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terça-feira, 7 de maio de 2019

AINDA SOBRE COMO RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO

NO BRASIL, SER BURRO É O PRIMEIRO DOS DIREITOS HUMANOS, E FALAR CONTRA A BURRICE É RACISMO.

Computadores são formados por dois subsistemas distintos (conquanto interdependentes), cada qual com capacidade de brindar o usuário com problemas de diversas naturezas. Felizmente, engasgos, lentidão e travamentos relacionados com o software costumam ser fáceis de resolver do que problemas de hardware. Em boa parte dos casos, basta desligar o computador, aguardar alguns minutos e então ligá-lo novamente. Com alguma sorte, tudo voltará a funcionar com antes no Quartel de Abrantes.

Observação: Conforme eu mencionei em outras oportunidades, a opção “reiniciar” refaz o reboot  tão rapidamente que a energia acumulada nos capacitores das placas de circuito pode não ser totalmente esgotadas, e com isso o conteúdo das memórias voláteis (como é o caso da RAM) não é completamente apagado.

Se o travamento for sério a ponto de impedir o uso do mouse e do teclado — ou, no caso de dispositivos com telas sensíveis, fazer com que os comandos não respondam aos toques — não será possível acessar as opções de desligamento por software, mas pressionar o botão Power (aquele que serve para ligar/desligar o aparelho) e mantê-lo premido por cerca de 5 segundos desliga o aparelho.  

Não é comum, mas pode acontecer de o travamento impedir o desligamento também por hardware. Nesse caso, o jeito é cortar o fornecimento de energia desligando o estabilizador/nobreak/filtro de linha da tomada nos desktops, e removendo a bateria nos notebooks, smartphones e tablets.

Já se, em vez de travar ou não desligar, seu notebook, smartphone ou tablet não iniciar, verifique se o problema não está no carregador que alimenta a bateria, ou mesmo na própria bateria. Se o aparelho for do tipo desktop ou all-in-one, veja primeiro se há corrente na tomada (teste-a usando um abajur ou ventilador, por exemplo), ou se o cabo de energia não está com defeito. Aliás, a fonte de alimentação desses modelos (que fica no interior do gabinete) conta com um varistor que se funde quando a tensão da rede atinge um valor pré-definido. Esse mesmo sistema é usado em estabilizadores, nobreaks e filtros de linha, só que nestes últimos é mais fácil substituir fusível ou LED queimado — mesmo assim, só tome essa providência depois de testar o dispositivo ligando a ele outro aparelho (se o abajur acender ou a hélice do ventilador girar, o problema não é o varistor).

Observação: Acessando esta postagem e as seguintes, você verá uma lista dos problemas mais comuns e dicas para tentar solucioná-los antes de levar o aparelho até uma assistência técnica.

Vale também recorrer ao Google (a partir de outro computador ou dispositivo capaz de conectar a internet, naturalmente) para fazer uma pesquisa a partir da marca, modelo, características e sintomas do aparelho malcomportado. Nos modelos de mesa (desktops), vale ainda checar, cabos e conexões dos componentes internos, bem como fazer uma faxina em regra no interior do gabinete (aquela caixa que muita gente chama impropriamente de CPU), pois umidade, poeira e outros detritos tendem a causar mau contato nas trilhas das placas de expansão, módulos de memória etc.

Remova tampa do gabinete e faça uma inspeção visual — procure por algo fora de lugar, slots vazios, cabos soltos, desconectados ou mal encaixados. Use um pincel de cerdas antiestáticas para remover a poeira e outras sujeiras que são sugados pelo sistema de arrefecimento re complete a limpeza com um mini aspirador de pó (prefira um modelo que tanto aspire quanto sopre; na falta da função de sopro, use um secador de cabelo na temperatura fria). 

Desparafuse as placas de expansão, remova-as dos slots, limpe as trilhas de contato com uma borracha branca (daquelas de apagar), elimine os resíduos com o pincel e torne a encaixar as peças cuidadosamente (algumas placas podem ter uma barra plástica fixadora que precisa ser desencaixada e levantada para que o componente seja removido). Manuseie os componentes sempre pelas bordas, evitando tocar nas trilhas de contato, pois descargas eletrostáticas e a gordura das mãos podem agravar o problema que você está tentando resolver.

Verifique os módulos de memória — na maioria das placas-mãe eles se desencaixam quando as alavancas localizadas nas extremidades dos slots são pressionadas; deixe essas alavancas abertas, limpe as trilhas de contato e torne a encaixar os módulos forçando-os para baixo (firme, mas gentilmente) até que as alavancas voltem à posição inicial.

Ao final, feche o gabinete, reconecte os periféricos e ligue o computador. Se o problema persistir, procure ajuda especializada.

sexta-feira, 15 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD NO WINDOWS — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO (PARTE 5)


GUARDAR RESSENTIMENTO É COMO TOMAR VENENO ESPERANDO QUE A OUTRA PESSOA MORRA.

Com o passar do tempo, nosso perfil de usuário no Windows pode "inchar" a tal ponto que rodar um aplicativo ou abrir um simples arquivo de texto nos 5 ou 10 minutos iniciais da sessão se torna um teste de paciência. Embora seja possível possa contornar esse conveniente ligando o PC e indo tomar um café enquanto o sistema termina de carregar, isso seria o mesmo que fazer o carro “pegar no tranco” em vez de mandar consertar o motor de arranque. Portanto, vale a pena saber como reparar um perfil de usuário excessivamente inflado, para que ele ocupe menos o disco rígido durante a inicialização do sistema, mas não custa lembrar, mais uma vez, que a única maneira de resgatar a performance que o computador tinha nas primeiras semanas de uso é reinstalar o Windows do zero. Todo o resto é paliativo — pode até ajudar, mas é paliativo.

Observação: Recomendo a leitura da sequência iniciada por este post, que trata do uso do disco em patamares próximos a 100%; desta outra sequência, que traz uma série de informações conceituais e dicas práticas para otimizar o desempenho do PC; e de mais esta, que aborda a importância dos subsistemas de memória — física e de massa — na performance do computador.

Manter a área de trabalho atopetada de elementos desnecessários é um péssimo hábito. Não é por acaso que, quando ligamos o PC pela primeira vez, somente o ícone da lixeira é exibido. Não que haja algo de errado em salvar arquivos na área de trabalho; errado é não os tirar de lá quando eles não forem mais necessários. Indicar a área de trabalho como destino dos arquivos de instalação de um aplicativo que você baixa da Web, por exemplo, facilita o processo de instalação, mas você deve movê-los para lixeira assim que o programa tiver sido instalado com sucesso. E se quiser usar o desktop para ter fácil acesso a pastas, documentos, páginas da internet ou o que for, você deve manter ali somente os atalhos. Para isso, salve os itens em questão em outro local (de preferência em outra partição que não a do sistema), dê um clique direito sobre os que você quer acessar via desktop e clique em Enviar para > Área de trabalho (criar atalho).

Entupir a área de inicialização rápida da Barra de Tarefas com atalhos inúteis ou dispensáveis também retarda o carregamento do seu perfil de usuário. Mantenha ali somente atalhos para o Explorador de Arquivos, navegador de internet, cliente de email e mais uma ou outra aplicação que você utiliza com frequência.

Para manter o desempenho da máquina em patamares aceitáveis e postergar uma inevitável reinstalação do sistema, tenha uma suíte de manutenção responsável — como o CCleaner ou o Advanced System Care (clique aqui para ler um comparativo que eu publiquei um ano e meio atrás). Mesmo que o próprio Windows forneça utilitários para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados, essas suítes tendem a ser mais rápidas e eficientes.

Se você não cultiva o saudável hábito de fazer faxinas regulares no sistema (manutenção preventiva), habilite o Sensor de armazenamento do Windows 10, que libera espaço automaticamente, deletando arquivos desnecessários. Digite armazenamento no campo Pesquisar da Barra de Tarefas (ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema), clique na opção Ativar o sensor de armazenamento / Configurações do sistema e faça os ajustes respectivos.

Amanhã a gente continua.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

NÃO FAÇA DO SEU COMPUTADOR UMA CARROÇA


TRANSPORTAI UM PUNHADO DE TERRA TODOS OS DIAS E FAREIS UMA MONTANHA.

Quem usava computadores nos anos 1990 deve estar lembrado do sucesso retumbante do Win 3.11 (que na verdade era uma atualização da versão 3.1), lançado em 1993. Naquela época, o Windows ainda era uma interface gráfica que rodava no MS-Dos ― ele só passou a ser o sistema operacional propriamente dito dois anos mais tarde, com o lançamento do festejado Win95. Assim, que aparecia na tela quando ligávamos o computador era o prompt do DOS; para carregar o Windows, era preciso digitar win na linha de comando e pressionar a tecla Enter.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, o Win 3.11, embora fosse bastante limitado (em comparação com as versões posteriores), era um programa “ágil”. Mesmo com as configurações de hardware modestas daquela época ― processadores operando na casa das centenas de megabytes, assessorados por uma quantidade ridícula de memória RAM (tipo 4 MB) e HDs de capacidades inferiores à de um CD ―, as tarefas eram executadas rapidamente. O que não chega a espantar, considerando que os arquivos de instalação do DOS mais os do Windows cabiam numa dúzia de disquetes (cada disquinho comportava 1.44 MB de dados).

Observação: A título de comparação, o Windows 3.x era composto por algumas centenas de milhares de linhas de código, contra 40 milhões do Windows 7 e mais de 2 bilhões do Google. 

Fato é que o Windows evoluiu significativamente ao longo do tempo e das diversas edições lançadas desde então. E a despeito de a finalidade precípua de um sistema operacional ser funcionar como ponte entre o hardware e o software e dar suporte aos aplicativos, a Microsoft recheou o seu com componentes destinados as mais diversas tarefas (de processadores de texto e calculador a jogos e ferramentas de manutenção). Se somarmos a isso o bloatware adicionado pelos fabricantes de PCs e a penca de aplicativos que os próprios usuários instalam a posteriori, fica fácil entender porque continuamos reclamando da lentidão do computador.   

Esses “extras”, somados a configurações que privilegiam a aparência e outras perfumarias ― em detrimento do desempenho ―, são os maiores responsáveis pela lentidão do aparelho. Isso sem mencionar os milhares de itens desnecessários (arquivos temporários, vestígios de aplicativos desinstalados, pastas vazias, etc.) vão se acumulando no HD com o passar do tempo e o uso normal da máquina, as indefectíveis entradas inválidas no Registro (a espinha dorsal do Windows) e a inevitável fragmentação dos dados. Por essas e outras, para resgatar o desempenho original do computador, somos obrigados, de tempos em tempos, a formatar a unidade do sistema e reinstalar o Windows “do zero”.

Uma reinstalação resgata o “viço” do sistema (e melhora significativamente a experiência de uso do computador como um todo), mas dá trabalho, toma tempo e demanda reconfigurações e reinstalações (de atualizações, aplicativos, etc.) aborrecidas. Isso sem falar que sempre acabamos perdendo alguma coisa, por mais que mantenhamos backups atualizados de nossos arquivos pessoais.

Infelizmente, não é possível evitar a reinstalação do sistema, mas podemos ao menos adiá-la por anos a fio, desde que realizemos procedimentos de manutenção preventiva (assunto abordado em dúzias de postagens aqui no Blog) e tomemos algumas providências simples, como as que serão sugeridas e comentadas a seguir. Acompanhe.

Inibir a inicialização automática de aplicativos que pegam carona com o Windows:

Todo aplicativo ocupa espaço na memória de massa do computador (HD ou SSD) e, quando em execução, também na memória física (RAM). O ideal é manter em execução somente aquilo o que é estritamente necessário, evitando o desperdício de recursos (notadamente memória e ciclos de processamento da CPU). Via de regra, o antivírus é o maior responsável pelo consumo de recursos, mas não devemos desabilitá-los (por razões óbvias). No entanto, programinhas que usamos apenas eventualmente podem ter a inicialização inibida sem problema algum ― a não ser, talvez, uma demora um pouco maior para abrir, quando precisarmos deles.

Boas suítes de manutenção (como o Advanced System Care e o CCleaner, por exemplo) facilitam o gerenciamento da inicialização, mas nada impede que você o faça usando os recursos nativos do Windows. Para tanto, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas e clique em Gerenciador de tarefas. Na tela do gerenciador, clique na guia INICIALIZAR (oriente-se pela figura que ilustra esta postagem) e, na lista dos aplicativos, desative aqueles que você acha dispensáveis (basta dar um clique direito sobre o item supérfluo e, no menu suspenso, clicar em Desabilitar). 

Só tome cuidado para não desativar programas necessários, como o antivírus ou o aplicativo de firewall, por exemplo, bem como drivers e outros componentes essenciais (que não aparecem nessa lista, e sim na que é exibida quando clicamos nas abas Processos e Serviços, mas isso já é outra conversa).

Continuamos na próxima postagem.

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

DE OLHO NO DESEMPENHO DO PC (PARTE VII)

EU CAVO, TU CAVAS, ELE CAVA, NÓS CAVAMOS, VÓS CAVAIS, ELES CAVAM. NÃO É BONITO E NEM RIMA, MAS É PROFUNDO…

Vistas e examinadas (e, espero eu, seguidas) as informações publicadas nas primeiras seis postagens desta sequência, cumpre agora concluir a novela, mas não sem antes relembrar (pois suponho ter dito isso em algum dos capítulos anteriores) que as suítes de manutenção de terceiros costumam proporcionar melhores resultados do que as limitadas ferramentas do Windows (que, basicamente, se resumem a eliminar arquivos desnecessários, corrigir erros na estrutura lógica do HD e desfragmentar os dados). 

De passagem, sugeri alguns utilitários para remoção de aplicativos ― que costumam funcionar melhor que o desinstalador nativo dos programinhas ou do próprio Windows e soluções para limpeza e desfragmentação do Registro ― etapa importante da manutenção preventivo-corretiva, mas para qual a Microsoft não disponibiliza uma ferramenta.

Embora eu já tenha publicado diversas avaliações de suítes de manutenção, tanto pagas quanto gratuitas, não me custa relembrar algumas opções interessantes:

CCleaner ― disponibilizado pela Piriform em versão paga ou gratuita (confira meu review nesta postagem).

IOBit Advanced System Care (para conferir minhas remissões a essa suíte, digite o nome dela no campo de buscas do Blog e pressione Enter) ― Da mesma forma que o CCleaner, o ASC é distribuído tanto como shareware quanto como freeware. Para usuários domésticos comuns, a versão gratuita é mais que suficiente, embora a paga ofereça mais recursos (note que é possível testar a opção gratuita e fazer o upgrade a qualquer tempo; para mais detalhes e download, clique aqui).

Glary Utilities ― Verdadeiro canivete suíço, a suíte integra um conjunto de ferramentas invejável, mesmo na modalidade gratuita (que não deixa a desejar, embora a paga tenha alguns recursos a mais). Tratei desse programa numa sequência de duas postagens, começando por esta aqui.

Era isso, pessoal. Até mais ler.

SOBRE A GRAVAÇÃO DA CONVERSA ENTRE TEMER E JOESLEY

É mais fácil acreditar na fada do dente do que nos pronunciamentos que Michel Temer fez à nação depois de uma amostra do conteúdo da delação de Joesley Batista e outros 6 executivos da JBS/J&F vir a público, na quarta-feira passada.

Em sua primeira fala, cerca de 20 horas depois do cataclismo, Temer classificou a investigação pedida por Janot e autorizada por Fachin de território onde surgirão todas as explicações” e exigiu “investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro”, além de negar as acusações e rechaçar a possibilidade de renúncia ― que, na sua avaliação, seria o mesmo que confessar a culpa. Dois dias mais tarde, em novo pronunciamento, o presidente disse que a “gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos” e que “incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, [o áudio] levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”. No domingo, em entrevista à FOLHA, ele voltou a afirmar que não vai renunciar (se quiserem, me derrubem), enquanto seus advogados trabalhavam febrilmente para suspender o inquérito ― aquele onde surgiriam todas as explicações, lembram-se? Na segunda-feira, no entanto, com base no laudo do pelo perito Ricardo Molina, a banca de advogados capitaneada por Antonio Claudio Mariz de Oliveira mudou a estratégia e desistiu do pedido de suspensão.

Ouvindo a longa explanação de Molina ― que atuou mais como advogado de defesa do que como perito ―, fica-se sabendo que: 1) a gravação é imprestável ― dada a existência de mais de 70 “pontos de obscuridade”; 2) o MPF é inocente e incompetente. Todavia, dois peritos ouvidos pelo Jornal Nacional chegaram à conclusão de que toda a gravação está intacta.

A ministra Cármen Lúcia determinou que o julgamento do pedido de suspensão do inquérito aberto, que a princípio ocorreria nesta quarta-feira (24), só seja realizado após a conclusão da perícia. Isso significa esperar que sejam periciados também o(s) gravador(es) utilizado(s) por Joesley ― não sei dizer por que foram usados dois aparelhos; segundo Molina, trata-se de artefatos fabricados a partir de um chipset chinês e vendidos no Mercado Livre por menos de R$ 30. Enquanto isso, pedidos de abertura de processo de impeachment contra Michel Temer se empilham na secretaria da Câmara dos Deputados. Eram 14 na tarde da última segunda-feira, nove dos quais foram protocolados após a furo de reportagem de Lauro Jardim. Espera-se que um novo pedido, da OAB, seja protocolado ainda nesta semana.

Um presidente só começa a falar em “renúncia” quando está no limiar do poder e o país, no limite máximo na escala das crises. Temer é o primeiro presidente do Brasil investigado por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa. Até a última quarta-feira, a Lava-Jato tinha diversas menções a ele em episódios suspeitos, mas não abriu investigação porque todas se referem a atos cometidos na época em que sua excelência ainda era vice. E a Constituição determina que um presidente da República só pode ser processado pelo que fez no exercício do cargo. Mas agora a história mudou.

Se o arquivo de áudio foi ou não manipulado, cabe aos peritos atestar ― e parece que dificilmente chegarão a um consenso a esse respeito. Molina, na coletiva que concedeu na noite da segunda-feira, fez questão de enfatizar que determinados “ruídos” e outros “efeitos” podiam ter sido adicionados à gravação, e que trechos da conversa poderiam ter sido editados. Sempre no condicional. Aliás, chegou mesmo a dizer que introduzir ruídos como os que havia detectado era “a coisa mais fácil do mundo”, e que só não demonstraria isso ali, ao vivo e em cores, porque não tinha o equipamento necessário.

Observação: Vale lembrar que voar também é a coisa mais fácil do mundo. Os pássaros que o digam. Eu até voaria para comprovar minha assertiva; só não o faço porque me faltam as asas.

Enfim, muito se discute a validade do tal arquivo de áudio, mas o fato é que o próprio Temer não contestou trechos da conversa que o comprometem, limitando-se apenas a dar desculpas esfarrapadas ― conforme, aliás, eu já comentei nos posts anteriores. Se ele vai renunciar, aí já é outra história. Mas sua queda é líquida e certa. Se através da cassação da chapa ou de outra maneira, aí também é outra história. O fato é que ele perdeu o apoio do Congresso, e como nunca teve suporte da população, a conclusão é óbvia. Então, o faz sentido especular a partir de agora é o que acontecerá depois que ele deixar o trono. Mas isso já é assunto para a próxima postagem.


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terça-feira, 23 de maio de 2017

DE OLHO NO DESEMPENHO DO PC (PARTE VI)

VOTO NULO E MOSTRO O MEU DESEJO SINCERO DE MUDANÇAS NA ATUAL POLÍTICA CORRUPTA, NÃO QUERO MAIS SER O PALHAÇO DO SISTEMA.

Já vimos que manter o desempenho do computador em níveis aceitáveis requer manutenções periódicas que, grosso modo, consistem em apagar arquivos inúteis, desinstalar programas desnecessários e desfragmentar os dados gravados no HD. Vimos também que o Windows conta com ferramentas nativas para essas tarefas básicas, embora os resultados sejam melhores com o uso de suítes de manutenção de terceiros, que oferecem uma gama mais ampla de recursos ― como um utilitário para limpeza e compactação do Registro, que a Microsoft fica devendo aos usuários do seu festejado sistema operacional, conforme eu mencionei de passagem anteriormente e sobre o qual voltarei a falar mais adiante.

Além de remover softwares desnecessários ou pouco utilizados (os assim chamados “inutilitários), é importante checar se os remanescentes inicializam junto com o sistema e, caso afirmativo, se esse comportamento se justifica. O antivírus e o firewall, por exemplo, precisam estar sempre ativos e operantes, mas o mesmo não se aplica a um editor de imagens que você raramente usa. Até porque qualquer programa em execução ocupa espaço na memória RAM e consome ciclos de processamento da CPU, e como esses recursos são limitados, não faz sentido desperdiçá-los.

Desenvolvedores conscientes permitam gerenciar a inicialização de seus programas de forma simples e intuitiva (geralmente incluindo essa opção no menu Ferramentas ou Configurações). Outros preferem oferecer essa possibilidade de configuração somente durante a instalação do programa (se você bobear, um abraço), e outros, ainda, simplesmente se autoconfiguram para pegar carona com o Windows ― e são justamente esses os que menos precisam permanecer rodando em segundo plano.

Para inibir a inicialização automática de um programa que não permita fazê-lo através da própria interface, valha-se do Utilitário de Configuração do Sistema: abra o menu Executar (tecle o atalho Windows+R), digite msconfig na caixa de diálogo respectiva e pressione Enter (no Windows 10, digitar o comando em questão na caixa de pesquisas da Cortana e clicar na opção correspondente produz o mesmo resultado). Na janelinha do utilitário, clique na aba Inicialização de Programas, desmarque as entradas referentes aos aplicativos que você deseja remover da lista de inicialização automática e reinicie o computador. Só tome cuidado para não modificar o comportamento do antivírus, do firewall ou de outro programa que precise realmente ser carregado junto com o sistema (para saber como utilizar o MS Config, clique aqui para acessar o post inicial de uma sequência que eu publiquei no final de 2014 ― embora a matéria seja baseada no Seven, as informações valem também para as encarnações mais recentes do Windows).

Observação: No Windows 10, a inicialização automática dos aplicativos deve ser gerenciada através da aba Inicializar do Gerenciador de Tarefas (para convocá-lo, dê um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas e, no menu que se abre em seguida, selecione a opção respectiva).

MANIFESTAÇÕES POPULARES

Recomenda o bom-senso falar quando se deve falar e calar quando se deve calar. Na esteira desse valioso ensinamento, relembro a fábula de um pastorzinho, que, entediado por ter como companhia apenas as ovelhas, pôs-se a gritar SOCORRO! LOBO! como forma de atrair a atenção dos fazendeiros ― que o acudiram prontamente, mas voltaram a suas atividades assim que constataram que não havia lobo algum. O menino gostou da brincadeira e repetiu a dose no dia seguinte, no outro e no outro. Irritados, os fazendeiros deixaram de atendê-lo, e foi aí que o lobo resolveu atacar...

Mutatis mutandis, a fábula se aplica às manifestações populares que voltaram a eclodir no país desde 2013. Com a possível exceção das urnas ― que, lamentavelmente, o brasileiro ainda não aprendeu a usar ― elas são a melhor maneira de o povo expressar seu descontentamento, mas se convocados por dá cá aquela palha ― como tem ocorrendo ultimamente ―, perdem adesão e tornam-se ineficazes como forma de exercer pressão sobre o poder público.

No último domingo, protestos por conta do Apocalipse criado pela divulgação dos atos pouco republicanos de TemerAécio e companhia foram convocados pela CUT e outras agremiações ligadas ao PT e demais partidos de esquerda. É certo que eles acabaram acontecendo no DF e em mais 19 estados, mas é igualmente certo que a adesão da população foi inexpressiva, como na “greve geral” do último dia 28, que só teve alguma repercussão devido à paralisação dos transportes e bloqueios de logradouros públicos, que dificultaram ou impediram as pessoas de chegar a seus locais de trabalho.

No Acre, as passeatas reuniram cerca de 700 populares. Em Natal (RN) e em Manaus (AM), foram contabilizados 300 participantes, e em Brasília, 250 gatos-pingados. E isso pelos cálculos dos organizadores; as estimativas que a PM divulga nessas ocasiões costumam apontar números bem mais modestos. Em Sampa, segundo a CUT, 20 mil manifestantes ocuparam a Avenida Paulista, mas as imagens exibidas nos telejornais davam a impressão de que essa estimativa seja por demais “otimista” (sem mencionar que, aos domingos, a Paulista é fechada ao tráfego de veículos e usada como rua de lazer por pedestres, ciclistas, skatistas e distinta companhia. A adesão também foi pífia no Rio de Janeiro, como comprova a foto da orla de Copacabana que ilustra esta postagem. (Para detalhes sobre protestos em outros locais, siga este link).

Até a próxima (postagem, não manifestação).

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quarta-feira, 17 de maio de 2017

DE OLHO NO DESEMPENHO DO PC ― PARTE II

A FORCA É O MAIS DESAGRADÁVEL DOS INSTRUMENTOS DE CORDA.


Antes de dar sequência ao assunto iniciado no post anterior, lembro a todos que o MEGA ATAQUE RANSOMWARE deflagrado na última sexta-feira continua dando pano pra manga (veja mais detalhes nesta postagem). 

Fala-se que o exploit que deu margem a esse imbróglio teria sido roubado da NSA (agência de segurança nacional americana), não se sabe se por russos ou por norte-coreanos, mas é certo que, até ontem, haviam sido contabilizadas mais de 200 mil vítimas em 150 países.

Do ponto de vista dos usuários, mais importante do que descobrir os culpados, ao menos é evitar que o computador corra o risco de ser alvo de essa praga, e para tanto é imperativo atualizar o sistema operacional e manter up-to-date o arsenal de segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.).

Embora o problema afete o Windows, a edição XP, que deixou de ser suportada pela Microsoft em abril de 2014, parece ser a mais visada. No entanto, como cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, mesmo quem usa o Windows Vista, 7, 8.1 deve pôr as barbichas de molho. Não ficou bem claro se o Windows 10 também é vulnerável, mas a Microsoft disponibilizou a atualização que fecha a brecha explorada pelo Wanna Crypt em março passado, bem como criou e liberou, em caráter extraordinário, uma correção focada no XP. Até onde se sabe, quem utiliza máquinas da Apple com sistema operacional Mac OS não tem com que se preocupar).


Para obter mais detalhes a partir da página da Microsoft, clique aqui

Passemos à postagem do dia:

Na primeira parte desta sequência, eu disse que a reinstalação do Windows costuma ser a melhor maneira de solucionar toda sorte de problemas de software no computador, mas salientei que, por ser uma medida extrema, ela deve ser aplicada somente quando e se todas as demais tentativas falharem.

Diante de anormalidades como lentidão, mensagens de erro, telas azuis e assemelhadas ― que não sejam decorrentes de problemas de hardware ―, os principais suspeitos, depois dos malwares, são a fragmentação excessiva dos dados gravados no disco rígido, o consumo exagerado de memória por alguns aplicativos, o excesso de programas que pegam carona na inicialização do sistema operacional, a existência de aplicativos conflitantes entre si, os famigerados erros no Registro, o acúmulo de arquivos desnecessários e as instabilidade dos drivers.

Felizmente, a maioria desses probleminhas é fácil de resolver. Mais fácil ainda quando se dispõe de uma boa suíte de manutenção ― o Windows traz alguns utilitários nativos, mas eles atuam somente em nível do HDD, excluindo arquivos desnecessários, corrigindo erros lógicos e desfragmentando arquivos; no mínimo, seria desejável que a Microsoft incluísse um otimizador do Registro (a “espinha dorsal” do sistema). Por outro lado ― e aí já não é culpa da Microsoft ―, usuários leigos e iniciantes não têm conhecimento da existência dessas ferramentas, e, quando têm, não sabem utilizá-las adequadamente.  

Pensando nisso, este humilde escriba já publicou centenas de postagens focando a manutenção preventivo-corretiva do computador. Para conferir, basta inserir os termos-chave correspondentes no campo de buscas do Blog (no canto superior esquerdo da página) e clicar no ícone da pequena lupa. 

Enquanto você faz isso, eu vou preparando a continuação desta matéria.

AINDA SOBRE AS PROVAS CONTRA LULA

Ao contrário do que afirmam Lula e seus apoiadores, provas contra o molusco existem aos montes. Claro que a militância petista e seus seguidores atávicos são incapazes de reconhecê-las. Até porque essa gente não veria provas contra seu amado líder nem se elas desfilassem na Sapucaí. E Lula, que é iletrado, mas tem uma mente brilhante e uma retórica invejável, explora essa fidelidade canina com maestria, vendendo a imagem de “perseguido injustiçado”, usando e abusando da tese de que é vítima de um complô para impedi-lo concorrer novamente à presidência em 2018.

Só mesmo sendo muito fanático ― ou muito burro, o que dá no mesmo ― para crer que um réu em cinco ações penais (três delas no âmbito da Lava-Jato) e acusado 17 vezes por crime de corrupção, 211 por lavagem de dinheiro, 4 por tráfico de influência, 3 por organização criminosa e 1 por obstrução da Justiça é a “alma viva mais honesta do Brasil” e vítima de “conspiração”. Conspirador foi Lula, quando, depois de ser derrotado quatro vezes, resolveu abraçar a responsabilidade fiscal, a inclusão social e outros anseios da população, contrariando o discurso de seu partido e seguindo o caminho traçado por FHC. E foi assim que se elegeu presidente.

O problema é que Lula nunca teve um projeto de governo, apenas um projeto de poder (ou melhor, de se perpetuar no poder), e não se furtou a pô-lo em prática comprando a peso de ouro o apoio dos rufiões da pátria e proxenetas do parlamento ― como o senador Roberto Jefferson tão bem definiu a escumalha política tupiniquim ao denunciar o esquema do Mensalão. Curiosamente, passou ao largo da ação penal 470 (vulgo “julgamento do mensalão), embora Dirceu, Genoino, Delúbio e outros próceres do panteão lulopetista não tenham tido a mesma sorte. Mas aí veio a Lava-Jato e a coisa mudou de figura. E agora, conforme ele próprio afirmou no primeiro depoimento que prestou como réu, acorda todas as manhãs receando dar de cara com a PF na sua porta.

Na última quarta-feira, depois de passar quase 5 horas reconhecendo o que não era possível negar, mas negando tudo que podia; alegando não saber (em 82 vezes, sua resposta ao magistrado foi “não sei”) ou não se lembrar daquilo que pudesse comprometê-lo, mas demonstrando ter memória de elefante na hora de atribuir a culpa a terceiros ― como fez com a falecida ex-primeira dama ―, Lula confidenciou a aliados que sua condenação são favas contadas. Claro que ao discursar no comício armado a poucas quadras da JF de Curitiba, onde políticos petistas, figurantes pinçados nas fileiras da CUT, MST e outros imprestáveis que tais esperavam ansiosos para beber suas palavras e reverenciar suas bazófias como se estivesse diante de uma epifania, o petralha mudou o discurso. Mas nem precisou caprichar, pois a patuleia ignara engole qualquer coisa que emane de sua santidade vermelha. Se, ao subir no palanque, o sacripanta tivesse tropeçado e proferido um sonoro “merda”, seriam necessários dias para a limpeza pública limpar a praça.

Observação: Dos 100 mil manifestantes que Rui Falcão pretendia despachar para Curitiba, apenas 5.000 desembarcaram por lá. Os mais humildes (cerca de 3.000) ficaram num acampamento improvisado, e muitos se queixaram à boca miúda de estarem ali obrigados pela direção dos movimentos e do valor irrisório (R$ 15) que haviam recebido para passar 3 dias cidade (só não passaram fome porque uma cozinha foi improvisada entre as barracas de lona, que também vendia marmitas por R$ 12 a quem não fosse do MST).      

Voltando à questão das provas, a corrupção acontece e prospera nas sombras, assim como a lavagem de dinheiro, que normalmente a acompanha. Corruptores e corruptos fazem de tudo para apagar os rastros de seus atos espúrios, valendo-se de contratos verbais, no “fio do bigode”, e de pagamentos feitos em cash ― como dizem os mafiosos, “o silêncio não comete erros”. Não fosse pela obstinação dos procuradores do MPF, pelo papel da PGR sob a batuta de Rodrigo Janot, pela postura do juiz Moro e, principalmente, pelos acordos de colaboração firmados entre os corruptores e a Justiça (vulgarmente chamados de “delações premiadas”), é provável que Lula estivesse gozando tranquilamente seus finais de semana no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, e veraneando no luxuoso triplex do Ed. Solaris, no Guarujá.

Como bem salientou a revista Época na matéria cuja leitura eu recomendei duas postagens atrás, a força jurídica de cada evidência depende de sua relação com os fatos que ela pretende provar. Os delatores da Odebrecht forneceram uma quantidade significativa de planilhas internas com registros de pagamentos a políticos, e-mails em que os funcionários da empresa combinavam a entrega das propinas (quase sempre em dinheiro vivo), e por aí vai. As evidências mais avassaladoras vieram do Setor de Operações Estruturadas da empresa ― o tal departamento de propina ― e apontam também pagamentos feitos a políticos mediante contas secretas no exterior ― a Odebrecht chegou até a comprar um Banco num paraíso fiscal para se proteger das autoridades. Uma cópia completa dos dados desse sistema, que estava na Suíça, foi entregue recentemente ao MPF, e deve facilitar (ou tornar “menos difícil”) o rastreamento da origem do dinheiro da propina e a identificação de quem recebeu os pagamentos.

Depoimentos são provas testemunhais. Em determinadas circunstâncias, eles têm valor idêntico ao das provas documentais. Claro que tudo depende da credibilidade da testemunha, da materialidade dos documentos e das exigências da lei para a imputação de cada crime. E ainda que haja gradação entre a força das provas em cada caso, nenhum político aparece tão encalacrado quanto Lula ― que nega todas as acusações, mas cujo nome aparece de maneira recorrente nos depoimentos de Emílio e Marcelo Odebrecht e de Alexandrino Alencar. E dizer que todos eles mentem não anula a capacidade probatória dos delatores, embora seja uma estratégia de que tanto Lula quanto Dilma e outros integrantes da “Lista de Fachin” se valem de maneira recorrente, até porque não têm alternativa ― afinal, é difícil defender o indefensável.

Lula posa de perseguido, “politiza” as investigações, rosna para a turba de bajuladores que nada tem a temer ou a esconder e que vai comparecer sempre que a Justiça o convocar. Nos bastidores, porém, sua defesa recorre a todo tipo de chicana para adiar as audiências, retardar o andamento processual com embargos nitidamente protelatórios. O que Lula fez na última quarta-feira foi tripudiar da Justiça, menosprezar a inteligência do povo e abusar da paciência de um segmento da sociedade que não aguenta mais tanta mentira, tanta corrupção. Sua retórica ― invejável, repito ― pode até convencer seus incorrigíveis apoiadores ― mas, desses débeis mentais, sua insolência já tem apoio; resta-lhe granjear simpatia entre os demais, e muitos que se lembram com saudades das conquistas obtidas no primeiro mandato do petralha, quando realmente as coisas melhoraram por aqui, embora sopradas pelos ventos benfazejos do cenário internacional e de outras questões que fogem ao escopo desta análise.

Pode-se enganar a todos por algum tempo, alguns por todo o tempo, mas não a todos o tempo todo. E o juiz Moro parece já não ter mais paciência para ouvir bobagens. Na manhã de ontem, ele resolveu negar o pedido de oitiva de novas testemunhas e abrir prazo para acusação e defesa apresentarem suas alegações finais. Pelo andar da carruagem, a sentença deve sair até o final do mês que vem. E como se não bastasse, o encontro com Renato Duque no aeroporto de Congonhas e o relato de Léo Pinheiro ― de que Lula o mandou destruir provas ― podem render mais um inquérito para o petralha e, consequentemente, mais uma denúncia criminal (Lula passará, então, à condição de hexa-réu).

Na última quarta-feira, Lula disse ao juiz Moro: “quando um político comete um erro, ele é julgado pelo povo, não pelo Código de Processo Penal”. Convém ele tomar cuidado com o que deseja. Vai que alguém resolva investigar mais a fundo os assassinatos de Celso Daniel e de Toninho do PT e ele acaba sendo realmente julgado pelo povo, mas através de um júri popular.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

AINDA SOBRE O GLARY UTILITIES

NA INFÂNCIA E NA VELHICE, A FELICIDADE PODE ESTAR NUMA SIMPLES CAIXA DE BOMBONS.

Na primeira postagem desta sequência sobre o Glary Utilities (*), eu disse que versão freeware dessa excelente suíte de manutenção é plenamente satisfatória para a maioria dos usuários domésticos, mas nada impede o leitor de registrar o produto (o que é necessário para uso comercial). A licença custa US$ 19,97 (com desconto promocional de 50%, segundo o fabricante) e dá direito a instalar o programa em até 3 computadores.

(*)  Não sei bem o que fiz ao dividir esta matéria em capítulos, mas vejo agora que a parte do texto a que me referi no parágrafo acima como "a primeira postagem desta sequência" se perdeu. Isso posto, transcrevo a seguir parte do post publicado na minha comunidade de informática sobre o aplicativo, que preenche satisfatoriamente a lacuna. Lamento o ocorrido.

Hoje, vou dedicar algumas linhas ao excelente Glary Utilities, que é compatível com todas as edições recentes do Windows de 32 bits quanto de 64 bits (do XP ao 10), disponibiliza um arsenal de ferramentas respeitável e, o que é melhor, conta com uma versão freeware que é sopa no mel para quem deseja uma suíte de manutenção responsável e pródiga em recursos, mas não pode ― ou não quer ― desembolsar cerca de R$ 70 (ou US$ 19,97, que é o preço promocional da licença válida para 3 PCs).   

Depois de baixar os arquivos (sugiro fazê-lo a partir da página do fabricante), salvá-los na área de trabalho e dar duplo clique sobre o ícone respectivo, leia a EULA e, se concordar, aceite os termos do contrato (sem o que, como sabemos, não é possível dar sequência à instalação do software).

Observação: É fundamental ler de cabo a rabo o contrato de licença ao instalar qualquer aplicativo, sobretudo se ele for gratuito, mas a gente sabe que a maioria dos usuários não se dá a esse trabalho. Em sendo o seu caso, considere a possibilidade de usar o EULALYZER, que analisa e exibe informações resumidas do contrato, destacando as cláusulas mais importantes e alertando para eventuais elementos potencialmente perigosos, como adwares, spywares e assemelhados.

Concluída a instalação, abre-se a janela do programa com a aba “Visão Geral” selecionada por padrão (vide ilustração). A coluna esquerda da tela apresenta 5 itens configuráveis, sendo que o terceiro e o quinto vêm assinalados também por padrão ― você pode desmarcar o último, caso não queira desativar a atualização automática da suíte, mas será convidado a registrar o programa se tentar fazer qualquer outra alteração, de modo que eu sugiro manter a configuração original.

A coluna central exibe o tempo de boot do seu PC; clique no botão azul (Inicialização) para visualizar uma nova tela de configuração com cinco abas, das quais a primeira ― Programas de inicialização ― corresponde a uma versão mais intuitiva do MS Config  (utilitário nativo do Windows que permite gerenciar a inicialização do sistema, de seus componentes e dos demais aplicativos). Clique sobre um item qualquer da lista para obter algumas informações que poderão ajudá-lo a decidir se vale ou não a pena manter habilitada a inicialização automática do dito-cujo.

Observação: Via de regra, pode-se inibir a inicialização automática da maioria dos apps que pegam carona na inicialização do Windows ― com exceção do antivírus e do firewall ―, até porque os programas podem ser inicializados manualmente a qualquer tempo. Talvez eles demorem um pouquinho mais para responder, mas o fato é que quanto menos programas permanecerem habilitados, menor será o consumo de recursos do computador (notadamente espaço na memória RAM e ciclos do processador), o que não só resulta num boot mais rápido, mas também em mais “fôlego” para o sistema rodar os aplicativos que você realmente precisa utilizar.

O resto fica para o próximo post, pessoal. Nesse entretempo, siga os links retro citados para saber mais sobre o Config e a memória física do computador. Abraços e até lá. 

Ainda conforme eu disse no capítulo anterior, a janela do GU conta com 3 abas: Visão Geral, Manutenção 1-Click e Ferramentas. Clique na primeira e repare que 2 dos 5 itens configuráveis exibidos na porção esquerda da janela vêm assinalados por padrão. Se você tentar marcar os demais, será convidado a registrar o produto ― e aí a coisa foge ao escopo desta postagem), mas poderá desmarcar o segundo item pré-configurado, embora isso não seja recomendável, pois o programa deixará de buscar automaticamente atualizações de versão e banco de dados. Então, sigamos em frente.

A porção central da janela exibe o tempo de boot do PC e o botão Inicialização, que convoca uma nova tela com 5 abas (voltaremos a ela mais adiante). A porção direita informa a versão do Glary Utilities, a data correspondente ao banco de dados e a data da última atualização ― clique no botão Verificar atualizações para conferir se tudo está up to date, e no botão Fazer Upgrade para inserir seu nome de usuário e a chave de registro do produto (caso disponha de uma chave; caso negativo, você pode adquiri-la clicando no link “Clique aqui para obter uma”).

Voltando agora à janela do gerenciador de inicialização (que é exibida quando você clica no botão Inicialização, conforme eu mencionei linhas atrás), as 5 abas que ela disponibiliza são: Programas de Inicialização, Tarefas Agendadas, Plugins, Serviços de Aplicativos e Serviços do Windows. A primeira delas lista e permite gerenciar os aplicativos que pegam carona (às vezes desnecessariamente) na inicialização do Windows.

Observação: Tenha em mente que a maioria dos apps não precisa ― e nem deve ― ficar rodando em segundo plano durante todo o tempo, até porque isso resulta em desperdício de ciclos de processamento e espaço na memória RAM. Convém você rever essa configuração à luz do impacto de cada um deles na inicialização do sistema (oriente-se pela coluna Tempo de Carregamento e pela a quantidade de estrelinhas com que o Glary os classifica) e inibir a inicialização automática dos que forem dispensáveis (só não mexa no antivírus, no firewall e no antispyware). Note que eles não deixarão de funcionar, apenas levarão um pouquinho mais tempo para responder quando você os convocar.

Aqui convém abrir um parêntese para relembrar que o software é um dos dois segmentos que compõem um sistema computacional (o outro é o hardware), e engloba tanto o Sistema Operacional quanto os aplicativos, processos e serviços. Numa definição tosca, mas adequada aos propósitos deste artigo, aplicativos são os “programas” que instalamos no computador, e os processos e serviços, conjuntos de instruções destinadas a executar uma vasta gama de tarefas específicas (geralmente em segundo plano, de forma transparente ao usuário). Note que um programa pode se subdividir em dois ou mais processos, mas o mesmo processo não pode ser compartilhado por dois ou mails programas., e que alguns processos não pertencem a programas ― como é caso dos serviços, cuja função é dar suporte ao sistema operacional e seus componentes. Fecho o parêntese.

Por hoje chega, pessoal. Continuamos na próxima postagem. Abraços e até lá.

LULA LÁ, COM A JUSTIÇA AMERICANA NOS CALCANHARES E DILMA A REBOQUE

As investigações sobre o Petrolão caminham céleres na Justiça americana, e se acordo de leniência da Odebrecht põe fim às ações contra as empresas do grupo, o mesmo não ocorre em relação aos processos que correm indivíduos como os tais Brazilian Official 1, 2, 3 e 4 (Lula, Dilma, Palocci e Mantega), que poderão ter a prisão decretada em breve, embora só venham a ser recolhidos ao xilindró do Tio Sam se pisarem em solo americano.

Observação: Nunca é demais lembrar o caso de Paulo Maluf, que, aos 84 anos, carrega uma bagagem considerável de acusações, denúncias e processos por corrupção, mas, até agora, nenhuma condenação ― no Brasil, pois Maluf foi condenado a 3 anos de prisão pela Justiça da França (por lavagem de dinheiro em grupo organizado) e figura na lista de procurados da Interpol (pelo desvio de mais de R$ 11 milhões em fundos públicos brasileiros, que teriam sido transferidos para contas em bancos norte-americanos). Ainda assim, o deputado continua livre, leve e solto por aí, pois só pode, até que seja expedida uma ordem de prisão contra ele pela Justiça Brasileira, só corre o risco de ir em cana se botar o focinho fora do Brasil.

Quando por mais não seja, esse desdobramento internacional das investigações sobre práticas nada republicanas desses sacripantas desmonta a tese abilolada (dos petistas e seus admiradores) de que as ações penais movidas contra Lula e sua quadrilha vermelha não passam de perseguição política. Triste notícia para o comandante da ORCRIM ― que, dizem, estuda a possibilidade de se auto-exilar em alguma (outra) republiqueta de bananas ―, pois, aos olhos da maior potência mundial, a nação que o acolher estará protegendo um criminoso que lesou empresas e cidadãos norte-americanos.
 
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