS ― embora ela nos vá custar
mais de R$ 1 milhão por ano em salários de ex-presidente e verba para bancar os 8 assessores a que tem direito, além de dois carros oficiais com combustível e manutenção pagos pelos contribuintes.
Doria, por seu turno (sem trocadilho),
promete doar o salário de prefeito (que é de consideráveis
R$ 24.117,62 mensais) para instituições de caridade. Como se vê, há pessoas e pessoas, políticos e políticos, e por aí vai.
O Planalto somou todos os prefeitos eleitos pelos partidos que apoiam
Temer e chegou a 4.930 das 5.570 prefeituras do país. Já o
PT perdeu mais da metade das prefeituras que tinha em 2012, e caiu da 3ª posição (com 630) para a 10ª no ranking (com 256). Nas capitais, o
partido de Lula só conseguiu emplacar um assecla em
Rio Branco (AC) e levar outro ao segundo turno no
Recife (PE) ― estado natal dos dois ex-presidentes petralhas ―, ao passo que o
PSDB elegeu 2 prefeitos (
São Paulo e
Teresina) e levou 8 para o segundo turno.
Na visão de
Michel Temer, a abstenção significativa e os votos brancos e nulos foram um recado que as urnas mandaram à classe política, para que reformule eventuais costumes inadequados.
Essa foi a primeira mensagem — frisou o residente, que acrescentou: "
Todos os partidos receberam o recado. Acho que foi um recado dado pelas urnas, primeiro para a classe política".
E já que falamos no
deus pai da petralhada, o filho do dito-cujo,
Marcos Cláudio Lula da Silva,
não conseguiu se reeleger vereador em
São Bernardo do Campo (SP), berço político do ex-presidente petralha e um dos municípios tidos como reduto do petismo. O pimpolho teve
menos da metade dos votos com que se elegeu em 2012. Ah, mas ele
não é filho biológico de Lula, é do primeiro casamento de
Marisa Letícia, dirão os defensores incondicionais da petralhada. E daí? Isso não muda os fatos: com apenas
1.504 votos,
Marcos Cláudio amargou a
58ª colocação ― o vereador mais votado na cidade foi o tucano
Pery Cartola, com
7.540 votos. Vale ressaltar também que, além de não eleger o "
menino de Lula", o
PT ficou de fora do segundo turno para a prefeitura de
São Bernardo, comandada atualmente pelo petista
Luiz Marinho. O candidato do partido,
Tarcísio Secoli, ficou em 3º lugar nas eleições, com
22,57% dos votos válidos ―
Orlando Morando (PSDB), que obteve
45,07%, e Alex Manente (PPS), com
28,41%, irão disputar o segundo turno na cidade.
Por último, mas não menos importante: De acordo com o
Estadão, ex-parlamentares e seus pensionistas recebem, em média,
R$ 14,1 mil por mês, enquanto no
INSS esse número é de
R$ 1.862. A União gasta todo ano
R$ 164 milhões para pagar
1.170 aposentadorias e pensões a ex-deputados federais, ex-senadores e dependentes de ex-congressistas, valor equivalente ao que é despendido para bancar a aposentadoria de
6.780 pessoas com o benefício médio do INSS. Todo reajuste dos salários de deputados e senadores é repassado para as aposentadorias, e com a morte do parlamentar, a viúva ou os filhos (até 21 anos) passam a receber a pensão. Enquanto o teto do
INSS é de
R$ 5.189,82, o do plano de seguridade dos congressistas é de
R$ 33.763,00.
Responsável pela condução da proposta da reforma da Previdência, o ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha, aposentado pela Câmara, recebe
R$ 19.389,60 por mês,
além do salário de R$ 30.934,70 de ministro.
Padilha se aposentou com 53 anos, em 1999, depois do seu primeiro mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Já o ministro da Secretaria de Governo,
Geddel Vieira Lima, que terá a missão de angariar votos entre os parlamentares para garantir o quórum para as mudanças na Previdência, aposentou-se após cinco mandatos na Câmara, em 2011, quando tinha 51 anos, e recebe
R$ 20.354,25,
além do salário de ministro. Atualmente, no
INSS são necessários 15 anos de contribuição e 60/65 anos (mulheres/homens) para se aposentar por idade ou 30/35 anos de contribuição para se aposentar por tempo de serviço. Já os parlamentares que contribuíram para o
Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) ― extinto em 1997 após registrar rombo de
R$ 520 milhões ― podiam se aposentar a partir de 8 anos de contribuição e com 50 anos de idade. Somente deputados e senadores que assumiram a partir de 1999 foram obrigados a cumprir as regras do atual
Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que exige 35 anos de contribuição e um mínimo de 60 anos de idade para fazer jus à aposentadoria integral. Não só, mas também por isso é que, dizem, o Brasil é o
país dos contrastes.
Por hoje é só, pessoal. Abraços e até mais ler.