NÃO É FÁCIL.
MAS TAMBÉM NÃO É IMPOSSÍVEL.
Para concluir esta
sequência, relembro que, com exceção do antivírus
e do firewall — que precisam iniciar
assim que ligamos o computador e permanecer rodando em segundo plano ao longo
de toda a sessão —, a maioria dos aplicativos que pegam carona na inicialização
do Windows pode ser removida da lista de inicialização automática sem
problema algum. É possível que eles passem a demorar um pouco mais para
responder quando você os convocar, mas um ou dois segundos de delay é um preço
baixo a pagar se comparado ao custo (em termos de processamento e memória) de
manter os programinhas desnecessariamente em stand-by.
No Seven e
encarnações anteriores do Windows, o
gerenciamento da inicialização era feito através do msconfig (detalhes nesta postagem). No Eight e no Win10, esse ajuste é feito a
partir do Gerenciador de Tarefas. Para
convocá-lo, basta teclar Ctrl+Shift+Esc
ou dar um clique num ponto vazio da Barra
de Tarefas e escolher a opção respectiva. Na janela do Gerenciador, clique na aba Inicializar,
no item cuja inicialização automática você deseja inibir e em Desabilitar (note que boas suítes de
manutenção, como o Cleaner ou o IObit Advanced System
Care, costumam facilitar esse procedimento).
A aba Processos
exibe os processos e serviços que estão sendo executados nos
bastidores. Processos são
conjuntos de instruções criadas com um determinado propósito; alguns programas
se subdividem em vários processos, mas há processos que não correspondem a
programas, como é o caso dos serviços,
que servem para dar suporte ao sistema operacional. Como eles são listados pelo
nome de seus executáveis, nem sempre é fácil saber a que se referem ou se
realmente deveriam estar ali.
Nomes como explorer.exe,
firefox.exe, por exemplo, são fáceis
de identificar, mas outros, como ctfmon.exe,
svchost.exe e oodag.exe, não são nem um pouco intuitivos, favorecendo a suspeita
(não raro infundada) de que eles têm a ver com vírus ou outras pragas digitais.
Para não encerrar uma thread legítima, necessária ao funcionamento do Windows ou de algum aplicativo que a
tenha convocado, o recomendável é recorrer ao nosso oráculo de todas as horas
(falo do Google) ou pesquisar o nome
do arquivo suspeito diretamente neste site.
Note que os efeitos desse ajuste costumam ser mais
perceptíveis em máquinas de configuração de hardware espartana, a exemplo da desfragmentação do HDD, sobre a qual
falamos no capítulo anterior. No entanto, mesmo que seu PC conte com um
processador poderoso e fartura de RAM,
não há razão para você gastar boa vela com mau defunto.
Tenha em mente também que convém manter abertos quaisquer
programas estranhos às tarefas que você estiver realizando, bem como evitar
iniciar diversas sessões simultâneas de navegação ou manter abertas várias abas
do navegador ao mesmo tempo. Se, durante seu périplos pela Web, você encontrar
um site que tenciona revisitar mais adiante, melhor que mantê-lo carregado é
adicioná-lo aos favoritos (ou bookmarks, conforme
a nomenclatura adotada pelo navegador que você utiliza) ou copar o hyperlink exibido na barra de endereços
do browser e colar num documento de texto, por exemplo.
Mesmo tomando todos esses cuidados, mais cedo ou mais tarde
será preciso reinstalar o Windows para
reconverter em guepardo o cágado perneta que você chama de computador. Claro
que o procedimento e trabalhoso — nem tanto o processo em si, mas as demais
providências necessárias, pois o sistema volta exatamente como se encontrava
quando foi instalado pelo fabricante, de modo que você terá de rodar o Windows Update para baixar e instalar
todas as atualizações e correções liberada pela Microsoft ao longo do tempo, além de reinstalar os aplicativos não-Microsoft.
Isso sem mencionar que alguma coisa
sempre acaba se perdendo, porque quase ninguém se dá ao trabalho de manter
backups atualizados de arquivos importantes de difícil recuperação nem guarda em
local certo e sabido chaves de ativação de programas pagos... Enfim, é a vida.
Recomendo reinstalar sua suíte de segurança antes mesmo de
atualizar o Windows, pois manter-se
conectado à Internet sem proteção é procurar sarna para se coçar.