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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SUTILEZAS DO TECLADO

NÃO ACREDITO EM HONESTIDADE SEM ACIDEZ, SEM DIETA E SEM ÚLCERA.

O teclado foi incorporado aos computadores nos anos 1940 e acompanha os PCs desde a pré-história da computação pessoal. Embora as interfaces gráficas tenham popularizado o uso do mouse, sua importância é tamanha que, caso não reconheça o teclado, o POST (sigla de “power-on self test” ― autoteste de inicialização realizado pelo BIOS) interrompe o BOOT e exibe a mensagem “keyboard error”.

Observação: A primeira tela que o Windows exibe ao concluir o Boot é a de logon ― aquela onde digitamos a senha que dá acesso ao sistema. Sem o teclado, não é possível digitar a senha, e ainda que o Windows disponibilize um teclado virtual, convocá-lo requer digitar osk na caixa de diálogo do menu Executar. Como isso só pode ser feito com o sistema carregado, é bom saber como fazer para forçar a inicialização da máquina sem um teclado ativo e operante.

O teclado herdou das antigas máquinas de escrever o padrão QWERTY ― idealizado pelo norte-americano Christopher Latham Sholes em 1868 ―, embora tenha outros ancestrais ilustres, como o teletipo e o perfurador de cartão. Ele reinou absoluto como dispositivo de entrada de dados padrão até o advento das interfaces gráficas, no início da década de 80, a partir de quando o mouse ― projetado 20 anos antes ― foi conquistando gradativamente seu espaço.

Da mesma forma que os computadores e eletroeletrônicos em geral, os teclados ficaram mais baratos com o passar do tempo e a popularização da informática. Hoje em dia, modelos básicos custam míseros R$ 20, razão pela qual nem vale mais a pena desmontar o dispositivo para fazer uma faxina em regra  (teclados tendem a acumular uma quantidade absurda de poeira, cabelos, fiapos, migalhas de alimentos e outras “impurezas”) ou reparar pequenos defeitos. Claro que isso não se aplica a modelos caros, como os utilizados por gamers, que contam com recursos especiais, teclas programáveis e outros que tais. E o mesmo vale para notebooks, não só pelo preço do componente em si, mas também pelo fato de a substituição depender de mão de obra especializada.

A maioria dos teclados usados com PCs e integrados a notebooks é “de membrana” (nome que remete à peça de silicone responsável pelo funcionamento das teclas), mas os mais rebuscados são “mecânicos”, e ainda que as diferenças não sejam visíveis externamente, seu mecanismo é bem mais sofisticado ― as teclas possuem interruptores e molas individuais, o que torna o acionamento mais “leve” e o tempo de resposta mais curto ―, e o preço bem mais salgado (de R$ 200 a R$ 3.500). Já o brinquedinho cuja imagem ilustra este post custa US$ 1.400. É mole?

JUIZ SUSPENDE REAJUSTE QUE OS VEREADORES CONCEDERAM AOS PRÓPRIOS SALÁRIOS.

Num ano em que o mundo deu uma no cravo e nove na ferradura, resta-nos comemorar quando pelo menos uma acerta no cravo.

Num cenário em que a esperança anda tão escassa quanto o vil metal no bolso dos brasileiros (ou a maioria deles, naturalmente, que tem gente com a nossa parte em Brasília e em todas as esferas do poder público), uma ação popular movida por Juliana Donato, que já foi candidata a deputada estadual pelo PSTU, em 2010, conseguiu barrar o reajuste imoral que os vereadores paulistanos concederam aos próprios salários no final da semana passada, demonstrando total insensibilidade com a gravidade da situação que o país atravessa.

A liminar foi concedida pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, para quem o aumento feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Eu entendo que viola a LRF na medida em que o aumento aconteceu [a menos de] 180 dias do fim da legislatura. A própria lei, ao meu ver, expressamente [proíbe]", disse o magistrado à Folha.

De acordo com o parágrafo 21 da LRF: "Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão".

A Câmara informou que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão porque o Legislativo municipal está em recesso até dia 2 de fevereiro de 2017, mas um posicionamento dos parlamentares deverá ser feito na tarde desta segunda (26). "Como a decisão foi tomada em plenário, com base em parecer favorável do jurídico da Câmara, que garantiu que o aumento é legal, naturalmente, a procuradoria [da Casa] deve defendê-la", diz um dos autores do projeto de aumento, vereador Milton Leite (DEM). Já o vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) discorda, e diz que irá propor à bancada de seu partido a possibilidade de a Câmara não apresentar recurso contra a decisão.

Nossos conspícuos representantes voltarão para a posse no dia 1º de janeiro e em seguida retornarão ao recesso, que termina em fevereiro. E se têm mesmo que voltar, que voltem ganhando o mesmo salário de 2016, que já era de absurdos R$ 15.031,76. Aliás, além do salário, essa corja de insensatos morde mais R$ 22 mil mensais a título de verba de gabinete. No total, os custos com salários e benefícios de 20 servidores aos quais cada vereador tem direito chegam a R$ 140 mil mensais.

É mole?

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 6 de agosto de 2013

IRQ, DMA, PLUG AND PLAY, USB, DRIVERS E QUESTÕES AFINS

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS. QUANDO VOCÊ DÁ UM PASSO ADIANTE, INEVITAVELMENTE DEIXA ALGUMA COISA PARA TRÁS.

Desenvolvidas no final dos anos 1990, as tecnologias Plug and Play e USB facilitaram sobremaneira a expansão do hardware nos PCs, pois dispensam as intrincadas configurações manuais dos canais IRQ e DMA – que, não raro, resultavam em incompatibilidades difíceis de solucionar. Dessa forma, para expandir os recursos do computador mediante substituição ou acréscimo de componentes internos ou periféricos, basta fazer a respectiva conexão física (através das interfaces adequadas ou de uma porta USB, conforme o caso) e deixar o restante por conta do sistema.

Observação: Drivers são programinhas de baixo nível que fazem o papel de “ponte” entre o hardware e o sistema operacional. Todo dispositivo precisa de um ou mais drivers para funcionar, e embora o Windows disponha de um repositório nativo que lhe permite operar a maioria dos componentes existentes no mercado, é recomendável usar sempre as versões criadas pelos respectivos fabricantes, que garantem maior estabilidade e ampliam o leque de recursos.

Ausência de drivers ou uso de versões inadequadas era um problema comum no tempo em que o preço proibitivo das máquinas de grife forçava os usuários a recorrer aos integradores de fundo de quintal, geralmente diplomados por aqueles famosos cursos de montagem e manutenção de micros que se tornaram tão comuns lá pela virada do século. Hoje em dia a história é bem outra, mas ainda assim convém você verificar se está tudo bem com os drivers do seu PC. Para tanto, tecle Windows+R, digite devmgmt.msc na caixa do menu Executar e, na tela do Gerenciador de Dispositivos, clique na setinha à esquerda de cada item para visualizar os respectivos subitens.

Observação: Um “X” em vermelho ao lado de um dispositivo indica que ele está desabilitado; um ponto de interrogação amarelo, que ele foi detectado, mas não possui driver instalado; um “i” em azul, que ele está usando uma configuração manual. Já um ponto de exclamação preto dentro de um triângulo amarelo pode significar diversos problemas, sendo recomendável dar duplo clique sobre o item para obter mais informações na sua tela de Propriedades.

Mais ou menos da mesma forma como os desenvolvedores de software criam patches para seus programas, a turma do hardware costuma atualizar seus drivers (para solucionar problemas, implementar novos recursos, e por aí vai), de modo que, em tese, é recomendável utilizar sempre as versões mais recentes desses programinhas. Na prática, todavia, pode ser mais interessante não mexer no time enquanto ele estiver ganhando. Para saber mais sobre drivers e questões afins, leia a sequência de quatro postagens que eu publiquei em meados de 2011 sobre o tema (clique aqui para acessar a primeira delas).

Um ótimo dia a todos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MOUSE (final)

É provável que você faça uso frequente do botão direito do mouse (para acessar menus de contexto e agilizar uma porção de funções), mas não saiba que, em determinadas situações, as opções se multiplicam se o dito cujo for pressionado juntamente com a tecla Shift.
Outras possibilidades pouco exploradas podem ser acessadas na tela das Propriedades de Mouse (no Painel de Controle). Dependendo do dispositivo e do respectivo driver, é possível fazer bem mais do que simplesmente inverter as funções dos botões (recurso útil para canhotos) e personalizar os ponteiros.
Além dessas “opções nativas”, digamos assim, diversos programinhas gratuitos ajudam a “turbinar” o prestativo camundongo, como é o caso do versátil X-Mouse Button Control
Aliás, além de oferecer uma excelente seleção, o Baixaki inclui informações/tutoriais sobre os aplicativos que disponibiliza. Ainda nessa linha, vale dar uma olhada no no Click Zap, no gMote, no High Sign e no KatMouse.
Para concluir, vale lembrar que amanhã teremos o Patch Tuesday de abril da Microsoft; atualizem seus sistemas (a propósito, no post de amanhã, faremos uma "revisita" às atualizações automática do Windows; não percam).
Abraços a todos e até a próxima.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MOUSE (parte 2)

O bom funcionamento do mouse depende em grande parte da superfície sobre a qual ele é operado, razão pela qual convém usar um mousepad emborrachado ou forrado com tecido, preferencialmente de cor lisa e com aquela “almofadinha” que minimiza os riscos de lesão por esforço repetitivo.
Evidentemente, isso não se aplica a laptops, que usam touchpads para fazer as vezes do diligente ratinho (embora você possa utilizá-lo, se quiser; para saber mais, clique aqui).
O touchpad é uma pequena superfície sensível ao toque, combinada com teclas cujas funções podem ser emuladas mediante sequências de toques rápidos. Alguns modelos trazem o trackpoint –  espécie de joystick em miniatura, estrategicamente posicionado entre as teclas, que identifica os movimentos aplicados pelo usuário para guiar o cursor na tela. Existem ainda mouses desenvolvidos especificamente para usuários que não se dão bem com as soluções nativas dos portáteis, mas se o tamanho reduzido facilita o transporte, também torna a utilização bastante desconfortável.
Amanhã abordaremos outro assunto, mas voltaremos a falar no "rato" no post da próxima segunda-feira. Abraços a todos e até mais ler. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

MOUSE - O camundongo amigo


Criado na década de 60 e batizado como XY Position Indicator For a Display System, o mouse logo ganhou essa alcunha por ser (vagamente) parecido com um camundongo, mas levou anos para mostrar a que veio, pois não tinha grande utilidade quando os computadores eram operados basicamente por comandos de prompt.
Depois que a Apple implementou a interface gráfica no Macintosh e a Microsoft a consagrou no Windows, o diligente ratinho foi guindado à condição de indispensável (conquanto seja possível operar o computador usando somente o bom e velho teclado; confira em Teclado x Mouse) e recebeu diversos aprimoramentos ao longo das últimas cinco décadas, conquanto continue cumprindo basicamente suas funções originais, ou seja, traduzindo os movimentos da mão do operador nas coordenadas x e y responsáveis pelo posicionamento do cursor na tela do monitor.
 As versões atuais apresentam dois, três (ou mais) botões personalizáveis, que servem para selecionar arquivos e opções de menus, arrastar elementos, rolar a tela, maximizar, minimizar e fechar janelas, e por aí vai. Para uso doméstico comum, um modelo com scroll e resolução de 800 Dots Per Inch está de bom tamanho (se a resolução for expressa em Counts Per Inch, a relação é de 2 x 1, ou seja, 400 CPI equivalem a 800 DPI).
No que tange à interface, já é raro encontrar mouses seriais (DB9), mas os padrões PS/2 e USB coexistem pacificamente no mercado (vale lembrar que, em último caso é possível recorrer a um adaptador).
Há também opções wireless, cujos preços variam conforme a tecnologia e a qualidade do produto (é recomendável evitar dispositivos de marca desconhecida).
Amanhã a gente fala um pouco sobre TabletsSmartphones, de modo que a continuação desta postagem fica para quarta-feira; abraços e até lá.