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terça-feira, 10 de abril de 2018

DORIA DEIXA A PREFEITURA PARA CONCORRER AO GOVERNO DO ESTADO E BRUNO COVAS ASSUME O CARGO. E QUEM DIABOS É BRUNO COVAS?



Na última sexta-feira, em meio à pantomima midiática da prisão do demiurgo de Garanhuns, Geraldo Alckmin e João Dória deixaram seus cargos para concorrer à presidência da República e ao governo do estado, respectivamente. 

Observação: Alckmin, conhecido como picolé de chuchu por sua notória “insipidez”, deixou o Palácio dos Bandeirantes depois de ocupá-lo por 7 anos e 3 meses consecutivos. Não foi a primeira vez. Também de olho na presidência, ele passou o bastão para o vice, Cláudio Lembo em 2006, mas obteve somente 39,17% dos votos válidos no segundo turno e acabou derrotado por Lula, que se reelegeu com 60,83% dos votos.

Mesmo sendo novato na política, Doria enfrentou bravamente a hostilidade da mídia ― que por vezes chegava a ser cômica. Sua vitória foi durante muito tempo dada como impossível pelas “pesquisas eleitorais”, e todo santo dia sua candidatura “entrava em crise”. Mesmo assim, o tucano obteve mais 3 milhões de votos já no primeiro turno ― fato inédito em São Paulo desde a redemocratização do país ―, e deixou no chinelo o “poste” de Lula, devido em grande parte a imagem de gestor que vendeu à população paulistana durante a campanha ― população essa que desejava desesperadamente alguém como ele, ou, pelo menos, parecido com a propaganda que ele fazia de si próprio.

A gestão começou bem ― com o sucesso do Corujão da Saúde, do Empreenda Fácil e do Agenda Fácil, dentre outros projetos ―, mas decaiu depois de poucos meses, quando o Doria já não escondia sua frustração com a burocracia e a deixava evidente que tinha planos mais ambiciosos ― como concorrer à presidência da República, embora Alckmin, seu padrinho político, fosse a escolha natural do PSDB depois que Aécio Neves, delatado por Joesley Batista, só não acabou na cadeia devido ao foro privilegiado, e só não teve o mandato cassado porque o Conselho de Ética do Senado é uma piada.

Observação: Como bem observou J.R. Guzzo, a mídia brasileira, incluindo a paulistana, tem um instinto infalível para ficar do lado errado da opinião pública, sempre parecendo querer exatamente o que a população claramente não quer. Gosta, por exemplo, da “cracolândia”, dos “moradores de rua”, mendigos e afins, quando o paulistano não gosta de nada disso. Tanto é que, nas eleições de 2016, a população estava exasperada com uma prefeitura e um prefeito que insistiam em governar a cidade na contramão do seu entendimento. A gestão do poste número 2 de Lula (se considerarmos Dilma o poste número 1) foi um filme-catástrofe do começo ao fim, com Haddad e sua equipe de “cientistas sociais”, urbanistas alternativos, arquitetos sem obras e militantes de “movimentos sociais” querendo fazer uma revolução socialista queimando pneus nas ruas e recebendo verbas da prefeitura, o que resultou numa tempestade perfeita em matéria de decisões ruins.

Para encurtar a conversa, o prefeito-gestor exerceu por 15 meses o mandato de 4 anos para o qual foi eleito, mas nunca o quis de verdade ― talvez quisesse ser presidente da República, governador do estado, provedor da Santa Casa ou qualquer coisa, menos prefeito de São Paulo. E não poderia mesmo resolver os problemas da maior e mais importante metrópole do país, com um PIB equivalente ao de Portugal, se desde o começo mirou o Palácio Anchieta como trampolim para voos mais ambiciosos.

O que São Paulo precisa é de um mínimo de coerência de seus gestores. Mas como esperar coerência administrativa de um prefeito assume o cargo já pensando em deixá-lo? Como acreditar que pessoas assim se interessam pela cidade, pelo estado ou pelo país que foram eleitos para governar? Se alguém quer construir uma carreira na política, que ao menos respeite o mandato para o qual foi eleito. Aliás, se a legislação eleitoral tornasse inelegível por pelo menos 10 anos quem deixa o mandato precocemente, talvez esses arrivistas, que planejam pular de cargo em cargo para subir na vida, não se sentissem tão à vontade para trair seus eleitores.

Para o mal dos nossos pecados, ninguém sabe quem é o que pensa o vice de Doria. Sabe-se apenas que ele é neto de Mário Covas ― que foi prefeito, senador e governador de São Paulo de janeiro de 1995 a janeiro de 2001, quando se afastou do cargo devido ao câncer que resultou na sua morte em março daquele ano ―, que se formou em Direito pela USP e em economia pela PUC, e que sua estreia na vida pública se deu em 2004, quando disputou (mas não ganhou) o cargo de vice-prefeito de Santos (no litoral paulista). Em 2006, ele se elegeu deputado estadual com 122 mil votos, e em 2104, depois de ter aberto mão de concorrer à prefeitura de Sampa (para dar lugar a José Serra, segundo ele, mas fala-se que o real motivo seria o fato de não ter denunciado uma tentativa de suborno), conseguiu uma cadeira na Câmara Federal.

Promovido a prefeito da maior cidade da América Latina aos 38 anos (completados em 7 de abril, dia da sua posse), Bruno Covas parece entender tanto de São Paulo quanto eu entendo de missa. O que ele representa com perfeição ― e uma vez mais na política tupiniquim ― é a praga do vice (para quem não se lembra, Tancredo nos deu Sarney, Collor nos deu Itamar, Dilma nos deu Temer e agora Doria nos dá Bruno Covas). Em recente entrevista à Vejinha (Veja São Paulo), o atual prefeito, que até o ano passado pesava mais de 100 quilos e agora está com apenas 84 (compatíveis com seu 1,84 m), disse ser fã de rock, acordar antes das 6 da matina para fazer musculação na academia, estar divorciado há quatro anos e curtir baladas. Mas afirmou também que a vida de solteiro é coisa do passado, já que "se casaria com a cidade" no dia 7, quando passaria a ocupar o gabinete mais importante do Palácio Anchieta.

Observação: Sete meses depois da posse como vice, em 2017, Covas viajou de férias com 3 amigos para a Croácia, onde curtiu praias, piscinas e o agito do verão europeu, raspou a cabeça e deixou crescer a barba. Em outubro, durante uma esticada em Paris (desta vez em “missão oficial”, embora tenha participado de apenas dois eventos), depois de se indispor com Doria por conta da demissão de Fábio Lepique, seu adjunto na pasta das regionais, ele foi substituído pelo advogado Cláudio Carvalho e assumiu a recém-criada Casa Civil.

O novo prefeito afirma que sua experiência no legislativo e traquejo político o qualificam para administrar uma cidade como São Paulo. E o que teremos oportunidade de conferir a partir desta semana. Boa sorte a ele, e melhor sorte a nós.     

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sábado, 11 de março de 2017

DORIA NA PREFEITURA DE SAMPA

Desde o mês passado que eu venho ensaiando algumas linhas sobre a gestão de Doria, mas a trágica morte de Teori Zavascki, a conturbada homologação das delações da Odebrecht, a frequente queda de integrantes do alto escalão do governo Temer, o sorteio do novo relator dos processos da Lava-Jato no Supremo, a indicação de Alexandre de Moraes para o lugar de TZ, a demissão de Serra, o afastamento de Padilha, a possível cassação da chapa Dilma-Temer e outras questões de projeção nacional me levaram a sobrestar o assunto, que agora retomo com o tucano já no terceiro mês à frente da maior e mais rica metrópole do Brasil (quiçá da América Latina).

Com exceção da patuleia ignara, capitaneada pela militância inconformada com a derrota de Haddad e a derrocada do PT nas capitais e boa parte dos quase 5.600 municípios brasileiros, a população paulistana está satisfeita com o novo prefeito ― segundo dados divulgados em meados do mês passado, 50% dos entrevistados consideram sua gestão boa ou ou ótima, 30% classificam-na de regular, 10% a reprovam (dá-lhe, petralhada ignara) e outros 10% não souberam responder, comprovando, mais uma vez, o “elevado nível sociocultural” da nossa população e, por extensão, dos nossos eleitores.

Os programas de zeladoria da cidade, o retorno dos limites de velocidade nas marginais ao status quo ante e o Corujão da Saúde vêm sendo elogiados, sobretudo pela parcela da população com renda familiar superior a 10 salários mínimos (70%). Nas classes menos favorecidas, com renda igual ou inferior a 2 salários mínimos, a aprovação cai para 35%, mas para a maioria dos paulistanos a atual gestão será melhor do que a anterior ― e ainda que isso não passe de pura futurologia, não deixa de demonstrar a satisfação geral com a atuação do prefeito nos primeiros dois meses de governo.

Claro que não faltam críticas ao gosto refinado do tucano ― muitos se incomodam com sua predileção por cashmeres finos e tênis caros ―, às varrições simbólicas que ele promove nos finais de semana, paramentado de gari, e por aí afora. Curiosamente, Haddad era enaltecido quando fingia gostar de passear de bicicleta nas ciclofaixas mal-ajambradas ― que custaram os olhos da cara, nunca é demais lembrar ―, Doria é alvo frequente de ataques despropositados, frutos de puro revanchismo, da birra infantil dos inconformados com a derrota acachapante de seu predecessor (que ainda teve o desplante de disputar a reeleição) e da funesta facção criminosa fantasiada de partido político que tanto mal fez à nação a partir de 2003, quando o molusco abjeto se elegeu presidente da Banânia.

Igualmente claro que as críticas a Doria vêm de um segmento da imprensa ligado ao PT, aos petralhas, a seus pares do PCdoB, Rede, PSOL, PCB e aos inevitáveis líderes do MST e MTST, sindicalistas e integrantes de outras agremiações ditas “de esquerda”. Até a doação do salário de prefeito a instituições de caridade é motivo de chacota para seus detratores ― que parecem considerar R$ 18 mil “uma merreca”, embora esse valor, doado mensalmente para instituições necessitadas (a primeira foi a AACD), pode ser de grande serventia em tempos bicudos como os atuais. Aliás, o prefeito afirmou que doar o próprio salário é uma “política pública” de seu governo que deveria adotada por outros políticos (que vistam a carapuça aqueles em que ela servir).

O modelo adotado por Doria ― que não se tem na conta de político, mas de gestor, e também por isso é alvo de críticas por parte de quem não tem mais o que fazer ― deveria servir de exemplo para outros administradores públicos. Negociando pessoalmente com empresas potencialmente “apoiadoras”, ele já conseguiu medicamentos para suprir o déficit na rede pública, automóveis, motocicletas e equipamentos eletrônicos de sinalização para a auxiliar a CET na fiscalização do trânsito, 114 projetores para iluminar a Ponte Estaiada (Octávio Frias de Oliveira), itens de higiene para distribuição entre moradores de rua, e por aí vai. Trata-se de uma maneira engenhosa e inovadora de implementar melhorias sem onerar os cofres do município ― e, para não haver risco de uso dos recursos no custeio da máquina, o dinheiro não vai para o caixa com da prefeitura, mas para um fundo de investimento voltado a projetos nas cinco áreas consideradas estratégicas pelo prefeito (saúde, educação, mobilidade urbana, moradia e segurança).

Observação: Como parte desse plano de parcerias, Doria viajou ao Oriente Médio em busca de recursos para a recuperação e manutenção de 19 pontes das marginais do Pinheiros e do Tietê, além de negociar a venda do Autódromo de Interlagos e do complexo do Anhembi (Sambódromo, Palácio de Convenções e Pavilhão de Exposições), que devem render respeitáveis R$ 7 bilhões.

Na falta do que dizer, intelectualóides e jornalistas “de esquerda” rosnam que tudo isso não passa de pirotecnia midiática com fins eleitoreiros, primeiro para impulsionar a campanha de Alckmin ― padrinho político de Doria ― à presidência, e agora em causa própria, já que alguns segmentos sugerem que os tucanos teriam mais chances se o próprio Doria saísse candidato. O prefeito nega, naturalmente. Ele diz que foi eleito para administrar São Paulo, não para governar o Estado ou concorrer à presidência. Seus detratores, indiretamente, avalizam seu bom trabalho, na medida em que somente resultados positivos poderiam favorecer o PSDB no próximo pleito. Mas a semente já foi plantada. Se vai germinar, só o tempo dirá.

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

WINDOWS.OLD ― O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO REMOVER


OS BRASILEIROS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, MAS DESIGUAIS PERANTE A JUSTIÇA.

Quando o assunto é capacidade de armazenamento (de dados), falamos com a maior naturalidade em grandezas como o Gigabyte e o Terabyte, até porque, atualmente, qualquer PC de entrada de linha conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço em disco. No entanto, no apagar das luzes do século passado (ou seja, há menos de 20 anos), essa capacidade era expressa em Megabytes e mal passava da casa da centena. A título de curiosidade, meu primeiro PC ― um 286 de 40 MHz ― dispunha de 2 MB de RAM e míseros 40 MB de espaço no HD ― que, para o leitor ter uma ideia, mal dariam para armazenar uma dúzia de faixas musicais em .MP3 (numa analogia rasteira, aquele disco estaria para o da minha máquina atual [de 1 TB] como uma caixa de fósforos para uma piscina olímpica).

Por outro lado, a fartura de espaço disponibilizada pelos discos rígidos pode não bastar para alguns usuários de PC ― notadamente os que ignoram os procedimentos básicos de manutenção preventivo/corretiva, instalam qualquer inutilitário que veem pela frente, não se desfazem de absolutamente nada ― nem mesmo do SPAM que entope suas caixas postais ― e armazenam imensas coleções de música ― que quase nunca ouvem ― e vídeos ― que quase nunca veem.

O Windows, qualquer que seja a edição, inclui um utilitário para apagar arquivos inúteis e assemelhados, outro para corrigir erros (lógicos) no disco e um terceiro para desfragmentar os dados. Antes de rodá-los, no entanto, convém você checar a lista de aplicativos instalados e remover tudo aquilo de que não precisa ― ou, caso reste pouco espaço livre no disco, também os programas que usa raramente (note que inúmeros aplicativos podem ser substituídos com vantagem por serviços online, que, por rodar diretamente do navegador, dispensam instalação, não ocupam espaço no disco e consomem bem menos memória e ciclos de processamento do que os programas instaláveis convencionais). Isso porque o desempenho do sistema cai barbaramente à medida que o espaço no disco vai se esgotando, daí minhas recorrentes recomendações no sentido de executar faxinas e desfragmentações mensalmente ou a cada 15 dias, dependendo do uso da máquina.

Observação: Para remover programas no Windows 10, você pode clicar em Iniciar > Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, dar duplo clique sobre o item que deseja excluir e selecionar a opção Desinstalar), mas volto a lembrar que ferramentas de terceiros ― ou recorra a ferramentas como o IObit Uninstaller ou o Revo Uninstaller, que fazem um serviço mais aprimorado.

Mas o que tem tudo isso a ver com o título desta matéria? Muita coisa. Algumas ações realizadas pelo próprio sistema contribuem para comprometer um espaço significativo no HD, como a criação de pontos de restauração, por exemplo, que são muito úteis, mas, com o passar do tempo, podem facilmente comprometer centenas de Gigabytes (veja nesta postagem como excluí-los com o limpador de disco nativo do Windows, e nesta para saber como fazê-lo com o CCleaner, que permite selecionar os backups individualmente ou em lote). Outro glutão é o Windows.old ― pasta criada automaticamente pelo sistema durante atualizações e que também pode facilmente ocupar um espaço considerável.

Para não espichar demais este texto, as considerações sobre a pasta Windows.old ficarão para uma próxima postagem. Abraços a todos e até lá.

LIMITES DE VELOCIDADE NAS MARGINAIS VOLTAM A SER COMO ERAM ANTES DE FERNANDO RADDARD REDUZÍ-LOS

A elevação das velocidades máximas permitidas nas marginais Pinheiros e Tietê foi uma promessa de campanha do prefeito João Doria, como também a adoção de uma série de medidas que, em conjunto, tornarão as vias mais seguras.

Para quem não se lembra, a administração anterior (protagonizada pelo petralha Fernando Haddad, de bem pouco saudosa memória) havia reduzido as velocidades não só nas marginais, mas também em diversas ruas e avenidas da cidade, e aumentado significativamente o número de lombadas eletrônicas e radares fotográficos, fazendo com que a única indústria que continuou funcionando em Sampa, nesses tempos de crise, fosse a indústria da multa de trânsito.

A turminha da oposição (extremamente diligente para o que não presta) havia conseguido barrar judicialmente o retorno dos limites de velocidade que vigoravam antes do petista reduzi-los. Na última sexta-feira, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires decidiu contra o programa. A prefeitura recorreu e a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, cassou a liminar (segundo ela, à luz da Constituição Federal, a administração municipal tem a competência para decidir sobre os assuntos de interesse local).

Assim, a partir de ontem, 25, ― dia em que a cidade comemorou seu 463º aniversário ― os limites voltaram a ser de 90 km/h nas pistas expressas, 70 km/h nas centrais e 60 nas locais.

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SUTILEZAS DO TECLADO

NÃO ACREDITO EM HONESTIDADE SEM ACIDEZ, SEM DIETA E SEM ÚLCERA.

O teclado foi incorporado aos computadores nos anos 1940 e acompanha os PCs desde a pré-história da computação pessoal. Embora as interfaces gráficas tenham popularizado o uso do mouse, sua importância é tamanha que, caso não reconheça o teclado, o POST (sigla de “power-on self test” ― autoteste de inicialização realizado pelo BIOS) interrompe o BOOT e exibe a mensagem “keyboard error”.

Observação: A primeira tela que o Windows exibe ao concluir o Boot é a de logon ― aquela onde digitamos a senha que dá acesso ao sistema. Sem o teclado, não é possível digitar a senha, e ainda que o Windows disponibilize um teclado virtual, convocá-lo requer digitar osk na caixa de diálogo do menu Executar. Como isso só pode ser feito com o sistema carregado, é bom saber como fazer para forçar a inicialização da máquina sem um teclado ativo e operante.

O teclado herdou das antigas máquinas de escrever o padrão QWERTY ― idealizado pelo norte-americano Christopher Latham Sholes em 1868 ―, embora tenha outros ancestrais ilustres, como o teletipo e o perfurador de cartão. Ele reinou absoluto como dispositivo de entrada de dados padrão até o advento das interfaces gráficas, no início da década de 80, a partir de quando o mouse ― projetado 20 anos antes ― foi conquistando gradativamente seu espaço.

Da mesma forma que os computadores e eletroeletrônicos em geral, os teclados ficaram mais baratos com o passar do tempo e a popularização da informática. Hoje em dia, modelos básicos custam míseros R$ 20, razão pela qual nem vale mais a pena desmontar o dispositivo para fazer uma faxina em regra  (teclados tendem a acumular uma quantidade absurda de poeira, cabelos, fiapos, migalhas de alimentos e outras “impurezas”) ou reparar pequenos defeitos. Claro que isso não se aplica a modelos caros, como os utilizados por gamers, que contam com recursos especiais, teclas programáveis e outros que tais. E o mesmo vale para notebooks, não só pelo preço do componente em si, mas também pelo fato de a substituição depender de mão de obra especializada.

A maioria dos teclados usados com PCs e integrados a notebooks é “de membrana” (nome que remete à peça de silicone responsável pelo funcionamento das teclas), mas os mais rebuscados são “mecânicos”, e ainda que as diferenças não sejam visíveis externamente, seu mecanismo é bem mais sofisticado ― as teclas possuem interruptores e molas individuais, o que torna o acionamento mais “leve” e o tempo de resposta mais curto ―, e o preço bem mais salgado (de R$ 200 a R$ 3.500). Já o brinquedinho cuja imagem ilustra este post custa US$ 1.400. É mole?

JUIZ SUSPENDE REAJUSTE QUE OS VEREADORES CONCEDERAM AOS PRÓPRIOS SALÁRIOS.

Num ano em que o mundo deu uma no cravo e nove na ferradura, resta-nos comemorar quando pelo menos uma acerta no cravo.

Num cenário em que a esperança anda tão escassa quanto o vil metal no bolso dos brasileiros (ou a maioria deles, naturalmente, que tem gente com a nossa parte em Brasília e em todas as esferas do poder público), uma ação popular movida por Juliana Donato, que já foi candidata a deputada estadual pelo PSTU, em 2010, conseguiu barrar o reajuste imoral que os vereadores paulistanos concederam aos próprios salários no final da semana passada, demonstrando total insensibilidade com a gravidade da situação que o país atravessa.

A liminar foi concedida pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, para quem o aumento feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Eu entendo que viola a LRF na medida em que o aumento aconteceu [a menos de] 180 dias do fim da legislatura. A própria lei, ao meu ver, expressamente [proíbe]", disse o magistrado à Folha.

De acordo com o parágrafo 21 da LRF: "Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão".

A Câmara informou que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão porque o Legislativo municipal está em recesso até dia 2 de fevereiro de 2017, mas um posicionamento dos parlamentares deverá ser feito na tarde desta segunda (26). "Como a decisão foi tomada em plenário, com base em parecer favorável do jurídico da Câmara, que garantiu que o aumento é legal, naturalmente, a procuradoria [da Casa] deve defendê-la", diz um dos autores do projeto de aumento, vereador Milton Leite (DEM). Já o vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) discorda, e diz que irá propor à bancada de seu partido a possibilidade de a Câmara não apresentar recurso contra a decisão.

Nossos conspícuos representantes voltarão para a posse no dia 1º de janeiro e em seguida retornarão ao recesso, que termina em fevereiro. E se têm mesmo que voltar, que voltem ganhando o mesmo salário de 2016, que já era de absurdos R$ 15.031,76. Aliás, além do salário, essa corja de insensatos morde mais R$ 22 mil mensais a título de verba de gabinete. No total, os custos com salários e benefícios de 20 servidores aos quais cada vereador tem direito chegam a R$ 140 mil mensais.

É mole?

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sábado, 23 de julho de 2016

SUCESSÃO MUNICIPAL EM SAMPA: SEGUNDO O DATAFOLHA, RUSSOMANNO VENCERIA TODOS OS CONCORRENTES NAS SIMULAÇÕES DE SEGUNDO TURNO; SEM ELE, MARTA SUPLICY SERIA ELEITA (DE NOVO?!) PREFEITA DA MAIOR CAPITAL DO BRASIL

De acordo com última pesquisa do Instituto Datafolha, cujos resultados foram publicados na semana passada, Fernando Haddad ― o prefeito petralha que proibiu a FIESP de exibir a bandeira nacional e é o candidato mais rejeitado pelos entrevistados ― tem índices compatíveis com a qualidade de sua administração e com a clarividência de suas decisões (vide detalhes nesta postagem de Reinaldo Azevedo).

Celso Russomanno (PRB) lidera a disputa no primeiro turno, com 25%. Em segundo lugar, está Marta Suplicy (PMDB), com 16%, seguida por Luiza Erundina (PSOL), com 10%. O atual prefeito vem em quarto lugar, com apenas 8%. O tucano João Doria marca 6%, Marco Feliciano (PSC), 4%, e Andrea Matarazzo (PSD), 3%.
Detalhe: O dublê de deputado, apresentador de TV e defensor incansável dos direitos do consumidor foi condenado em primeira instância por peculato, e se tornará inelegível se essa decisão for confirmada pelo Supremo. Nesse cenário, Marta assumira a liderança do primeiro turno, com 21%, seguida por Erundina (13%), Haddad (11%), Doria (7%) e Feliciano e Matarazzo, ambos com 5%.

ObservaçãoRodrigo Janot quer condenar Russomanno por ter empregado em sua produtora, entre 1997 e 2001, uma funcionária cujo salário era pago pela Câmara. Tudo bem. Mas o que dizer de Fernando Haddad, que recebeu 30 milhões de reais em propinas, de acordo com depoimentos dados por delatores ao próprio Janot? Se o primeiro tem de ser punido, o segundo tem de ser preso! A propósito: apenas 14% aprovam a gestão do petista; para 48%, ela é ruim ou péssima, e 35% avaliam-na como regular.

O Datafolha fez 10 simulações de segundo turno. Caso seja candidato e se o confronto ocorresse hoje, Russomanno venceria todos os embates: 58% a 18% contra Doria; 58% a 19% contra Haddad; 54% a 29% contra Erundina e 48% a 31% contra Marta. Sem o candidato do PRB, Marta bateria todos os adversários: 48% a 24% contra Doria; 44% a 24% contra Haddad e 39% a 33% contra Erundina. Esta, por sua vez, venceria o candidato do PSDB por 44% a 24% e o petralha por 42% a 25%. Embora na margem de erro, Doria, muito provavelmente, venceria Haddad por 34% a 30%.

Enfim, faltam quase três meses para as eleições, e é pouco provável que o candidato tucano conserve o índice atual, pois o PSDB costura uma ampla aliança na cidade. E ainda que Russomanno se mantenha no páreo, já ficou claro que ele pode ser bom de saída, mas tende a se complicar no percurso e na chegada.

A pesquisa serve apenas para dar uma ideia de como anda o humor dos eleitores, mas é incontestável que a ex-petista Marta e a macróbia e também ex-petista Erundina ― que já ocuparam a prefeitura de Sampa e protagonizaram gestões sofríveis ― tenham motivos para comemorar. No entanto, da mesma forma que jogo se ganha no campo, eleição se ganha na urna.

A conferir.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA – SITUAÇÃO CALAMITOSA

QUEM FAZ DE VOCÊ UMA PESSOA MELHOR NÃO SÃO AS SUAS CRENÇAS, MAS SIM O SEU COMPORTAMENTO.

Seja por birra de São Pedro, seja pela visão míope dos nossos governantes, o tradicional polígono da seca virou triângulo e se abancou entre os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, onde as temperaturas são dignas de um verão senegalês e os poucos pingos que caem uma ou duas vezes por semana, insuficientes para elevar os níveis das represas que os abastecem.
Demais disso, como a nossa energia elétrica provém em grande parte de usinas hidrelétricas, ainda não tivemos apagões ou racionamentos  porque a Eletrobrás vem se socorrendo das usinas termoelétricas, o que eleva os custos e, consequentemente, o valor da conta que pagamos todo mês.
Curiosamente, em 23 de janeiro de 2013 a nossa conspícua “presidenta” ocupou por mais de oito minutos a rede nacional de rádio e TV para anunciar a redução de 18% na tarifa de energia elétrica das residências e 32% na das indústrias, em mais uma de suas muitas medidas eminentemente populistas e eleitoreiras (embora, oficialmente, ainda não estivesse em campanha pela reeleição). Em seu caudaloso discurso, Dilma afirmou que a inauguração de novas linhas de transmissão elevaria em mais de 7% a produção de energia, e que esta cresceria ainda mais nos anos seguintes – rebatendo as críticas dos governadores tucanos de São Paulo, Minas, Paraná e Goiás, estados nos quais as concessionárias rejeitaram o acordo proposto pelo governo federal –, que o Brasil vivia uma situação segura na área de energia, era um dos mais seguros do mundo e teria energia cada vez melhor e mais barata, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo (para quem tiver estômago, basta clicar aqui para assistir o pronunciamento na íntegra).
O resto é história: o nível das represas, que já era preocupante naquela época, caiu ainda mais, a tarifa de energia tornou a ser reajustada (desta vez para elevar o preço do kWh), São Pedro continua mantendo as torneiras fechadas e, sim, existem riscos de racionamento e apagões, a despeito da negativa geral de quem deve satisfações à população (pensando bem, parece que falar a verdade caiu em desuso a partir do momento em que os Petralhas assumiram o poder).
Embora afaste a possibilidade de rodízio ou racionamento (que, na prática, parece que vem sendo implementado em alguns bairros, na calada da madrugada), a SABESP alerta a população para a necessidade de economizar água, e apresenta algumas considerações/sugestões bastante interessantes. Confira:

·        Elimine vazamentos: Uma torneira gotejando chega a desperdiçar 46 litros d’água por dia, o que representa1.380 litros por mês (um filete de mais ou menos dois milímetros desperdiça 4.140 litros/mês; um filete de quatro milímetros, 13.260 litros/mês; e um furo de dois milímetros no encanamento, para uma pressão de15 m de coluna d’água, desperdiça aproximadamente 3.200 litros/dia.

·        Na higiene pessoal: Mantendo a torneira fechada enquanto escova os dentes e/ou faz a barba, você economiza 12 litros d’ água em casa (e até 80 em apartamento). Igualmente importante e reduzir o tempo debaixo do chuveiro e usar e descarga com parcimônia (acionando a válvula por 6 segundos, o consumo fica entre 6 e 10 litros d’água).

·        Na pia da cozinha: Limpe bem a louça e as panelas antes de lavá-las. Encha a pia com água até a metade, adicione o detergente, deixe os utensílios de molho por alguns minutos, ensaboe, repita o processo, esvazie a pie e proceda ao enxágüe.

·        Lavando roupas: Deixe a roupa acumular para usar a máquina em sua capacidade total. Uma lavadora de 5 quilos consome 135 litros d’água a cada uso. No tanque, feche a torneira enquanto ensaboa a rouba.

·        Carro, quintal e calçada: Não lave o carro com mangueira. Se achar desconfortável usar balde e pano, leve-o até um lava-rápido que tenha poço ou sistema de reuso d’água. Tampouco use a mangueira como vassoura ao lavar o quintal e/ou a calçada, pois isso consome 280 litros d’água a cada 15 minutos. Se tiver plantas, procure regá-las pela manhã ou à noite, evitando, assim, o desperdício causado pela evaporação.

Para economizar energia elétrica:

·        Substitua as lâmpadas incandescentes por LEDs ou fluorescentes e só as acenda quando for realmente necessário. Em corredores e outras áreas comuns, temporizadores evitam que você esqueça as luzes acesas (embora seu uso seja um tanto incomodativo).

·        Reserve o ar condicionado para situações de muito calor. Nos dias menos quentes, abra as janelas de dois cômodos para criar uma corrente de ar e, se necessário, ligue o ventilador.

·        Consulte o manual do seu refrigerador/freezer para saber quais os ajustes mais adequados para as mais variadas situações e só guarde alimentos frios e devidamente tampados.

Para concluir, uma questão polêmica: Vale mais a pena desligar os eletroeletrônicos da tomada ou deixá-los em stand-by, de modo mantê-los prontos para uso mais rapidamente?
Há quem afirme que sim, há quem afirme que não, e há quem diga que isso depende de cada usuário/consumidor (melhor resposta).
Segundo simulações realizadas pela Revista Proteste, desligar o ar-condicionado em vez de mantê-lo em stand-by pode proporcionar uma economia de energia que vai de R$ 0,10 a R$ 7,81 por ano, dependendo do modelo, ao passo que usar o aparelho durante uma hora por dia ou uma noite por semana custa, em média, ao cabo de um ano, R$ 2.479,62 (valores baseados na tarifa vigente no Rio de Janeiro).
Deixar o forno microondas em stand-by – o que é indispensável para quem não quer perder o setup do relógio – custa o equivalente a usá-lo na potência máxima por 20 minutos, todos os dias, durante um ano. Já a economia de energia que você obtém desligando da tomada sua TV LCD é de, em média, R$ 12. Se, como eu, você tiver artrose na coluna, é provável que abra mão alegremente dessa economia para não ter de conectar o cabo de energia na tomada, que fica atrás da estante, sempre que for ligar a TV.

Observação: Ao comprar eletrodomésticos, consulte o selo de eficiência Procel. Os aparelhos mais bem avaliados recebem nota “A” e pesam menos na conte de luz no médio e no longo prazo.

Passemos agora ao nosso tradicional humor de final de semana:


Três irmãos deixaram o Brasil com o objetivo de estudar no exterior e alcançar sucesso profissional. Alguns anos depois, já formados e com muito dinheiro, reuniram-se para discutir o que cada um daria à mãe de presente de Natal. 

O primeiro, formado em Arquitetura, disse:
— Comprei uma casa enorme, com quatro suítes, piscina, sauna e etc.
O segundo, formado em Engenharia Mecânica, não deixou por menos e disparou:
— Eu mandei para ela uma Ferrari 0 KM.

O terceiro, formado em Biologia, deu um sorriso e disse:
— Mandei para mamãe um raro papagaio marrom que consegue recitar mais de dezenove mil poesias e cantar mais de mil sucessos da década de 60/70/80. Foram 20 anos de treinamento com os maiores especialistas. Tive que doar mais de trezentos mil dólares para cada instituição responsável pelo desenvolvimento dessa ave, mas acho que valeu a pena.

Após o Natal, os três filhos receberam uma carta de agradecimento pelos presentes:
"Fernando, agradeço de coração a mansão que você me deu de presente. Ela é muito grande e bonita, mas eu utilizo somente um dos quartos e tenho que limpar a casa toda. Assim, vou colocá-la à venda e comprar uma quitinete."

"Marcelo, eu estou um pouco velha para dirigir uma Ferrari, sem falar que fico o dia inteiro dentro de casa. Então, vou vender o carro e usar o dinheiro para realizar um velho sonho: fazer um Cruzeiro de volta ao mundo.


"Querido Alonso, você foi o único filho que teve bom senso para saber do que a sua mãe realmente gosta. Aquele franguinho estava delicioso. Muito obrigada!"



Abraços e até mais ler.