NÃO ACREDITO
EM HONESTIDADE SEM ACIDEZ, SEM DIETA E SEM ÚLCERA.
O teclado foi incorporado aos
computadores nos anos 1940 e acompanha os PCs desde a pré-história da
computação pessoal. Embora as interfaces gráficas tenham popularizado o uso do
mouse, sua importância é tamanha que, caso não reconheça o teclado, o POST (sigla de “power-on self test” ― autoteste de inicialização realizado pelo BIOS)
interrompe o BOOT e exibe a mensagem
“keyboard error”.
Observação: A primeira tela que o Windows
exibe ao concluir o Boot é a de logon ― aquela onde digitamos a senha que dá
acesso ao sistema. Sem o teclado, não é possível digitar a senha, e ainda que o
Windows disponibilize um teclado virtual, convocá-lo requer
digitar osk na caixa de diálogo do menu Executar. Como isso só pode ser
feito com o sistema carregado, é bom
saber como fazer para forçar
a inicialização da máquina sem um teclado ativo e operante.
O teclado
herdou das antigas máquinas de escrever o padrão QWERTY ― idealizado pelo norte-americano Christopher Latham Sholes em 1868 ―, embora tenha outros ancestrais
ilustres, como o teletipo e o perfurador de cartão. Ele reinou
absoluto como dispositivo de entrada de dados padrão até o advento das
interfaces gráficas, no início da década de 80, a partir de quando o mouse ― projetado 20 anos antes ― foi
conquistando gradativamente seu espaço.
Da mesma
forma que os computadores e eletroeletrônicos em geral, os teclados ficaram
mais baratos com o passar do tempo e a popularização da informática. Hoje em
dia, modelos básicos custam míseros R$ 20,
razão pela qual nem vale mais a pena desmontar o dispositivo para fazer uma faxina em regra (teclados tendem a acumular uma quantidade
absurda de poeira, cabelos, fiapos, migalhas de alimentos e outras “impurezas”)
ou reparar pequenos defeitos. Claro que isso não se aplica a modelos caros,
como os utilizados por gamers, que contam com recursos especiais, teclas
programáveis e outros que tais. E o mesmo vale para notebooks, não só pelo preço do componente em si, mas também pelo
fato de a substituição depender de mão de obra especializada.
A maioria
dos teclados usados com PCs e integrados a notebooks é “de membrana” (nome que
remete à peça de silicone responsável pelo funcionamento das teclas), mas os
mais rebuscados são “mecânicos”, e ainda que as diferenças não sejam visíveis
externamente, seu mecanismo é bem mais sofisticado ― as teclas possuem
interruptores e molas individuais, o que torna o acionamento mais “leve” e o
tempo de resposta mais curto ―, e o preço bem mais salgado (de R$ 200 a R$ 3.500). Já o brinquedinho cuja imagem ilustra este post custa US$ 1.400. É mole?
É mole?
Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
JUIZ SUSPENDE REAJUSTE QUE OS VEREADORES CONCEDERAM AOS
PRÓPRIOS SALÁRIOS.
Num ano em que o mundo deu uma no cravo e nove na ferradura,
resta-nos comemorar quando pelo menos uma acerta no cravo.
Num cenário em que a esperança anda tão escassa quanto o vil
metal no bolso dos brasileiros (ou a maioria deles, naturalmente, que tem gente
com a nossa parte em Brasília e em todas as esferas do poder público), uma ação
popular movida por Juliana Donato,
que já foi candidata a deputada estadual pelo PSTU, em 2010, conseguiu barrar o reajuste imoral que os vereadores
paulistanos concederam aos próprios salários no final da semana passada,
demonstrando total insensibilidade com a gravidade da situação que o país
atravessa.
A liminar foi concedida pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, para quem o aumento feriu a Lei de
Responsabilidade Fiscal. "Eu entendo que viola a LRF na medida em que o aumento aconteceu [a menos de] 180 dias do
fim da legislatura. A própria lei, ao meu ver, expressamente [proíbe]",
disse o magistrado à Folha.
De acordo com o parágrafo 21 da LRF: "Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao
final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão".
A Câmara informou que ainda não foi comunicada oficialmente
da decisão porque o Legislativo municipal está em recesso até dia 2 de
fevereiro de 2017, mas um posicionamento dos parlamentares deverá ser feito na
tarde desta segunda (26). "Como a
decisão foi tomada em plenário, com base em parecer favorável do jurídico
da Câmara, que garantiu que o aumento é legal, naturalmente, a procuradoria [da
Casa] deve defendê-la", diz um dos autores do projeto de
aumento, vereador Milton Leite
(DEM). Já o vereador eleito Eduardo
Suplicy (PT) discorda, e diz que irá propor à bancada de seu partido a
possibilidade de a Câmara não apresentar recurso contra a decisão.
Nossos conspícuos representantes voltarão para a posse no dia 1º de janeiro e
em seguida retornarão ao recesso, que termina em fevereiro. E se têm mesmo que voltar, que voltem ganhando o mesmo salário de 2016, que já era de absurdos R$ 15.031,76. Aliás, além do salário, essa corja de insensatos morde mais R$
22 mil mensais a título de verba de gabinete. No total, os custos com salários e benefícios de 20 servidores
aos quais cada vereador tem direito chegam a R$ 140 mil mensais.
É mole?
Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/