GRANDES COISAS
RESULTAM DE UMA SÉRIE DE PEQUENAS COISAS REUNIDAS.
Desde o lançamento da build 1909 do Windows 10 que há relatos de problemas como telas alaranjadas, aumento de uso de CPU
e falhas em conexão Wi-Fi,
entre outros.
Por conta de tantos problemas, Jerry Berg, que trabalhou 15 anos na empresa de Redmond com ferramentas de automação de testes do Windows, lançou um vídeo em seu canal do YouTube para explicar que a empresa mudou seu sistema para checar novas versões, o que resultou um aumento no número de erros.
Segundo o ex-funcionário, entre 2014 e 2015 havia um grupo totalmente voltado para testes do sistema operacional, passando por builds, drivers e códigos. Sempre que uma nova ferramenta ou mudança era criada, essa equipe se reunia e discutia os problemas, além de testar manualmente as versões em aparelhos reais — ou seja, eles tinham uma série de equipamentos com diferentes processadores, HDs, placas de vídeo e som exatamente para testar o maior número de variantes possível —, e somente depois que tudo funciona a contento é que a atualização era liberada.
De uns tempos a esta parte, a MS mudou seu sistema. O membros do grupo de testes foram quase todo
demitidos e os remanescentes passara a usar máquinas virtuais, quando não seus
próprios aparelhos — modalidade conhecida como self-host, que, segundo Berg,
não é utilizada pela maioria das grandes empresas. Hoje, as principais fontes
de dados são a telemetria e as informações fornecidas por usuários inscritos no
Windows Insider, que testam as novidades em troca de feedback,
mas nem sempre a telemetria é confiável e nem sempre os inscritos no programa reportam
os problemas.
Berg afirma ainda
que a Microsoft percebeu que era um
risco lançar as atualizações sem uma checagem abrangente, razão pela qual
passou a distribuir os patches primeiro para usuários de testes e
desenvolvedores, e só depois para os usuários finais.